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Governo inicia ‘kit-obstrução’ contra PEC das Diretas Já no Congresso

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados O governo vai adotar o “kit-obstrução” contra a tramitação da PEC da Diretas Já no Congresso. O anúncio foi feito pelo deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA). “Nós não temos que tratar sobre questão diretas já. A Constituição num país democrático é um guardião que deve ser usado, e não mudado, […]

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Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O governo vai adotar o “kit-obstrução” contra a tramitação da PEC da Diretas Já no Congresso. O anúncio foi feito pelo deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA). “Nós não temos que tratar sobre questão diretas já. A Constituição num país democrático é um guardião que deve ser usado, e não mudado, nos momentos de crise”, afirmou Aleluia ontem depois de apresentar requerimento para inverter a pauta do dia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, para atrasar a discussão do mérito da matéria.

Abaixo, a matéria da Rede Brasil Atual

Por falta de quórum, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados encerrou reunião desta terça-feira (13) sem apreciar a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 227/16, que prevê a realização de eleições diretas para presidente e para vice-presidente em caso de vacância, exceto nos seis últimos meses do mandato. A proposta estava fora da pauta desde 24 de maio e só foi reintroduzida depois de acordo firmado entre a presidência da comissão e a oposição.

A apreciação da proposta, de autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), era o único item da pauta da comissão, mas os deputados de partidos que integram a base governista, contrários à PEC, não registraram presença durante a primeira votação pelo processo nominal e o número mínimo de parlamentares exigidos para o prosseguimento da sessão não foi alcançado.

Apenas deputados do PT, PSB, PDT, PCdoB, Psol e Rede, totalizando 27, participaram da votação, sete a menos do que o exigido para dar continuidade à tramitação. O presidente da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), encerrou os trabalhos após aguardar por pouco mais de uma hora pelo número mínimo de votantes.

A PEC recebeu parecer favorável do relator, Esperidião Amin (PP-SC). O relatório ainda precisa ser aprovado pela CCJ antes de ser apreciado pelo plenário da Câmara. Para ser aprovado na comissão, o relatório pela admissibilidade da PEC precisa ter maioria simples dos votos. No plenário, a PEC deve receber apoio de pelo menos 308 deputados, por se tratar de uma mudança constitucional.

Ainda durante a manhã, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) anunciou que a base do governo adotaria a estratégia da obstrução. “Nós não temos que tratar sobre questão diretas já. A Constituição num país democrático é um guardião que deve ser usado, e não mudado, nos momentos de crise”, afirmou Aleluia. Ele apresentou requerimento para inverter a pauta do dia, a fim de colocar primeiro a leitura da ata e do expediente da comissão e atrasar a discussão do mérito da matéria.

Parlamentares da oposição rebateram. “Não achamos normal o governo obstruir o debate sobre diretas e o funcionamento da principal comissão da casa. Nós queremos que o governo tenha o mínimo de coragem de votar contra o projeto, se quiser. Nós queremos enfrentar o tema e não aceitamos que seja o Congresso que eleja o próximo presidente”, disse Alessandro Molon (Rede-RJ).

Ao perceber que o requerimento seria aprovado, os deputados governistas esvaziaram o plenário. A falta do quórum mínimo para concluir a votação do requerimento impediu a continuidade da reunião. Os líderes da oposição aproveitaram ao máximo o tempo final para discursar em favor da análise da proposta e provocar a base aliada dizendo que o governo não quer eleições diretas.

O presidente da comissão disse que convocará nova reunião extraordinária para discutir o assunto na próxima semana. Apesar de Pacheco ter se posicionado de forma contrária à mudança na Constituição, ele defendeu que o governo retire a obstrução e permita o debate.

“Temos que debater essa PEC, seja aprovando ou rejeitando a admissibilidade da proposta. Vamos tentar convencer a base do governo para não obstruir e que possamos debater logo essa pauta. Temos aqui uma série de itens que precisam ser aprovados ou rejeitados. Não pode apenas um item travar toda a pauta da comissão”, afirmou Pacheco após o encerramento da reunião.

