Menu

Petrobrás sitiada, governo calado

  Os ataques contra a Petrobrás se dão em inúmeras frentes. 1) Há um ataque especulativo, com forte viés político, cuja dinâmica se tornou explícita durante a campanha eleitoral. Sempre que as intenções de voto em Dilma caíam, as ações da estatal subiam, o que sinalizava claramente o desejo de um grupo de acionistas que […]

50 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

defesa_petroleo (1)


 

Os ataques contra a Petrobrás se dão em inúmeras frentes.

1) Há um ataque especulativo, com forte viés político, cuja dinâmica se tornou explícita durante a campanha eleitoral.

Sempre que as intenções de voto em Dilma caíam, as ações da estatal subiam, o que sinalizava claramente o desejo de um grupo de acionistas que a Petrobrás adotasse uma política mais voltada para o lucro rápido e fácil, e menos para o longo prazo.

Aliás, esta é a razão pela qual a venda de ações da estatal na bolsa de NY, comandada por FHC, foi tão lesiva à nossa soberania.

As razões estratégicas que movem os investimentos da Petrobrás raramente se confundem com a de seus acionistas na bolsa de NY.

Esses ataques são perigosos e contundentes, mas o seu poder de fogo não é ilimitado. Os especuladores atacam vendendo papeis e, com isso, reduzem a sua participação na estatal.

Uma resposta óbvia do governo seria recomprá-los, usando as reservas internacionais, criando um fato político e financeiro importante.

As reservas brasileiras em dólar encontram-se em momento de forte valorização, em virtude da situação cambial.

Uma iniciativa deste porte encontraria, naturalmente, dificuldades políticas, visto que o governo ainda não se decidiu a criar um sistema mínimo de comunicação.

A comunicação pública do governo Dilma permanece terceirizada, por incrível que pareça, à grande mídia, a mesma que lhe faz oposição.

A única informação vinda do Planalto, nos últimos dias, chegou através do blog de Gerson Camarotti, da Globo, que citou fontes anônimas próximas a Dilma.

As tais “fontes do Planalto” da Globo, estranhamente, sempre cantam em harmonia com a música tocada pela mídia.

É como se o pentágono, após invadir o afeganistão e assumir o controle do país, entregasse a comunicação oficial aos talibãs.

Tranquilizem-se, porém.

Daqui a pouco, Mercadante dará outra entrevista exclusiva à Miriam Leitão, na tv fechada, assistida por 205 telespectadores, na qual explicará as diretrizes do governo.

2) Há um ataque propriamente político à Petrobrás.

Na capa do site da Globo, vemos a chamada: “As sete pragas do Egito se abatem sobre a Petrobrás”. Clico no link, interessado no título e em informações novas sobre as desgraças da estatal.

É um post mixuruca, curtinho, de 270 palavras, de Luiz Felipe Lampreia, ex-ministro das Relações Exteriores no governo FHC, feito apenas xingar, oportunisticamente, a Lei do Petróleo, aprovada pelo Congresso em 2010. Esta é a lei que definiu parâmetros minimamente nacionalistas para a exploração do pré-sal.

O Globo quer usar o ataque especulativo, até porque este ataque tem este objetivo, para forçar o governo a rever a lei e abrir a exploração de petróleo ao capital estrangeiro.

Ora, a lei brasileira é moderna e permite a entrada de outros países, tanto que várias áreas do pré-sal, incluindo uma das maiores, o campo de Libra, já estão sendo exploradas por empresas chinesas e europeias. Só que a Petrobrás tem sempre o mínimo de 30%.

Não adianta. Eles querem tudo. Querem 100% do nosso petróleo.

3) O ataque midiático à Petrobrás vem de longe. Como estatal federal, a Petrobrás sempre representou, para a direita brasileira, tudo o que ela mais odeia.

