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Lava Jato dá as pinceladas finais do golpe

(Crédito fotos: Jornalistas Livres). Eu nem me irrito mais. Agora eu fico com pena dos caciques do PT quando, em discursos contra o golpe, dizem que a oposição quer “fechar a Lava Jato”. Certamente, o fazem porque viram pesquisas mostrando o forte apoio da população à operação. E agindo assim, enfiam a corda no próprio […]

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(Crédito fotos: Jornalistas Livres).

Eu nem me irrito mais.

Agora eu fico com pena dos caciques do PT quando, em discursos contra o golpe, dizem que a oposição quer “fechar a Lava Jato”.

Certamente, o fazem porque viram pesquisas mostrando o forte apoio da população à operação.

E agindo assim, enfiam a corda no próprio pescoço, porque a Lava Jato se desvirtuou há tempos. Seu objetivo agora é prender Lula, destruir o PT, derrubar o governo e chantagear o setor nacionalista do empresariado: obedeçam às orientações da Globo, fiquem contra o PT e contra a esquerda, porque o país pertence à elite financeira, não a um punhado de sindicalistas ou militantes de movimentos sociais!

Ao invés de olharem para frente, onde há um abismo, o PT e o governo caminham com olhos voltados para o alto, para “pesquisas de opinião”.

A política é, por natureza, uma fórmula de transformação.

Não são as pesquisas que fazem a política. É a política que transforma as pesquisas.

A mídia sabe disso, e traça estratégias, inclusive de longo prazo, para causar mudanças na opinião pública.

PT e governo parecem ter esquecido, há muito tempo, o que é política.

A Lava Jato tem obedecido, com fidelidade canina e pontualidade britânica, a uma agenda estritamente político-partidária.

Neste final de semana, a operação dá as pinceladas finais no golpe de Estado.

Segundo o noticiário, Marcelo Odebrecht iniciou negociações para sua delação.

É tudo orquestrado, não há mais nenhum disfarce.

Mal começou a negociar delação, e o conteúdo já foi seletiva e oportunamente vazado aos diários oficiais do golpe, de maneira a subsidiar o Fantástico, os noticiários de domingo e abrir uma semana decisiva com novo foco de pressão sobre os senadores.

Marcelo Odebrecht, aparentemente, jogou a toalha.

Os desdobramentos da crise, a omissão do STF, possivelmente o convenceram de que não há mais esperança de encontrar brechas de imparcialidade no judiciário brasileiro: então ele decidiu entrar no jogo sujo do golpe.

É isso, ou então os procuradores começaram a vazar conversas com ele de maneira ilegal, distorcendo suas declarações. Não me surpreenderia. Desses procuradores e da nossa mídia, espere-se qualquer coisa.

O caso de Mônica Santana é igual.

Aliás, quando João Santana e sua esposa foram presos, não foi difícil para analistas perceberem que, senão soltasse o casal em alguns dias, Sergio Moro estaria deixando bem claro que o objetivo era focar a Lava Jato na campanha de Dilma, com objetivo de derrubar o governo. E assim foi.

João Santana foi levado para a masmorra perpétua de Sergio Moro, onde o sujeito apenas é solto após entrar no jogo de cartas marcadas da “força-tarefa”.

As prisões de Moro, reitere-se, não tem limite de tempo, até porque não há mais habeas corpus no país. O país vive em Estado de Exceção.

Moro vai prorrogando as prisões preventivas indefinidamente, até amarrá-las numa condenação medieval, de 15 a 20 anos, enquanto os procuradores iniciam um pesadíssimo jogo de pressão, o qual, no caso da Odebrecht, incluiu ameaças a todos os agregados da empresa, além da destruição de um patrimônio gigantesco, espalhado pelo mundo inteiro.

Não me parece coincidência que, simultaneamente, uma nova campanha de publicidade da Odebrecht tenha voltado a aparecer na Globo: a empresa se rendeu a quem manda hoje no Brasil, o monopólio mafioso coordenado pela família Marinho.

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No início do processo, os advogados da Odebrecht tentaram jogar o jogo conforme as regras do processo penal. Não deu certo, porque a a Lava Jato não obedece a nenhum critério jurídico ou constitucional. A regra é a força bruta de Sergio Moro, e a narrativa blitzkrieg da mídia.

