A imprensa brasileira e a era da pós-verdade

Na verdade, Nassif foi gentil, ao usar o termo pós-verdade para se referir a reportagem do Estadão (imagem acima), na qual o título se contrapõe frontalmente ao corpo do texto.

Talvez “mentira” fosse a expressão mais precisa.

No Jornal GGN

Estadão ensina como utilizar a pós-verdade nas manchetes
QUA, 15/03/2017 – 20:21
ATUALIZADO EM 15/03/2017 – 22:30
Por Luis Nassif

A manchete bombástica do Estadão baseia-se no seguintes trecho da reportagem:

A Moro, o delegado negou que a PF tenha sido alvo de intervenções do Planalto enquanto esteve no cargo, entre 2003 e 2007. No entanto, revelou ter sido procurado por agentes políticos. “Um ou outro parlamentar às vezes pedia audiência na Polícia Federal e queria indicar o servidor para este ou aquele cargo. Normalmente, um superintendente regional. Vinha conversar comigo e eu dizia que isso não seria possível porque eu já havia acertado com o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e com o presidente Lula, que não haveira interferência”, relatou.

O ex-diretor geral da PF disse que ‘normalmente’ era procurado para esse tipo de diálogo por ‘gente do PP e do próprio PT’.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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