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Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG divulga Manifesto Pela Democracia

MANIFESTO PELA DEMOCRACIA — FACE UFMG Assistimos a cada dia ao agravamento da crise institucional e política pela qual passa o Brasil. Os membros abaixo assinados da comunidade da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, entre estudantes, funcionárias e funcionários técnico-administrativos, professoras e professores, pesquisadoras e pesquisadores, sentem-se no dever democrático de se pronunciar acerca […]

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MANIFESTO PELA DEMOCRACIA — FACE UFMG

Assistimos a cada dia ao agravamento da crise institucional e política pela qual passa o Brasil. Os membros abaixo assinados da comunidade da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, entre estudantes, funcionárias e funcionários técnico-administrativos, professoras e professores, pesquisadoras e pesquisadores, sentem-se no dever democrático de se pronunciar acerca da condução sistematicamente arbitrária e seletiva de processos na Justiça brasileira que ferem diretamente nossa jovem democracia.

Nos mais de setenta anos de história, a comunidade acadêmica da Faculdade de Ciências Econômicas sempre esteve presente nas discussões do cenário político-econômico nacional e atuou veementemente na oposição aos governos militares em defesa da democracia. Nomes conhecidos pela resistência à ditadura civil-militar tais como Herbert José de Sousa, o Betinho, e a própria Presidenta Dilma Rousseff, em sua juventude, foram membros dessa comunidade e fizeram da FACE o local de grande parte da construção dessa resistência. Além de diversos tipos de constrangimentos políticos colocados a funcionárias e funcionários, professoras e professores, três estudantes foram mortos – Carlos Alberto Soares de Freitas, João Batista Franco Drummond e Gildo Macedo Lacerda – e um se tornou desaparecido – Juarez Guimarães de Brito – em consequência da repressão política.

Diante disso, é evidente que a construção política da FACE sempre esteve ativa e, mesmo considerando o processo em curso distinto do da ditadura de 64, acredita-se que a movimentação está sendo orquestrada por agentes semelhantes. Uma parcela de políticos golpista, uma imprensa parcial e uma justiça seletiva. Acreditamos, pois, que o golpe não só se resume àquele feito com pólvora, mas também àquele que se tem uma ruptura institucional, um romper da Constituição. Vemos a construção de um discurso de combate à corrupção que, com o apoio da grande mídia, torna-se partidário a ponto de inflamar a população em torno de um pedido de impeachment sem provas de crime ou fundamentação jurídica.

Um dos principais articuladores desse movimento, o atual Presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, além de líder de uma agenda absolutamente conservadora e retrógrada em termos de direitos e liberdades individuais, acumula denúncias de envolvimento em esquemas de corrupção e é réu de ação penal por recebimento de propina em conta na Suíça. Intocado na Presidência da casa, será o responsável pela condução do processo de impeachment de uma Presidenta sem envolvimento comprovado em quaisquer esquemas ilícitos.

Viemos a público, portanto, defender as instituições democráticas deste país e que todos os processos corram dentro da legalidade. Repudiamos absolutamente a tentativa de golpe em curso através do arbitrário pedido de impeachment, assim como a permanência de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados.

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Plinio Rafael Reis Monteiro

14/04/2016 - 13h24

Uai. Sou professor na face ufmg (coordenador da pós, subcoordenador da graduação e coordenador de monitoria)e não vi ou ouvi nada disso. É importante falar quem assinou o termo. Estou certo que não é unânime. No corpo docente do cad eu arriscaria dizer que as posições são no mínimo divididas igualmente…

Asdrubal Caldas

14/04/2016 - 01h05

Primeiro eu procurei os “membros abaixo assinado”, e não encontrei nada. Depois vem com esta conversa já desmascarada de que a Dilma lutou pela Democracia. Só se ela não leu o estatuto que organizou aqueles que partiram para a luta armada. Já tivemos vários deles que gravaram vídeos para deixar para a posteridade, e desmascarar algum historiador que queira deixar uma “estória” montada para transformar guerrilheiros em futuros heróis da pátria. O Fernando Gabeira, o Eduardo Jorge, a Vera Magalhães, e tem outros que não me ocorre o nome. Todos foram unânimes em deixar registrado que houve sim quem pensava estar lutando pela Democracia, mas não os que pegaram em armas.

