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Exclusivo! Temer inicia trem da alegria para a mídia do golpe. Repasses federais à Folha crescem 78%

Arpeggio – 01/10/2016 Por Miguel do Rosário Partiu o trem da alegria! Agora entendi um pouco melhor dois movimentos da Folha nos últimos sete dias. Primeiro, o jornal publicou reportagem sobre si mesmo, se autoelogiando, dizendo que faz “cobertura crítica” do governo Temer. Segundo, publica matéria requentando notícia de maio deste ano, sobre decisão do governo de […]

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Arpeggio – 01/10/2016

Por Miguel do Rosário

Partiu o trem da alegria!

Agora entendi um pouco melhor dois movimentos da Folha nos últimos sete dias. Primeiro, o jornal publicou reportagem sobre si mesmo, se autoelogiando, dizendo que faz “cobertura crítica” do governo Temer. Segundo, publica matéria requentando notícia de maio deste ano, sobre decisão do governo de suspender publicidade federal aos blogs, uma não-notícia bizarra, pois não informa afinal que veículos receberam recursos durante esses primeiros meses de governo Temer.

Então fui olhar com mais calma os números da Secom, fazendo o seguinte comparativo: peguei as execuções contratuais (pagamentos efetivamente realizados) neste quatro meses de “governo Temer”, de maio a agosto deste ano, e os comparei com os quatro meses de 2015.

Os pagamentos federais à Folha/UOL, nos quatro meses de maio a agosto de 2016, foram 78% maiores que no mesmo período de 2015.

Apesar da grave crise fiscal, da recessão, da campanha da mídia para o governo cortar gastos, o volume de recursos publicitários pagos nos últimos meses já é quase 50% maior que o registrado em 2015.

A grande mídia começou a receber a propina oficial do governo pelo apoio ao golpe, e a campanha contra os blogs é um preparativo para neutralizar aqueles que podem denunciar a mamata.

É bom lembrar que o governo Temer só conseguiu sua verdadeira “alforria” há pouco mais de um mês, quando o Senado aprovou o afastamento definitivo da presidenta Dilma, e as execuções contratuais espelham frequentemente contratos celebrados em período anterior.

O trem da alegria está apenas começando a pegar velocidade.

Mas já dá para ter uma ideia dos pixulecos a serem pagos à mídia tradicional,  em pagamento a uma cobertura bem ao contrário de “crítica” ao governo Temer. Na verdade, a mídia, assim como durante o regime militar, dá sustentação ao golpe que ela mesmo articulou.

A Globo não viu crise este ano em termos de publicidade federal. De maio a agosto, as empresas da Globo receberam R$ 15,8 milhões de repasses federais (sem contar as estatais!), 24% a mais que no ano anterior.

Enquanto os Marinho defendem o fim da aposentadoria rural, o fim da gratuidade da universidade pública, o arrocho do salário mínimo, eles arrancam mais e mais dinheiro do povo brasileiro. E olha que isso é só o começo!

A Abril também começou a recuperar o terreno perdido. Nos quatro meses de maio a agosto de 2015, o grupo que edita a Veja recebeu apenas R$ 52 mil, valor que saltou para R$ 380,77 mil no mesmo período de 2016, um crescimento de 624%!

A concentração dos recursos federais em mãos da Globo já era uma realidade gritante antes do golpe, como se pode ver nos dados de 2015, quando a Globo ficou com 31% de toda a publicidade federal sem as estatais.

É bom lembrar que estamos falando apenas da publicidade do governo federal e seus ministérios. Se o Judiciário aceitar a liberação dos dados das estatais, veremos que o trem da alegria para a mídia que apoiou o golpe é bem maior.

 

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Atualização: o leitor pode conferir por si mesmo os números da Secom. Basta clicar neste link.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Manoel

15/02/2017 - 21h45

ISTO É UMA VERGONHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA .!!!

Turdin

10/10/2016 - 17h34

Podemos nos questionar também sobre o fato que no ano passado inteiro havia sido pago 89 mil para a Editora globo, e só até maio (quando a Dilma ainda estava no poder), já haviam sido pagos para a mesma editora a quantia de 229 mil.

Assim como o mesmo acontece na Editora Caras, 2015 inteiro 60 mil. Janeiro a Abril 236 mil.

E incrívelmente até a Globo que havia recebido de Janeiro a Maio de 2015 R$ 1.727.215,18 recebeu de Janeiro a Maio de 2016 incríveis R$ 9.247.893,91

Estranho né? Mesma fonte, mas se você for honesto nos dados vai ver que esse aumento não veio do Sr Temer

Vladimir Carvalho

05/10/2016 - 15h12

obviamente esses valores foram definidos antes de Maio, ou seja pela Dilma.. agora faz sentido o súbito empenho da Folha e do UOL em defender o PT haha

Miguel Castro

03/10/2016 - 07h24

Miguel, mas e a BAND? Obteve aumento de mais de 1000% em pagamentos!

Ameazza

01/10/2016 - 13h55

Excelente trabalho. Pode, por favor, disponibilizar os links de onde tirou esses dados?

Obrigado

Onda Vermelha

01/10/2016 - 11h34

Pessoal atenção!! Por favor, avisem a todos os seus conhecidos! Neste ano, ao votarem para vereador seja do PT, PSOL, PC do B, etc, NÃO votem APENAS na LEGENDA(PARTIDO)! Votem no numero completo(cinco dígitos) do seu candidato! Por quê? Nosso voto poderá ser DESCARTADO no calculo do voto de legenda, e os partidos de esquerda PODERÃO acabar elegendo MENOS vereadores do que de costume! Por essa mesma razão, minha conclusão é que a esquerda NÃO DEVERIA CONCENTRAR seus votos nos puxadores, como Eduardo Suplicy(13131), mas BUSCAR DISTRIBUIR os votos sobre os demais vereadores da própria legenda para que atinjam pelo menos 10% do coeficiente eleitoral! Adivinhem de quem foi essa ideia genial para prejudicar os partidos de esquerda aprovada na ultima reforma politica-eleitoral? Dele mesmo, Eduardo Cunha! Leiam abaixo e entendam:

Como as novas regras interferem nesse tipo de voto?

A lógica continua sendo a mesma: quando você vota em um candidato, você vota também em um partido ou em uma coligação. O que mudou é que agora se exige uma votação mínima para o candidato ser eleito.
Caso o partido, na soma total dos votos, alcance o direito de ter mais de uma vaga na Câmara Municipal, o candidato dele precisa ter recebido pelo menos 10% dos votos do quociente eleitoral do partido ou coligação.
Partidos que sempre defenderam voto em legenda, como o PSOL e o PT, agora precisam que os candidatos que tenham pouca expressão alcancem um número mínimo de votos [para assegurar que eles possam ocupar a vaga]. Caso contrário, será feito um novo cálculo e aquelas vagas não preenchidas ficarão para candidatos de outros partidos.

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/09/as-mudancas-no-voto-na-legenda-e-informacoes-sobre-brancos-e-nulos.html


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