Uma defesa do Plano Lula

Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

A partir de hoje, escreverei uma série de textos que argumentam a importância de considerarmos Lula como a grande saída de curto prazo para nossa crise. Tal solução passaria, por exemplo, pela maneira que iremos tratar sua candidatura para as eleições de 2018.

Para esclarecer: escrevo saída de curto prazo pois sei que nosso problema principal não se resolverá do dia pra noite, nem mesmo em anos. Até acredito no potencial do país e que iremos construir um caminho de soberania e justiça, com ou sem o Lula, mas acho impossível conseguirmos sem o lulismo e essa é uma premissa muito importante.  

Já iniciei essa discussão em outro texto, recentemente num debate bem saudável com nosso editor Miguel do Rosário, todavia existe toda uma análise de conjuntura mais aprofundada que dificilmente cabem num único post de um Blog ou num “textão”.

É muito importante discutirmos com muito carinho essa questão, primeiro pois esse não é um assunto que podemos levar de maneira passional (até mesmo porque esse é um campo fértil para pós-verdade) e segundo pois não existe fórmula pronta, portanto, a dialética das discussões, talvez, sejam tão (ou mais) importantes que o desfecho.

Vejo, por exemplo, muitos amigos petistas ou lulistas criticando ferozmente o Ciro Gomes. Já adianto que esse atitude, pra mim, é um erro crasso e atrapalha, inclusive, a luta pelo o presidente Lula. Ciro tem entre os pré-candidatos o melhor discurso (fora o Lula, claro), convergente com ideias nacional desenvolvimentistas, e desqualificar o cearense e sua fala é, diretamente, atrapalhar a expansão das suas posições e atrapalhar nossa guerra ideológica (de curto prazo, também).

Por outro lado, tenho igualmente discordância de movimentos que procurem qualquer plano de alternativa ao presidente de honra do PT, inclusive o próprio Ciro. Não concordo com essa posição pois penso claramente que apostar nas eleições de 2018 é dar créditos a instituições falidas e, também, que Lula é injustiçado demais, é uma figura central da nossa história e não pode ser abandonado na luta, principalmente pois ele expressa claramente seu desejo de ser presidente.

Dentro dos assuntos que procurarei abordar, estarão as questões institucionais do país, a construção de um novo pacto político, a posição da esquerda  brasileira e outras coisas que vão aparecer nessa cabeça maluca.

Sabemos que, como a esperança equilibrista, sempre estamos andando na corda bamba e qualquer erro nos custa muito caro, por isso vamos ao debate saudável e respeitoso entre a gente.

Tadeu Porto: Petroleiro e Secretário adjunto de Comunicação da CUT Brasil
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.