O Cafezinho e a batalha democrática do dia 24

No dia 24 de janeiro, a história do Brasil estará sendo escrita com sangue.

O judiciário pode decretar o início de uma guerra civil, caso confirme a condenação inepta de Sergio Moro, contestada por centenas, quiçá milhares de juristas, e que não conseguiu apontar uma mísera prova contra Lula, ou poderá enterrar o golpe e permitir que o ex-presidente seja candidato, dispute as eleições de 2018 e volte, carregado nos braços do povo, ao Palácio do Planalto.

Quando eu falo em guerra civil não estou defendendo violência, apenas constatando um fato. O povo sentiu o gostinho da democracia. Não é como 1964, quando um percentual pequeno da população votava. Jânio e Jango havia obtido uma das maiores votações do país, até então, que era de 6 e 5 milhões de votos, respectivamente.

Dilma recebeu 54 milhões de votos. Estamos falando de uma ruptura democrática de outra magnitude. Da mesma forma, o povo brasileiro dos anos 60 não havia experimentado, como o de hoje, o sentimento autêntico de esperança de uma vida melhor, materializado objetivamente com a alta dos salários, a queda no desemprego e a melhora dos serviços de educação e saúde.

Se o judiciário confirmar a condenação de Lula, estará cometendo um terrível ato de irresponsabilidade política pelo qual pagará um preço, na história, a altura de suas consequências.

O Cafezinho quer estar presente junto ao povo, no dia 24, para transmitir in loco, a seus leitores, informações sobre os acontecimentos.

O próprio editor do blog, eu, Miguel do Rosário, estarei lá para testemunhar esse momento histórico.

À diferença dos operadores da Lava Jato, que ganham centenas de milhares de reais por mês, de salários e rendas extras, além de “palestras” pagas pelo mercado financeiro internacional, e à diferença das empresas de mídia, que nunca receberam tanto dinheiro do governo, à despeito da propalada “crise fiscal”, o Cafezinho vive unicamente de assinaturas, publicidade e contribuições voluntárias.

O nosso plano para o dia 24 de janeiro é modesto e objetivo. Queremos chegar ao local na véspera, para conhecer bem a região, conversar com alguns contatos importantes e preparar o espírito para o dia D.

Daí pensamos em ficar mais um dia ou dois na cidade, para escrever de lá mesmo as impressões dos acontecimentos.

O internauta que quiser ajudar, pode fazê-lo, depositando o que puder e quiser numa das contas neste link.

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    Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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