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Jurista Miguel Reale Jr degrada a cultura do samba em discurso no julgamento do impeachment

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil por Luiz Antonio Simas, no Facebook Eu não deveria perder trinta segundos com uma cretinice dessas, mas vamos lá. Sobrou pro samba. Miguel Reale Junior, um sujeito que foi bebê ninado ao som de anauê!, que deve ter cantado parabéns prá você apagando velinha com o formato do sigma integralista, […]

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Brasília - O advogado de acusação, Miguel Reale Júnior, fala durante o quinto dia do julgamento final do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, no Senado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

por Luiz Antonio Simas, no Facebook

Eu não deveria perder trinta segundos com uma cretinice dessas, mas vamos lá. Sobrou pro samba.

Miguel Reale Junior, um sujeito que foi bebê ninado ao som de anauê!, que deve ter cantado parabéns prá você apagando velinha com o formato do sigma integralista, filho de um baluarte do fascismo clerical brasileiro, acabou de declarar no Senado Federal que “precisamos mostrar que o Brasil não é só o país do samba no pé. Também podemos ser sérios”.

Mas logo o samba?

Eis uma declaração que é o retrato acabado de um apóstolo da razão intransigente que naturalizou a desqualificação de saberes não-canônicos, normatizou a desigualdade social brasileira e é refratário a comportamentos que não se enquadram no projeto de Brasil macho, branco, misógino, racista e inibidor de potências que uma turma temerária projeta como ideal de país.

Miguel Reale Junior, um homem sério, citou o samba como um capitão do mato de toga a serviço da casa-grande que não sabe batucar.

Comentário do blog: Não satisfeito em denegrir o samba, Miguel Reale Júnior afirmou ainda que o maior legado do ex-presidente Lula foi a ‘esperteza malandra’.

***

Miguel Reale Jr fala em “esperteza malandra” e pede condenação de Dilma

na Agência Brasil

Ao dividir o tempo de uma hora e meia, destinado à acusação, com a advogada Janaína Paschoal, o jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, adotou, durante em toda sua exposição, um tom ainda mais duro que a colega para pedir a condenação da petista.

Reale afirmou que houve aparelhamento do governo e que há provas concretas de que houve crime de responsabilidade. “Não é apenas um formalismo, mas é a verificação exata da ocorrência de fatos delituosos graves. Como não há crime de responsabilidade? Há sim. Há cadáver e há mau cheiro desse cadáver. O crime está inicialmente em se ter utilizado os bancos oficiais para financiar o Tesouro”, ressaltou.

Já no começo do discurso, Reale Jr atacou o PT, partido de Dilma, afirmando que o país vive um momento de mudança de mentalidade, não apenas de governo. ” É uma administração pública não baseada no mérito, mas na sinecura, na difusão de que o que importa é ser malandro. O lulopetismo deixa como legado a esperteza, a malandragem. O país não quer mais isso”, afirmou.

O jurista insistiu que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff não prejudica o regime democrático brasileiro.”O país não quer mais isso. O país que organiza uma Olimpíada e que vive um processo deimpeachment sem risco à democracia é um país que confia em suas instituições, em sua gente. Um país que confia que existem pessoas da coragem como Janaína Paschoal”, disse, exaltando o trabalho da colega durante o processo.

Reale finalizou, dizendo que os senadores “não estão fazendo nenhuma injustiça” ao votar peloimpeachment. “Estão fazendo justiça proporcional aos atos graves que foram cometidos”.

Reação

Após a manifestação da acusação a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu a palavra para criticar as alegações dos dois advogados que, segundo ela, foram políticas e não elencaram elementos técnicos. “”Essa discurseira política mostra bem a origem do processo, de base política para afastar a presidente”, afirmou. A senadora voltou a atacar a advogada Janaína Paschoal de ter sido paga pelo PSDB para assinar o pedido contra a petista.

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Inez OLudé G-Kaiowá

01/09/2016 - 16h49

escroto


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