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Wanderley critica reforma política: o tiro pode sair pela culatra

  O professor Wanderley Guilherme dos Santos se mantém cético, quase hostil, ao furor mudancista que vê emergir em setores talvez ingênuos da esquerda, em relação aos capítulos políticos e eleitorais de nossa Constituição. À grita de que seria necessário uma assembléia constituinte exclusiva, Santos rebate, com um sarcasmo que não esconde a seriedade e […]

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O professor Wanderley Guilherme dos Santos se mantém cético, quase hostil, ao furor mudancista que vê emergir em setores talvez ingênuos da esquerda, em relação aos capítulos políticos e eleitorais de nossa Constituição.

À grita de que seria necessário uma assembléia constituinte exclusiva, Santos rebate, com um sarcasmo que não esconde a seriedade e preocupação que o tema merece:

“(…) os atuais mandatários da nação vão importar uma classe política da Islândia e um eleitorado da Suécia? Se não vão, de onde tiram a certeza de que tal assembléia “exclusiva” seria dotada de um saber e estofo moral superiores aos de qualquer Congresso jamais eleito por aqui? Ser ou não “exclusiva” nada revela sobre a qualidade dos eleitos, embora sirva de engodo para tolos.”

Na entrevista ao programa de Paulo Moreira Leite na TV Brasil, o também cientista Fabiano Santos (filho de Wanderley), alertava para o que aconteceu na Itália, após a Operação Mãos Limpas, sempre descrita por nossa mídia como uma grande virada política contra a corrupção.

Santos, o filho, observou que não foi bem assim. Como aqui, setores da opinião pública italiana pensaram em mudar tudo, e, no entanto, apenas contribuíram para piorar ainda mais o sistema político. A corrupção não foi vencida, os partidos se fragmentaram, e o resultado foi a ascensão de Berlusconi, que permaneceu na liderança política do país por mais de 20 anos.

Wanderley, por sua vez, defende a Constituição Brasileira e afirma que a entende como direito adquirido.

Não é possível mudá-la – é o que depreendo de seu texto – ao sabor de debates afobados, inconsistentes, realizados numa arena midiática que sofre um forte déficit democrático.

O tiro, alerta o cientista, pode sair pela culatra.

O professor menciona ainda o surto anti-republicano que acometeu ministros do STF no curso da Ação Penal 470, esquecendo dos capítulos constitucionais que tratam do direito de todo cidadão, condenado ou não, a um tratamento justo e não degradante por parte do Estado.

Abaixo, o artigo de Wanderley.

*

A orfandade da Constituição de 88

Por Wanderley Guilherme dos Santos, cientista político

Entendo a Constituição de 88 como direito adquirido, não como transtorno autoritário. Em si mesma protegida, portanto, pelo inciso XXXVI, do artigo quinto, que reza: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Creio que uma Constituição derivada de legítima Assembléia com poderes para instaurá-la é exemplar como direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada. Não sei se o constitucionalismo profissional admite tais auto referências, mas é como vejo, politicamente, a questão. Depois de 21 anos de ditadura, lutas incessantes, convocatória legislativa reivindicada pela população, e por esta aceita como atendida, a Constituição elaborada pela Assembléia de 86 devia estar a salvo de magos e videntes institucionais.

Não há, contudo, mordomo mais óbvio em todos os deslizes nacionais, segundo a esquerda, a direita, o centro, o fim do mundo, grande número de políticos, o Executivo e a unanimidade dos meios de comunicação. Mas para abertura de processo faltam demonstrações quanto ao progresso econômico, político, social e moral que estariam sendo reprimidos por qual passagem constitucional e o que deveria ser posto em seu lugar para felicidade geral da nação. Nem me parecem suficientes para o alarido em torno do pomposo clichê “reforma política” as variadas e longe de inatacáveis propostas de nova legislação eleitoral. Sem fundamentos, as suspeitas são não mais do que difamatórias. Até prova cabal em contrário, a Constituição de 88 está órfã e vítima oficial de difamação.

