Dilema da oposição: golpe, Cunha ou decoro?

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Análise Diária de Conjuntura – 11/11/2015.

O Globo de hoje é um retrato da oposição: golpista, confuso e patético.
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Nota do Lauro Jardim, blogueiro da Veja exportado à Globo, diz que a oposição negocia com Eduardo Cunha: se ele não aceitar o impeachment, a oposição não vai mais lhe apoiar.

No mesmo jornal, outra notícia, que desmente a primeira: diz que a oposição já rompeu com Cunha e pedirá sua saída da presidência.

Ler a imprensa hoje virou uma espécie de gincana. Uma notícia diz uma coisa, outra diz o contrário, e todas visam manipular a opinião pública.

A segunda notícia, a de que a oposição decidiu se afastar de Cunha, tenta o joguinho infantil de “botar a culpa no PT”. É coisa de doido: a matéria informa que a oposição pedirá a saída de Cunha, diz que o PT tem apenas uns 3 deputados num total de 21 no Conselho de Ética, mas o subtítulo diz que “Levantamento do GLOBO mostra que petistas poderão decidir abertura da ação”.

O objetivo parece ser o de fazer a besta fera de Eduardo Cunha voltar seu ódio para o PT, criando dificuldades para o governo nas votações importantes deste final do ano: ajuste fiscal, orçamento de 2016 e derrubada definitiva do impeachment.

Abaixo, eu reproduzo a nota de Lauro Jardim, o novo “enfant terrible” do Globo, responsável pelos serviços de pistolagem política que Noblat parece já ter se cansado de fazer.

O final da nota é hilário: “Sampaio, o líder do PSDB, está neste momento reunido com a bancada tucana, que ainda precisa chancelar a negociação e decidir se fica com Cunha ou com o decoro.”

Cunha ou decoro, ó dúvida cruel.

A verdade é que as autoridades suíças, ao mostrarem a nosso incompetente Ministério Público como se trabalha, bagunçaram o coreto dos golpistas.

Se o impeachment vier liderado por Cunha, ele chega natimorto ao plenário, porque a oposição está muito distante de ter dois terços dos deputados.

O impeachment não apenas vem manchado com a pecha de golpe paraguaio, como também pelo sangue podre de Eduardo Cunha: derrota na certa.

O golpismo termina o ano atolado em sua própria falta de caráter.

A “greve dos caminhoneiros”, por sua vez, entra em seu terceiro dia completamente esvaziada, segundo a própria grande imprensa.

Aliás, foi divertido assistir o constrangimento da mídia diante de alguns baderneiros golpistas fechando estradas essenciais.

Acostumada a defender a lei e a ordem, os instintos golpistas levaram a mídia a não fazer editoriais contra uma greve notoriamente ilegal, pois que não visava beneficiar a categoria e não pretendia dialogar com as autoridades, e sim derrubar um governo eleito.

***

Cunha negocia com oposição e promete aceitar impeachment em troca de apoio

POR GUILHERME AMADO, no blog de Lauro Jardim/Globo.
10/11/2015 19:24

Eduardo Cunha teve uma reunião separada hoje com os tucanos Bruno Araújo, Carlos Sampaio e os demistas Mendonça Filho e Rodrigo Maia, após o almoço com os líderes partidários na residência oficial da presidência da Câmara.

Os deputados das duas legendas colocaram o presidente da Câmara contra a parede: ou ele abre o processo de impeachment contra Dilma Rousseff ou eles retiram o apoio que têm dado a Cunha.

Embora o grupo negue publicamente o teor da conversa, Cunha topou, mas com uma condição: vai assinar a favor do impeachment o mais perto possível de 24 de novembro.

A data não foi escolhida à toa: será neste dia que o Conselho de Ética vota admissibilidade do pedido de abertura de processo pela cassação de Cunha.

Sem os votos do PSDB e do DEM, e sem o apoio deles daqui até lá, Cunha está liquidado.

Sampaio, o líder do PSDB, está neste momento reunido com a bancada tucana, que ainda precisa chancelar a negociação e decidir se fica com Cunha ou com o decoro.[/s2If]

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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