Atualmente, o ataque se dá confundindo a sociedade. A queda no preço do petróleo é um fenômeno global e puxa para baixo as cotações de todas as petrolíferas, não apenas da Petrobrás.

Entretanto, não houve nenhuma mudança brusca nos fundamentos. Ainda não há nenhum substituto comercialmente viável para o petróleo como uma das matérias-primas mais importantes do mundo, e a população mundial continua crescendo, ou seja, demandando cada vez mais combustível e derivados.

Vargas, o idealizador da Petrobrás, escreveu em sua carta-testamento, antes de se suicidar com um tiro no peito:

“(…) a campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.”

Este ataque é um dos mais perigosos, até porque ele se expande lá fora. Como o Brasil não possui uma mídia pública, nacionalista, como possui Alemanha, Inglaterra, Rússia, China, Noruega, além de todos os países árabes, o mundo se informa sobre o Brasil através da mídia de oposição.

Nas seções de imprensa das bibliotecas europeias, quando se quer saber sobre o Brasil, não há muita coisa além de Veja e Globo.

*

Todas as baterias se concentram agora na presidenta da Petrobrás, Graça Foster.

Embora sua probidade e competência técnica não sejam postas em dúvida nem mesmo por seus inimigos, Foster tem um defeito gigante: jamais construiu, na Petrobrás, uma estratégia inovadora de comunicação. Em se tratando de uma empresa pública, que é alvo de ataques políticos diuturnamente, é um erro fatal.

E agora, com os escândalos de corrupção, este erro se torna mais evidente, e por várias razões: um delas, e talvez a mais profunda, é que uma comunicação mais transparente poderia ajudar Graça em sua guerra contra os desvios internos. Se os brasileiros pudessem acompanhar mais de perto os contratos, as obras, as licitações, haveria mais dificuldade para a ocorrência de irregularidades.

A segunda razão, igualmente grave, é uma lição básica de relações públicas: toda empresa tem de investir em crédito de imagem, o que equivale a uma poupança, para poder usá-la em momentos de crise. Todas as grandes empresas são atingidas por crises, periodicamente. Uma comunicação bem feita é meio caminho andado para superá-las.

*

E agora a Petrobrás se encontra sitiada, à espera de um milagre, de algum gesto político que represente uma resposta satisfatória ao “mercado”. A mídia defende apenas aquelas respostas que lhe interessam, que possa converter em derrota política para Dilma.

A presidenta insiste na estratégia de esperar a corda se esticar ao máximo, quase arrebentando, antes de dar uma resposta.

Foi assim em junho de 2013, foi assim na campanha, e é assim agora, na crise iniciada pela operação Lava Jato.

Sem reagir, o Palácio dá munição para seus críticos, e se enfraquece politicamente.

Às vezes eu acho que muita gente no Palácio não sabe mais o que é política.

Vamos lembrá-los.

Política não é um bicho de sete cabeças.

É vir à público e falar. Pronto. Isso já é política.

A presidente da república deveria falar todos os dias à nação. Ou então toda semana. E criar a figura de um porta-voz para dar a posição diária do governo.

Sem política, o que vemos? O governo sendo devastado por dentro. Os próprios servidores federais, da Petrobrás, da Polícia Federal, dos ministérios, da EBC, estão se voltando contra o governo e fazendo campanha para a oposição.

No caso de alguns agentes da PF, não apenas fazendo campanha: trabalhando para derrubar o governo.

A falta de política, a ausência de uma estratégia de comunicação, está corroendo rapidamente o governo por dentro.

A desculpa da governabilidade não cola, porque é evidente que a ausência de política encarece absurdamente o apoio parlamentar.

O preço político, para um parlamentar, em apoiar um governo que perde, diariamente, a guerra da comunicação, é obviamente muito mais caro.

*

Qual a solução?

Não é tão complicado. Nomear logo um novo ministério, sobretudo os ministros políticos. Criar uma estrutura mais criativa de comunicação, usando intensamente a internet e as redes sociais. Aumentar ainda mais a transparência do governo.

