Em premiação do Globo de Ouro 2017, a atriz Maryl Streep chamou a atenção do mundo ao fazer discurso contra o presidente norte-americano Donald Trump. Streep falou em solidariedade entre pessoas e criticou a xenofobia praticada por Trump.
Maryl Streep faz discurso contra Donald Trump
Em premiação do Globo de Ouro 2017, a atriz Maryl Streep chamou a atenção do mundo ao fazer discurso contra o presidente norte-americano Donald Trump. Streep falou em solidariedade entre pessoas e criticou a xenofobia praticada por Trump.
Redação
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Celso
10/01/2017 - 21h55
E aqui no Brasil, canalhas vomitam no pulpito do Congresso palavras homofóbicas, ou defendem torturadores, e nada acontece. A sociedade manipulada pela grande mídia aceita como uma coisa normal. Lá eles têm Meryl Streep, aqui temos Regina Duarte, companheira de circo de Dória. Esse é o Brasil que os golpistas estão construindo…
Antonio Passos
10/01/2017 - 21h12
Esses palhaços hollywoodianos só enganam tolos. Estão sempre prontos a encenar uma farsa com carinha de politicamente correta. Saudades de Marlon Brando que detonava esses idiotas. Destruir meio mundo a turma de Obama-Clinton pode, não é desumano. Só faltou o Al Gore pra vender a farsa do aquecimento global, pra completar o circo.
Bruno Bevilacqua
10/01/2017 - 17h23
Enquanto o governo Obama-Clinton detonava governos mundo afora, inclusive dos seus “irmãos do Sul”, nosotros inclusos, não havia bullying, a imprensa não estava amordaçada e os jornalistas estavam todos noticiando a verdade, não é mesmo?!
Esta senhora ignora totalmente o decalabro da administração Obama-Clinton. Em grande parte, claro, por culpa de uma mídia partidarizada, vendida, corrupta mesmo, na qual a liberdade de reportar do jornalista é absolutamente relativa.
Pablo Villaça publicou um texto ontem que alimenta ainda mais a minha idéia da hipocrisia dessa cena. Acho, aliás, sintomático que um discurso desse teor ocorra no evento mais corrupto da mídia americana.
http://www.cinemaemcena.com.br/Coluna/Ler/2247/79-quanto-custa-um-oscar-e-por-que-o-globo-de-ouro-e-uma-piada
Ao longo das décadas, o Globo de Ouro (e a HFPA) ganhou fama de aceitar subornos para definir seus indicados e vencedores – uma fama agora tão solidificada que é comum que apresentadores, atores e diretores façam piada sobre isso durante a cerimônia. Um exemplo recente foi Denzel Washington, que, ao aceitar o prêmio Cecil B. DeMille, contou – em seu discurso – como o produtor de Tempo de Glória explicou que ele deveria comparecer a uma recepção promovida para a HFPA: “Ele me disse que eles iam ver o filme. Nós vamos alimentá-los. Você vai tirar fotos com todo mundo. Você vai segurar as revistas, tirar fotos e ganhar o prêmio. Eu ganhei naquele ano.” (O vídeo pode ser visto aqui.)
Mas a história é mais antiga ainda: em 1982, uma das vitórias mais absurdas aconteceu no Globo de Ouro quando a pavorosa Pia Zadora foi eleita “Revelação do Ano” por Butterfly (ela também ganhou o Framboesa de Ouro). O que se descobriu depois é que o marido de Zadora, o milionário Meshulam Riklis, havia levado os membros da HFPA para Las Vegas, onde ele tinha um cassino, e também convidado vários deles para almoços generosos. (O escândalo abalou tanto a reputação do prêmio que a emissora CBS, que o transmitia, cancelou o contrato.)
Aliás, a estratégia envolvendo Las Vegas parece funcionar bem com o grupo, já que a Sony, em 2011, também levou boa parte de seus integrantes para um fim de semana na cidade, com direito a um show de Cher. Naquele ano, o estúdio estava promovendo dois filmes: o ridículo O Turista e o ainda-mais-ridículo Burlesque (estrelado por… Cher). Resultado: O Turista foi indicado como Melhor Filme, Ator (Johnny Depp) e Atriz (Angelina Jolie), ao passo que Burlesque garantiu indicação como Melhor Filme e duas de Canção Original. (Em 1992, a Universal também atuou como agência de viagens e levou várias pessoas do grupo para Paris para um encontro com Al Pacino. Perfume de Mulher foi indicado em quatro categorias e venceu em três, incluindo Melhor Ator. Já em 1999, Sharon Stone presenteou todos os membros da entidade com relógios de ouro a três dias do fim das indicações e… foi indicada por A Musa. Porém, quando a imprensa descobriu o que havia ocorrido, a repercussão foi tamanha que a HFPA obrigou todos a devolverem os relógios. E Stone não venceu o prêmio.)
Mas fica pior: em 2011, a empresa de relações-públicas do veterano Michael Russell, que trabalhou para o Globo de Ouro por 17 anos, processou a HFPA por quebra de contrato e, no processo, declarou que havia sido afastada por tentar eliminar certas práticas corrompidas da associação. Russell alegou formalmente, por escrito, que membros da HFPA tinham o hábito de aceitar “dinheiro, férias pagas e presentes dos estúdios em troca de indicações para o Globo de Ouro”. O processo afirmava, ainda, que a HFPA chegava a cobrar uma taxa de produtores que queriam apenas apresentar seus filmes para o grupo a fim de pedir votos.
Porém, tudo isso está no passado, certo? Errado. Ano passado, Perdido em Marte gerou polêmica ao ser incluído pelo Globo de Ouro na categoria “Comédia”. A decisão provocou questionamentos por parte da imprensa, mas a razão por trás dela parece ser clara: como a categoria “Drama” estava apinhada de títulos fortes, Perdido em Marte provavelmente ficaria de fora da disputa – e, sem ele, a cerimônia não teria Matt Damon, Ridley Scott e os demais astros do longa. Solução: colocá-lo como “comédia” (?!), onde teria maiores chances. E tinha mesmo – tanto que acabou vencendo. Na época, o diretor Paul Feig (Caça-Fantasmas, Missão Madrinha de Casamento) protestou publicamente contra a premiação, mas sem sucesso.
Ah, sim: e este ano, Tom Ford enviou duas garrafas de seu caríssimo perfume para todos os membros da HFPA. Mais uma vez uma situação constrangedora foi criada e todos tiveram que devolver uma garrafa. (Sim, só uma.) Ford foi indicado como diretor e roteirista por Animais Noturnos.
Assim, de agora em diante, em vez de perguntar se algum filme “merece” prêmios, talvez seja mais recomendável avaliar qual é a verba de campanha da qual ele dispõe.
Livio
10/01/2017 - 14h56
Ela tem razão sobre a forma com que o Trump falou do jornalista. Entretanto, não vi ninguém falar das ações do Obama. Não essas coisas relativas ao comportamento, nesse ponto o Obama me parecia impecável. Mas na invasão da Líbia, no financiamento de terroristas, bas bombas na Síria, na interferência americana em um monte de países do mundo…
Repreende a besta do Trump por ter tirado sarro de um deficiente. Ok.
Mas nesse caso, direcionar a atenção da mídia para o comportamento dele ajuda a tirar o foco das coisas mais importantes. Afinal, esse “deslize” do Trump não vai ser o último. E já o polido Obama foi um dos presidentes que mais ferrou o mundo e foi muito pouco criticado.
Veit Stumpenhausen
10/01/2017 - 16h25
Joris Banqui Abdul —> https://youtu.be/hUVXPsE0qIg