Materialmente, admiro a clareza de seus princípios fundamentais e promessas na ordem econômica, política e social. Está no inciso III de seu artigo terceiro, consagrar como princípio fundamental “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”. É por este abrigo constitucional que as políticas que vêm transformando o universo social brasileiro não são denunciadas como populismo irresponsável, salvo por um ou outro desajuizado, ou ferozmente combatida (provavelmente com sucesso) por ser “bolivariana”, genérico conservador, sem restrições de consumo.

Ainda é por conta do artigo quinto, em seus incisos III e XLIX (Título II – Dos direitos e garantias individuais), que atribuo a alguns ministros do Supremo Tribunal Federal a liberação do discurso do ódio na cultura política brasileira, na fase do julgamento da Ação Penal 470. O III diz que “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”, sendo enfaticamente reafirmado no XLIX, transcrito: “é assegurado aos presos a integridade física e moral”. Não existe crime, ainda que irrefutavelmente comprovado, que justifique tratamento pessoalmente degradante ao réu ou suposto criminoso. A temperatura fanática da época estimulou mórbido concurso de rituais de degradação. Conforme o primarismo da opinião pública, os réus, por seus crimes, estariam destituídos de quaisquer dos direitos assegurados aos cidadãos e cidadãs respeitáveis, isto é, à audiência da TV-Justiça.

Aparentemente amparados na mesma premissa, ministros perderam a compostura e o próprio sentido do Judiciário (Suprema Corte), vitimados por surtos de violência retórica incompatíveis com os preceitos constitucionais. No enredo, a suspeita implícita no substantivo “indício”, usado a granel durante as perorações, transformou-se, por via discursiva, em certeza material, sem necessidade de prova indubitável ou confissão do acusado. Argumentos disparados a torto e a direito fariam corar um secundarista em lógica, prestando vestibular para o curso de Direito. Foram também eles os responsáveis pela generalizada intoxicação de fanatismo partidário e social, inclusive com a crescente licenciosidade da linguagem pública. Ficou na moda dos colunistas, repórteres e oradores saborearem substantivos, adjetivos e verbos chulos. Associou-se a falta de estilo à falta de escrúpulo.

A abundância de calúnias contra Constituição de 88 contaminou o debate sobre ela própria. Vigem o panfletarismo e um dedo-durismo de fantasia a acusar de reacionários todos aos quais desagrada a volubilidade com que se acusa a Constituição de resistência a não sei qual avanço na democracia e no progresso material da população. Ademais, aproveita-se para a reiteração de outra parvoíce, a de que com “esse” Congresso será impossível qualquer reforma significativa (cuja se ignora qual seja). Daí se derivaria a necessidade de uma Assembléia Constitucional exclusiva, como se o qualificativo adicionasse alguma virtude aos putativos constituintes.

Repito a pergunta: os atuais mandatários da nação vão importar uma classe política da Islândia e um eleitorado da Suécia? Se não vão, de onde tiram a certeza de que tal assembléia “exclusiva” seria dotada de um saber e estofo moral superiores aos de qualquer Congresso jamais eleito por aqui? Ser ou não “exclusiva” nada revela sobre a qualidade dos eleitos, embora sirva de engodo para tolos. A propósito, lembro que a Islândia faliu outro dia em virtude dos atributos morais e políticos de seus homens públicos. Com panfletarismo e desinformação a idéia de “reforma política” continua a ser um ardil: quem me garante que a Assembléia exclusiva, formada por equivalentes dos atuais representantes, não aproveitarão para cancelar precisamente as conquistas, entre tantas, aqui mencionadas?

O inciso IV do artigo 5 estabelece: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. A liberdade aí garantida repele o assédio moral e ideológico a quem defenda opiniões diferentes das minhas. É bem possível que as cautelas e preferências aqui expressas venham a sofrer assedio ideológico. Faz parte da vida, mas espero que nunca venha a fazer parte da Constituição.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Marco Vitis

16/11/2014 - 01h45

MIGUEL e Amigos

O professor Wanderley está absolutamente correto.
A maior prioridade e o foco principal da mobilização política deve ser a Democratização da Mídia.
Como debater a Reforma Política com a enorme manipulação da informação ?

