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O verdadeiro (e sinistro) objetivo das políticas econômicas liberais

Por Pedro Breier Qualquer pessoa com o mínimo de sagacidade – e que se posiciona politicamente visando o bem comum – percebe que as soluções propostas pela direita para os problemas da sociedade escondem os verdadeiros objetivos dos seus propositores. As privatizações, por exemplo, são vendidas ao respeitável público como panaceia para a corrupção e […]

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Por Pedro Breier

Qualquer pessoa com o mínimo de sagacidade – e que se posiciona politicamente visando o bem comum – percebe que as soluções propostas pela direita para os problemas da sociedade escondem os verdadeiros objetivos dos seus propositores.

As privatizações, por exemplo, são vendidas ao respeitável público como panaceia para a corrupção e injeção de eficiência e qualidade nos serviços.

A verdade por trás da história da carochinha é que as privatizações buscam encolher o papel do Estado para que uma alta quantia de dinheiro saia da esfera estatal diretamente para o bolso de megaempresários do setor privado.

A reforma da previdência, por exemplo, tratada em público como a única salvação possível para as contas do governo, tem como objetivo real a migração em massa de trabalhadores para planos de previdência privada.

A agenda do secretário da Previdência Social de Temer durante a gestação da reforma da previdência (veja em reportagem da Carta Capital), dominada por bancos, empresas privadas e entidades patronais, não deixa margem para dúvidas.

Pois uma historiadora americana chamada Nancy MacLean descobriu que o propósito original das políticas liberais que assolam o mundo todo – privatizações, austeridade, desregulamentação da economia – é ainda mais sinistro do que parece à primeira vista: trata-se de um programa oculto, desenvolvido por um cidadão chamado James McGill Buchanan, para suprimir a democracia em benefício dos muito ricos.

O site Outras Palavras publicou um artigo sobre a descoberta de MacLean em julho do ano passado, o qual reproduzo para as leitoras do Cafezinho ao final do post. Dois trechos:

Qualquer conflito entre o que ele (Buchanan) chamava de “liberdade” (permitir aos ricos fazer o que quiserem) e a democracia deveria ser resolvido em favor da “liberdade”. Em seu livro The Limits of Liberty [“Os limites da liberdade”], ele frisou que “o despotismo pode ser ser a única alternativa para a estrutura política que temos”. O despotismo em defesa da liberdade…

(…)

Os documentos que Nancy Maclean descobriu mostram que Buchanan via o sigilo como crucial. Ele afirmava a seus colaboradores que “o sigilo conspirativo é essencial em todos os momentos”. Ao invés de revelar seu objetivo último, eles deveriam agir por meio de etapas sucessivas. Por exemplo, ao tentar destruir o sistema de Seguridade Social, sustentariam que estavam salvando-o e argumentariam que ele quebraria sem uma série de “reformas” radicais. Aos poucos, construiriam uma “contra-inteligência”, articulada como uma “vasta rede de poder político” para, ao final, constituir um novo establishment.

Alguém mais lembrou dos furados argumentos a favor da reforma da previdência aqui no Brasil?

A capa da Folha de ontem, que ilustra este post, demonstra que não há sequer um dia de trégua na guerra do capital, – representado, no caso, pela mídia hegemônica – contra o Estado, tendo como meta a prostração total das economias nacionais diante do poder econômico.

matéria é de um cinismo ímpar: diz que o valor poderia custear as universidades federais por 1 ano e beneficiar milhões de pessoas via Bolsa Família, sendo que a Folha é visceralmente contra qualquer investimento público na educação ou em áreas sociais.

Recomendo fortemente a leitura do artigo completo.

Do site Outras Palavras:

O programa secreto do capitalismo totalitário

Por George Monbiot | Tradução: Antonio Martins

É o capítulo que faltava, uma chave para entender a política dos últimos cinquenta anos. Ler o novo livro de Nancy MacLean, Democracy in Chains: the deep history of the radical right’s stealth plan for America [“Democracia Aprisionada: a história profunda do plano oculto da direita para a América] é enxergar o que antes permanecia invisível.

O trabalho da professora de História começou por acidente. Em 2013, ela deparou-se com uma casa de madeira abandonada no campus da Universidade George Mason, em Virgínia (EUA). O lugar estava repleto com os arquivos desorganizados de um homem que havia morrido naquele ano, e cujo nome é provavelmente pouco familiar a você: James McGill Buchanan. Ela conta que a primeira coisa que despertou sua atenção foi uma pilha de cartas confidenciais relativas a milhões de dólares transferidos para a universidade pelo bilionário Charles Koch(1).

