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Renata Bueno, Pizzolato e as ironias da vida

Renata Bueno, deputada brasileira no Parlamento Italiano, ganhou alguma projeção nacional há pouco tempo, quando tentou se vender como alguém que teria autoridade para descobrir informações sobre Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, que está foragido na Itália. A moça deu declarações estapafúrdias à imprensa, de que Pizzolato teria conseguido passaporte na Espanha, e […]

7 comentários
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Renata Bueno, deputada brasileira no Parlamento Italiano, ganhou alguma projeção nacional há pouco tempo, quando tentou se vender como alguém que teria autoridade para descobrir informações sobre Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, que está foragido na Itália.

A moça deu declarações estapafúrdias à imprensa, de que Pizzolato teria conseguido passaporte na Espanha, e de que um “grupo forte” apoiaria Pizzolato. Tudo invenção de sua cabeça. Pizzolato entrou na Itália com um documento comum emitido pelo Consulado do Paraguai. E não tem grupo forte nenhum lhe apoiando.

Vamos às ironias mencionadas no título do post.

Renata Bueno está sendo investigada no STF, junto com seu pai, o deputado federal Rubens Bueno, líder do PPS na Câmera e anti-petista raivoso, por crimes relacionados a falsidade ideológica e caixa 2 de campanha eleitoral.

Trecho de notícia publicada em julho deste ano, no jornal Gazeta do Povo, o principal jornal do Paraná.

O material divulgado pelo STF diz que “em fevereiro de 2012 foi instaurado inquérito para apurar delito de falsidade ideológica supostamente cometido por Renata Bueno, filha de Rubens Bueno, candidata ao cargo de vereador em Curitiba. O crime estaria associado a acusação de realização de esquema de “caixa 2” de campanha. Em maio deste ano o Ministério Público Federal, visando o aprofundamento das investigações, solicitou a realização de diligências que envolveriam também o deputado federal Rubens Bueno.

Até aí tudo bem. Bueno é inocente até prova em contrário. A maior ironia vem agora.

O marido da deputada, Juliano Borghetti, envolveu-se recentemente numa violenta escaramuça entre torcidas num jogo entre Vasco e Atlético Paranaense, e, com mandado de prisão expedido, não foi encontrado pela polícia.

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Ironia das ironias: a polícia acredita que ele esteja na Itália…

E agora, a deputada que tão rápido se aprestou a trazer informações sobre o foragido petista Pizzolato, hoje na Itália, poderá também auxiliar jornalistas a colher notícias sobre o seu próprio marido!

Julio e Renata

Juliano e Renata

PS: Borghetti enviou nota à imprensa dizendo que não fugiu (ainda) para a Itália. Bem, sempre haverá tempo para isso… Parece que ele já se entregou à polícia.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Jose Flavio Coutinho

20/12/2013 - 00h10

simplesmente, canalhas.

Luiz

19/12/2013 - 23h14

É a estes que a nossa justiça protege. Então eles se acham o máximo.

Ermindo Castro

19/12/2013 - 22h47

e ainda dizem que são limpinhos quando ?????

Ermindo Castro

19/12/2013 - 22h12

ela e o pai dela não respondem processo no TRE do Paraná ????

Carlos

19/12/2013 - 17h14

Esse Borghetti é “gente fina” e tem mais relações importantes…”tutti buona gente”…veja:

http://www.esmaelmorais.com.br/2013/12/exclusivo-richa-demite-ex-vereador-juliano-borghetti-por-envolvimento-em-briga-de-torcida-organizada/

“Juliano Borghetti é irmão da deputada federal Cida Borghetti, presidenta do novo PROS, e cunhado do secretário de Estado da Indústria e Comércio, Ricardo Barros (PP). Ele também é ex-genro do deputado Rubens Bueno (PPS).”

Cleide Portella

19/12/2013 - 16h24

Que família hein??Gente fina!!!

O Cafezinho

19/12/2013 - 15h38

Juliano B acaba de se entregar a polícia. Viagem a Itália ficará para outro dia.


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