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Luis Edmundo

Luis Edmundo Araujo é jornalista e mora no Rio de Janeiro desde que nasceu, em 1972. Foi repórter do jornal O Fluminense, do Jornal do Brasil e das finadas revistas Incrível e Istoé Gente. No Jornal do Commercio, foi editor por 11 anos, até o fim do jornal, em maio de 2016.

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Comentários

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Zacarias laitner

15/06/2017 - 07h30

A oposição tem que negociar a reforma do trabalho para aprovar direta já. Depois resolvemos nas urnas…

Lidiana Rosa

14/06/2017 - 15h57

Cade a lista dos nomes que faltaram ?se tiver algum do meu estado ,ja vai pra minha lista de nao voto nem sob tortura.sugiro a cad brasileiro fazer o mesmo ,j to fazendo a minha ,j fiz dos que foram a favor da reforma trbalhista,da previdencia ,da tecerizaçao .na proxima eleiçao vou da o troco .porque eu nao tenho memoria curta.

Luiz Carlos P. Oliveira

14/06/2017 - 12h09

Golpistas apoiariam diretas agora? O jogo deles é outro.

Andrea Cristina Marcolino

14/06/2017 - 14h08

Mais um HIPÓCRITA!

Pereira Freire

14/06/2017 - 13h40

Canalhas!!

Kátia Andrade

14/06/2017 - 13h15

Espero sinceramente que as pessoas entendam de verdade que a luta agora não é partidária para o povo e sim é momento de pensar e unir forças e lutas pela preservação dos direitos alcançados ao longo de uma trajetória de tantas lutas.

Kátia Andrade

14/06/2017 - 13h12

Bando de safados!Qdo é pra aprovar projetos contra o Povo,lotam as comissões.Bandidos!!!

Maria Dolores Rosa

14/06/2017 - 12h51

Desolador

Ielda Anneliese

14/06/2017 - 12h48

Fora abutres e carniças!!!!!!!

Marilene Flores

14/06/2017 - 12h12

Francisco Diniz

14/06/2017 - 12h01

Os ausentes que merecem ser cassados no ano que vem. Eles recebem milhares de reais para se negarem a participar das discussões

Guto Colaneri

14/06/2017 - 11h48

Um golpista propineiro desse falar em respeito à Constituição deveria ser crime.

Jorge L. Moreira

14/06/2017 - 11h44

Só quem não conhece a história do brasil acha q vão ter eleições diretas esse ano. Nada mais impossível. Baseado em nossa história digo que temer fica até o fim e as reformas do mal passarão.

Nionse Carvalhais

14/06/2017 - 11h41

A palavra ” Democracia ” na boca desses ratos golpistas imundos é pra rir né ..

Beba Monteiro

14/06/2017 - 11h40

Com o governo moribundo em estado de decomposição, um presidente morto vivo agarrado na cadeira para não ser preso e o povo na rua por eleições direitas já, começou, portanto, as fissuras na base de apoio do Temer, de tal forma que a turma do golpe encontra-se rachada, uma ala mais cínica e despudorada quer manter e dar sobrevida ao corrupto e ilegítimo MT, como é o caso do PSDB, o golpista de toga Gilmar Mendes com parte do judiciário e parte da mídia (Band, SBT, Record, Folha de São Paulo e o Estadão), e outra ala do golpe quer sacrificá-lo. Pois bem, nessa última ala encontra-se quem diria, a Globo e a Veja e algumas defecções da base, que mesmo tampando o nariz, desistiram de sustentar o insustentável Temer, apostam todas as fichas no arranjo golpista da eleição indireta, para escolher um substituto do Temer com o selo do golpe na testa, para continuar tocando a agenda do golpe de entreguismo, privataria e destruição dos direitos sociais. Portanto, ficam as perguntas: por que para a direita tucana e setores conservadores o povo não pode dá palpite sobre os destino do país? Será que só sabem viver de golpe? Lula faz tanto medo assim, que golpista não possa suportar uma eleição?

Regina Guruceaga

14/06/2017 - 11h26

Esse Maluf não vai ser preso não


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