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Denúncia: governo federal está sabotando Banco do Brasil

A Lava Jato prendeu o ex-presidente do Banco do Brasil que fortaleceu o banco mais importante para a população brasileira. E deixa solto o presidente do BB quer está, deliberadamente, sabotando a instituição. Isso é Lava Jato. Enquanto sabota o BB, o governo enche a mídia de anúncios do… BB. O Ministério Público Federal serve […]

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A Lava Jato prendeu o ex-presidente do Banco do Brasil que fortaleceu o banco mais importante para a população brasileira.

E deixa solto o presidente do BB quer está, deliberadamente, sabotando a instituição.

Isso é Lava Jato.

Enquanto sabota o BB, o governo enche a mídia de anúncios do… BB.

O Ministério Público Federal serve para quê? Para pagar salário de procurador que persegue gente inocente, ou para defender os bens públicos?

Eu também tenho minha denúncia sobre o BB. A instituição fechou duas agências em Copacabana, um dos bairros mais densamente povoados do mundo.

No Rio Sul, um shopping próximo à minha casa, o BB fechou até mesmo as caixas de autoatendimento.

***

No blog do Mauro Santayana

PROCUREM O CONCORRENTE, POR FAVOR!
29 de jul de 2017

Um amigo, recém-retornado ao Brasil depois de muitos anos trabalhando no exterior, resolveu abrir, outro dia, com parte de suas economias, uma conta na agência Styllus do Banco do Brasil do Setor Sudoeste, em Brasília, e não conseguiu.

A justificativa, citada pela atendente – que não quis nem saber sequer quanto ele tinha para depositar e aplicar, foi “tout court”, “superlotação”, como se tratasse não de uma agência bancária top de linha, mas de uma vulgar – e desumana – cela de prisão.

A verdadeira razão da recusa?

A apressada e repentina decisão do governo Temer, tomada a toque de caixa, com menos de seis meses de governo e sem discussão com a sociedade, de fechar ou transformar em postos de atendimento centenas de agências do BB, apesar de o Banco do Brasil não ter tido um centavo de prejuízo nos ultimos 15 anos e dos seus funcionários já estarem atendendo, em média, mais de 400 contas por cabeça quando a medida entrou em vigor.

Orientado, em nova agência, a tentar abrir sua conta pela internet, ele tentou várias vezes, mas também não conseguiu, embora o governo tenha feito paradoxalmente há alguns meses campanhas na televisão sobre apps do banco, em seu esforço de tentar molhar a pata de veículos que – com seus próprios interesses em vista e decepcionados com a baixíssima popularidade de Temer – agora mordem a sua mão.

Conversando com outro funcionário, na porta do estabelecimento, foi lhe explicado, diretamente e sem subterfúgios, que, com a desculpa de “modernizar” o banco, se está sabotando deliberadamente o Banco do Brasil – como se fez no governo FHC – com a intenção de privatizá-lo, de forma fatiada, a médio prazo.

Na verdade, esse é um movimento que já começou, com a venda de ações do Banco do Brasil do Fundo Soberano, que fará cair a participação do governo para apenas 50,7% do total.

Enquanto isso, entrega-se, diminuindo a qualidade do atendimento ao consumidor, parcelas cada vez maiores do seu público e de seu mercado aos bancos privados, corrigindo o “crime” perpretado por Lula e Dilma, de terem fortalecido – da Caixa Econômica federal ao BNDES – o papel dos bancos públicos e aumentado o percentual de sua participação no mercado financeiro e na economia nacionais.

As perguntas que ficam agora são as seguintes:

Quantos clientes do Banco do Brasil, ou potenciais clientes, como esse, se passaram, nos últimos meses – irritados com a queda de qualidade do atendimento – para bancos particulares, ou pior, para bancos particulares estrangeiros – como o Santander, que em plena pressão pela Reforma da Previdência, acaba de ter 338 milhões de reais em multa perdoados pelo CARF – desde que começou, no BB, essa pilantragem chamada genericamente de “restruturação”?

A quem interessa arrebentar com os nossos bancos públicos – a Caixa e o BNDES também estão sob insuportável pressão – indiscutíveis e estratégicos instrumentos para o desenvolvimento nacional?

Por que os sindicatos não entram – ou não entraram – na justiça para contestar essas medidas?

Por que o extremamente bem sucedido Ministro da Fazenda de um governo sem voto, que ganhou de fontes privadas mais de 200 milhões de reais em “consultoria” nos últimos quatro anos – de um país de uma justiça absurda, no qual tem gente que está se arriscando a ser preso e ter seus direitos políticos cassados por ser “dono” de um apto do qual não possui escritura, cujas chaves nunca recebeu – não tenta aplicar, para mostrar confiança na nação – pelo menos uma parte dessa “merreca” no Banco do Brasil?

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Lucas

01/08/2017 - 06h28

Mas essas ações do Fundo Soberano tinha o objetivo de serem vendidas, desde a época da Dilma, já que era dinheiro pro governo usar em “emergência”. Tanto que também foram vendidas na Petrobras e lá o governo tem apenas 50,26 das ações ordinárias. Também as medidaa servem para o BB e a Caixa se adequarem ao Basileia 3.

    José

    01/08/2017 - 09h37

    Como é bom ouvir um sensato!

Fabio

31/07/2017 - 11h49

Estranhamente o Brasil esta sendo destruído pela quadrilha do Temer e os sindicatos estão mudos, sem dar um pio sequer.
Me lembro dos tempos onde os professores, petroleiros e bancarios paravam o Brasil.
Hoje sumiram e estão de quatro para um governo bandido como o Temer.

    Carlos J. R. Araújo

    31/07/2017 - 14h11

    E a única explicação, meu caro Fábio, é a de que não só os sindicatos como todas as classes médias – afinal, os bancários do BB e os próprios clientes deste são, em sua quase totalidade, pessoas das classes médias – estão afetadas e/ou talvez até mesmo prévia e socialmente mortas por uma circunstância que as afeta e sinaliza a sua identidade cultural e social, ontem, hoje e sempre: a IDIOTICE.. O que esperar destas figuras sociais? Nada, evidentemente.

    Renato Silva

    31/07/2017 - 17h43

    E o que você está fazendo que não levanta esse bundão da frente do computador e não sai às ruas protestar contra esse desmonte ??

      Carlos J. R. Araújo

      01/08/2017 - 14h49

      Engraçado, Renato (Luis XIV escondido e tardio, coxinha?), é que eu sempre vi , li e constatei que a idiotice das classes médias resulta da sua limitação (ou inexistência total e completa?) intelectual e cultural.

      Lendo sua maravilhosa mensagem, lembro que, quando qualquer personagem das classes médias (é o seu caso? creio que sim) está diante de alguém que lhe informou a sua real identidade cultural e social, aí, o único gesto é a agressão. Ah, confirme a sua covardia perguntando a qualquer psicólogo se a internet é o local preferido dos covardes. A agressão” internetiana” é facil, não é?

      Pois é. Quer um conselho? De imediato, faça um favor à sociedade e à você mesmo , pedindo perdão a Deus e à sociedade pela sua voluntária e pessoal ignorância. Depois, até porque você deve ter se suicidado culturalmente desde a adolescência, tenha coragem e pratique imediatamente o seu suicídio físico. A sociedade decerto não agradecerá, até porque ela precisa da sua ignorância. E vá ver, depois da morte, se estarei na esquina mais próxima (não estarei porque certas doenças sociais são piores que qualquer vírus). Coxinha…


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