Na verdade, o governo, mais uma vez, perdeu o timing da política.

A renovação do ministério deveria vir alguns dias, ou semanas, após as eleições, para surfar na onda do sentimento popular de vitória.

Não precisava ser um ministério inteiro, mas ao menos a sua parte política, tanto aquela voltada à política parlamentar quanto a voltada à política na opinião pública.

Somado a isso, esperava-se também mudanças na estratégia de comunicação.

Claro que ainda há tempo.

Sempre há tempo de fazer o que é justo e necessário.

O governo tem de entender que quando apanha da mídia, não é só ele que apanha.

A última pesquisa Datafolha mostrou que o eleitorado de Dilma continua confiante em seu governo.

Mas se o governo não emitir sinais de vida, até quando vai durar esse otimismo?

A estratégia da nossa mídia tem sido bastante explícita: não deixar o povo sonhar. Não deixar o povo feliz.

Sonhar com um país melhor, acreditar no futuro, sorrir, ser otimista, se tornou quase um ato subversivo.

Um cidadão “bem informado”, na acepção do ex-presidente FHC, é o cidadão que lê Globo e Veja e não acredita no futuro do país.

Isso não é bom, naturalmente, para a economia, na medida em que este sentimento envenena o espírito empreendedor do brasileiro.

Keynes, em sua obra-prima, Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro, aborda a questão política como fundamental para manter o nível de investimento num país. Trecho:

“(…) Significa isto, infelizmente, que não só as crises e as depressões têm a sua intensidade agravada, como também que a prosperidade econômica depende excessivamente de um ambiente político e social que agrade ao tipo médio do homem de negócios.

Quando o receio de um governo trabalhista ou de um New Deal deprime a empresa, esta situação não é forçosamente consequência de previsões racionais ou de manobras com finalidades políticas; é simples resultado de uma perturbação no delicado equilíbrio do otimismo espontâneo. Quando calculamos as perspectivas que se oferecem ao investimento devemos levar em conta os nervos e a histeria, além das digestões e reações ao estado do tempo das pessoas de quem ele principalmente depende. ”

*

O raciocínio de Keynes nos oferece uma resposta e nos indica um risco.

A resposta: a atmosfera política, um fator essencial para a economia, precisa ser cultivada pelo governo, e não é pelo silêncio. Não estamos dizendo para Dilma brigar, ou iniciar uma guerra sem quartel contra a mídia. Ao contrário, a presidenta tem de ser mais participativa, ou então criar uma estrutura para isso. A mídia precisa de notícia diariamente, de preferência escandalosa, para vender mais, ou para ampliar seu poder de barganha junto ao poder. Quanto maior a crise financeira da mídia, ou quanto maior a sua cobiça por poder, mais escandalosa ela se tonará. É bem impressionante, por exemplo, a pequenez da agenda política da mídia. São apenas dois ou três assuntos. O exemplo mais caricato é a obsessão, por exemplo, por José Dirceu. Se o ex-ministro decidir andar bicicleta nos arredores da esplanada, receberá meia página nos jornalões, entrando na pauta das centenas, quiçá milhares de tentáculos que a mídia possui no país, entre jornais menores, repetidoras de TV nos estados, e sites. O governo tem de criar a sua mídia própria; criar políticas públicas para ampliar a pluralidade dos meios; e produzir fatos políticos diariamente.

O risco: trata-se de uma faca de dois gumes. Quanto mais social e politicamente avançado o governo quiser ser, maiores serão os ataques do conservadorismo. O governo sente isso e recua. Entretanto, ao fazê-lo, perde prestígio junto à sua própria base, aumenta a força de seus adversários, e lhes dá gana de querer mais. Esse equilíbrio entre os contrários, contudo, é a própria essência da política. É uma arte, naturalmente. E para isso é preciso investir nos artistas, nos técnicos da política. Muito se fala em ministro técnico, em gestão técnica, etc, mas se esquece que a política também requer técnica. Ou seja, Dilma precisa se cercar de ministros “técnicos” em política. E criar uma estrutura de comunicação tocada por “técnicos” em política e comunicação.

