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Cenário eleitoral do Rio está praticamente definido com 10 candidaturas

Por Theo Rodrigues, colunista do Cafezinho   Com as últimas convenções realizadas neste fim de semana o cenário para as eleições municipais do Rio de Janeiro ficou praticamente definido com dez candidaturas. A quantidade de candidatos segue a média dos últimos anos na cidade: em 2012 foram 8 candidatos, em 2008 foram 12, em 2004 […]

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Por Theo Rodrigues, colunista do Cafezinho

 

Com as últimas convenções realizadas neste fim de semana o cenário para as eleições municipais do Rio de Janeiro ficou praticamente definido com dez candidaturas. A quantidade de candidatos segue a média dos últimos anos na cidade: em 2012 foram 8 candidatos, em 2008 foram 12, em 2004 foram 10 e em 2000 o maior número, 14.

O senador Marcelo Crivella (PRB) é quem tem aparecido nas pesquisas em primeiro lugar. Apesar de ser de um partido pequeno, a capilaridade da igreja Universal habilita sua força eleitoral.

Por outro lado, Pedro Paulo (PMDB) tem aparecido na rabeira das pesquisas, mas conta com uma coligação de mais de 10 partidos o que lhe dá o maior tempo de rádio e televisão e a maior quantidade de vereadores que podem atuar como cabos eleitorais pela cidade. Sua votação estará concentrada na zona norte e oeste da cidade. Para superar a imagem de agressor de mulheres que está na opinião pública Pedro Paulo conseguiu recrutar Cidinha Campos do PDT para ser a sua vice.

O principal obstáculo a ser superado por Pedro Paulo é o racha que teve em parte de sua base eleitoral.  As candidaturas de Índio da Costa (PSD) e Carlos Osório (PSDB) certamente retirarão uma boa parcela dos votos que o candidato de Eduardo Paes teria na zona sul da cidade.

Jandira Feghali (PCdoB) também tem aparecido bem nas pesquisas. Apesar de ser de um partido pequeno, a aliança com o PT lhe trouxe o segundo maior tempo de rádio e televisão além do mais importante cabo eleitoral da cidade: o ex-presidente Lula. Para chegar ao segundo turno Jandira apostará na polarização do debate entre quem apoiou o impeachment e quem foi contra. Ademais, o fato de ter sido a relatora da Lei Maria da Penha a posicionará na opinião pública como a principal adversária de Pedro Paulo.

Uma novidade nessa eleição será a candidatura de Flávio Bolsonaro (PSC). Será a primeira vez na cidade em que o pensamento reacionário e autoritário terá um candidato próprio na eleição. Esse voto também tende a sair dos eleitores que apoiariam Pedro Paulo.

Com um dos menores tempos de televisão e rádio e ainda sem saber se poderá participar dos debates na televisão, Marcelo Freixo (PSOL) deverá concentrar seus esforços na internet.

Dois partidos estrearão na disputa: a Rede e o Novo. A Rede terá como candidato Alessandro Molon que já havia sido candidato à prefeitura pelo PT em 2008. Desta vez seu principal cabo eleitoral será Marina Silva. Já o Novo, partido de corte ideológico liberal, terá como candidata a professora da FGV Carmen Migueles. Os dois estreantes devem concentrar a totalidade de seus votos na zona sul da cidade.

Um dos poucos partidos que faltam tomar uma decisão é o PPS. Apesar de ter feito sua convenção municipal na tarde desta terça-feira o partido ainda não conseguiu ter uma posição consensual aprovada. A decisão está nas mãos da executiva que definirá até sexta-feira.

Ou seja, trata-se de uma eleição que contará com muitos candidatos fortes onde quem tiver 20% dos votos chegará ao segundo turno.

Muito se disse sobre a falta de unidade na esquerda que estará dividida em 3 candidatos – Jandira, Molon e Freixo. Mas a direita também estará dividida em muitos candidatos com Crivella, Pedro Paulo, Osório, Índio e Bolsonaro.

Fato é que se os partidos não foram capazes de fazer a unidade da esquerda, o eleitor a fará. Na última semana de setembro aquele entre Molon, Jandira e Freixo que estiver na frente das pesquisas receberá o voto útil dos outros dois para chegar ao segundo turno. Emoção certamente não faltará.

Chapas inscritas até agora na eleição para a prefeitura do Rio de Janeiro:

1 – Alessandro Molon (Rede – PV – PPL) Vice: Roberto Anderson

2 – Carmen Migueles (NOVO) Vice: Tomas Pelosi

3 – Cyro Garcia (PSTU) Vice: Marília Macedo

4 – Flávio Bolsonaro (PSC)

5 – Índio da Costa (PSD – PSB)

6 – Jandira Feghali (PCdoB – PT) Vice: Edson Santos

7 – Marcelo Freixo (PSOL – PCB) Vice: Luciana Boiteux

8 – Marcelo Crivella (PRB – PR)

9 – Osório (PSDB – PRP) Vice: Rodrigo Amorim

10 – Pedro Paulo (PMDB – PDT – DEM – PP – PTB – PROS – PEN – PTC – PTdoB) Vice: Cidinha Campos

 

Theo Rodrigues é sociólogo e cientista político.

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Theo Rodrigues

Theo Rodrigues é sociólogo e cientista político.

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