Maísa Paranhos

15/11/2014 - 00h55

Eu não creio que se a Reforma Política vier sob forte debate no seio da sociedade brasileira, ela possa ser um retrocesso. Entendo a preocupação do professor, mas acho que ele é pouco crente na sabedoria popular manifesta que será consequência do amplo debate. A Constituinte será exclusiva, justamente para não modificar outros campos que não o político, pois está claro que a participação popular direta na Coisa Pública, bem como o financiamento público ( ou privado?) de campanha são questões emergenciais.

ricardo silveira

14/11/2014 - 11h24

Chegamos a um ponto que o medo de retroceder nos leva a renunciar o exercício da democracia direta. As lideranças de esquerda precisam pensar nisso, pois, certamente não foi só a mídia golpista que interrompeu o avanço. Conquistamos a democracia com muita garra e não soubemos nos valer dela para avançar. É muito triste, mas é melhor preservar o que se tem do que perder tudo, de novo.

gg

14/11/2014 - 01h09

Meu povo vamos aos FATOS. Nao podemos nos levar pela emoçao que as manchetes da grande midia faz transparecer. Nos do PT temos que combater com numeros certos. Por exemplo o PT tem corruptos. Sim tem. Entao qual é o numero 15. Contra 245 dos partidos contrarios. É isso q temos que mostrar de forma fria e calculista. Para que eles jamais consiga enganar qualquer que seja. Vamos a luta sempre avançando. No campo social politica economico…

Eduardo Londero

14/11/2014 - 02h12

Hoje uma manifestação barulhenta nas portas do TCE-RS. Eram os estagiários do TJ protestando contra um apontamento que o TCE fez, que os impedirá de serem pagos durante o recesso do judiciário, já que são pagos por hora. Metade da garotada barulhenta e dourada, pelas roupas e porte, filhinhos dos diletos servidores do TJ. Essa é a “participação popular”, essa é a “pressão das ruas”. As copeiras e faxineiras todo dia vem trabalhar resignadas a seus salários e os filhotes do estamento de cima se apropriam até de um carro da CUT para protestar contra um apontamento do TCE. Vocês acham sério que uma constituinte agora vai fazer melhor que a de 88 ? Mesmo ?

Euler

13/11/2014 - 23h18

As ponderações do professor Wanderley Guilherme dos Santos são razoáveis. Devem ser discutidas seriamente. De fato, seria ingenuidade acreditar que a direita assistiria quieta que a esquerda elegesse uma maioria numa constituinte exclusiva. Isso, levando em conta a realidade que temos, dominada pelo monopólio da mídia nas mãos das elites golpistas. Sem que haja um prévio e democrático debate político com a população sobre as propostas; e sobretudo, sem que haja uma prévia democratização dos meios de comunicação, para que este debate ocorra com a garantia de que as diferentes correntes de pensamento tenham vez e voz, dificilmente teremos um bom resultado. E o que é pior: se vier a acontecer, corremos o risco de ver aprovado um texto constitucional pior do que o atual. Por isso a constituinte exclusiva não pode ser vista como um fim em si mesma. Ela deve surgir como resultado da efervescência política, do calor de um amplo debate, que começa a acontecer, mas ainda está longe de assumir as ruas e praças e escolas e fábricas do país.

nelson sales e silva

13/11/2014 - 22h14

O Filhos: sem ousar não se conquista nada.É nossa obrigação tentar mudar, muito embora não possamos confiar nos nossos lesgisladores que legislam em causa própria
Com efeito, não se consegue nada de bom sem luta.A luta da presidente é como a luta de Daniel na cova dos leões. Menos criticas e mais apoio.