Em seguida, os advogados, percebendo que o jogo se dava na comunicação, iniciaram uma série de ações midiáticas visando fazer um contraponto ao massacre. Não era nada demais: apenas entrevistas, participação em debates, publicação de artigos em jornais.

A Lava Jato respondeu com o recrudescimento da sua agressividade. Sergio Moro e força tarefa começaram a atacar os próprios advogados.

A narrativa do golpe não pode ser contestada!

A Odebrecht recuou. E agora volta a anunciar na Globo. O capital tenta comprar clemência depositando novas ofertas no altar dos vencedores da guerra.

O governo assistiu a erosão do Estado de Direito com uma mistura de covardia e arrogância, sempre imaginando que as feras se saciariam em algum momento. E não é de hoje: tudo começou na Ação Penal 470.

O PT, ao invés de fazer política, o que pressupõe interferir no debate público, se limitava a pagar “pesquisas de opinião” as quais, obviamente, mostravam o apoio da população às narrativas da mídia.

Daí o PT foi sacrificando seus quadros um a um: Dirceu, Genoíno, Pizzolato…

Não só os petistas. O Estado de Exceção precisava queimar empresários na fogueira da inquisição, e assim o foram os publicitários do mensalão, que também pegaram condenações medievais.

No petrolão, a agressividade das forças obscuras do golpe cresceu exponencialmente. As principais empresas de engenharia do país, mais a Petrobrás, foram alvo de uma campanha de destruição jamais vista desde talvez os tempos mais sombrios de Stálin.

Voltando a delação de Marcelo Odebrecht, não há como negar a competência golpista. Ela é vazada no momento rigorosamente certo.

Toda a agenda golpista tem funcionado como um relógio suíço. Os vazamentos se dão sempre no momento mais oportuno. Eduardo Cunha? Afaste-se da presidência da Câmara, mas no momento certo, apenas depois dele ter deflagrado o golpe do impeachment. Lula ministro? Vazemos – no momento certo – áudios íntimos, que desgastem profundamente o ex-presidente junto à opinião publica e ao STF, e assim evitem sua indicação até depois do golpe, quando ela já não valerá mais nada.

Até Dilma Rousseff, cujo nome vinha se mantendo incólume, passou a ser subitamente alvo da campanha suja do golpe. Por quê? Ora, é simples. Identificou-se que a narrativa vinha esbarrando com uma dificuldade importante, sobretudo junto à imprensa internacional: Dilma não é acusada de nada. Identificado o problema, a conjuração golpista acionou a sua “máquina de lama” para envolver a presidenta.

A delação de Marcelo Odebrecht diz que Dilma atuou para nomear o ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), dentro de uma suposta ofensiva do governo contra os arbítrios e truculências da Lava Jato.

Ora, esta informação serve duplamente ao golpe: queima o ministro Dantas, um dos poucos a não pactuarem com o Estado de Exceção que tomou conta do judiciário; e atinge Dilma Rousseff.

É uma crítica idiota, mas que faz efeito porque o governo há muito abdicou da política: o governo, desde o início, deveria ter feito críticas diretas e objetivas aos arbítrios da Lava Jato, e ter nomeado ostensivamente ministros para freiá-las, mas dando suporte político aos ministros. Não adianta nada o governo nomear ministros para tribunais superiores e não fazer o embate político para defendê-los.

Ao cabo, sempre voltamos à batalha de narrativas, que tinha de ser conduzida pelo governo com muito mais coragem. Ainda há tempo, aliás. Sempre haverá tempo para ser corajoso.

A reportagem do Globo, que reproduzimos abaixo para registro histórico, é um modelo desse jornalismo orwelliano, que transformou o Brasil num laboratório de um novo tipo de golpe de Estado.

Um golpe que é chamado “de Estado” também porque é gestado dentro do Estado: forças golpistas, não-democráticas, incrustradas no próprio Estado, conspiram para derrubar um governo eleito pelo voto popular.

Observe esse trecho da reportagem do Globo:

Coutinho teria perguntado a um ex-executivo de uma empreiteira, em agosto de 2014, se ele conhecia Edinho. O ex-executivo teria entendido a pergunta como uma forma de pressão, e sua empresa fechou acordo para doação à campanha nas semanas seguintes.

