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Partidos de oposição têm apenas 18% dos candidatos

Os três principais partidos que fazem oposição ao governo federal lançaram o menor número de candidatos a prefeito desde que o PT chegou ao Planalto, em 2003.

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DA FOLHA


 

É a menor proporção de oposicionistas postulantes a prefeito desde 1996

Em 55% dos municípios não há candidato algum de PSDB, DEM ou PPS; redução coincide com queda no Congresso

PAULO GAMA, DE SÃO PAULO

Os três principais partidos que fazem oposição ao governo federal lançaram o menor número de candidatos a prefeito desde que o PT chegou ao Planalto, em 2003.

Dos cerca de 15 mil candidatos que concorrem a uma prefeitura no país, 2.807 são do PSDB, do DEM ou do PPS. Isso equivale a 18% do total de candidaturas. Na primeira eleição municipal com Lula na Presidência, em 2004, os três partidos tinham 30% dos postulantes.

Em todo o país, 55% das cidades não têm nem sequer um candidato de uma dessas três siglas. Em 2008, era 40%.

O percentual de candidatos oposicionistas neste ano é parecido com o de 1996, ano da primeira eleição municipal após a posse do tucano Fernando Henrique Cardoso na Presidência. Naquela época, os partidos que faziam oposição eram PT, PDT, PSB e PC do B. Juntos, eles lançaram também 18% dos nomes.

A redução atual coincide com a derrocada dos oposicionistas no Congresso. A presidente Dilma Rousseff enfrenta na Câmara a menor oposição desde 1988.

O principal responsável pela queda nas candidaturas é o DEM, com 533 nomes a menos do que em 2008 (os totais ainda podem sofrer pequenas alterações, segundo a Justiça Eleitoral). “O partido foi alvo de um ataque que nos tirou muitos quadros”, diz o presidente da sigla, senador José Agripino Maia (RN).

O “ataque” citado por ele foi a criação do PSD em 2011, liderada por um dos principais líderes do DEM até então, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, 105 prefeitos filiados ao DEM migraram para o PSD. Agora, muitos tentam a reeleição.

“A curva declinante [do DEM] é muito relativa”, diz Agripino. “Uma coisa é quantidade, outra é qualidade. Perdemos São Paulo, mas temos nomes competitivos no Nordeste.”

A trajetória do PSDB também é de queda: o partido reduziu um quarto de suas candidaturas desde 1996.

Entre as 85 principais cidades do país (capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores), 22 não têm candidato de PSDB, DEM ou PPS.

Colaborou MARCELO SOARES, de São Paulo

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Elson

23/07/2012 - 09h21

É óbvio que o povo descobriu quem é a direita no Brasil, uma gente que não defende o interesse da coletividade, que pratica uma política higienista e subserviente aos interesses estrangeiros, um povo que se tivesse vencido em 2002 teria jogado o País no furacão da crise, já que só governam para 20 milhões.

FELIPE

20/07/2012 - 14h35

Obrigado Serra! Obrigado Demostenes! Obrigado Perillo!


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