Rafa Bruza Wacked

13/11/2014 - 20h18

Já aconteceu comigo essa de faltar uma letra na hora de apertar o botão “publicar”… o título e a URL não podem ser corrigidos. Isso é um problema técnico horrível rsrs. Já vi que na página está corrigido ;)

hc.coelho

13/11/2014 - 17h49

Primeiro o gilamr devolve o processo da proibicao das empreteiras, depois conversamos. a dilma devia cobrar este ato como o primeiro de qualquer reforma politica. apesar de que acho bobagem isto de reforma politica, ainda mais com o pig bandido na praca.

emerson57

13/11/2014 - 17h20

Tampei o nariz para conseguir ler o que o guerrilheiro da direita acima escreveu.(2:45 pm)
O pior é que toda a classe média muito bem informada, aqui em Santos SP, repete esse mantra acima à exaustão. Não há argumento, mesmo apoiado em provas inquestionáveis que os demovam. Eles tal como surfistas surfam a próxima onda.
Um dia deu na Forbes que o Lula era o maior trilionário do Brasil. Neguinho papagueia isso na fila do banco, no supermercado etc. Ai a onda acaba fica provado que a revista era falsa mas ele continua afirmando que Lula é riquíssimo. Mensalão idem, Erenice também. Lulinha? Friboi, na veia. PT partido ladrão.
Ai no dia da eleição o cidadão vota contra a corrupção. No ÇERRA45!!!!! e elege o Alquimim no primeiro turno!!!! Aqui em Santos o candidato a deputado mais votado é o ….filho do vice governador eleito! O outro é aquele que mantinha trabalho escravo na sua fazenda!!!
Concordo com o professor Wanderley: se for decidido na urna o governo perde! A campanha do outro lado é de golpes abaixo da linha da cintura e já perdura 12 anos, 24 horas por dia, todos os dias, ai o governo perde! Como já perdeu a votação da participação popular.
Há que se ter um mínimo de inteligência para governar.

    CezarL

    13/11/2014 - 17h29

    Também de Santos-SP amigo? Pois é! E pensar que a única pessoa que fez a diferença nessa cidade foi a Telma de Souza-PT, hoje odiada pelos reaças daqui! Uma cidade que já foi considerada como “vermelha” na época da ditadura, ter se reduzido à isto! Esse monte de coxinhas!

nilo walter

13/11/2014 - 16h36

Importa é a participação popular .
É o cultivo de uma semente .
É uma jogada dantesca.
Por isso é temida pelas elites .
No mínimo servirá como um aprendizado .
Podemos perder uma batalha, mas não a guerra .
A idéia já é vitoriosa.

Marcos

13/11/2014 - 15h40

É o que penso, uma reforma política antes de uma democratização da imprensa é tiro no pé!

Dora Pecci

13/11/2014 - 17h07

?????????

Ricardo.Parafatti

13/11/2014 - 14h55

Miguel sinceramente depois de lutar muito nas redes sociais defendendo este governo para não termos retrocessos e, agora vendo toda semana a falta de coragem deste governo, da Presidente Dilma, dos deputados e senadores do PT (silêncio irritante), quanto a chantagem e manipulação da mídia, Policia Federal, Ministério Público, etc todos aparelhados por oposicionistas e não acontece absolutamente nada. Esse “bundão” babaca do José Eduardo Cardoso (Justiça) que faz media com a oposição para ser Ministro do STF e não enfrenta esse delegados tucanos assumidos que descaradamente manipularam a operação Lava Jato(vide Estadão de hoje 13/11) e o Bernardo Cabral das Comunicações que tbem é marionete consciente das teles e boicota a telebras na expansão da rede de banda larga e sua universalização. Só tenho uma coisa dizer e o digo muito triste: CANSEI!!!

    vilaboas

    13/11/2014 - 17h52

    Só peço uma coisa: não desanime por favor. Os nossos inimigos só esperam isto: que fiquemos desanimados e briguemos entre nós. Precisamos continuar unidos! Vamos esfriar a cabeça e continuar para o bem do BRASIL Saudações democráricas.

