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Enquanto a economia afunda, Temer comanda a pilhagem

Por J. Carlos de Assis, enviado ao Cafezinho O PIB continua desabando segundo a Serasa. No acumulado do ano até outubro a contração foi de -3,9%. Por setores, pelo lado da demanda, houve contração de -4,7% no consumo das famílias, -0,7 no consumo do governo, -11,7% nos investimentos, -12,7% nas importações. Só cresceram as exportações, […]

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Por J. Carlos de Assis, enviado ao Cafezinho

O PIB continua desabando segundo a Serasa. No acumulado do ano até outubro a contração foi de -3,9%. Por setores, pelo lado da demanda, houve contração de -4,7% no consumo das famílias, -0,7 no consumo do governo, -11,7% nos investimentos, -12,7% nas importações. Só cresceram as exportações, +3,1%. A contração do PIB deverá ultrapassar -4% numa base anual até dezembro. As projeções para o próximo ano, se não houver profunda mudança na orientação da economia, são sombrias , em face da queda do investimento.

Já os indicadores de emprego e atividade industrial da CNI-Confederação Nacional da Indústria revelam a continuação de queda da produção e do emprego em novembro, embora a um ritmo apenas ligeiramente inferior ao do mesmo mês do ano passado. A esmagadora maioria dos trabalhadores brasileiros vai amargar um natal terrível este ano, oscilando entre o desemprego e a queda brutal no consumo. Sintomaticamente, a grande mídia vendida ao governo Temer praticamente ignorou esses dados. A TV Globo sequer os mencionou.

Entretanto, segundo Lenin, a verdade é revolucionária. As vítimas principais desse processo de aniquilamento das condições de vida dos trabalhadores em algum momento se rebelarão. É uma infâmia o que está acontecendo. Já no fundo do poço da crise o governo força a aprovação da PEC-55/241 e a reforma da a Previdência. Em lugar de aliviar o curto prazo, agrava descaradamente o longo a serviço exclusivamente do setor financeiro, com o comprometimento constitucional de cinco governos com os juros da dívida pública.

Para o curto prazo, o governo anunciou um conjunto de medidaso, o “pacote da infâmia”, que só serve aos banqueiros e financistas. Depois do desabamento completo da economia e do agravamento do desemprego, que põem em risco o pagamento dos débitos dos trabalhadores, servidores públicos, aposentados e pensionistas junto à rede bancária, o governo cogita canalizar para os bancos os recursos do FGTS sob o pretexto hipócrita de aliviar a carga escorchante de juros já não possível de ser suportada pelos salários e proventos.

A esmagadora maioria da população não tem conhecimentos para avaliar, por exemplo, as consequências da PEC-55/241. Conhece, sim, os riscos que corre a Previdência. Contudo, a mídia não ajuda porque está totalmente comprometida com o governo pelo lado do caixa. É bom que seja assim. Se uma grande parte da sociedade, sobretudo os pobres que são vítimas desse sistema, descobrisse o que realmente está por baixo dessas medidas, acabaríamos em pancadaria, quebra-quebra, convulsão social e ditadura.

Assim, é preciso mobilizar o país para forçar a renúncia de Temer pacificamente e abrir caminho para um governo novo, comprometido com o povo e não com os bancos. Sei que o período de “festas” não ajuda na medida em que grande parte das famílias está envolvida com o Natal. Contudo, vem logo aí o Ano Novo. A “comemoração” de um dos piores natais dos últimos anos ajudadá as vítimas da economia política da depressão a refletir sobre a necessidade imediata de derrotar o poder corruptor da banca sobre a quadrilha que está pilhando o país a partir do Planalto.

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