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Está difícil saber se a direita imita as lideranças de esquerda ou se a esquerda aderiu ao estilo da direita

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil A última flor do pântano oposicionista por Wanderley Guilherme dos Santos, no Segunda Opinião A esta altura está difícil saber se a direita imita a liderança da esquerda ou se esta aderiu ao estilo daquela. Virou moda a manipulação de informação, formação de panelinhas, discriminação, censura e difamação. A […]

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Brasília - O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, com 285 votos. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

A última flor do pântano oposicionista

por Wanderley Guilherme dos Santos, no Segunda Opinião

A esta altura está difícil saber se a direita imita a liderança da esquerda ou se esta aderiu ao estilo daquela. Virou moda a manipulação de informação, formação de panelinhas, discriminação, censura e difamação. A mídia tradicional tem tarimba e competência, faz passar gato por lebre mesmo onde não existam nem gato nem lebre. Já a esquerda é desastrada e tosca quando perde o rumo do nariz. A estranha patacoada de condicionar, em nome de quem não se sabe, apoio à recuperação do mandato de uma Dilma Rousseff comprometida a abdicar, se reempossada, continua a pipocar na opinião dos mais esquisitos personagens a propósito de coisa alguma. Podem chamar de plebiscito, é a velha sacada da direita de chamar golpe de revolução. Assim como extrair respostas embutidas em perguntas prontas é outra manobra tipo batedor de carteira de reportagens encomendadas. Aliás, não é de hoje que a velhacaria de assassinar caráter de dissidentes abandonou a fidelidade partidária e se vulgarizou como recurso vadio, vinte e quatro horas à disposição de qualquer um.

A real liberdade de imprensa, finalmente promovida pela internet, tudo aceita, sem filtrar páginas que reproduzem a imagem escarrada dos jornalões, com o contrapeso de uma linguagem rude. Não há novidade no que se lê, nem no que não se lê na internet, cópia dos diários impressos, que não surpreendem ninguém. Previsivelmente, grande parte das matérias dos jornalões divulga reportagens e editoriais contradizendo as bandeiras da esquerda. Vingança da dialética, a esquerda pautando a direita. Mas nem dela escapa a esquerda, com três quintos constitucionais dos blogues sobrevivendo por necrofilia, excomungando as opiniões da direita. Se os jornalões falirem haverá estrondosa mortandade entre os postes – é isso mesmo, postes, da esquerda.

Última flor do pântano, blogues especializados soltaram balões com a revolucionária proposta de apoiar um trêfego participante da salada golpista (aquela de 17 de abril) à presidência da Câmara dos Deputados. Alegadamente, um dardo letal contra Eduardo Cunha e o governo interino e usurpador de Michel Temer. O oportunismo próprio de amadores, quando não disfarça solerte manobra utilitária, ofende ao grande contingente que se vai consolidando na resistência à usurpação. Aconteça o que acontecer na decisão do Senado em agosto: se o processo de impedimento for derrotado, caberá campanha punitiva dos sabotadores da democracia. Basta de anistia a psicopatas, exploradores de pobres, mercadores do patrimônio nacional. Se consumado o impedimento, cumpre insistir na oposição ao governo, cuja ilegitimidade não compete a nenhuma decisão do Senado absolver. O restabelecimento da dignidade do voto não é matéria de decisão legislativa e o apoio ao governo deve ser implacavelmente coberto de vergonha. Basta de oposição sem pudor.

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Comentários

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Antonio Passos

15/07/2016 - 12h11

O que muita gente na esquerda “de vitrine” não entendeu, é que uma coisa é ficar posando de purinha, fazendo número no congresso e outra é mudar a vida dos miseráveis como o PT fez. Para fazer alguma coisa, é preciso trabalhar com os políticos ELEITOS PELO POVO e não ficar fazendo careta, segurando plaquinhas no plenário. O grande erro da esquerda foi exatamente eleger uma presidente “purinha” e com nojinho de política e dos políticos. Se o povo elege o lixo, é com ele que se tem de trabalhar, sempre pelo bem deste povo . LULA ensinou isso mas alguns não entenderam.

    Atineli

    17/07/2016 - 10h37

    Dilma não é “purinha”. Isso é machismo/misoginia. Tenha mais respeito pelas opções de governo da presidenta que errou mas tb acertou muito. O que ela provocou (e só ela poderia ter provocado) pode ser uma grande oportunidade para a Nação. Estamos de fato face à face com todos nossos demônios, ou seja, a merda subiu e está exposta. O que não dava mais era continuar a negociar com bandidos em nome da governabilidade (sempre vendida e desmoralizada). Todos precisam é colocar as mãos na massa e se responsabilizar por seu papel de cidadão/cidadã participante e político. Fora disso é blábláblá de gente que procura lavar as mãos acusando sempre o outro em vez de olhar para o próprio umbigo.


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