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A anarquia dos poderes e a entrega de segredos do Brasil para a CIA

Por J. Carlos de Assis, enviado por e-mail ao Cafezinho Anarquizado institucionalmente, o Brasil virou a casa da mãe Joana sob ditadura de um Judiciário que se aproveita do caos para prevalecer sobre direitos de cidadania, ignorando solenemente prerrogativas do Executivo e do Legislativo. Estes poderes, por sua vez – o senador Requião chama todos […]

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Por J. Carlos de Assis, enviado por e-mail ao Cafezinho

Anarquizado institucionalmente, o Brasil virou a casa da mãe Joana sob ditadura de um Judiciário que se aproveita do caos para prevalecer sobre direitos de cidadania, ignorando solenemente prerrogativas do Executivo e do Legislativo. Estes poderes, por sua vez – o senador Requião chama todos os três de “proderes” – capitularam à anarquia judiciária e tentam a suprema vilania de impedir a votação da Lei do Abuso do Poder, proposta pelo próprio perjurado Renan Calheiros, antes de negociar a aprovação já da PEC da Morte.

Tendo concentrado em si todo o poder do Judiciário – do poder de prender sem provas ao poder de condenar sem o devido processo legal -, Sérgio Moro é o dono de fato da república da mãe Joana. Em nome do combate à corrupção, tese ressuscitada da velha UDN golpista, o juiz de Curitiba, que iniciou sob aplausos merecidos o processo de limpeza da política brasileira, acabou extrapolando de limites legais para se tornar, na prática, um agente da CIA capaz de entregar provas contra a Petrobrás a potências estrangeiras.

E isso não é o mais grave. O esquema da Lava Jato alcançou, prendeu e pôs na cadeia, com uma sentença de 39 anos o almirante Othon Pinheiro da Silva, o herói do programa nuclear brasileiro. O crime, pelo que se pode deduzir dos escaninhos sombrios do processo, foi que o Almirante prestou um serviço excepcional ao povo brasileiro na medida em que, sob sua direção, e abertamente contra a posição do governo norte-americano, se desenvolveu o programa das centrífugas com tecnologia genuinamente brasileira.

Agora, por dedução, como é comum no campo da espionagem, vou tentar esclarecer como tudo aconteceu. Diante da tenaz resistência norte-americana ao desenvolvimento pelo Brasil de um programa nuclear independente, mesmo que pacífico, o Almirante não tinha outro acesso a equipamentos e projetos nucleares que o mercado negro. Obviamente, o governo americano e sua subsidiária internacional, a Agência Internacional de Energia Atômica, tentam de toda a forma monitorar e controlar esse mercado para seus propósitos.

Como não podia entrar abertamente no mercado nuclear paralelo como um oficial das Forças Armadas brasileiras, Othon foi obrigado a fazer um caixa dois para comprar os equipamentos e projetos. Sua filha, especialista em linguagem nuclear com larga experiência, era a pessoa de confiança que trouxe para ajudar no processo de tradução. Parece – sim, parece porque tudo é obscuro nesse processo, que ela teria recebido 4 milhões de reais ao longo de seis anos para ajudar no programa. Dinheiro alto?, não. Considerada a responsabilidade, algo absolutamente razoável.

Por que então o almirante Othon não contou toda essa história a seus interrogadores? A resposta é simples. Se contasse a seus interrogadores, sendo eles amigos do governo americano, iriam entregar imediatamente à CIA informações que levariam ao rastreamento do único mercado nuclear a que o Brasil tem acesso. Se Moro vai duas vezes por mês aos Estados Unidos para levar aos americanos segredos da Lava Jato, imaginem o que não faria caso levasse os segredos nucleares do Brasil aos insaciáveis “irmãos” do norte!

A respeito do programa nuclear brasileiro, poucos sabem que foi desenvolvido no Brasil um processo de centrífugas para enriquecimento do urânio ainda não dominado pelos países centrais. É um método mais eficiente e mais barato do que o comumente utilizado. Vale bilhões de dólares. Se não fosse o complexo de vira lata, isso seria motivo de grande orgulho para o povo brasileiro. O que está sendo feito com o inspirador e executor desse programa vitorioso, porém, constitui, ao contrário, uma vergonha para o Brasil. O Almirante que fez tudo pela Pátria está preso. Seus carcereiros estão soltos, à espera de uma delação premiada que entregue os segredos brasileiros aos americanos, como feito com a Petrobrás. Será que as Forças Armadas não se mobilizam junto ao Governo para coibir esses atos de alta traição?

