Rússia e China vão operar militarmente em conjunto, EUA admitem menor vantagem bélica

(Crédito imagem: el.gr)

Rússia e China inauguram um novo momento entre as grandes potências mundiais. O fato histórico é que decidiram realizar manobras militares antimísseis em conjunto. Diante de um Estados Unidos oscilante em sua posição de líder mundial, estes países asiáticos operam para, futuramente, superarem juntos a potência da América do Norte.

Seria um erro negligenciar a importância deste momento, onde os Estados Unidos a título de subjugar a Coreia do Norte pode gerar uma guerra nuclear.

O Ministério de Defesa da China anunciou neste 17 de novembro que as manobras militares visam primeiramente ¨aumentar a defesa antimísseis de ambos países e incrementar o poderio defensivo da Rússia e da China¨. Os exercícios ocorrerão entre 11 e 16 de dezembro , e na prática avaliarão a capacidade de reagir diante da possibilidade de um ataque surpresa de mísseis balísticos ou de cruzeiro.

As duas potências asiáticas já realizaram esta semana manobras navais próxima a Coreia do Norte, mas de modo independente. Possuindo posições semelhantes, elas se opõe ao Sistema de Defesa Terminal de Área de Grande Altitude (THAAD) utilizada pela Coreia do Sul com apoio dos Estados Unidos.

O protagonismo ascendente destas duas nações, vai de encontro ao reconhecimento do chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos que ¨nossa vantagem militar sobre a China e Rússia está diminuindo de maneira rápida.¨

Segundo o General Joseph Dunford, em palestra na Universidade Fletcher em Massachusetts, depois da invasão do Iraque, Rússia e China investiram no setor militar de forma a permitir alvejar os EUA e seus aliados mais fortemente: ¨Por exemplo a aliança naval na Europa levou os russos concluir que o acordo transatlântico é crucial para que possamos cumprir com nossas obrigações com a OTAN. Assim ele desenvolveram poderio na guerra cibernética, mísseis balísticos anti-navios e mísseis com objetivos no espaço, mesmo com sistema de proteção cruzeiro.¨

Dunford, ainda abordou de uma forma que pode apontar o caminho de uma nova geopolítica:¨ As estratégias anti-acesso de nossos rivais estão orientadas sobre desenvolvimento de sistemas que limitam a capacidade dos EUA se deslocar de regiões para operar com liberdade¨. Categoricamente, se China e Rússia dificultarem efetivamente os Estados Unidos chegar na Ásia e Europa, vão direcionar o mundo a abandonar o modelo de um potência hegemônica para dividir-se em três.

Tulio Ribeiro: Túlio Ribeiro é graduado em Ciências econômicas pela UFBA,pós graduado em História Contemporânea pela IUPERJ,Mestre em História Social pela USS-RJ e doutorando em ¨Ciências para Desarrollo Estrategico¨ pela UBV de Caracas -Venezuela
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