Estes sabiam desde o princípio que estavam lutando para tirarem os militares, e implantarem a pior de todas as ditaduras, a “Ditadura do Proletariado”. E ate o cantor Amado Batista, numa entrevista à partidária da esquerda, Marília Gabriela, disse o seguinte: “Eu fui torturado sim, mas não tenho raiva dos militares”, e ela, a Marília Gabriela, toda nervosa, pois pensava que ele iria falar mal dos militares disse: “mas o que é isto você não ficou com mágoa deles”, e ele respondeu: Não porque eu reconheço que estava fazendo coisas erradas. ( tudo isto tem vídeo, é só procurarem).

Com o Betinho ocorreu um fato sui generis. Eu explico: O lula tinha em mãos o Projeto do Fome Zero, e foi levá-lo ao Presidente Itamar Franco. Ocorre que muito do esperto, tinha em mente que o Itamar Franco iria se recusar a implantar um projeto levado pelo Lula, quer dizer, criar a fama para outro. E assim que o Itamar recusasse o Projeto, ele teria em mãos uma arma poderosa, para poder desmilinguir aos poucos, o Governo do Itamar, espalhando que levou um grande projeto que iria acabar com a fome no brasil, e o Itamar não aceitou. Ocorre que o Itamar aceitou o projeto de braços abertos. Sabem o que o Lula fez? Desautorizou à que todos os petistas ajudassem no projeto. E sabem quem teve, mesmo estando muito doente, que tocar o Projeto? Isto mesmo, ele o Betinho.

E lamentavelmente foi por este motivo que o projeto acabou não dando em nada. E tem inclusive uma história, a se confirmar que, foi mandado um caminhão de feijão para uma cidade do ABC Paulista, e o Prefeito petista jogou fora, dizendo que o feijão estava contaminado. E é muito interessante o que é dito a seguir: “Nos mais de setenta anos de história, a comunidade acadêmica da Faculdade de Ciências Econômicas sempre esteve presente nas discussões do cenário político-econômico nacional e atuou veementemente na oposição aos governos militares em defesa da democracia.” Então desta vez vocês se atrasaram muito, para começarem a luta. Uma vez que faltam apenas cinco dias para começar a possível desdita da Presidente Dilma.

E com referência ao Eduardo Cunha, é necessário que se diga a verdade: Ele não é o grande articulador do pedido de Cassação da Dilma. Haja Vista que antes deste pedido elaborado pelos três competentíssimos Doutores em Direito, o Doutor Hélio Bicudo, o Doutor Miguel Reali Junior, e a Doutora Janaína Paschoal, ele havia protelado o quanto pode, basta ver quantos pedidos anteriores ele arquivou. E também temos que levar em conta que até o Lula pediu para que não fustigassem o Cunha, e ele se vendo protegido, foi segurando até quando deu. Mas ai a Lava Jato descobriu aquela conta dele na Suiça, e todos se viraram contra o cunha. E ele então vendo-se só, e sem saída, deve ter pensado caio mas levo a Dilma comigo.

E é também muito interessante o tratamento de opressão dado ao Presidente da Câmara Eduardo Cunha, do PMDB, em relação ao Renan Calheiros, Presidente do Senado, também do PMDB, e com mais processos nas costas do que o Cunha. Mas o pau que bate em Francisco, também não deveria bater em Chico? Ou não? Vai saber, não é mesmo?

Lu

13/04/2016 - 19h41

Orgulho da minha Faculdade! =)

timteobatalha

13/04/2016 - 17h21

E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim.
Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão.
Daniel 12:9,10

Antonio Passos

13/04/2016 - 15h48

Ah querem saber, hoje estou sem saco. A intelectualidade se portou como um bando de bundões, como disse o Stedile. Agora é um pouco tarde, estavam todos deitados em berço esplêndido, quando não fazendo coro à destruição do governo. Agora fazem manifestos de todos os lados. Pois eu sugiro que, caso o governo seja impedido, limpem as bundas com seus manifestos.

jose augusto

13/04/2016 - 15h34

Precisamos passar dos manifestos às ruas.
Só o povo nas ruas será capaz de por os golpistas para correrem.
Domingo, 10h, todos os democratas devem ir às ruas e praças.


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