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Mesmo afastado, Cunha continuará custando uma fortuna para o Brasil

Afastado, Cunha custará mais de R$ 160 mil e manterá casa e avião da FAB No Congresso em Foco Mesmo afastado da presidência da Câmara e do exercício de seu mandato, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continuará recebendo salário e outros benefícios garantidos aos deputados, que somam mais de R$ 160 mil por mês. Fora isso, seguirá […]

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Afastado, Cunha custará mais de R$ 160 mil e manterá casa e avião da FAB

No Congresso em Foco

Mesmo afastado da presidência da Câmara e do exercício de seu mandato, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continuará recebendo salário e outros benefícios garantidos aos deputados, que somam mais de R$ 160 mil por mês. Fora isso, seguirá com as garantias previstas para um presidente da Câmara, como ocupar a residência oficial, locomover-se em carro oficial e jato da Força Área Brasileira (FAB) e ter à sua disposição uma equipe de seguranças. As informações foram confirmadas pela Secretaria-Geral da Mesa. A justificativa é de que o peemedebista não perdeu o mandato, apenas foi suspenso temporariamente, em situação análoga ao eventual afastamento da presidente Dilma durante o processo de impeachment.

No período em que estiver proibido de realizar qualquer atividade parlamentar, Cunha receberá o salário de R$ 33,7 mil, a verba de R$ 35,7 mil para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato, entre outras despesas. Também estão assegurados os R$ 92 mil reservados para a contratação e manutenção de até 25 funcionários em seu gabinete de apoio. Não entram nessa conta os servidores que atuam por livre escolha do peemedebista na presidência da Câmara.

O primeiro-secretário, Beto Mansur (PRB-SP), afirmou que a Casa foi pega de surpresa com a situação “inédita”. É a primeira vez, segundo ele, que um deputado é suspenso do mandato por determinação do Supremo. “Ninguém esperava, não sabemos como lidar com essa situação”, reconheceu Mansur. De acordo com o primeiro-secretário, não há artigo no Regimento Interno que explique os direcionamentos a serem adotados pela Câmara em caso de afastamento de algum parlamentar.  A reação do comando da Casa à decisão do Supremo foi de “espanto”, afirmou o deputado paulista.

Decano entre os 513 deputados, Miro Teixeira (Rede-RJ) entende que o caso de Cunha se assemelha ao de um eventual afastamento da presidente Dilma Rousseff por até 180 dias no processo de impeachment. Caso o Senado afaste a presidente, a petista continuará a morar na residência oficial, o Palácio da Alvorada, e a ter salário e outros benefícios atrelados ao mandato presidencial.

“Ele não teve o mandato anulado, recebeu apenas uma liminar que determina o seu afastamento das funções de deputado. Ele deve permanecer com a residência oficial assim como Dilma ficará com todos os benefícios do cargo até a decisão sobre a sua possível cassação sair”, explicou Miro.

Novas eleições para a presidência da Casa também estão descartadas por enquanto. Como Cunha não perdeu o diploma de deputado, não houve “vacância” do cargo, único caso que permitiria a convocação para nova votação. Acompanhando o mesmo raciocínio, o suplente de Cunha também não poderá assumir o cargo, hipótese prevista para casos de licença, renúncia ou cassação de mandato.

Nesta tarde, os ministros do Supremo Tribunal Federal confirmaram o afastamento do mandato parlamentar e da presidência da Câmara. Eles avalizaram a liminar concedida na madrugada desta quinta-feira (5) pelo ministro Teori Zavascki, que acolheu pedido feito ainda em dezembro pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Relator da Operação Lava Jato no âmbito do STF, Teori ressaltou que Cunha não tem mais condições de presidir a Câmara diante dos indícios de que pode atrapalhar as apurações contra ele na Lava Jato e no Conselho de Ética, onde enfrenta processo de cassação. Segundo o ministro, a permanência do deputado no mandato nas atuais condições prejudica a imagem da Casa.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Maarcos Lima

06/05/2016 - 07h53

BRASIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL, SIL,
CRIANÇA NÃO VERÁS NENHUM PAÍS COMO ESTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Alexandre Moreira

06/05/2016 - 00h49

Companheiros, no futuro será difícil explicar aos nossos filhos o que foi este golpe se não lutarmos. Se houver luta, diremos dignamente: filho lutamos e vencemos ou filho lutamos e perdemos, não importa lutamos.

Na minha cidade tem luta. Entre dezenas de outras ações, tem acampamento definitivo do MPL, UBES, UNIÃO COLEGIAL DE MINAS, MTD, MST, SINDIPETRO, SINDIELETRO, UNIÃO MORADIA POPULAR e SINDUTE em praça que antes era dos coxinhas.

Luca Selle

06/05/2016 - 00h21

Dilma e o novo presidente da Camara dos
Deputados Waldir Maranhão, o mesmo que votou contra o impeachment. O PT e
o Foro de Sao Paulo e toda escoria de esquerda que destruiu o país
agradecem pela sua ignorância e pela sua estupidez políticas, das quais
voce, uma pessoa obviamente isenta, deve tanto se orgulhar.

Luca Selle

06/05/2016 - 00h19

Não se trata de ter bandido de estimação mas sim de não ser muito burro nem cínico

Celebrar
e comemorar a suspensão do mandato de Eduardo Cunha equivale a mais uma
vez fazer exatamente o que o petismo e todo o resto da esquerda esperam
e desejam, como muitos fizeram ao longo de quase dois anos de movimento
pró-impeachment. E para quem cede facilmente ao clichê e ao bordão que
diz “não tenho bandido de estimação”, vale lembrar que não se trata
aqui da estima ou não por um suposto bandido, mas sim de perceber como o
petismo conduziu o país a um regime de estado autoritário em que um
único poder da república, formado por pessoas não eleitas, passou a ser o
poder absoluto e incontestável para determinar os rumos da nação. Esse é
o primeiro passo para o autoritarismo pleno, resultante da delinquência
institucional que o petismo criou justamente para esse propósito. Daqui
a pouco iremos postar um vídeo com uma análise mais detalhada dos
episódios de hoje.


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