Reparem: Coutinho teria perguntando a um ex-executivo de uma empreiteira se ele conhecia Edinho.

Teria perguntado?

Um ex-executivo?

A partir de uma informação dessas, completamente apócrifa, a Lava Jato constrói uma teoria, a mídia a amplia, e o resultado final é a produção de mais um factoide para ajudar o Senado a aprovar o afastamento da presidenta.

***

Odebrecht diz à Lava-Jato que Mantega usou BNDES para pedir doações, diz jornal

Empresário afirma, em negociação para delação, que Dilma atuou para soltá-lo da prisão

POR O GLOBO 07/05/2016 19:12 / atualizado 08/05/2016 10:46

SÃO PAULO — O empresário Marcelo Odebrecht disse a procuradores da Operação Lava-Jato que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, cobraram doações de empresários que tinham financiamentos do banco para a campanha de Dilma Rousseff em 2014. De acordo com reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” deste domingo, eles teriam pedido a empreiteiros que se reunissem com o ministro Edinho Silva, que na época era tesoureiro da campanha de Dilma, para que “continuassem a ser ajudados” pelo governo. Coutinho teria perguntado a um ex-executivo de uma empreiteira, em agosto de 2014, se ele conhecia Edinho. O ex-executivo teria entendido a pergunta como uma forma de pressão, e sua empresa fechou acordo para doação à campanha nas semanas seguintes. À “Folha de S.Paulo”, Coutinho, Mantega, Edinho Silva e o PT negaram a acusação de Odebrecht. O empresário negocia termos de um acordo de delação premiada.

Mantega já havia sido citado na delação de Monica Moura, a mulher do marqueteiro João Santana, que trabalhou na campanha pela reeleição de Dilma, como revelou O GLOBO em abril. Segundo Monica, o ex-ministro intermediou o pagamento de caixa 2. Mantega se reuniu com ela e indicou, mais de uma vez, executivos de empresas que deveriam ser procurados para ela receber contribuições em dinheiro, que não passaram por contas oficiais do PT e, por isso, não foram declaradas à Justiça Eleitoral.

Na ocasião, Mantega reconheceu ter se encontrado com Monica, mas negou a acusação. Monica afirmou ainda que a Odebrecht pagou R$ 4 milhões em dinheiro para a campanha de Dilma em 2014, não registrados nas contas oficiais de campanha. Os valores teriam sido entregues diretamente para ela e usados para pagar fornecedores na área de comunicação.

Também em delações, o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio de Azevedo e outros ex-executivos da empreiteira haviam dito que a empreiteira pagou R$ 150 milhões à campanha de Dilma. O montante corresponderia a 1% do valor de contratos da obra da hidrelétrica de Belo Monte.

Marcelo Odebrecht informou também que a presidente Dilma Rousseff tentou garantir sua liberdade após ele ser preso em junho de 2015. Ele relatou, segundo a “Folha de S.Paulo”, que a nomeação do ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fazia parte da ofensiva contra as prisões de empreiteiros pela operação.

A nomeação de Navarro para o STJ com o intuito de conceder liberdade a presos da Lava-Jato já havia sido revelada pelo senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) em delação. Com base nessa acusação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribual Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar Dilma. Na quarta-feira, Dilma declarou que as acusações de Delcídio são “levianas” e “mentirosas”.

Segundo a “Folha de S.Paulo”, os procuradores aguardam explicações sobre o esquema de financiamento de projetos no exterior para fechar o acordo de delação premiada. Eles esperam informações sobre a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em negócios de empreiteiras na América Latina e na África. Marcelo Odebrecht foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

Em nota enviada ao jornal, Luciano Coutinho afirmou que não tratou de doações com executivos da Odebrecht ou de qualquer empresa. O advogado de Mantega, José Roberto Batochio, disse que o ex-ministro “jamais tratou de assunto de campanha de quem quer que seja”. O ministro Edinho Silva afirmou que as doações foram legais e as contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Já o PT negou que tenha cobrado propina em relação a empréstimos concedidos pelo BNDES.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Marcio,São José dos Campos, SP