Suas descobertas naquela casa de horrores revelam como Buchanan desenvolveu, em colaboração com magnatas e os institutos fundados por eles, um programa oculto para suprimir a democracia em favor dos muito ricos. Tal programa está agora redefinindo a política, e não apenas nos Estados Unidos.

Buchanan foi fortemente influenciado pelo neoliberalismo de Friedrich Hayek e Ludwig von Mises e pelo supremacismo de proprietários de John C Carlhoun. Este último argumentava, na primeira metade do século XIX, que a liberdade consiste no direito absoluto de usar a propriedade – inclusive os escravos – segundo o desejo de cada um. Qualquer instituição que limitasse este direito era, para ele, um agente de opressão, que oprime homens proprietários em nome das massas desqualificadas.

James Buchanan reuniu estas influências para criar o que chamou de “teoria da escolha pública. Argumentou que uma sociedade não poderia ser considerada livre exceto se cada cidadão tivesse o direito de vetar suas decisões. Queria dizer que ninguém deveria ser tributado contra sua vontade. Mas os ricos, dizia ele, estavam sendo explorados por gente que usa o voto para reivindicar o dinheiro que outros ganharam, por meio de impostos involuntários usados para assegurar o gasto e o bem-estar social. Permitir que os trabalhadores formassem sindicatos e estabelecer tributos progressivos eram, sempre segundo sua teoria, formas de “legislação diferencial e discriminatória” sobre os proprietários do capital.

Qualquer conflito entre o que ele chamava de “liberdade” (permitir aos ricos fazer o que quiserem) e a democracia deveria ser resolvido em favor da “liberdade”. Em seu livro The Limits of Liberty [“Os limites da liberdade”], ele frisou que “o despotismo pode ser ser a única alternativa para a estrutura política que temos”. O despotismo em defesa da liberdade…

Ele prescrevia o que chamou de uma “revolução constitucional”: criar barreiras irrevogáveis para reduzir a escolha democrática. Patrocinado durante toda sua vida por fundações riquíssimas, bilionários e corporações, ele desenvolveu uma noção teórica sobre o que esta revolução constitucional seria e uma estratégia para implementá-la.

Ele descreveu como as tentativas de superar a segregação racial no sistema escolar do sul dos Estados Unidos poderiam ser frustradas com o estabelecimento de uma rede de escolas privadas, patrocinadas pelo Estado. Foi ele quem primeiro propôs a privatização das universidades e cobrança de mensalidades sem nenhum subsídio estatal: seu propósito original era esmagar o ativismo estudantil. Ele recomendou a privatização da Seguridade Social e de muitas outras ações do Estado. Queria romper os laços entre os cidadãos e o governo e demolir a confiança nas instituições públicas. Ele queria, em síntese, salvar o capitalismo da democracia.

Em 1980, pôde colocar este programa em prática. Foi chamado ao Chile, onde ajudou a ditadura Pinochet a escrever uma nova Constituição – a qual, em parte devido aos dispositivos que Buchanan propôs, tornou-se quase impossível de revogar. Em meio às torturas e assassinados, ele aconselhou o governo a ampliar seus programas de privatazação, austeridade, restrição monetária, desregulamentação e destruição dos sindicatos: um pacote que ajudou a produzir o colapso econômico de 1982.

Nada disso perturbou a Academia Sueca que, por meio de Assar Lindbeck, um devoto na Universidade de Estocolomo, conferiu a James Buchanan o Nobel de Economia de 1986. Foi uma das diversas decisões que tornaram duvidosa a honraria.

Mas seu poder realmente intensificou-se quando Charles Koch, hoje o sétimo homem mais rico nos EUA, dicidiu que Buchanan tinha a chave para a transformação que desejava. Para Koch, mesmo ideólogos neoliberais como Milton Friedman e Alan Greenspan eram vendidos, já que tentavam aperfeiçoar a eficiência dos governos, ao invés de destruí-los de uma vez. Buchanan era o realmente radical.

Nancy MacLean afirma que Charles Koch despejou milhões de dólares no trabalho de Buchanan na Universidade George Mason, cujos departamentos de Direito e Economia parecem muito mais thinktanks corporativos que instituições acadêmicas. Ele encarregou o economista de selecionar o “quadro” revolucionário que implementaria seu programa (Murray Rothbard, do Cato Institute, fundado por Koch, havia sugerido ao bilionário estudar as técnicas de Lenin e aplicá-las em favor da causa ultraliberal). Juntos, começaram a desenvolver um programa para mudar as regras.

Os documentos que Nancy Maclean descobriu mostram que Buchanan via o sigilo como crucial. Ele afirmava a seus colaboradores que “o sigilo conspirativo é essencial em todos os momentos”. Ao invés de revelar seu objetivo último, eles deveriam agir por meio de etapas sucessivas. Por exemplo, ao tentar destruir o sistema de Seguridade Social, sustentariam que estavam salvando-o e argumentariam que ele quebraria sem uma série de “reformas” radicais. Aos poucos, construiriam uma “contra-inteligência”, articulada como uma “vasta rede de poder político” para, ao final, constituir um novo establishment.

