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Pré-sal faz produção de petróleo cru da Petrobrás atingir R$ 37 bilhões/trimestre

Segundo informe divulgado há pouco pela Petrobrás, a produção de petróleo e gás natural da estatal atingiu novo recorde em junho, totalizando 2,81 milhões de barris/dia. Eu fiz um cálculo básico. O preço do barril de petróleo cru, tipo Texas, está sendo cotado, hoje, dia 17 de julho de 2017, em US$ 46,45. Isso significa […]

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Segundo informe divulgado há pouco pela Petrobrás, a produção de petróleo e gás natural da estatal atingiu novo recorde em junho, totalizando 2,81 milhões de barris/dia.

Eu fiz um cálculo básico. O preço do barril de petróleo cru, tipo Texas, está sendo cotado, hoje, dia 17 de julho de 2017, em US$ 46,45. Isso significa que a Petrobrás está produzindo aproximadamente, em valores, US$ 129 milhões por dia, o que dá, em moeda nacional, R$ 411 milhões por dia.

Num trimestre, portanto, a produção de petróleo da Petrobrás deve render R$ 37 bilhões.

Essa é a empresa que alguns dizem que está “quebrada”, ou que deve ser privatizada?

Observe, no entanto, o gráfico. Ele mostra que o nível mais baixo dos preços internacionais do petróleo coincidiram religiosamente com a aceitação, por Eduardo Cunha, então presidente da Câmara, do pedido de impeachment de Dilma Rousseff.

Certamente, uma incrível coincidência.

Do impeachment para cá, os preços internacionais do barril tem crescido de maneira consistente.

Há cerca de uma semana, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba foi dissolvida pelo governo federal.

O novo presidente da Petrobrás, Pedro Parente, desde que assumiu, no primeiro dia de junho de 2016, alguns meses após a consolidação do golpe, iniciou uma política agressiva de venda de ativos da Petrobrás.

Parente começou a vender ativos e a entregar reservas no momento em que os preços estavam baixos.

***

Da assessoria de imprensa da Petrobrás, por email:

Produção de petróleo e gás natural da Petrobras atinge 2,81 milhões de barris/dia em junho

Pré-sal atinge novo recorde mensal, com produção de 1,35 milhão de barris de petróleo por dia

A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras , em junho, foi de 2,81 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). Desse total, 2,70 milhões boed foram produzidos no Brasil e 113 mil boed no exterior. A produção média de petróleo no país foi de 2,20 milhões de barris por dia (bpd), volume 0,6% superior ao de maio.

O resultado se deve, principalmente, ao retorno à produção, após parada programada, da plataforma P-43 – localizada nos campos de Barracuda e Caratinga, na Bacia de Campos- e do FPSO Cidade de Mangaratiba, no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.

Em junho, a produção de gás natural no Brasil, excluído o volume liquefeito, foi de 80,3 milhões de m³/d, 1,8% acima do mês anterior. Esse aumento decorre, principalmente, do retorno à produção do FPSO Cidade de Mangaratiba.

Pré-sal atinge novos recordes

Em junho, a produção de petróleo operada pela Petrobras (parcela própria e dos parceiros), na camada pré-sal, atingiu dois novos recordes: o mensal, com a produção de 1,35 milhão bpd, e o diário, alcançado no último dia 19 de junho, de 1,42 milhão de barris. Além disso, a produção de petróleo e gás natural operada alcançou o novo recorde de 1,69 milhão de boed.

Contribuíram para esse resultado o início de produção da plataforma P-66, no campo de Lula, e a entrada em produção, ao longo deste ano, de novos poços produtores conectados aos FPSOs Cidade de Caraguatatuba, Cidade de Ilhabela, Cidade de Maricá, Cidade de Mangaratiba e Cidade de Saquarema – todos instalados na Bacia de Santos.

Petróleo e gás no exterior

Em junho, a produção de petróleo nos campos do exterior foi de 65 mil bpd, volume 0,1% acima do mês anterior. A produção de gás natural foi de 8,1 milhões de m³/d, 13% abaixo do volume produzido em maio de 2017. Essa redução foi consequência, principalmente, da menor demanda de produção de gás na Bolívia e da redução da produção do campo de Hadrian South, nos EUA.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Rafael Ribeiro

23/07/2017 - 02h15

Incrível como uma pessoa pode ser tão desonesta com a verdade, consigo mesma e com os leitores, ainda por cima crer com veemência que tal dito seja uma verdade incontestável.
O pedido de impeachment foi aceito ainda em 2015. Não há relação alguma com o preço dos barris com o processo, em razão do preço ser de caráter internacional e a qualidade do produto brasileiro ser diferente de outras refinarias. O gráfico, ainda por cima, induz ao erro, com um valor mínimo muito muito proeminente e fora da realidade, como apontado em outras fontes como Nasdaq ou Investing.com. Claramente usado pelo autor como forma confirmar, com algo fictício, sua informação fantasiosa.