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Comentários

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Ricardo Carvalho Vaz

12/12/2016 - 19h10

Há uns 30 anos o Othon chefiava o projeto do submarino, de dentro da USP, no complexo em torno do Reator Sub-crítico. Nesta época ou próximo dela, a inflação beirava os 80%, e as verbas destinadas aos projetos do Governo deveriam ser utilizadas dentro do exercício, caso contrário tinha de retornar ao Ministério competente. Isso significava vencer uma imensa burocracia e alguns meses de tempo perdido para retomar os trabalhos do projeto. O Othon simplesmente aplicava o dinheiro numa conta de pessoa física, remunerada, de forma a não atrapalhar o projeto. Mas isso não era feito as escondidas por ele, era quase público, e transparente. Em muitas situações os índices de inflação defasavam totalmente da realidade o faturamento de pequenas empresas, como a minha. Através de pura negociação, sem enrolação, sem vantagens e muito menos sem propina, era negociada diretamente com o Othon, mediante comprovação de variação de índices, uma compensação que não arrebentasse com o prestador de serviço. Até hoje acho difícil duvidar da honestidade do Othon. A sua explicação nesse artigo veio reforçar a inesquecível impressão que tive dele, e a sensação de injustiça em relação ao caso.

Mauricio Lourenço da Silva

12/12/2016 - 13h31

Por que ninguém se manifesta sobre essa pena esdruxula, 39 anos, para o Dr. Othon, a quem serviu?!

C.Poivre

12/12/2016 - 12h17

O estranho nesta história de atentados à nossa soberania e traição aos interesses nacionais é a posição absolutamente ausente de nossas FFAA. Não ouço falar em nenhuma pressão contrária dos militares à quebra de nossa SOBERANIA e aos ataques ao INTERESSE NACIONAL (fatiamento e entrega da Petrobrás, nossa mais estratégica empresa nacional), principalmente levando-se em conta a missão do Ministério da Defesa, que inclui as 3 forças:

A MISSÃO DO MINISTÉRIO DA DEFESA (Do portal: http://www.defesa.gov.br/):

“Coordenar o esforço integrado de defesa, visando contribuir para a garantia da SOBERANIA, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, do PATRIMÔNIO NACIONAL, a SALVAGUARDA
DOS INTERESSES NACIONAIS e o incremento da inserção do Brasil no cenário internacional.”

PS – A missão do MD não dá margem a qualquer dúvida sobre o papel que cabe às nossas Forças Armadas. Não se intrometendo na política, mas comunicando aos governantes que a SOBERANIA e os INTERESSES NACIONAIS não podem ser desacatados por interesses econômicos estrangeiros.

Almir Bispo

12/12/2016 - 11h15

Cadeia nos lesa patria.Xilindró neles

tadeunova

12/12/2016 - 11h07

Também queria saber. Ninguém dá um pio!!!!!!!

maria nadiê Rodrigues

12/12/2016 - 10h59

Mesmo para nós, mortais, que mal e porcamente entendemos sobre o programa nuclear brasileiro, porém vendo a cara do Almirante, e o modo como ele foi preso, com uma dosimetria tão extravagante, sem que nada mais ficássemos sabendo sobre os destinos desse homem nos porões da ditadura de Moro, seria, no mínimo, razoável que o STF, além das Forças Armadas, ao menos um dia tivesse dado alguma informação sobre esse assunto. É uma das prisões mais expressivas, emblemáticas, e sujeitas a um questionamento aprofundado, até para que o povo sinta se de fato essa prisão foi legal, e o que realmente fez esse homem para sofrer tanta humilhação.
Moro, sem dúvida, tem um pé nos Estados Unidos, e isso ficou muito claro ao vermos um advogado de Lula perguntar a um delator sobre as relações dele com os EUA, imediatamente interrompido pelo juiz, que não quer dizer coisa nenhuma no tocante a esses vazamentos do que se passa no Brasil para o Brezil.


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