Por meio da rede de thinktanks financiada por Koch e outros bilionários; da transformação do Partido Republicano; de centenas de milhões de dólares que destinaram a disputas legislativas e judiciais; da colonização maciça do governo Trump por membros de sua rede e de campanhas muito efetivas contra tudo – da Saúde pública às ações para enfrentar a mudança climática, seria justo dizer que a visão de mundo de Buchanan está aflorando nos EUA.

Mas não apenas lá. Ler seu livro desvendou, para mim, muito da política britânica atual. O ataque às regulamentações evidenciado pelo incêndio da Torre Grenfell, a destruição dos serviços públicos por meio da “austeridade”, a regras de restrição do orçamento, as taxas universitárias e o controle das escolas: todas estas medidas seguem à risca o programa de Buchanan.

Em um aspecto, ele estava certo: há um conflito inerente entre o que ele chamava de “liberdade econômica” e a liberdade política. Deixar os bilionários de mãos livres significa, para todos os demais, pobreza, insegurança, contaminação das águas e do ar, colapso dos serviços públicos. Como ninguém votará em favor deste programa, ele só pode ser imposto por meio de ilusão ou controle autoritário. A escolha é entre o capitalismo irrestrito e a democracia. Não se pode ter os dois.

O programa de Buchanan equivale à prescrição de capitalismo totalitário. E seus discípulos apenas começaram a implementá-lo. Mas ao menos, graças às descobertas de Nancy Maclean, agora podemos compreender a agenda. Uma das primeiras regras da política é conhecer seu inimigo. Estamos a caminho.


(1)Nos últimos anos, reportagens e vídeos têm começado a jogar luz sobre a atividade política dos irmãos Charles e David Koch, e seus vínculos com a ultra-direita nos EUA e em outras parte do mundo. Vale assistir, por exemplo, a Koch Brothers exposed, documentário de Robert Greenwald (https://www.youtube.com/watch?v=2N8y2SVerW8); ou ler “Por dentro do império tóxico dos irmãos Koch”, publicado pela revista Rolling Stones (em inglês) http://www.rollingstone.com/politics/news/inside-the-koch-brothers-toxic-empire-20140924

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Pedro Breier

Pedro Breier nasceu no Rio Grande do Sul e hoje vive em São Paulo. É formado em direito e escreve sobre política n'O Cafezinho desde 2016.

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Comentários

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Claiton de Souza

11/01/2018 - 08h53

Nós os aposentados do INSS e os assalariados do salário mínimo fomos os únicos garfados escandalosamente pelo tipo de inflação oficial. ROUBADOS.

oscar

11/01/2018 - 06h31

VEM MAIS DESEMPREGO POR AI …. COM O EXTERMINIO DA ESGOTOFERA DO PT….

KKKKKKKKKKKKKK

LEI ESGOTOFERA DA DILMA. ESSA FOI TOP… O MEU BRASIL CAPITALISTA ESTA TOMANDO RUMO QUANTA EMOÇÃO..
ORDEM E PROGRESSO.

Luiz Fux e Fernando Segovia devem se reunir na semana que vem para tratar de um esforço conjunto de TSE e PF contra a disseminação de notícias falsas na internet, informa o Estadão.

O objetivo é produzir uma proposta de lei específica para o combate às “fake news”.

Amanhã, integrantes da equipe do diretor da PF vão se reunir a portas fechadas com técnicos do tribunal eleitoral para elaborar estratégias conjuntas.

