Menu
, , ,

Dilma concede entrevista em Porto Alegre e fala sobre a crise no país e o governo Temer

Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, a ex-presidente Dilma fala sobre o golpe e o governo de Temer. Segundo ela: “Não é só que ele não lidera, ele não representa”. No Brasil 247 Dilma ao 247: “Temer está aquém do povo brasileiro” Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor do 247, em Porto Alegre, a […]

4 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
Brasília - DF, 29/07/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para BBC. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, a ex-presidente Dilma fala sobre o golpe e o governo de Temer. Segundo ela: “Não é só que ele não lidera, ele não representa”.

No Brasil 247

Dilma ao 247: “Temer está aquém do povo brasileiro”

Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor do 247, em Porto Alegre, a presidente Dilma Rousseff falou da crise no País, do ambiente que foi criado para se consolidar o impeachment e faz críticas à imprensa e ao “governo ilegítimo” de Michel Temer; “Pessoas hoje se sentem autorizadas a invadir o Congresso por esse clima criado por Aécio Neves”, diz; sobre o presidente do TSE, ela afirmou: “Gilmar perdeu todas as condições de me julgar”; para Dilma, “a ambição do grupo que tomou o poder é do tamanho de um apartamento na Bahia”; sobre o principal ator do golpe e atual presidente da República, Michel Temer, definiu: “ele está aquém do Brasil, aquém do povo brasileiro”

A presidente Dilma Rousseff concedeu uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor do 247, na tarde desta segunda-feira 21 em Porto Alegre (confira a íntegra no vídeo ao pé da matéria).

Na conversa, ela falou da situação de crise no País, do ambiente que foi criado para se consolidar o impeachment contra ela e faz críticas à imprensa e ao “governo ilegítimo” de Michel Temer. Dilma afirmou que “prometeram, com o golpe, uma situação cor de rosa” no País, “venderam gato por lebre” ao defender o impeachment, mas que a crise só tem se acentuado. Ela condena o discurso de Temer de que recebeu uma herança maldita, mesmo depois de seis meses no governo. “Esse discurso não se sustentará”.

A presidente demonstra estar estarrecida com o ambiente em que “pessoas se sentem autorizadas a invadir o Congresso por esse clima criado pelo senador Aécio Neves”, principal articulador do golpe de 2016. “O golpismo está entranhado na sociedade brasileira. E o maior representante disso é Aécio Neves”, completou.

Dilma fez críticas às prisões preventivas da Lava Jato antes de os investigados serem condenados. “Eu não vou defender a prisão do Eduardo Cunha, se eles não prenderam antes… tem que explicar por que estão prendendo agora”, disse. “E mais: se a pessoa não tem meios para prejudicar a investigação, tem que responder em liberdade”.

Ela fez duras críticas à imprensa – “age como um partido político, e prega a despolitização” – e ainda ao presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes. “Perdeu todas as condições de me julgar”. Dilma anunciou que poderá entrar com uma ação contra o ministro, ao lembrar: “já me julgou fora dos autos”.

Em referência à denúncia de tráfico de influência contra o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, Dilma diz que “a ambição do grupo que tomou o poder é do tamanho de um apartamento na Bahia”.

Ela declarou que não defende o “golpe dentro do golpe”, e é contra a eleição indireta para mudar o governo. “Acredito em saída por eleição direta, não por eleição indireta, e tem que ter reforma política”, defendeu, fazendo duras críticas ao atual sistema político.

Dilma defendeu o movimento dos estudantes, que ocupam mais de mil instituições de ensino no País. “Os estudantes estão nos ensinando, e não nós a eles”. Ela diz olhar para os jovens das ocupações hoje “com muita esperança” e definiu como “algo fantástico, de uma lucidez imensa” o discurso da estudante Ana Júlia na Assembleia Legislativa do Paraná.

Incitada a definir Michel Temer, Dilma Rousseff disse que ele “está aquém do Brasil, aquém do povo brasileiro”. “Não é só que ele não lidera, ele não representa”, disse. “O brasileiro médio está além dele, o brasileiro pequeno está além dele”, concluiu.

 

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Nahum Pereira

22/11/2016 - 01h00

Amigo, o vídeo completo não deveria estar no pé da matéria, como informado logo no início? Sugiro que retifique! Abraço.

Antonio Passos

21/11/2016 - 23h51

Desculpem mas eu simplesmente não suporto Dilma. Essa cara de paisagem, essa platitude diante de uma tragédia como a que vive o Brasil. Será que ela tem alguma ideia da responsabilidade que lhe cabe nisto tudo ? Enquanto na face de Lula pode-se ver o sofrimento, Dilma não perde essa expressão fria e até inanimada. Dizer que Temer não está altura do Brasil é ridículo, porque na verdade ele não está à altura nem de um prostíbulo.
Creio que não existe na história humana, um país que tenha sido destruído desta forma e sob o olhar tão apático de seu povo.

    Jair Almansur

    22/11/2016 - 07h05

    Estiveram todos aquém do Brasil.

    Antonio Carlos Lima Conceicao

    22/11/2016 - 14h31

    Verdade. Dilma aceitou a receita derrotada nas eleições ao indicar Levy, Dilma não combateu com vontade o golpe e agora não defende o seu legítimo mandato outorgado pelo povo com essa história de eleições diretas.
    Ora, já houve eleições diretas e ela foi eleita para fazer um governo não neoliberal. Para quê eleições com o Judiciário dizendo quem pode ser eleito, com regras eleitorais que excluem a militância, um Congresso hostil ao povo e uma PEC que inviabiliza um governo não neoliberal?


Leia mais

Recentes

Recentes