09/05/2016 - 10h33

Está clara a verdadeira Intenção dessa Lava Jato, patrocinada pela Globo golpista com o coluio da Câmara dos deputados, Senado e STF. Onde esses Golpistas concentraram uma investigação microscópica encima de um partido que foi o PT e todos que o apoiam. Fazem delações premiando bandidos, forjando informações e divulgando a sua comparsa Globo, com a intenção de formarem opiniões e manchando a imagem da nossa Presidenta, destruir a imagem do lula e destruir o PT que hoje, é o único partido que defende e representa o trabalhador e a pobreza no Brasil. Deixando imunes, partidos que sempre destruiu patrimônios dos brasileiros com privatizações, o pior partido do Brasil o PSDB. Partido este, que fez e faz, desfez e desfaz de riquezas do povo Brasileiro. Enquanto o povo estiver ludibriado com essa Globo golpista o Brasil viverá como um estado de exceção.

Vinicius Alonso

09/05/2016 - 07h28

Cara, na Boa, não viaja nao. Até o STF rejeitou os pedidos de revogação da prisão do Marcelo Odebrech porque todos eles tinham fundamento jurídico.

    Fabiano França

    09/05/2016 - 08h11

    O stf…(minículo mesmo) não me faça gargalhar….hahahahahahahahahahahahaha

      Vinicius Alonso

      09/05/2016 - 09h36

      Se nem o STF vai livrar ele, quem irá então??

    Romano

    09/05/2016 - 11h09

    Kkkk
    O STF do Cunha livre?
    O Moro da esposa do Cunha livre?
    Kkkk

    Geysa Helena Dantas Guimarães

    09/05/2016 - 11h18

    O STF concedeu HC para o médico estuprador, Roger Abdelmassih, condenado a quase 300 anos de prisão. Falar em viajar, o médico-monstro está no Líbano.

Tales

09/05/2016 - 01h42

é aterrador.. que retrocesso.. e extremamente deprimente ver isso que tá acontecendo.. e saber que os sabotadores da sociedade sairão triunfantes e morrerão impunes e ricos, como sempre foi por aqui, aliás..

Sérgio Silveira

09/05/2016 - 01h20

O PT ACERTOU muito mais do que acreditam blogueiros “brizolistas” invejosos.
Ele sempre esteve à frente do seu tempo.
O PT simplesmente está sendo caçado pela mais poderosa maquina perseguidora montada na história do mundo ocidental, comandada diretamente pelos EUA. Desde o planejamento até a execução.
Justamente por seus acertos e por desafiar o Status Quo mundial, de forma limpida e democrática!!
moro, pf, mpf, stf, oposição, pig, congresso, todos são apenas massa de manobra comprados…
De um lado a verdade, democracia e republicanismo, do outro o jogo sujo, sórdido e canalhice regados à muito dinheiro dos EUA
Como combater e reverter este quadro não tendo as mesmas armas?
Eis a questão
Para mim, desobediência civil

    Sevio Rod

    09/05/2016 - 08h21

    Hoje mais uma vez tive que ouvir na radio em meu Pais, uma dura, triste e vergonhosa reportagem do Brasil. Primeiro meteram o pau nas olimpiadas, falando do esgoto que desagua na baia de Guanabara. E depois disseram que o respeito que o Pais ganhou na ultima decada, de economia e nova lideranca internacional, esta indo para o lixo, disseram que o Golpe vai fazer o Pais ser desmoralizado pela visao dos lideres dos paises mais ricos. Disseram que e’ um Pais que o capital estrangeiro nao vai poder mais confiar, pela instabilidade da democracia. Eles veem o golpe como um atraso e dizem que os politicos e a justica esta levando o Pais para decadas de atraso. Estou tao assustado e com tanta vergonha. Estava tao orgulhoso do Brasil republicano e democratico e um dos maiores feitos, dito no radio hoje, foram os ganhos sociais, disseram que o Pais saiu do mapa da fome. Para os civilizados, tirar um Pais do mapa da fome, e’ visto como muito respeito mesmo, ao ser humano. Nossa elite, segundo os jornais daqui, uma das mais atrasadas do mundo ocidental, esta destruindo o direito do cidadao atraves do golpe sem precedentes, jamais visto em qualquer das 20 maiores economias do Mundo. Eles dizem que o Pais vai levar mais de meio seculo para recuperar a imagem de um Pais serio e democrata. Que vergonha.