Professor Mauro

10/01/2018 - 23h40

O neoliberalismo arruinou com os Estados Unidos no início do século XX gerando o crack da bolsa de NEW YORK em 1929
Quem salvou os EUA foi Kesney. Após o desmonte neo liberal iniciado ao final do século XX o estado assumiu a realização de obras, ferrovias, usinas de geração de energia e estradas que impulsionaram os EUA saindo de uma profunda crise provocada pelos banqueiros e corruptos mega especuladores e agiotas.
Nos países do Terceiro Mundo o GOLPE NEO LIBERAL foi oferecido através do CONSENSO DE WASHINGTON em 1993 assinado por políticos lesa PÁTRIAS NEO OTARIOS da América Latina. No fundo esses políticos não eram bobos eles ofereceram apoio ao famigerado consenso no Diálogo Interamericano para GANHAR FORTUNAS DAS MULTINACIONAIS E MEGA ESPECULADORES em troca de privatarias na Bacia das almas e recebimento de propinas para liberar essas PRIVATARIAS TUCANAS PROMETIDAS por FHC ao CONSENSO DE WASHINGTON.
Foram signatários desse NEFASTO CONSENSO DE WASHINGTON o srs FHC então ministro das relações exteriores de Itamar Franco,O DEPUTADO O presidente mexicano Miguel DELLA Madrid e Salinas que também virou presidente matando o candidato de centro Luís Donaldo morto no ano seguinte em 23 de março de 1994. Também assinaram o NEFASTO CONSENSO DE WASHINGTON os argentinos Carlos Menem e cavalo.
Entretanto, as bases do neoliberalismo estão na Inglaterra nos livros de Adam Smith A RIQUEZA DAS NAÇÕES e A TEORIA DO SENTIMENTO. Foi cin essa base neoliberal que a Inglaterra explodiu a parte SOCIAL gerou enorme concentração de riqueza nos banqueiros e nos mega empresários que FICARAM RICOS com o trabalho escravo e com o trabalho infantil na época do início da Revolução industrial.
O FILME de Charles Chaplin TEMPOS MODERNOS mostra com ironia o que gerou esse terrível neoliberal nos EUA E Inglaterra milhares de crianças e idosos morreram trabalhando nas perigosas fábricas
O maior exemplo dessa fase neoliberal nos EUA Foi O enforcamento de três trabalhadores em Chicago porque eles reivindicaram 8 horas de serviço diário e uma folga semanal aos domingos e foram executados a mando dos donos da fábrica que comprou o juiz.
Outro exemplo das atrocidades do neoliberalismo foi a MORTE DE DUAS MIL MULHERES NUMA FÁBRICA DE ROUPAS ELAS SE REVOLTARAM PIR CAUSA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E FORAM MORTAS QUEIMADAS VIVAS O DONO DA FÁBRICA FECHOU OS PORTÕES E COLOCOU FOGO NA FÁBRICA. ESSE FOI O CRIME MAIS HEDIONDO DO NEOLIBERALISMO ELO FATO OCORREU NA DATA DE 8 DE MARÇO E POR ESSA RAZÃO DE COMEMORA O DIA INTERNACIONAL DA MULHER NESSA DATA
Na realidade as origens de política neoliberal perversa surgiu com MAQUIAVEL na obra PRÍNCIPE. NESSE livro MAQUIAVEL sugere ao príncipe da Itália TOMAR medidas impopulares (Como essas de TEMER) trabalho escravo aumento de impostos e muitas
outras explicando que os meios justificam os fins.
A obra A TEORIA GERAL DO TRABALHO de John Keynes faz duras críticas a exploração do homem pelo homem e condena trabalho ESCRAVO e o trabalho infantil.
O LIVRO O ESPÍRITO DAS LEIS de Montesquieu foi a base para a revolução francesa ele já defendia no livro a existência de TRÊS PODERES e já alterava o rei da França sobre as condições precárias que vivia o povo francês dando um alerta para uma possível revolução. Montesquieu relata em seu.livro o braço penitencial do estado é inversamente proporcional ao braço social. O governo gastava fortunas com a nobreza e com as compras nos BURGOS local na periferia dos castelos onde os burgueses ou seja os comerciantes vendiam as mercadorias e produtos agrícolas para o castelo mas o rei nada investia no social e em saúde e escolas e tinha que gastar fortunas com prisões e salários milionários de juízes e forças de segurança um dia a casa caiu foi a queda do presídio político da bastilha onde milhares de cidadãos
O livro PORQUE AS NAÇÕES FRACASSAM de James Robinson mostra que o neoliberalismo continua destruindo NAÇÕES mas AGORA desde 1990 nos países do Terceiro Mundo enganados pelo Império das nações mais ricas e DESSA forma tomam suas RIQUEZAS naturais o petróleo Os minérios e os metais nobres que com ajuda de políticos traidores eles saqueiam essas nações politicamente dominadas pelos políticos corruptos e um Novo poder a MÍDIA que se tornou o QUARTO PODER e com influência externa ela ajuda na manipulação nos golpes e guerras internas

Leila

10/01/2018 - 21h46

No ano de 1938 não havia notícia na televisão, videochat, aplicativos de mensagens ou redes sociais; isto permitiu que na Europa pessoas acima de 5 anos de idade percebessem com facilidade que a paz havia acabado e a guerra aberta ao Reich estava por um fio. NeoLiberalismo, não, Ultraliberalismo, o liberalismo como ele mereceria ser tentado, em sua última forma, a mais radical e autêntica. NeoNazismo, não, UltraNazismo, o nazismo como ele gostaria de ter sido, agora com todas as armas, em sua última forma, a mais tenebrosa e letal. Gigadeath. O abismo é convidativo, atraente, quanto faltará?


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