Os profissionais tiveram o último aumento de salário há mais de dois anos e nove meses
no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP)
Os jornalistas e radialistas da Fundação Padre Anchieta (FPA), mantenedora da Rádio e TV Cultura, entraram em greve nesta quinta-feira (8) por tempo indeterminado. Eles pressionam pela aprovação de um acordo coletivo, pois há três anos a empresa mantém um impasse nas negociações da campanha salarial das categorias.
Os jornalistas tiveram o último aumento de salário há mais de dois anos e nove meses, em dezembro de 2013, e para repor a inflação do período é necessário um reajuste de 25,12%. Para os radialistas, o último aumento salarial foi há mais de dois anos e quatro meses, em maio de 2014, e a inflação acumulada é de 20,72%.
O movimento grevista segue bem sucedido e os trabalhadores estão unidos na porta da empresa, na Água Branca, zona oeste da capital paulista, juntos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo (Radialistas-SP).
Diante da intransigência e do ataque da FPA aos diretos das categorias, a greve foi aprovada em assembleia conjunta realizada na segunda-feira (5), em frente à sede da emissora, reunindo cerca de 230 jornalistas e radialistas. No mesmo dia, as entidades de representação dos trabalhadores entregaram o aviso de greve à empresa.
Impasse
Historicamente, a Fundação sempre estendeu aos trabalhadores a mesma convenção coletiva das emissoras de rádio e TV da capital. Mas há três anos a FPA passou a questionar a aplicação das cláusulas.
Em 2012, o SJSP moveu ação para garantir o cumprimento do acordo, mas na decisão judicial o entendimento foi de que a Fundação, por ser empresa pública, está desobrigada a cumprir a convenção coletiva das emissoras privadas.
Desde então, segue um impasse porque a FPA não aplica a convenção das emissoras privadas, mas também não reconhece ou garante direitos dos trabalhadores do setor público, como a estabilidade de emprego.
Em assembleia em 3 de agosto, jornalistas e radialistas decidiram, por unanimidade, unificar a pauta de reivindicações e somar forças por avanços na campanha salarial. As categorias seguirão unidas pela aprovação de um acordo coletivo específico aos trabalhadores da FPA, a exemplo do que conquistado pelos funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Marcelo Figueiredo
09/09/2016 - 18h53
Trabalham pra tv do Roda Morta do pósdb e querem que eu sinta pena? nã nã nã. Tá na hora de procurar um trabalho digno.
maria nadiê rodrigues
09/09/2016 - 17h26
Pois é. Falou em tucano, já sabe como funciona o negócio: é ouro pros grandes, emplumados, e lata para os trabalhadores de fato. Tucanos são um conjunto de riquinhos que odeia gente trabalhadora.
Eros Alonso
09/09/2016 - 15h40
Trabalhei lá. Quando Erondina ganhou fui eu que a recebi lá. A cúpula da casa havia trabalhado contra ela. Lá já fizemos um bom jornalismo, mas a interferência tucana tornou isso impossível com o tempo.Lá tem gente com altos salários que sequer trabalham pelo que sei.E lá jornalismo tem que prestar serviços ao PSDB.
Sidnei
09/09/2016 - 13h17
É a emissora do PSDB