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A defesa de João Paulo Cunha e o cinismo da mídia

A mídia repercutiu com o cinismo de praxe a iniciativa de João Paulo Cunha, deputado federal (PT-SP), de apresentar sua defesa contra as acusações pelas quais foi condenado pelo STF, na forma de uma revista,  e com discurso contudente na Câmara dos Deputados. Nenhum de seus argumentos, nenhum documento presente na revista, foram divulgados. Mais […]

14 comentários
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A mídia repercutiu com o cinismo de praxe a iniciativa de João Paulo Cunha, deputado federal (PT-SP), de apresentar sua defesa contra as acusações pelas quais foi condenado pelo STF, na forma de uma revista,  e com discurso contudente na Câmara dos Deputados. Nenhum de seus argumentos, nenhum documento presente na revista, foram divulgados. Mais uma vez, qualquer argumento em defesa dos réus é jogado para debaixo do tapete. A opinião pública brasileira precisa continuar sendo enganada porque o investimento na acusação foi caro demais.

Entre os documentos, por exemplo, estão provas de que a publicidade da Câmara durante a gestão de Cunha como presidente da instituição, realmente foi aplicada em anúncios nos principais meios de comunicação. Nenhum recurso foi desviado, conforme acusa a Procuradoria e Joaquim Barbosa, para “comprar deputados”.  E mais uma vez, como aconteceu no caso Visanet, a Globo aparece em primeiro lugar como beneficiária dos recursos de publicidade gastos pela Câmara dos Deputados.

Ou seja, a Globo sabe que os recursos não foram desviados porque recebeu o dinheiro. Mas o cinismo da emissora é infinito. E não só dela, mas de jornais como a Folha, Estadão e Correio Braziliense, que, junto com a revista Veja, também foram beneficiados.  Outras emissoras de TV, como o SBT, também receberam vultosas verbas de publicidade da Câmara. Tudo dentro da lei.

Como é possível tanto mau caratismo?

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Cunha também explica, com incrível abundância de provas, o uso dos R$ 50 mil que sacou do Banco Rural, para pagar pesquisas pré-eleitorais em sua cidade, Osasco. Apresenta os pedidos do PT local para o pagamento do serviço, as notas fiscais da empresa que o realizou, tudo.

Por fim, o coletivo do mandato do deputado fala sobre o último golpe de Joaquim Barbosa, ao mandar prender os réus que ainda tinham direito a embargos infringentes, os quais poderiam, efetivamente, levar a uma revisão de todo o processo e inocentá-lo. Assassinos confessos, como Pimenta Neves, ex-diretor de jornalismo do Estadão, por exemplo, aguardam em liberdade a decisão dos ministros sobre os embargos infringentes. O que acontecerá quando Cunha for inocentado? Quem pagará pela injustiça de encarcerá-lo injustamente?

De qualquer forma, o pior erro do STF foi ignorar as provas, e aceitar acusações contra as provas apresentadas. Com isso, a principal corte de justiça do país cometeu uma grave violação dos direitos humanos e, na medida em que arbitrou injustamente contra políticos eleitos pelo sufrágio universal, agrediu a ordem democrática.

Você, leitor, que não quer se massa de manobra de uma mídia historicamente golpista e aliada da corrupção, deve sair da zona de conforto e se informar com mais cuidado sobre os principais temas políticos do país. O mensalão é um deles. A revista de João Paulo Cunha deve ser lida com atenção por todo brasileiro interessado na verdade e na justiça.

Espero que a comunidade jurídica faça parte desse grupo.

Escute o áudio com o discurso de João Paulo Cunha, durante a apresentação da revista.

E aqui, o vídeo com o discurso do petista:

Outro vídeo, na tribuna da Câmara, divulgado pela liderança do PT:

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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valerio santiago

13/12/2013 - 09h21

“Se você não for cuidadoso,os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar as pessoas que estão oprimindo”. Malcolm x.
“Explicação não adianta,para quem está decidido a não entender”.

Carmen Esperon

12/12/2013 - 23h59

“… joão paulo cunha?…. quem?….”

Ruy Campos Filho

12/12/2013 - 23h15

Queria ver a reposta do JB, se ele tivesse coragem!

miguel

12/12/2013 - 17h05

teste

Miguel do Rosário

12/12/2013 - 17h03

teste

Paulo Machado

12/12/2013 - 18h39

O outro lado da notícia. 2

Maria De Fatima Cabral

12/12/2013 - 15h31

Vai de catar mídia golpista! Vão ler o relato de uma professora em Socialista Morena.

Messias Franca de Macedo

12/12/2013 - 12h47

VÍDEO BOMBA! A partir dos 31:30, o ministro do STF Joaquim Barbosa compara a Ação Penal 536 [MENSALÃO DEMoTUCANO] e a Ação Penal 470; aos 32:30, o relator Joaquim Barbosa afirma, peremptoriamente: “… [Apesar das semelhanças] No caso do MENSALÃO TUCANO MINEIRO, comprovadamente a maior parte dos recursos movimentada ILEGALMENTE derivou de dinheiro PÚBLICO, diferentemente do que ocorreu na Ação Penal 470; a partir do 40:00, o ministro Joaquim Barbosa ratifica a realização dos FATOS CRIMINOSOS: lavagem de dinheiro, peculato e FORMAÇÃO DE QUADRILHA perpetrados pelos DEMoTUCANOS!

(03/09/2009)

Ver em: http://www.youtube.com/watch?v=MXUUdIx0uWw

Messias Franca de Macedo

12/12/2013 - 12h13

VÍDEO BOMBA! Joaquim Barbosa aceita denúncia e condena o TUCANO Eduardo Azeredo (03/09/2009)

[Por 5 votos a 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, na sessão do dia 3 de dezembro de 2009, a denúncia do Ministério Público Federal (Inq 2280) contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB) pela suposta prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, caso que ficou conhecido como mensalão tucano. O relator da denúncia, ministro Joaquim Barbosa, votou pelo recebimento da denúncia. O julgamento do inquérito foi iniciado no dia 4 de novembro de 2009 e interrompido no dia seguinte, quando o ministro Dias Toffoli pediu vista do processo. Assista neste vídeo ao ministro Joaquim Barbosa reafirmando seu voto, após o ministro Dias Toffoli se posicionar pela rejeição da denúncia.]

Ver em: http://www.youtube.com/watch?v=MXUUdIx0uWw

Zildaaraujo

12/12/2013 - 12h12

Eu tb quero adquirir a revista. O q devo fazer?

Ricardo

12/12/2013 - 11h59

Caro Miguel,
como faço para obter uma versão da revista em pdf?
Obrigado!


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