Apoie o Cafezinho

Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

Mais matérias deste colunista
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Pedro Nogueira

17/12/2014 - 13h39

Miguel,

Qual é o interesse da Globo em rever as regras atuais do setor de petróleo para permitir participação estrangeira? Ganhar mais com publicidade dessas empresas?

luis castro

17/12/2014 - 12h46

Se alguém espera alguma mudança na comunicação do Governo espere sentado, esse é o estilo do PT, e de seu líder máximo Lula, de governar em silêncio, sem comunicação alguma e a Dilma já assimilou isso e segue autista, posando até sorridente com os desafetos Kátia Abreu e Gilmar Mendes. Na verdade, quem comanda o país é o presidente derrotado em exercício, Aécio Neves, que hoje é a voz do PIG e está direto nos principais jornais televisivos, ditando a política econômica, criando CPIs, comandando as investigações da Petrobrás, através de seu juiz Sérgio Moro, pedindo a cabeça de dirigentes, como da Graça Foster e assim por diante. Em governo do PT, doa a quem doer, só dói nas costas de petista, só petista é preso ou execrado em praça pública, que o diga Dirceu, Genoino, Delúbio, Pizzolato, e agora Graça Foster, Gabrieli, Vaccari, etc. E depois querem que o Zé da Justiça e o Bernardo das Comunicações arrisquem o pescoço para defender um governo que não se defende, cujos líderes Lula e Dilma não apóiam seus quadros e os deixam a mercê da execração pública da mídia golpista, que o diga Gabrieli e Foster, cujas biografias estão manchadas para sempre. O militante sofrido do PT vai ter que esperar o horário eleitoral de 2018, para escutar o que Dilma disse no horário desta eleição, o candidato pode ser Lula, de que os condenados petistas estão presos e os tucanos continuam soltos e impunes. É o único país em que você sendo governo os seus aliados estão no sal, enquanto os opositores gozam da impunidade. Ninguém merece.

Airton Faé

17/12/2014 - 11h51

Traduzindo a culpa é da mídia golpista?
E não de gestão?

Jose Marcio Pacheco

17/12/2014 - 10h22

Sem dúvida esta é uma das perspectivas!

Interessante a opção pela utilização da teoria Keysiana. Num cenário de prosperidade econômica, infelizmente não se consegue pleno emprego sem inflação, fato já verificado desde 60/70!

Carlos Santos

17/12/2014 - 02h56

Aquele gordinho que aparece na foto, o terceiro em pé da direita para a esquerda, é Aureliano Chaves de Mendonça? Era da ARENA, foi vice-presidente do Figueiredo e fundador do PFL. Até ELE defendeu a Petrobras? DILMA, ACORDA!

Dulce Cabral

17/12/2014 - 03h48

Silence is golden! Desde a reeleição de Dilma que surgiram vários ataques. Em todos os golpistas perderam. Vocês acham mesmo que uma mulher como Dilma não sabe o que está a fazer? A mulher conhece táticas de guerrilha, gente, e guerrilha é quase sempre silenciosa e letal. Ah, mas isto é política não guerrilha, dirão vocês. Ai não? Isso é o que vocês pensam!

    Vitor

    17/12/2014 - 10h33

    Que besteirada… Tem que se comunicar sim!

L Souza

16/12/2014 - 22h26

Fazer uma limpa no tucanato que está infestando a Gestão da Petrobrás. Isso se chama enxugamento ou reestruturação, como acharem melhor. Manda tudo pro fim do mundo e pronto.