Gostaria que, mesmo que seja escrito algo que seja de oposição ao governo atual, seja verdadeiro. Tenha consistência sobre o que escreve, sem superficialidades de um primário e achismos. Quero ler algo que encha meus olhos e que me dê argumentos e raciocínios coerentes, que não conhecia, para discutir com pessoas cuja ideologia é diferente da minha. Mas um amadorismo mentiroso como esse é cada vez mais difícil encontrar, e me faz sentir muito melhor que o próprio autor, que eu acreditava possuir uma sabedoria superior à minha e que poderia confiar em suas informações. Com desonestidade intelectual a esquerda nunca passará de uma ideologia conhecidamente corrupta. Espero que isso possa melhorar, pois dessa forma consegue ser pior do que a grande mídia manipuladora que aqui costuma atacar, visto que lá ao menos as informações são verdadeiras porém tendenciosas, aqui, nem verdadeiras elas são. Desonroso.

Charles Ramos Telles

18/07/2017 - 03h34

Nao esquece de explicar q sem tecnologia de refino nada disso faz o pais ganhar muito nao…..

VERA LUCIA FREGNANI CASTILLA

17/07/2017 - 23h01

SE A PRODUÇÃO DE PETRÓLEO ESTÁ EM ALTA, POR QUE PAGAMOS TÃO CARO O COMBUSTÍVEL???.. .E A PRODUÇÃO DOS OUTROS POLOS NO NORDESTE..PRA ONDE ESTÁ INDO??

Danilo Vilas Boas

17/07/2017 - 22h43

E o Brasileiro pagamento um absurdo em uma gasosa adulterada.

João

17/07/2017 - 16h14

Miguel, tem alguns equívocos na tua reportagem.

Sou trader de petróleo em Genebra (Suíça) e posso dizer que conheço esse mercado.

O preço do barril do petróleo produzido no Brasil não é o mesmo cotado na bolsa de NY (West Texas Intermediate).

O petróleo do Oeste do Texas é bem mais leve do que a grande maioria do petróleo produzido no Brasil . Tanto que recebe a denominação Light Sweet Crude, de 40 API. Quanto mais alto o API, mais leve, e portanto mais caro.

Já a grande maioria do petróleo produzido no Brasil, é mais pesado. Com API girando na casa dos 13 a 20 API, com o poço de Libra chegando a 28 (mas ainda assim longe dos 40 API do West Texas). Apenas o poço de Urucu, no Amazonas tem 42 API. Mas ele responde por uma fração da produção brasileira.

Existem poços no mundo que chegam a produzir petróleo acima de 60 API, e esse petróleo é bem mais caro, porque produz mais derivados de alto valor agregado e é mais fácil de processar.

Portanto, não pode, de forma alguma, achar que o preço do petróleo brasileiro, bem mais barato, vale o mesmo que o WT de NY. Há um deságio considerável aí. Inclusive vender petróleo pesado brasileiro no mercado internacional é um abacaxi, pois muitas refinarias não gostam de lidar com ele, pois produz muito piche ao final do crackeamento catalítico do petróleo, e por isso aplicam desconto considerável.

Outro equívoco é considerar as mínimas do petróleo como sendo do mesmo dia da aceitação do processo de impeachment contra Dilma Roussef.

O processo foi aceito no começo de dezembro de 2015, enquanto que as mínimas do petróleo foram no final de janeiro de 2016, quase dois meses depois.

Dito isto, espero que corrija a matéria, pois apesar de concordar com algumas outras coisas escritas no texto, não é interessante que uma informação equivocada prospere, e acredito que vc terá a clareza de corrigir o seu post, como jornalista que é.

    Miguel

    17/07/2017 - 16h35

    Prezado, obrigado pelo comentário. Mas as duas considerações são absolutamente superficiais. O raciocinio do texto não é associar a queda dos preços ao ato específico de aceitação do impeachment e sim ao processo de impeachment. A baixa historica ocorreu no momento anterior ao impeachment e ajudou a construir a atmosfera do impeachment, pois os preços muito baixos produziam enorme tensionamento na petrobras, cujas ações caíam muito por causa da associação entre o preço baixo e a Lava jato.

    Quanto ao preço do petróleo, é apenas uma estimativa para mostrar o potencial de faturamento da petrobrás. sei que o petroleo do texas é mais leve. Mas eu não considerei, por exemplo, as refinarias brasileiras nem a capacidade de deitribuição da petrobrás.

    Meus numeros são conservadores, porque se eu fosse acrescentar esses fatores (capacidade de refino, que agrega valor, e de distribuição via rede de postos), teríamos numeros melhores.

