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Era só o que faltava. Vem aí a rebelião continental dos mandarins

Nem o procurador geral Rodrigo Janot, nem os seus colegas latinos de mandarinato tem qualquer ideia sobre autodeterminação dos povos e o princípio da não-intervenção. Ao soltar uma ridícula declaração sobre um assunto exclusivamente de interesse do povo venezuelano, Janot comete um crime contra a diplomacia brasileira, que precisa ter voz única, centrada no Itamaraty. […]

12 comentários
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Nem o procurador geral Rodrigo Janot, nem os seus colegas latinos de mandarinato tem qualquer ideia sobre autodeterminação dos povos e o princípio da não-intervenção. Ao soltar uma ridícula declaração sobre um assunto exclusivamente de interesse do povo venezuelano, Janot comete um crime contra a diplomacia brasileira, que precisa ter voz única, centrada no Itamaraty.

Aliás, se nem o Itamaraty deve se meter na Venezuela, o que dirá um procurador-geral que já tem problemas demais em seu próprio país.

O Brasil não pode mais dar exemplo de democracia para Venezuela nem para ninguém. Os procuradores ficaram quietos diante do golpe de Estado no Brasil e agora querem meter o bedelho na Venezuela?

A rebelião do mandarinato fascista quer se alastrar pelo continente?

***

No site do PGR

Procuradores-gerais dos países do Mercosul manifestam apoio ao MP da Venezuela

Documento destaca que é preciso respeito à autonomia e independência do órgão e rechaça qualquer ato de intimidação, perseguição e ameaça

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e os procuradores-gerais da Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai e Peru assinaram, nesta sexta-feira (30), comunicado para reafirmar a importância do respeito à autonomia e à independência do Ministério Público da Venezuela. O documento é resultado da XXI Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul (REMPM), realizada em Buenos Aires, na Argentina, em 16 de junho deste ano, após avaliação sobre a situação do órgão no país.

Nesta semana, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela proibiu que a procuradora-geral da República, Luisa Ortega Díaz, saia do país e congelou as contas da magistrada, além de impedi-la de vender suas propriedades. Notícias destacam que Luisa Ortega é uma das principais críticas do governo.

Segundo o comunicado, é imperioso que se respeite a autonomia e a independência do Ministério Público venezuelano no legítimo exercício de suas funções. Para os procuradores-gerais do Mercosul, a atuação do Ministério Público da Venezuela está em risco por causa da interferência de outros poderes públicos, manifestada por meio de variadas pressões e atos intimidatórios que dificultam ou impedem a investigação e persecução penal dos delitos ocorridos naquele país.

Os procuradores-gerais dos Ministérios Públicos do Mercosul rechaçam qualquer ato de intimidação, perseguição e ameaça que possam colocar em risco a integridade pessoal da procuradora-geral da República, Luisa Ortega Díaz, e de seus familiares, assim como dos funcionários que integram o Ministério Público venezuelano.

O documento também manifesta repúdio a qualquer pretensão de remoção de Luisa Ortega Díaz do cargo de procuradora-geral da República, fora dos canais legais e constitucionais. Também pedem que seja reconhecido e posso ser exercido adequadamente seu direito de defesa.

Em seu discurso durante a REMPM em Buenos Aires, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, conclamou seus congêneres a permanecerem atentos às ameaças à autonomia e independência do Ministério Público da Venezuela. “A instabilidade política naquele país põe em risco o modelo acusatório de processo penal adotado pela legislação venezuelana e põe em risco a defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos”, disse.

A adesão do Ministério Público Federal ao comunicado foi precedida de consulta da Secretaria de Cooperação Internacional ao Ministério das Relações Exteriores, pois a REMPM é órgão do Grupo Mercado Comum (GMC), órgão executivo do Mercosul, integrado por representantes dos Ministérios das Relações Exteriores, de Economia e dos Bancos Centrais dos países do Bloco.

Íntegra do comunicado.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Roberto

07/07/2017 - 23h59

Uee, a Integração da América do sul não era boa?

Wanderley Brito

02/07/2017 - 12h28

O janot e só o ator que faz papel de mocinho afinal de contas tem que ter alguém fingindo que é contra a tudo isso que está acontecendo no Brasil

Rogério Bezerra

01/07/2017 - 13h23

O funcionalismo sabe o que pensa e quer o empresariado deles: Querem o pescoço de todos. Rarrarar
E conseguirão com Temer, Rodrigo, Alckmin e qualquer outro pau mandado da ricaiada!
Então, Janotinha, aproveite, seus dias poderosos chegarão ao fim. Tenha certeza!

Julio Spina Napoleao II

01/07/2017 - 13h38

A GLOBO É INCOMPATÍVEL COM A DEMOCRACIA.

Luiz Fernando Loureiro

01/07/2017 - 08h30

qualquer manifestação pra tirar maduro da sua ditadura eh bem vindo. venezuela está em frangalhos e o povo lá morrendo.

    Miguel do Rosário

    01/07/2017 - 11h41

    Ditadura é o Brasil. Não a Venezuela. E o povo que está morrendo é aqui, ou voce não está vendo o desemprego?

Marcos Rogerio Heck Dorneles

01/07/2017 - 04h54

O feudo do janota está no final.

lula

01/07/2017 - 01h37

até parece que em ministério público só entra santo

Carlos Rocha

01/07/2017 - 02h24

Esse cretino está é tentando assumir opinião sobre assuntos de uma representação que não possuí, está tentando aparecer para os adidos das embaixadas dos eua, deve estar querendo alguma vaga em algum posto de alguma coisa, para ser vassalo de alguma coisa dos eua, já que o tempo dele vai expirar, deve estar querendo alguma vaguinha do tio sam, depois de destroçar a republica mal feita, só que ele acha que sabe fazer política, já que será cuspido como qualquer caroço de laranja, o tio sam não esta dando a mínima para ele, e como essa estória de lava jato esta mudando, esse pessoal vai acabar na cadeia, o Morco já tem o seu exílio garantido com o tio sam.

Nei Martins DE Oliveira

01/07/2017 - 01h54

Querem exportar nosso maravilhoso modelo de Judiciário?

    Roberto

    08/07/2017 - 00h03

    Não há o que exportar, a justiça na Venezuela é inexistente como a nossa!

Djalma Espindola

01/07/2017 - 01h11

Esperar o que de um dos senhores do golpe.


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