Elenice Lobo Santos Ribeiro

16/12/2014 - 23h05

Tem uma forma mais fácil de recuperar a Petrobrás – liberar o Balanço e parar a roubalheira. Me poupem com esta conversa maluca!

Dani

16/12/2014 - 20h50

O PT TEM ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO MUITO AVANÇADA, E A AUSÊNCIA NÃO SERÁ UMA ESTRATÉGIA?????

S

16/12/2014 - 19h49

Certa a DILMA e não demitir a GRAÇA FOSTER, pois em time que está GANHANDO não se mexendo.

Dani

16/12/2014 - 19h45

A MÍDIA
MANIPULA NOTÍCIAS É FATO, MAS NÃO PODEMOS COLOCAR UMA
VENDA NOS OLHOS, SE UM TRAFICANTE DENUNCIAR QUE O SEU
VIZINHO ESTÁ LHE ROUBANDO, O CRIME DELE É MENOR POR CAUSA
DO DELATOR?? SE A POLÍCIA PROVAR QUE ELE ESTACVA REALMENTE
LHE ROUBANDO, MAS O INTERESSE O TRAFICANTE FOSSE TIRAR O SEU
VIZINHO DO CAMINHO POR QUE ELE ATRAPALHAVA O TRÁFICO, SEU
VIZINHO É MENOS LADRÃO????
CUIDADO COM OS DOIS LADOS, AMBOS SÃO
MANIPULADORES.

Maria Maria

16/12/2014 - 17h26

Dilma, governo e PT abatidos por um surto de estupor catatônico diante do surto de furor catatônico da direita.

CARLOS MOREIRA-MACEIO/AL

16/12/2014 - 17h24

Acho que a DILMA, por gostar tanto do PIG e da Rede ROUBO, irá assumir o lugar da XUXA. Aguardem!!!!

Jocilene Meyer

16/12/2014 - 16h35

Estimado Claudio F. Isla, realmente me espantei pela sua clareza e você falou tudo que eu pensava mas não conseguia colocar assim com tamanha precisão..Eu mesma indaguei o PHA qual a sugestão dele??de ataques temos em excesso.
Pode os ilustríssimos blogueiros enviar uma carta para a Dilma?Ou marcar uma reunião com todos os blogueiros no Palácio??tenho absoluta certeza que a Dilma ira recebe-los
Pq ela não tem tempo de ler tantos ataques.
Eu admiro sua colocação e sempre respeitarei o blogueiro já que não vivo sem O cafezinho diariamente!

Graça Evangelista

16/12/2014 - 17h47

Ninguém aguenta mais!

Mauricio Gomes

16/12/2014 - 15h27

Isso não passa de armação dos EUA para ferrar com os países dos BRICs, particularmente China, Rússia e Brasil. Só que a Rússia não é o Iraque e caso continue essa ação coordenada e criminosa (em parceria com seus súditos Sauditas) não será surpresa se a Rússia resolver invadir a Ucrânia ou tomar outra atitude radical. E aí, o que os EUA vão fazer? Invadir a Rússia, que jamais foi derrotada em toda sua história? Os BRICs deveriam dar o troco e trocar suas reservas internacionais do dólar para o ouro, aí ferravam esses ianques e por tabela seus asseclas.

Sandra M. Kalil

16/12/2014 - 15h29

Eduardo Kalil, boa leitura !