Rogério Maestri

09/05/2016 - 00h37

Se não tivesse Lava Jato inventavam outra para derrubar Dilma e prender Lula.
Tá todo mundo num mimimi achando que a Direita ia continuar entregando a rapadura sem fazer nada.
Todas estas culpas porque o PT não fez isto, o governo não fez aquilo e uma verdadeira palhaçada. Nas últimas eleições os próprios candidatos proporcionais se encolheram e tinha alguns com propaganda eleitoral em que o nome do partido estava no mínimo permitido pela lei.
O que aconteceu que a Lava Jato deu certo como uma forma de achar propinas para alguns diretores da Petrobras, coisa que existe há desde 1500 quando os portugueses chegaram no Brasil e todos começaram a culpar A ou B.
Esta tendência de auto-crítica pública no meio de um processo público com admissão de culpas que são dos outros é uma tendência da esquerda, a direita jamais faz auto-crítica, podem pegar um helicóptero com 450 kg de cocaína que ninguém se avexa.
Não é o casa de perder a vergonha, é o caso de não assumir broncas individuais pelo governo inteiro.
Dilma tem o mesmo discurso desde o início, e ela sabe que mesmo sem fazer nada ela pode ir presa mas nem por isto afrouxa.
Agora vem os “extremistas de Internet”, “temos que tocar fogo” e fazer isto ou aquilo, temos que resistir, isto é certo, mas na mesma medida em que é tacado, se vem com discursos, fazemos os nossos, manifestações idem, agora se vierem com um pau também o mesmo esquema, mas não sair provocando sem ser atacado.

Sevio Rod

09/05/2016 - 00h21

Voce falou muitas verdades, a maioria obvia pro algum tempo. Mas tenho a impressao que nao so a esquerda esta confusa, muitos dos blogueiros progressistas ficaram confusos, e tambem jogam a toalha. Luta virtual e’ importante, mas ja deveriam ter ido ocupar os espacos publico com garra de lutadores. A esquerda ainda tem dois discursos o do PT e o dos “que pensam” ser mais para a esquerda. Tudo isso que voce coloca poderia ser dizimado com o povo nas ruas. Todos dao entrevistas a Globo, ate a turma do PCdoB, logo toda a esquerda nao foi esquerda suficiente para peitar a direita. Esquerda republicana em Pais de elite facista, nao funciona. Esquerda que vai fazer campanha contra o golpe tocando samba, em vez de irem para a guerra. Isto que ta’ faltando, se acreditam que estao sendo golpeados injustamente, saiam as ruas em milhoes e parem o golpe com as maos.

    Luiz Carlos A.

    09/05/2016 - 08h43

    Existe o golpe. Existe injustiça. Mas não existem – até o momento – milhões dispostos a tomar as ruas.

      Sophia Theo

      09/05/2016 - 09h20

      Luiz Carlos A. , no Brasil, as pessoas säo programadas, pela midia em geral, serem valentes e agressivos , somente, com os mais humildes. Ha’ muito tempo que se denuncia o genocidio cometido nas periferias do Brasil. E a maioria e’ indiferente a esse crime. Portanto, quando o crime e’ cometido pelos que mandam, as pessoas näo sabem reagir a altura, mas com trombadinha e cia todo mundo e’ valentäo. Tenho pena do gigante ter caido nas mäos de gente täo pequena.

        Luiz Carlos A.

        09/05/2016 - 09h36

        Concordo plenamente com você. Talvez no futuro, talvez daqui décadas será possível uma rebelião vitoriosa. Hoje, com enorme parcela da população sendo “programada” pela mídia, não irá ocorrer uma revolta popular com milhões de pessoas. É utópico propagar e alimentar este desejo.

Fernando Santos

09/05/2016 - 00h18

a culpa é tb dos militantes de esquerda que numa hora dessas deveriam radicalizar, tocar fogo no país, a esquerda brasileira só quer saber de dialogar, conciliação, e outras frescuras, são feitos todos de açúcar encosta um dedo e derretem todos..o bolsonaro grita com um politico de esquerda ou militante o que faz esse; chora histericamente, grande coisa cuspir na cara dele!

Luiz Mattos

09/05/2016 - 00h10

Como em 64 todos abandonam Jango e o julgam culpado.
Parece uma reprise.
A culpa é sempre de quem sofre a violência.

