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Governo põe cartas na mesa

[s2If !current_user_can(access_s2member_level1) OR current_user_can(access_s2member_level1)]Análise Diária de Conjuntura – 04/11/2015 O governo pôs as cartas na mesa sobre as contas públicas deste ano.  A imprensa, naturalmente, está alardeando o “déficit” de R$ 120 bilhões apresentados. É um número parecido ao de todos os anos anteriores, só que desta vez se escolheu apresentar de maneira mais transparente, […]

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[s2If !current_user_can(access_s2member_level1) OR current_user_can(access_s2member_level1)]Análise Diária de Conjuntura – 04/11/2015

O governo pôs as cartas na mesa sobre as contas públicas deste ano.  A imprensa, naturalmente, está alardeando o “déficit” de R$ 120 bilhões apresentados. É um número parecido ao de todos os anos anteriores, só que desta vez se escolheu apresentar de maneira mais transparente, o que é bom.

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Ao contrário do que deseja a oposição, e a própria mídia, a jogada surtiu um efeito tranquilizante sobre os mercados político e econômico, porque mostra o governo disposto a jogar de maneira mais aberta, sem esconder nenhum problema econômico, ao contrário do que fizeram – sempre é bom repetir – todos os governos anteriores.

O número está inflado pela atuação do BNDES, que opera com taxas de juros inferiores ao do mercado. Com o aumento dos juros, a conta aumenta.

O que a imprensa não diz é que o subsídio está nos juros malucos da taxa selic, não do BNDES, que opera com juros mais próximos do mercado internacional.

Quem está sendo subsidiado no Brasil são os rentistas. Mas eles sabem disso, assim como a indústria brasileira sabe que precisa de juros diferenciados do BNDES – tanto é assim que os ataques ao BNDES arrefeceram.

O governo entregou, antes do prazo, a sua defesa para as pedaladas. Pode haver alguma surpresa positiva aí, porque a relatora do Orçamento, a senadora Rose de Freitas, já se posicionou de maneira bem mais sensata do que os ministros do TCU, aos quais ela criticou de maneira bem direta, ao afirmar que fizeram um julgamento político, sem analisar devidamente os argumentos da defesa.

Assista ao vídeo com Renan e Rose Freitas:

Segundo Renan, a votação das pedaladas será feita no dia 17 de dezembro. O golpômetro, naturalmente, subirá um bocado nesta data, mas não há possibilidade disso se tornar motivo para impeachment: primeiro porque, à diferença do TCU, não haverá unanimidade. O governo tem uma bancada forte no Senado e na Câmara.

Eu fiz o golpômetro crescer dois pontos hoje por causa das notícias sobre a greve dos caminhoneiros. Ela promete ser ainda mais abertamente política do que a anterior, mas isso tende a enfraquecê-la e desmerecê-la. É uma greve perigosa, e alguns lembram do que aconteceu no Chile, quando uma greve de caminhoneiros levou ao desabastecimento e ajudou a derrubar Allende.

A página do Comando Nacional dos Transportes, uma associação picareta extra-sindical, é horrível. Só tem mensagem golpista e pede contribuições financeiras na conta de um “presidente” que ninguém votou.

Tudo vai depender, naturalmente, do nível de adesão da greve. Segundo a imprensa, houve, de fato, promessas não cumpridas por parte do governo.

É uma greve perigosa, porque, se bem sucedida, pode empoderar um movimento golpista; e receberá apoio de todos os movimentos golpistas, como Revoltados On Line, etc.

O governo tem, porém, a faca e o queijo na mão para desmantelar essa greve, e torná-la em mais uma derrota do golpismo.

Até o fim do ano, a histeria golpistas das revistas semanais deve crescer na proporção que o golpe perde força.

Ano que vem, as Olimpíadas, um cenário econômico melhor (segundo a estimativa dos próprios agentes privados, compilada pelo Boletim Focus), e as eleições de 2016 tendem a esvaziar ainda mais as tentativas de desestabilização do governo.

A oposição pode ter cometido um erro histórico ao se associar ao golpismo. A opinião pública brasileira, em virtude do brutal déficit de democracia em nosso sistema de comunicação, vive sob influência de empuxos profundamente voláteis.

O golpismo pode se voltar contra os golpistas, e a humilhação que a mídia tenta inflingir ao PT e a todos que apoiaram ou ainda o apoiam, pode se converter em paixão política em favor da recuperação simbólica do partido. Se o PT souber usar esse movimento sem oportunismo, abrindo novos canais de diálogo com a sociedade e permitindo mudanças democráticas internas, ele poderá sair fortalecido desse processo, e não destruído, conforme previam todos.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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