Esmael Leite da Silva

16/12/2014 - 13h23

Os ataques à Petrobrás eram previstos, ninguém tem sucesso impunemente, o que está em jogo é mais que a autossuficiência em combustíveis e lubrificantes, eles querem que o Brasil dependente, como mero fornecedor sem desenvolvimento de tecnologia, o Pré Sal é garantidor de desenvolvimento real, não é a primeira vez que ela sofre este tipo de ataque nem será a última, lembrem-se que este ataque pode estar com os dias contados, mesmo porque existem interessados nestas ações, uma solução caseira não é a resposta, o volume de ações em jogo é muito grande, podem ter certeza que investidores chineses, indianos, russos, sul africanos, e brasileiros, ganharão muito dinheiro com isto, a estabilidade e funcionamento da Petrobrás não de interesse apenas dos brasileiros, envolve interesse de muitos Países, felizmente ainda não estamos na dependência exclusiva dos valores que a empresa agregará a economia brasileira, atacar a empresa em época de investimento é um erro estratégico destes grupos, o sucesso é limitado a estragos superficiais, daí a mantença de Graça Foster, imaginar que uma empresa com sólidos investimentos e um manancial gigantesco de matéria prima possa soçobrar e que não tem defesa é ridículo, é verdade que esta passando por turbulências, próprias do momento, não tem como limpar a casa sem levantar poeira, se no momento há instabilidade e ataques, sem problemas, é natural que isto aconteça neste momento de mudanças no governos. porém o principio de manutenção da Petrobrás nas mãos do Governo Brasileiro foi talvez uma das maiores bandeiras com que ela se comprometeu, e é para isto que reelegemos o Governo que ai está, pois caso fosse outro já teria cedido, usando este ataques como desculpa para promover a privatização total da empresa, não ceder às pressões, estar segura das políticas de desenvolvimento é determinante para o sucesso de políticas públicas, Dilma Roussef tem mostrado esta determinação ao longo do 1º mandato, muitas vezes dizer o que vai fazer não é conveniente nem oportuno, esta historia de ter ou não ter um Porta Voz é importante, mas o momento requer ações e não falações, a escolha do novo ministério e do presidente do congresso é muito mais importante que as questões da Petrobrás, pois é a partir daí que se darão os novos passos para os rumos do país e a manutenção do caminho da Petrobrás e das fontes energéticas, os blogs que defendem a democracia e os valores de nossa terra poderiam fazer análise mais frias e menos emocionais, a Presidenta está acordada e acordando o necessário para dar continuidade ao proposto e efetivado até agora. Convém lembrar que todas as obras e ações que os governos de Lula e Dilma fizeram foram divulgadas para mídia, porém a grande mídia só noticiou para estigmatizar, foi assim com o Bolsa Família, com a Travessia do São Francisco (grandes manchete da greve de fome do bispo), com Monte Belo, com as novas Universidades Federais e dai para a frente só pancada, nada vai mudar o comportamento da mídia, nada, porta voz nenhum vai mudar esta forma agir, no caso específico da Petrobrás, é a empresa que tem de cuidar de seu público. investidores, colaboradores internos e externos, somente o grupo de especuladores travestidos de investidores perderam a serenidade e mancomunados com a mídia perversa e vendida tentam mais um de seus ataques de olho no pré sal e em grandes e gordos lucros, não passarão, como não passaram nas eleições,nossas inseguranças não ajudam, a confiança na liderança sim, a linha é esta. Não se trata aqui de defender a Dilma Rousseff, mas sim de lembrar que ela fez um pacto durante as eleições, e ele esta em vigor, Presumo.

CARLOS MOREIRA-MACEIO/AL

16/12/2014 - 13h13

A Dilma, tá esperando o Horario Eleitorarl, ela só fala a Nação em tempos de eleição, como não será candidata em 2018…..LASCOU, vai sobrar pro LULA.O PT, na opoosição latia feito cachorro grande…no Poder, pois o Governo é do PIG…o PT perdeu seus dentes, colocou seu rabinho entre as pernas, com aquilo murcho e AMARELO.A Dima, de tanto apanhar na Ditadura ODARELOU,virou MASOQUISTA.

