Procurador da Lava Jato entrega o jogo: “o delator faz um preço e eu acabo aceitando”

(Foto: Divulgação)

Um dos principais procuradores da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, conhecido por suas postagens furibundas anti-PT no Facebook, explicou ontem à noite, à imprensa, que os acordos de colaboração (ou delação premiada) são firmados a partir de uma lógica “utilitária” e “de mercado”.

“O benefício [oferecido ao delator] decorre do quanto precisávamos daquelas informações [para a investigação]. É uma lógica de mercado aplicada ao processo penal. Quanto mais eu quero, mais eu preciso, normalmente melhor é a posição do delator. Ele faz o preço e eu acabo aceitando”, disse o procurador.

Quanto mais a Lava Jato quer, quanto mais a Lava Jato precisa, melhor é o preço da delação.

Deu pra entender?

O delator faz o preço e o procurador decide se quer “comprar” ou não.

O procurador está se sentindo tão blindado pela mídia, que não se preocupou em usar termos mais cuidadosos.

Entregou o jogo.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.