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Invictos

Foto: Carlos Gregório/Vasco Por Luis Edmundo Araujo, editor de esporte do Cafezinho Primeiro veio a eliminação surpreendente da Seleção Brasileira na Copa América, contra o Peru, depois a vitória da Hungria sobre a Áustria na estreia na Eurocopa, marcando o retorno de uma tradicional escola do futebol, e acabou que não foi registrado aqui até […]

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Foto: Carlos Gregório/Vasco

Por Luis Edmundo Araujo, editor de esporte do Cafezinho

Primeiro veio a eliminação surpreendente da Seleção Brasileira na Copa América, contra o Peru, depois a vitória da Hungria sobre a Áustria na estreia na Eurocopa, marcando o retorno de uma tradicional escola do futebol, e acabou que não foi registrado aqui até agora o fim da invencibilidade de 34 jogos oficiais do Vasco, que era a maior do futebol brasileiro este ano e terminou neste sábado, na derrota para o Atlético Goianiense por 2 a 1, no Espírito Santo. O Vasco até já voltou a jogar e venceu, ontem, o Náutico do Recife, por 3 a 2, em São Januário, mas ainda cabe a homenagem não só a esse time que conquistou a Taça Guanabara e o bicampeonato carioca durante a série invicta, mas também a todos os outros times cujos recordes de invencibilidade em partidas oficiais permanecem superiores ao do Vasco, inclusive ao Flamengo de Zico, Andrade, Adílio, Júnior e cia, que se teve sua marca de 33 jogos de campeonato sem perder batida pelo maior rival, continua sendo, ao lado do Botafogo, o detentor da maior invencibilidade da era profissional no futebol brasileiro, valendo amistoso.

As séries invictas de alvinegros e rubro-negros, aliás, têm histórias casadas, com um ponto em comum no meia Renato Sá, que jogava no Grêmio e fez dois gols na vitória de 3 a 0 sobre o Botafogo, no Campeonato Brasileiro de 1978, que decretou o fim da invencibilidade alvinegra de 52 jogos, 42 oficiais. Renato Sá, então, foi contratado pelo alvinegro, e logo depois o Flamengo, que viria a ser tricampeão carioca em dois anos, engatou sua sequência e igualou a marca do rival justamente na partida anterior ao clássico, num dos dois campeonatos cariocas disputados em 1979. Maracanã lotado, como mostra o vídeo abaixo, o Flamengo favorito, a torcida em festa e eis que o desacreditado Botafogo vence com um gol de Renato Sá, num jogo cujo melhor personagem, no entanto, não foi ele.

No gol do Botafogo estava Borrachinha, reserva que tinha sua primeira grande oportunidade num clássico, e filho de Luiz Borracha, goleiro do Flamengo nos anos 40 que acabou banido do clube, acusado de facilitar uma derrota justamente para o Botafogo. Borrachinha também tinha dado os primeiros passos no futebol no Flamengo, como o pai, mas não vingou no clube, rodou por outros times e apareceu no Botafogo para ter seus 15 minutos de glória na vitória de 1 a 0 que impediu que os rubro-negros batessem o recorde alvinegro.

À frente dos dois times cariocas, com 53 jogos invictos, dos quais 39 oficiais, está o Grêmio de Porto Alegre, que conseguiu a marca no final da fase do amadorismo no futebol brasileiro, nos anos de 1931/32/33, quando já jogava no time o lendário goleiro Eurico Lara. Em termos apenas de jogos oficiais, a maior invencibilidade do Brasil é do São Paulo, 45 jogos em 1974/75. O time tinha o uruguaio Pedro Rocha como craque, o hoje técnico Muricy Ramalho no meio-campo e foi campeão paulista em 1975, mas quando a série invicta já havia sido quebrada. Outros times que permanecem à frente do Vasco são o Bahia de 1982, bicampeão baiano, que tinha o ponta Osni, o artilheiro Dario, o Dadá Maravilha e o meia Léo Oliveira, e ficou 38 jogos oficiais invicto; e a Desportiva Ferroviária, do Espírito Santo, que em 1967 e 1968 ficou 41 partidas oficiais sem perder.

luis.edmundo@terra.com.br

 

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Luis Edmundo

Luis Edmundo Araujo é jornalista e mora no Rio de Janeiro desde que nasceu, em 1972. Foi repórter do jornal O Fluminense, do Jornal do Brasil e das finadas revistas Incrível e Istoé Gente. No Jornal do Commercio, foi editor por 11 anos, até o fim do jornal, em maio de 2016.

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