jose bernardes neto

16/12/2014 - 12h42

ESTÁ NA HORA DA PRESIDENTA EM REDE NACIONAL FAZER UM PRONUNCIAMENTO CONTUNDENTE E FIRME EM DEFESA DA PETROBRÁS E DIZER CLARAMENTE QUE O OBJETIVO DESSA MÍDIA CANALHA E DESSA OPOSIÇÃO MEDÍOCRE É O DE VENDER A NOSSA MAIOR EMPRESA AOS AMERICANOS E SEUS ALIADOS…ALIÁS, É BOM RELEMBRAR QUE NA ERA FHC OS TUCANOS QUASE PRIVATIZARAM A PETROBRÁS…ALIÁS, O QUE ESSES VENDILHÕES QUEREM É ENTREGAR A PREÇO DE BANANA O PRÉ SAL PARA OS YANQUES…..ACORDE, GOVERNO!!!!ACORDEM, PT E ALIADOS E MOVIMENTOS SOCIAIS ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS

Leonardo

16/12/2014 - 12h19

Governo vassalo, idéias vassalas.

Luciano Machado

16/12/2014 - 11h58

A Arábia Saudita, controlada pelos americanos, reduziu propositalmente o preço do barril do petróleo para atingir países como o Brasil, Russia, Irã e Venezuela. Estes países tem a commoditie, como base de seu desenvolvimento. É um ataque contra o BRICS. É um ataque para defender o dólar, cujo principal concorrente é o petróleo. Os americanos imprimem dólares enquanto o BRICS extrai petróleo. É essa é a nova guerra fria que estamos vivendo e a principal arma é a mídia. Bem vindos ao século 21.

    radamantys

    16/12/2014 - 12h19

    concordo

    DUDE

    16/12/2014 - 12h29

    Acertou na mosca.

    DUDE

    16/12/2014 - 12h33

    E tem mais; o Xisto está sendo explorado pelo Tio Sam de forma intensa, o que está ajudando a baixar o preço do barril do petróleo. É preciso, como você o está fazendo, enxergar mais além dos horizontes, o que o PIG está impedindo tornar possível ao Brasil. Graças a Deus ainda temos blogs como este para entender melhor o que está se passando.

milton

16/12/2014 - 11h57

Excepcional artigo. Profundo, amplo, certo no alvo.

Carlos Roberto

16/12/2014 - 11h55

Sabe o mais triste de tudo é ter a impressão que a eleição não acabou e que a oposição vulgo PIG deseja acabar com o Brasil e a Petrobras.

Tenho uma humilde sugestão a Dilma e Petrobras: suspendam imediatamente a publicidade no PIG e em seus representantes até segunda ordem, ato continuo o PIg vai parar com os ataques contínuos a empresa e ao governo.

Carlos

16/12/2014 - 11h45

E a Dilma indo na posse da Katia Abreu na CNA, absurdo isso.
Dilma vê a Petrobras se esvaindo e não faz nada.
Dilma covarde.
Dilma traidora do povo brasileiro.
PT, partido de bundões.

Eduardo Barreto

16/12/2014 - 11h42

Bom dia! Quem pode explicar esse estado de silencio e letargia do governo? O que esta pie detras? Por favor, facam um pauta para descobrir e nos mostrar o que realmente acontece. Chega de bla bla bla. leio vcs pir que confio, mas quero algo mais.Respostas.

Maria Dilma

16/12/2014 - 11h29

O PT se sepulta acada dia. Mas parece ser Dilma que vai jogar o último punhado de terra.

Misael B. S. Filho

16/12/2014 - 12h18

O silêncio é a melhor resposta, fazer o jogo dos especuladores não é a melhor estratégia pra vence-los.

Nancy Soares

16/12/2014 - 12h13

Como gostaria de entender essa estratégia do silêncio dá dando nos nervos

marco

16/12/2014 - 09h24

Ao Sr.Vinicius Porto da Silva,que postou comentário acima.Vinicius,é isso que a Imprensa quer.Tua adesão às suas teses.No pierdas,la fé!Hay que endurecer-se más!Solamente!

marco

16/12/2014 - 09h19

Diagnóstico correto.Prescrições,também.Cabe fazer chegar ao governo e apoiadores.Saudações e parabéns!

