Globo perde a classe

O Jornal O Globo já teve mais classe em seu oposicionismo histérico. De uns anos para cá, a sua radicalização política tem beirado a falta de noção. Fazer graça com um apagão de energia causado por um incêndio, coisa que pode acontecer em qualquer país do mundo, e inclusive tem acontecido até no mais rico deles, os EUA, é o cúmulo da falta de classe. É como se o Globo estivesse absorvendo a mentalidade boçal de seus leitores reaças mais vulgares.

Uma coisa é apagão de horas, provocado por acidente. Outra coisa é apagão de um ano, com governo impondo sobretaxas e obrigando cidadãos e empresas e reduzir o uso de energia (e portanto deprimindo a economia e causando prejuízo que hoje seria de mais de R$ 60 bilhões) porque não investiu nem em hidrelétrica, nem em térmica, nem em nada.

Chamada na primeira página do Globo de hoje:

Para completar, Merval insiste em outra vulgaridade sem limite. Apostar vinho na prisão de outro ser humano, num processo político altamente polêmico. Não apenas os réus alegam inocência. Setores sociais inteiros estão horrorizados com este julgamento de exceção, visto que há provas, por exemplo, que o dinheiro da Visanet não é público. Mas ao Globo não interessa mais discutir as provas, e sim apostar vinhos na prisão dos réus… É o cúmulo da parcialidade e brutalidade jornalística. É por isso que a Secom não pode ter apenas critérios técnicos ao distribuir as verbas. Não pode distribuir verbas para jornais delinquentes, sádicos e sonegadores. Mas o Globo é especialista nisso: consolidou-se num regime de exceção, e agora festeja com vinhos importados a volta de um tribunal de exceção.

Trecho final da coluna de Merval desta quinta-feira:

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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