FBI do Golpe vai atrás da presidente do PT

(Foto: Agência Senado)

A Polícia Federal, que teve papel central na organização do golpe de 2016, continua a serviço das mesmas forças antipopulares que levaram Michel Temer e demais bandidos ao poder.

Observe uma das “provas” usadas pela PF para atacar a presidenta do PT: “achou uma planilha onde consta o sobrenome ‘coxa’ “…

É uma coisa surreal.

Não é mala de 500 mil reais para o assessor de Gleisi. Não é gravação de Gleisi aprovando pagamento de propina para alguém ou ameaçando alguém de morte. Não é helicóptero com 450 quilos de pasta de cocaína. Nenhum jatinho pousou na fazenda da Gleise com meia tonelada.

Querem incriminar a senadora por causa de um pagamento feito a um sócio de uma empresa que prestou serviço para uma campanha de Gleisi.

Como não há prova nenhuma ligando à senadora, então se inventa “lavagem de dinheiro qualificada”…

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PF diz que Gleisi e Paulo Bernardo cometeram crime de corrupção passiva

Da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) informou, em nota, que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR); seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo (PT-PR), e mais três pessoas cometeram crime de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro qualificada após concluirem um inquérito no Supremo Tribunal Federal instaurado para apurar crimes praticados na campanha eleitoral para o Senado em 2014. Gleisi, Paulo Bernardo e mais duas pessoas também são acusadas de crime eleitoral.
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A nota foi divulgada ontem (7) no site da Polícia Federal. “Em fevereiro 2016, a PF apreendeu documentos na residência de uma secretária do setor de operações estruturadas da construtora Odebrecht. Entre eles, planilhas relatando dois pagamentos de R$ 500 mil cada a uma pessoa de codinome ‘Coxa’, além de um número de celular e um endereço de entrega”, diz a nota.

Segundo a nota, a investigação identificou que a linha telefônica estava no nome de um dos sócios de uma empresa que prestou serviços de propaganda e marketing na última campanha da senadora Gleisi Hoffmann. “A PF verificou outros seis pagamentos no mesmo valor, além de um pagamento de R$ 150 mil em 2008 e duas parcelas de R$ 150 mil em 2010. Também foram identificados os locais onde os pagamentos foram realizados e as pessoas responsáveis pelo transporte de valores.” As tabelas foram apresentadas pela Odebrecht quando foi firmado o primeiro acordo de delação premiada da construtora.

A Polícia Federal concluiu que, pela investigação, há elementos suficientes para “apontar a materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro praticados pela senadora, seu então chefe de gabinete, Leones Dall Agnol, e seu marido, Paulo Bernardo da Silva, além dos intermediários no recebimento, Bruno Martins Gonçalves Ferreira e Oliveiros Domingos Marques Neto. Os autos também comprovam que a parlamentar e seu marido, juntamente com Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Valter Luiz Arruda Lana, foram responsáveis pelo cometimento de crime eleitoral”.

Em nota, a assessoria da senadora afirma que “a defesa entende que não há elementos nos autos que autorizem a conclusão alcançada pela Polícia Federal. Não foi praticada qualquer irregularidade pela senadora”.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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