Aristoteles F

16/12/2014 - 09h09

Precisamos disseminar esta idéia – “O PETRÓLEO É NOSSO”

Paulo Lima

16/12/2014 - 10h54

“Às vezes eu acho que muita gente no Palácio não sabe mais o que é política.//Vamos lembrá-los.//Política não é um bicho de sete cabeças.
É vir à público e falar. Pronto. Isso já é política.” E a gente vai ficando de saco cheio de tanto silêncio.

    Aristoteles F

    16/12/2014 - 09h07

    Precisamos lembrar – O PETRÓLEO É NOSSO – precisamos disseminar esta idéia.

Gilberto Marcio Hilario Ferreira

16/12/2014 - 10h48

Laura

16/12/2014 - 08h09

Francamente, simplesmente a Dilma não é valente. Fica parada e não faz nada. Quando faz, recua.RECUA.Faz o que querem dela. A Graça também fica parada. Quieta, Ai,Amem. A velha e desgastada imagem antiga da mulher “SUBMISSA”. Juro, as avessas prefiro a Margaret Thatcher. Ela tomava e bancava suas posições.

Thiago Luz

16/12/2014 - 10h04

sitiada por um bando de facínoras.

Gilberto Marcio Hilario Ferreira

16/12/2014 - 10h00

OBS. O GOVERNO BRASILEIRO COMPROU AÇÕES DA PETROBRAS NO EXTERIOR… ACHO QUE ESTA JOGADA DO PIG EM DESVALORIZAR O ESTATAL DEU COM OS BURROS NÁGUA;

    Laura

    16/12/2014 - 08h28

    Onde vc viu isso? seria uma boa iniciativa.

      Laura

      16/12/2014 - 08h29

      O Sindicato dos Engenheiros da Petrobras recomendou isso.

    dario

    16/12/2014 - 09h13

    perfeita sua colocação.

Mauricio Gomes

16/12/2014 - 07h59

A propósito, agora entende-se o motivo da Petrobras ter sido espionada pela NSA, como denunciado pelo Snowden…..

flavio

16/12/2014 - 07h58

Miguel, sinceramente…………..como vamos defender o governo, se ele mesmo não se defende????
cansamos……………

    Maria

    16/12/2014 - 15h58

    Temos que defender a nós. Se A Dilma não defende, nós temos que nos organizar de alguma forma e defender o Brasil. É isso, defender o Brasil. Se o PT, a Dilma e o governo não se defendem, FODAM-SE!!!. Vamos articular formas de luta pra nos defender. Eles não podem levar a nossa Petrobras, a nossa democracia, a nossa soberania e nós ficarmos esperando que esse governo inerte tome alguma atitude. De novo, não é o governo, somos nós povo brasileiro que temos que nos defender.

Mauricio Gomes

16/12/2014 - 07h57

A Dilma deveria vir a público e denunciar essa manobra espúria e criminosa contra a Petrobras, e literalmente dar nome aos bois. As grandes petrolíferas, os grandes especuladores e o Tio Sam estão por trás do ataque ao Brasil e à Petrobras. Quem conhece minimamente como funcionam os tais “mercados” e o capitalismo em si sabe que essa é a pura e cristalina verdade. Querem a todo custo empurrar goela abaixo do povo brasileiro essas aberrações de ajustes, privatização da Petrobras e outras medidas para agradar o “mercado”. São abutres esperando pela próxima refeição, por isso estão bombardeando a Petrobras para depois venderem a ideia de que a privatização e a mudança do regime de partilha são as únicas soluções possíveis para agradar o mercado. Quem tem que ser agradado é o povo brasileiro, não esses cupinchas e agiotas exploradores da desgraça alheia. Acorda Dilma!!!!!!!!

    Carlos

    16/12/2014 - 11h49

    A Dilma? ih!, ela está governando a Suiça.


Leia mais

Recentes

Recentes