Armand de Brignac

13/11/2014 - 14h45

O pobre não entrava na faculdade. O que o PT fez? Investiu na Educação? Não, tornou a prova mais fácil. Mesmo assim, os negros continuaram a não conseguir entrar na faculdade. O que o PT fez? Melhorou a qualidade do ensino médio? Não, destinou 30% das vagas nas universidades públicas aos negros que entram sem fazer as provas. O analfabetismo era grande. O que o PT fez? Incentivou a leitura? Não, passou a considerar como alfabetizado quem sabe escrever o próprio nome.A pobreza era grande. O que o PT fez? Investiu em empregos e incentivos à produção e ao empreendedorismo? Não. Baixou a linha da pobreza e passou a considerar classe média quem ganha R$300,00. O desemprego era pleno. O que o PT fez? Deu emprego? Não. Passou a considerar como empregado quem recebe o bolsa família ou não procura emprego. A saúde estava muito ruim. O que o PT fez? Investiu em hospitais e em infraestrutura de saúde, criou mais cursos na área de medicina? Não. Importou um monte de cubanos que sequer fizeram a prova para comprovar sua eficiência e que aparentemente nem médicos são. (Um já foi identificado como capitão do exército cubano) ALGUÉM AINDA DUVIDA QUE ESSE GOVERNO É UMA TREMENDA FARSA?

    Jayme

    13/11/2014 - 14h59

    E o que o seu governo tucano e demais da direita fizeram nos 500 anos anteriores? Este governo realmente inseriu 45 milhões de pessoas na classe média, quem respalda é a ONU. Nunca antes na história deste país um porteiro pôde viajar de avião, comprar carro e entrar na Universidade, como eu mesmo testemunho. O que importa mesmo é que o pobre pode sim entrar numa universidade. Nunca em toda nossa história tivemos tantos universitários. Nunca antes na história um governante criou tantas universidades federais (18) em apenas 12 anos e centenas de extensões universitárias e centenas de escolas profissionalizantes. Na era caótica de FHC, mas exatamente em 2002, o Brasil estava rebaixado a condição de 15.a economia do planeta, com risco país nas alturas, endividado (dívida pública dolarizada e a 64% do PIB), nas mãos do FMI, desemprego e inflação (12,5%) altos, dólar a 3,85. Hoje somos a 6.a economia do planeta, com reservas cambiais suficientes (6.a do mundo) para pagar a dívida externa, dívida publica reduzida a 34% do PIB e desdolarizada. Inveja mata, ainda mais considerando que foi um ex-operário, “semi-analfa” que deu as diretrizes para este novo Brasil. Morram de inveja caros direitistas que hoje até dizem se auto dominam indiretamente e vergonhosamente órfãos da ditadura, coxinhas bestiais…

      Armand de Brignac

      13/11/2014 - 17h20

      1 . CRESCIMENTO ECONÔMICO

      “Tivemos um biênio perdido, com o PIB per capita avançando minúsculo 1%. Superamos em crescimento na região apenas o Paraguai.”

      2. PAC DO MARKETING

      “O problema da infraestrutura permanece intocado. As condições de rodovias, portos e aeroportos nos empurram para as piores colocações dos rankings de competitividade.”

      3. INDÚSTRIA SUCATEADA

      “O setor industrial (…) praticamente não tem gerado empregos. Agora começa a desempregar.”

      4. INFLAÇÃO

      “O PT nunca valorizou a estabilidade da moeda. Na oposição, combateu o Plano Real. O resultado hoje é inflação alta, com baixíssimo crescimento.”

      5. PERDA DA CREDIBILIDADE

      “A má gestão econômica obrigou o PT a manobras contábeis que estão jogando por terra a credibilidade fiscal duramente conquistada.”

      6. ESTATAIS

      “A Petrobras teve perda no seu valor de mercado. Como o PT conseguiu destruir as finanças da maior empresa brasileira em tão pouco tempo e de forma tão nefasta? ”

      7. O ETERNO PAÍS DO FUTURO

      “(O PT) Anunciou em 2006, com as mãos sujas de óleo, que éramos autossuficientes na produção de petróleo e combustíveis. Pouco tempo depois, não apenas somos importadores de derivados como compramos etanol dos Estados Unidos.”

      8. AUSÊNCIA DE PLANEJAMENTO

      “No ano passado, especialistas apontavam que o governo Dilma foi salvo do racionamento de energia pelo péssimo desempenho da economia, mas o risco permanece.”

      9. DESMANTELAMENTO DA FEDERAÇÃO

      “O governo adota uma prática perversa que visa fragilizar estados e municípios.”

      10. FLAGELO DAS DROGAS

      “Um dos efeitos mais nefastos dessa omissão (na segurança) é a expansão do consumo de crack.”