TioDrakul

09/05/2016 - 00h09

Quando a justiça é jogada às favas é hora de parar de agir como se ainda existisse justiça. É hora de abater Moro e os demais golpistas na bala.

Esquerda Valente

08/05/2016 - 23h59

A luta tem que ser mais forte de agora pra frente! Avante!

Antonio Passos

08/05/2016 - 23h44

Você está certo Miguel, mas culpa é SÓ do PT ? Onde estavam nossos JURISTAS para dar um soco na mesa contra o FIM do habeas corpus ? Só sabem dar entrevistinha ? Onde estavam nossos artistas que lutavam pela democracia ? Sua participação foi SÓ aquilo que se viu a uma semana do golpe ? Onde estavam nossos intelectuais, filósofos, sociólogos, tanta gente que se revoltava com a Lei de Anistia de QUARENTA ANOS atrás e não falavam NADA dos presos na masmorra do Moro ?
Miguel, é triste dizer isto mas nosso país parece que tem uma carência em TODOS os níveis, de gente com GANA de lutar pra valer. Entrevistinha todo mundo dá, artiguinho todo mundo escreve, mas escrachar, desafiar, acusar de peito aberto os Gilmares, ninguém fez. O próprio Wadih, poucas semanas antes do golpe eclodir, dizia que “apesar dos desvios, acreditava na boa intenção do Moro”. É uma mistura de MEDO, CORPORATIVISMO E bundamolice de chorar.

    Rogério Maestri

    09/05/2016 - 00h37

    PSOL :) :) :)

      Sevio Rod

      09/05/2016 - 01h19

      PSOL e’ a nova esquerda do politicamente correto. Muito cedo para um Brasil que ainda carece de entender o que e’ ser republicano.

Beth Andrade

08/05/2016 - 23h22

#ContinuoComDilma

#ContinuaALutaContraOGolpe

#ALutaNaoAcabou #LutarSempreTemerJamais #LulaValeALuta

#ALutaContinua #StopCoupInBrazil #AnulaMaranhão

Spin Espelho

08/05/2016 - 22h48

a vitoriosa geopolitica de Lula foi criminalizada, por isso enfiaram o BNDES no rolo, e pensar que dias atrás se encerrou uma CPI do BNDES, conduzida pela oposição, e nada de errado foi encontrado

    Sevio Rod

    09/05/2016 - 01h34

    E’ incrivel isso, o proprio PSDB nao quis a CPI da Petrobras, depois a do BNDES nao achou nada, mas a Midia insiste em voltar com casos ja encerrados, por apostarem na memoria curta da maioria dos zumbis e dos globobotizados.

Marcio Pinheiro Nascimento

08/05/2016 - 22h35

Esses sites defensores da pilantragem são incríveis, defendem que bandidos tem direitos, realmente vagabundos tem três direitos;
1. Confessar.
2. Facilitar a investigação.
3. Cumprir a pena.
Estado de Direito é assim que se faz!

    migueldorosario

    08/05/2016 - 22h54

    Marcio, dá pena ver um ser humano como você. Todo ser humano tem direitos, inclusive bandidos. Em caso contrário, quem estará sendo bandido é o Estado. Além disso, sem direitos, não será mais possível sequer saber quem é bandido, porque o direito permite ao indivíduo se defender e provar, eventualmente, sua inocência.

    Sevio Rod

    09/05/2016 - 01h20

    Voce e’ um atrasado.

      Marcio Pinheiro Nascimento

      09/05/2016 - 06h58

      Agente aprende muito com os PTRALHAS, duas coisas importantes são; a mentira e a verdade.
      Onde está a verdade no mundo PTRALHA? No oposto de tudo o que eles negam!
      Onde está a mentira do mundo PTRALHA? No oposto de tudo que eles afirmam!

    Avelino Oliveira

    09/05/2016 - 03h51

    Oi Marcio
    Você já tentou falar isso para globo, estadão, folha, veja, Moro, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, entre outros canalhas?!
    Realmente, eles não são só vagabundos, mas megavagabundos.
    Acho que isso não te interessa.

Sandra Neves de Andrade

08/05/2016 - 22h29

É triste, mas é verdade. O governo não reagiu corretamente no inicio dessa operação que destrui a industria do petróleo do Brasil.


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