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Suspeitos de tocaia, policiais de chacina no Pará são afastados

Foto: Márcio Freire/Agência Pará Os 29 policiais envolvidos na chacina de Pau D’Arco (PA) foram afastados Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social do Pará. Dez trabalhadores rurais foram mortos na chacina, ocorrida na última quarta-feira, com sinais de que houve uma emboscada. Os assassinatos geraram, junto com a repressão violenta aos manifestantes em […]

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Foto: Márcio Freire/Agência Pará

Os 29 policiais envolvidos na chacina de Pau D’Arco (PA) foram afastados Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social do Pará. Dez trabalhadores rurais foram mortos na chacina, ocorrida na última quarta-feira, com sinais de que houve uma emboscada. Os assassinatos geraram, junto com a repressão violenta aos manifestantes em Brasília no mesmo dia, uma denúncia contra o governo Temer na Organização das Nações Unidas (ONU).

No DCM.

29 policiais envolvidos em chacina no Pará são afastados

Da Agência Brasil

A Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social do Pará afastou 21 policiais militares e oito policiais civis que participaram da operação, na última quarta-feira (24), que culminou com a morte de 10 trabalhadores rurais em Pau D’Arco, no sudeste do estado.

Segundo a assessoria da pasta, o afastamento dos agentes é temporário, em conformidade com uma resolução do Conselho Estadual de Segurança Pública. Ontem (25), a seccional paraense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA) havia pedido o afastamento dos policiais envolvidos.

Os agentes entregaram as armas e deixarão suas atividades por 40 dias, prorrogáveis por mais 20  – tempo previsto para a conclusão do inquérito instaurado para apurar se houve os policiais cometeram excessos e apurar responsabilidades.

A chacina ocorreu na última quarta-feira (24), durante ação policial para cumprir 16 mandados judiciais expedidos pela Vara Agrária de Redenção (PA) contra integrantes de um grupo de sem terra suspeito de participar do homicídio do vigilante da fazenda Marcos Batista Montenegro, no dia 30 de abril.

Os policiais afirmam que foram recebidos a tiros na fazenda e que, por isso, reagiram. Horas após a operação, a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa apresentaram à imprensa 11 armas apreendidas na área ocupada pelos sem-terra – entre elas um fuzil 762 e uma pistola Glock modelo G25.

Na avaliação do presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), Darci Frigo, que integra a comitiva federal que chegou ontem à região para ouvir testemunhas e acompanhar as investigações do caso, não há, até agora, indício que sustente a versão dos policiais.

“As pessoas estavam acampadas no meio do mato, em um local de muito difícil acesso. Chovia torrencialmente, o que pode explicar que o grupo [de trabalhadores] não tenha percebido a aproximação da polícia. Mesmo assim, o grupo tinha uma vantagem muito grande em relação aos policiais, pois já estava dentro da mata. Então, a tese de que os policiais foram recebidos a bala cai por terra na medida em que não houve sequer um policial ferido”, disse Frigo em entrevista à Agência Brasil.

De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos, pelo menos um trabalhador sobreviveu à chacina. Alvejado pelas costas, ele está internado e sob proteção da Polícia Federal.

Entre os mortos, sete pertencem à mesma família – entre eles, a presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais de Pau D’Arco, Jane Júlia de Oliveira, e seu marido, Antonio Pereira Milhomem.

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Luis Edmundo

Luis Edmundo Araujo é jornalista e mora no Rio de Janeiro desde que nasceu, em 1972. Foi repórter do jornal O Fluminense, do Jornal do Brasil e das finadas revistas Incrível e Istoé Gente. No Jornal do Commercio, foi editor por 11 anos, até o fim do jornal, em maio de 2016.

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Alufa-Licuta Oxoronga

28/05/2017 - 20h10

MOTE: Alan Sales

SANTA LUCIA: ROGAI POR NÓS!

O sul do Pará hoje grita
ante tamanha violência,
viu hoje a incongruência
da policialesca sadomita,
comida, barraca, marmita
a fúria da súcia centurial
em sua vontade infernal
jorrou o sangue no chão,
a sua farda é uma prisão
que só cabe um animal.

Esses bandidos de farda
não respeitam um sequer,
homem, menino, mulher
todos caem na bordoada,
tiros, cães, gás mostarda
para eles, isso é natural,
chutes, socos, cara de mau,
morte, ferimento, arranhão
a sua farda é uma prisão
que só cabe um animal.

A mando da politicagem
alguns assassinos da Deca
tem a vida por hipoteca
e trata com vil retrucagem
a luta contra a engrenagem
deste latifúndio do mal,
no Pará a vida é banal,
policia assassina cidadão,
a sua farda é uma prisão
que só cabe um animal.

No sul do Pará é assim:
a vida não vale um troco,
a morte vem por pipoco
sem um começo ou fim.
A polícia parece Caim,
derramando morte igual
viver por aqui é acidental
até a policia lhe por a mão,
a sua farda é uma prisão
que só cabe um animal.

Por aqui, os fazendeiros,
manda, faz e tudo pode,
e o sem terra que se sacode
de sua forma, ou maneiras,
o Pará perdeu as estribeiras
soldado, cabo ou general
mata a mando de um manual
que descarta o cidadão
a sua farda é uma prisão
que só cabe um animal.

OXORONGA, Alufa-Licuta. Redenção.

Psicólogo e Poeta – Redenção/PA

Simone Dos Santos

28/05/2017 - 03h58

Que a justiça seja feita! Prisão para esses assassinos de farda

Neto Almeida

28/05/2017 - 03h05

Devem ser expulsos da corporação e responder por crime doloso…

C.Poivre

27/05/2017 - 21h08

O grande problema dos PM’s homicidas é a sobrevivência de um dos tocaiados COM UM TIRO NAS COSTAS. Se a proteção dele não for eficaz a própria PM dará um fim nele, pois ele, só ele, pode relatar como foi a emboscada.

Maria Do Céu Medeiros

27/05/2017 - 23h53

Afastados, não. Tem quer ser presos.

Ilda Regina Gouveia

27/05/2017 - 22h32

Isso é muito pouco.

Neli Rodrigues Ramos

27/05/2017 - 19h49

Não são policiais são bandidos da pior espécie

Veit Stumpenhausen

27/05/2017 - 16h54

já vimos esse filme muitas vezes… só afastados e bão…

Antônio Ajb

27/05/2017 - 16h35

Só afastados!!!????? Mas,……. e se a gente fizesse com eles o mesmo que eles fizeram com os trabalhadores?

dimas

27/05/2017 - 13h28

Governo golpista somente propicia…golpes: Contra a soberania, contra os direitos dos trabalhadores, contra as empresas estatais, contra a oposição, contra os estudantes, contra a juventude, contra as mulheres, contra os trabalhadores rurais, contra os direitos humanos, contra a cidadania, contra os pobres, contra os negros, contra os índios, contra os diferentes…..enfim contra a vida humana, tão bem explicitada na situação relatada.


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