      11. SAÚDE / EDUCAÇÃO

      “As grandes conquistas na Saúde continuam sendo as do governo do PSDB: Saúde da Família, genéricos, combate à Aids. O governo herdou a universalização do ensino fundamental, mas foi incapaz de elevar o nível da qualidade em sala de aula.”

      12. INTOLERÂNCIA

      “Setores do PT tratam adversário como inimigo a ser abatido. Tentam, e já tentaram cercear a liberdade de imprensa.”

      13. DEFESA DOS MALFEITOS

      “Não falta quem chegue a defender em praça pública a prática de ilegalidades sob a ótica de que os fins justificam os meios”

        Giusepe

        13/11/2014 - 18h16

        Gente…esse cara pirou legal…..num provoca não,que ele surta geral………..

        Jayme

        14/11/2014 - 08h42

        Cara,
        vá se tratar, não viaje na maionese…
        O seu PSDB rebaixou o Brasil a condição de 15a economia do planeta e com aumento de miseráveis e desempregados, endividamento, etc. Isto basta. Hoje somos a 6.a economia do mundo e com inserção social. Por isso Dilma foi reeleita. Fique na sua que doe menos.

          Jayme

          14/11/2014 - 08h45

          Em tempo,
          Brasil da era caótica de FHC rebaixado a condição de 15a economia do mundo e com endividamento sem precedentes, entreguismo, submissão e vira-latice

        Jayme

        14/11/2014 - 09h10

        http://www.conversaafiada.com.br/…/uploads/2014/11/fhc.jpg

    Eva

    13/11/2014 - 15h07

    Oh! pobrezinho! ORA QUE MELHORA.

    Jayme

    13/11/2014 - 15h16

    Vá perguntar aos assistidos dos médicos cubanos se eles preferem outros médicos, se estão satisfeitos… Os cubanos e demais estrangeiros foram onde os médicos brasileiros não quiseram ir. Mais médicos sempre que precisar! Ótima iniciativa e acertada decisão governamental.

    flavio

    13/11/2014 - 15h49

    Armand, esqueceu de tomar o remedinho hoje???

    Roberto de Paulor

    13/11/2014 - 19h55

    Além de coxinha,é um tremendo tapado,só assiste jornal na globosta,lê a foia,e é do PSDB,o partido +ficha suja do PAÍS.

Paula GD

13/11/2014 - 16h29

É algo tao notorio o que eles fazem vetando medidas pro bem do povo. E ainda ha “povo” que o dê razao.. :o

Paulo Ricardo Siqueira

13/11/2014 - 16h15

A grande vantagem de uma Assembléia Constituinte para a Reforma Política, é o debate e a mobilização social que isso traduziria. Convenhamos sem participação da sociedade, nenhuma Reforma na Política é efetiva. O que o ocorreu na Itália é exatamente isso, sem mobilização e efetiva participação da população, nada muda, nada mudará. Mas aí nem me venham depois com discursos sobre a corrupção.

    Diogo Vicenzi

    14/11/2014 - 00h36

    Não existe uma assembléia constituinte “exclusiva” como muitos querem dizer apenas para determinado tema, no caso, a reforma política. Criar uma assembleia constituinte é como abrir uma caixa de pandora! Adeus CF de 88, os constituintes (políticos) eleitos para esse ato podem legislar sobre tudo! É muito perigoso…

    Paulo Ricardo Siqueira

    14/11/2014 - 00h38

    Existe sim, a CF permite reformas, com exceção das Cláusulas Pétreas. Isso seria definido na convocação.

    Paulo Ricardo Siqueira

    14/11/2014 - 00h39

    Viver é muito perigoso, com esse Congresso nada sairá de interessante, não haverá Reforma Política, e sem ela, vamos continuar nesse no passo que estamos.

João Soares Sobrinho

13/11/2014 - 16h13

Com um Congresso de Bolsonaros, Cunhas e Felicianos, e com um STF de Gilmares, a reforma política já está saindo pela culatra.

    Paulo Ricardo Siqueira

    14/11/2014 - 00h40

    Sem dúvida, com o Congresso atual não haverá Reforma Política.


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