    A essencia do texto são dois pontos:

    1) Petroleo dá muito dinheiro, ao contrário do que alguns vem tentando dizer. Um cineasta brasileiro declarou, há pouco, numa entrevista, que o Brasil deveria fechar a petrobrás, porque seria um negócio já ultrapassado. Queria mostrar que isso é absurdo.

    2) O tensionamento político que levou ao impeachment coincidiu com a baixa dos preços do petróleo. É preciso que fiquemos atentos a essas coincidências, sobretudo quando são coincidencias que beneficiam uns e prejudicam outros (no caso, nós).

    Abraço,
    Miguel

    João

    17/07/2017 - 16h38

    Complementando, os preços chegaram a minimas históricas no final de janeiro de 2016, por conta da superprodução mundial, e a grande produção de gas de xisto nos EUA.
    E passaram a subir de novo, depois da reunião da OPEP que decidiu reduzir a produção do cartel.
    Não há, em absoluto, qualquer ligação entre Dilma e os preços do petróleo naquele momento.

Marcelo Barreto

17/07/2017 - 16h02

Temos q destituir Pedro Parente e camarilha da Petrobrás e recuperar o q este governo Golpista já entregou !

Marcelo Barreto

17/07/2017 - 15h58

Temos q restituir Pedro Parente e camarilha da Petrobrás e recuperar o q este governo Golpista já entregou !

Claudio da Silva

17/07/2017 - 15h44

A Globo e a Banca, não estão satisfeitos com o Temer, pois está demorando para entregar a Petrobrás, o Pré Sal e as reformas!!!!!

Jaino Pinheiro Frade Frade

17/07/2017 - 18h10

Esta fonte de riqueza, autosuficiencia em produção de petroleo pode transformar o Brasil em um alvo de cobiça por países interedssados no produto?

Robercil R. Parreira

17/07/2017 - 17h56

Mas, Nao Era So Tirar o PT????!!!

Jackie Alboledo

17/07/2017 - 17h52

Graças ao Lula, a Dilma . Eles fizeram desta empresa uma super empresa

    Danilo Vilas Boas

    17/07/2017 - 22h44

    Na onde?

    Jackie Alboledo

    17/07/2017 - 23h07

    Danilo Vilas Boas , vc não sabe a história da Petrobras? No ano 2000 ela estava sucateada pelo governo , em 2002 a situação era crítica . A partir da eleição do Lula , colocaram ótimos Presidentes na empresa que investiram e valorizaram tudo. Fazendo que o valor da empresa saltasse a mais de 3000% . Tornando-se uma das maiores empresa de petróleo do mundo .

Dom Gentil Brito

17/07/2017 - 17h04

O golpe foi dado pelos os EUA por causa do petróleo! ! Não deram um tiro! ! Foi tudo entregue de mão beijada! !

Cleide X Rondenelly Melo

17/07/2017 - 17h02

Francisco De Sousa Vieira Filho quando eu falava que a Petrobras não tava quebrada.

Tarça Fernandes

17/07/2017 - 16h47

:O :O :O Só imaginando no montante de $$$$ GRANA $$$$$ sendo desviado nesse exato instante lá!!! Os olhinhos daqueles canalhas chega a brilhar!!!!

Luciano Steinmeier

17/07/2017 - 15h27

Está quebrada e por isso não pode construir plataformas e navios no Brasil. Tem que importar da China, Singapura, Taiwan. Pra que ter lucro social empregando brasileiros?

    Hannibal de Sousa

    17/07/2017 - 15h49

    Não está quebrada. Veja a análise de Bastter no Youtube (investidor do Ibov). Está alavancada devido aos pesados investimentos para prospecção em águas profundas.

    Helio Siqueira

    17/07/2017 - 16h32

    Aí depende, se for por convicção vc tem toda convicção é zero de razão.
    Quem está quebrada não consegue crédito. É na regra básica do capitalismo. Você estudou onde?

    Luciano Steinmeier

    17/07/2017 - 19h55

    Ironia meus amigos, ironia…

Ivan Novic

17/07/2017 - 15h26

Lava Jato usa bots contra o PT
Os sistemas automatizados que imitam perfis reais das redes sociais têm sido determinantes na política nacional desde 2013, com a ascensão de grupos de oposição à Dilma no Facebook. Segundo o estudo britânico, os bots continuam ativos na Lava Jato, influenciando a opinião das pessoas sobre as investigações. http://www.grabois.org.br/portal/noticias/153663/2017-06-23/psdb-gastou-r10-milhoes-em-robos-em-2014-que-continuam-ativos-na-lava-jato

Galvão Filho

17/07/2017 - 15h16

Alexandre Macedo

José Fernandes Fernando

17/07/2017 - 15h14

Antonio Walter Pacheco Pacheco

17/07/2017 - 15h11

um gráfico vale mais que mil palavras.

Felipe M. Vasconcellos

17/07/2017 - 15h04

Leandro Albuquerque

    Leandro Albuquerque

    17/07/2017 - 15h54

    Explicado


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