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As estranhas coincidências que cercam o AI-5 de Gilmar Mendes

Obviamente não foram coincidências.  Após o sucesso das megamanifestações em apoio ao governo, no dia 18 de março, os conspiradores arrumaram um jeito de produzir uma manchete golpista para o dia seguinte.  A Globo precisava de uma notícia impactante contra Lula. Gilmar Mendes acionou uma funcionária de seu Instituto e produziu rapidamente uma peça, notoriamente ilegal, […]

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Obviamente não foram coincidências. 

Após o sucesso das megamanifestações em apoio ao governo, no dia 18 de março, os conspiradores arrumaram um jeito de produzir uma manchete golpista para o dia seguinte. 

A Globo precisava de uma notícia impactante contra Lula.

Gilmar Mendes acionou uma funcionária de seu Instituto e produziu rapidamente uma peça, notoriamente ilegal, para impedi-lo de tomar posse.

Eu acho, porém, que é uma derrota para os golpistas que eles tenham sido obrigados a usar Gilmar Mendes, juiz cuja imagem já está profundamente maculada como juiz de oposição.

Essa violência apenas serve para ressaltar o regime de exceção que estamos vivendo, em que um ministro do STF usa uma liminar estropiada, ilegal, como forma de cassar os direitos políticos de um cidadão cujo único "crime" é ter cogitado adquirir um apartamento e frequentado um sítio. 

Não há exatamente nenhuma prova contra Lula.

Toda a vida de Lula foi devassada e vazada para a imprensa: telefonemas, contas bancárias, tudo. E até agora não se achou nada que desabone a conduta do ex-presidente. 

Os áudios vazados, criminosamente, por Sergio Moro, atestam a inocência de Lula: em nenhum momento, ele age como o "chefe de quadrilha" de um poderoso esquema de corrupção. 

***

Nas coincidências do judiciário todos os rios deságuam no Gilmar

Por Luiz de Queiroz, no Jornal GGN.

Ministro suspendeu nomeação de Lula na Casa Civil; mandado de segurança foi peticionado por uma velha conhecida

Jornal GGN – Em 18 de março, no dia seguinte à posse, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu a nomeação de Lula na Casa Civil.

Chegou até ele um mandado de segurança coletivo – impetrado pelo Partido Popular Socialista (PPS) e peticionado pela advogada Marilda de Paula Silveira – solicitando o impedimento do ex-presidente de assumir o cargo por “desvio de finalidade”.

Gilmar deferiu a liminar, interrompendo a eficácia da nomeação de Lula.

O caso traz algumas coincidências. A advogada Marilda de Paula Silveira faz parte da Direção Acadêmica da Escola de Direito de Brasília (EDB), entidade que faz parte do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

O ministro Gilmar Mendes, por sua vez, é dono do IDP. Ou seja, julgou mandado de segurança peticionado por uma funcionária, sem declarar suspeição.

Além disso, até a tarde de sexta-feira (19), Gilmar havia dito a repórteres de Brasília que não iria apreciar o caso de Lula naquele dia. Mudou de ideia depois de tomar conhecimento da extensão das manifestações de apoio ao governo.

Coincidências: depois de ser fotografado almoçando com o senador oposicionista José Serra, o ministro Gilmar Mendes julga uma ação peticionada por uma funcionária, contra a nomeação de um ministro assinada pela presidente da República.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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