Requião ao Cafezinho: “Povo brasileiro não aceitará viver sob regime de semi-escravidão”

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Nesta tarde de quarta-feira, 30 de agosto de 2017, entrevistamos o senador Roberto Requião. Abaixo, um resumo do que disse o parlamentar. O vídeo com a entrevista está no final do post.

1 – a população brasileira, segundo todas as pesquisas, está totalmente contra as medidas tomadas por esse governo.
2 – eles estão insistindo, negociando fisiologicamente com o congresso nacional, numa proposta liberal-entreguista em favor do capital internacional.
3 – precisamos de um projeto de ordem legal, e daí vamos usar a lei do referendo, para contestar medidas tomadas pelo governo, como a entrega do petróleo, a venda da eletrobrás, as privatizações.
4 – hoje, isso seria difícil isso passar, por causa da fisiologia do congresso, e o governo goza de uma certa hegemonia (embora declinante) no parlamento.
5 – estamos apelando à opinião pública.
6 – a ideia tem 2 portas: a direção do grupo parlamentar misto pela soberania nacional está fazendo uma carta que será enviada às embaixadas estrangeiras.
7 – estamos considerando a compra de ativos públicos como uma espécie de receptação de mercadoria roubada.
8 – E nós vamos submeter todos os atuais atos criminosos do governo, mais cedo ou mais tarde, a um referendo.
9 – Portanto, não há segurança jurídica nenhuma para quem tentar se aproveitar do golpe para comprar ativos públicos no Brasil.
10 – estamos fazendo um abaixo assinado, para reunir milhões de assinaturas, no decorrer deste processo.
11 – o brasil não aceita viver sem um projeto nacional, sob uma divisão internacional do trabalho que deriva do consenso de washington, e daquelas ideias dependentistas do fernando henrique cardoso.
12 – o brasil precisa de um projeto nacional, precisa de emprego, precisa apoiar a empresa nacional.
13 – precisamos de uma aliança entre o capital produtivo e o trabalho, uma resistência nacionalista ao entreguismo.
14 – pedro parente, no rio grande do sul, pressionado sobre o fechamento da indústria nacional, dizia o seguinte
“eu sou presidente da petrobrás, que é uma empresa que deve respeito ao mercado e a seus acionistas. Eu não tenho nada a ver com política pública”.
15 – a petrobrás é o sangue do desenvolvimento do país. ela era responsável por 70% dos investimentos no país.
16 – o governo não tem autorização para vender essas empresas públicas, porque essas vendas prejudicam decisivamente o projeto de nação e de desenvolvimento nacional.
17 – transformar a água numa mercadoria que valerá mais quando menos oferta tiver, é um crime contra a saúde pública no brasil.
18 – eles enlouqueceram. eles querem transformar o brasil numa economia dependente, numa economia não-soberania.
19 – aviltamento do trabalho, com predomínio do negociado sobre o legislado, a venda de empresas públicas,
e concessões minerais e venda indiscriminada de terras para estrangeiros, esse é o projeto deles.
19 – aumenta-se a produção, porque a nossa produtividade é muito boa, com o uso intenso de capital e expansão das áreas, mas o desemprego será terrível.
20 – e eles pretendem resolver o problema do desemprego com o aviltamento do trabalho, com a semi-escravização da mão-de-obra à disposição das multinacionais.
21 – eles imaginavam que os capitais americanos viriam para cá, como foram para China, numa certa época. mas é muito diferente. a china tinha uma relação com o trabalho medieval.
22 – o emprego fixo, quando começou a surgir nas zonas especiais de exportação e importação na China, era um
avanço na sociedade chinesa.
23 – o brasil já tem todas as conquistas sociais do ocidente, mais a clt, da época do getúlio vargas.
24 – senão contivermos esse processo, o brasil viverá uma profunda crise social. o povo brasileiro não vai se conformar com a semiescravização do trabalho.
25 – esse entreguismo, totalmente desautorizado pela opinião pública, não consagrado por uma votação,
tem que ser rejeitado agora, senão iremos para uma crise social terrível. o brasil vai praticamente para uma
guerra civil.
26 – nosso povo não irá se conformar com a condição de países extrativistas, com voltar a ser uma colônia, como nós fomos no passado.
27 – estamos organizando um movimento de esclarecimento e resistência da população.
28 – eu chamo atenção para o abaixo assinado [assine aqui!] que se segue a um manifesto. esperamos milhões de assinaturas.
29 – estamos construindo um plebiscito, ou referendo revogatório.
30 – nós, da frente parlamentar mista em defesa da soberania nacional, uma frente progressista, que não tem nada a ver com o fascismo, xenofobia ou ódio a estrangeiros, estamos esperando uma adesão em massa da população.
31 – alertamos aos capital estrangeiro, que tenta nos invadir, comprando ativos vendidos por um governo ilegítimo, que essas operações não tem segurança jurídica.
31 – o brasil vai rejeitar tudo isso que está acontecendo, com manifestações populares e processos eleitorais.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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