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As mentiras sobre a entrevista de Lula

Ainda estou trabalhando meu post sobre a entrevista de Lula. Quero que fique um texto bem especial, então aproveitei para fazer algumas releituras. Entretanto, vale divulgar o texto abaixo, com uma denúncia do Paulo Nogueira sobre uma mentira publicada pelo Estadão. Confirmo que é mentira. Eu estava lá. Não teve nenhuma orientação sobre perguntas. Ao […]

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Ainda estou trabalhando meu post sobre a entrevista de Lula. Quero que fique um texto bem especial, então aproveitei para fazer algumas releituras.

Entretanto, vale divulgar o texto abaixo, com uma denúncia do Paulo Nogueira sobre uma mentira publicada pelo Estadão. Confirmo que é mentira. Eu estava lá. Não teve nenhuma orientação sobre perguntas. Ao contrário. Lula deixou bem claro, no início da entrevista. “Podem perguntar o que quiser. Só não vale xingar minha mãe”, disse o ex-presidente.

A mídia está desesperada com o drible que levou de Lula.

*

A mentira do Estadão sobre a entrevista de Lula

Por Paulo Nogueira, no Diario do Centro do Mundo.

Você avalia o compromisso com a verdade de algum veículo quando conhece o assunto.

Leio que o Estadão, em editorial, afirmou que os blogueiros convidados por Lula para uma entrevista tiveram que garantir que não fariam perguntas incômodas e nem contestariam respostas.

O DCM foi convidado, na pessoa de Kiko, e participou da entrevista, e podemos dizer: o Estadão mentiu.

Nenhuma instrução foi dada. O convite chegou a Kiko, e depois foram dadas breves explicações sobre como seria a entrevista. Foi só isso. Não houve um único pedido ou uma só recomendação.

Repito: o Estadão mentiu.

Que Lula tenha escolhido falar com representantes da internet, e não da mídia tradicional, é fácil de entender.

Primeiro, ele queria reconhecer formalmente a importância da internet no debate jornalístico brasileiro, e como contraponto ao conteúdo viciado das grandes empresas de jornalismo.

Depois, ele sabia que suas palavras não seriam deturpadas, e também que não lhe seriam preparadas armadilhas por quem tem recorrido a um abjeto valetudo para sabotar qualquer iniciativa destinada a retirar velhos privilégios que levaram o Brasil a ser um campeão mundial da desigualdade.

Lembro que Dilma concedeu, em seus primeiros tempos de presidência, uma entrevista à Veja. Não apenas ela foi editada ao gosto da revista como, na introdução, Dilma levou cacetadas absolutamente gratuitas.

Cada participante, isso foi avisado, poderia fazer uma pergunta. Num ambiente de neutralidade, que perguntas eram mais importantes do que as que giraram em torno da Petrobras, da Copa e da especulação em torno da candidatura de Lula em 2014?

Contraponha a isso à atitude de Augusto Nunes, que num Roda Viva com Lobão perguntou a ele: “O que você acha da Dilma?” Nunes sabia que Lobão diria as barbaridades de sempre.

Nunes deveria ser convidado? Ou Jabor? Ou Azevedo? Ou tantos outros que, para agradar a seus patrões, se esmeram em atacar o PT?

Entendamos. Existem muitas razões para criticar o PT, e o DCM tem feito isso com frequência. A lentidão do PT em fazer mudanças profundas que reduzam substancialmente a desigualdade é exasperante.

Mas os ataques da mídia vêm, sempre, pelas razões erradas – pela manutenção dos privilégios dela e de seus iguais.

Lula fez o que qualquer pessoa de bom senso faria. Cercou-se de uma bancada que não estava lá para destruí-lo.

Vi, pela internet, a entrevista, e disse a Kiko tão logo ela terminou que a achara “extraordinária”. Sobretudo por conta do entrevistado. Os que conhecem Lula sabem quanto ele é carismático e convincente. Conta histórias como poucos, e torna divertida qualquer conversa.

A entrevista só funcionou porque as pessoas reunidas ali não queriam matar Lula, e isto é um fato da vida.

Leio também que o Zero Hora escreveu que não houve “neutralidade” porque os blogueiros eram “assumidamente governistas”.

Um momento: será que eles conhecem o DCM? Nosso apartidarismo é uma cláusula pétrea em nossa missão.

Conectamos pessoas interessadas no projeto de um Brasil socialmente justo, um Brasil “escandinavo”, como tantas vezes escrevi.

Nosso partido é este, e apenas este: um Brasil melhor do que o que temos.

O Zero Hora, pelo visto, não nos conhece – e então não deveria escrever a tolice que escreveu.

Também este tipo de atitude – afirmações levianas baseadas na arrogância e na falta de informação – ajuda a entender a falta de representantes da mídia tradicional na entrevista de Lula.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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neide

14/04/2014 - 10h13

Alguém perguntou sobre a Rosemary?

Adorei

14/04/2014 - 04h26

Depois de tantas e tantas canalhice para que não se tivesse CPI, fica imoral é não haver mais um pouco

Bernadete de Paula

12/04/2014 - 14h18

É só o que este jornal faz: mentir, enganar, ludibriar.

Marcos

11/04/2014 - 21h27

Pig mente, sempre.

jõao

11/04/2014 - 20h17

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https://www.youtube.com/watch?v=jLeygHSCyhI#t=1335


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