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Wanderley Guilherme alerta Ciro sobre preconceito contra o Rio de Janeiro

OS DESCAMINHOS DE UM CANDIDATO Por Wanderley Guilherme dos Santos Acabei de assistir 42 minutos de entrevista de Ciro Gomes a Glenn Grenwald em vídeo da Intercept. Assertivo nas opiniões como dever ser e polido como de costume, também como de hábito mostrou ser o único candidato de real oposição as bases estruturais da democracia […]

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O presidenciável Ciro Gomes, o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves Foto: Fernando Lemos / Agência O Globo

OS DESCAMINHOS DE UM CANDIDATO

Por Wanderley Guilherme dos Santos

Acabei de assistir 42 minutos de entrevista de Ciro Gomes a Glenn Grenwald em vídeo da Intercept. Assertivo nas opiniões como dever ser e polido como de costume, também como de hábito mostrou ser o único candidato de real oposição as bases estruturais da democracia capitalista brasileira. Sem limitar-se às fáceis indignações contra a miséria, a ridícula renda per capita, a situação no campo e nas periferias das cidades, clichês de todos os postulantes, referiu-se sempre que possível ao que considera a fonte principal de que as mazelas mencionadas são consequências diretas ou indiretas: a forma selvagem como o capital se apropria de mais valor nas indústrias e no cartel do sistema bancário.

Referiu-se duas vezes ao Rio Janeiro: na primeira disse que o Rio de Janeiro era o epicentro da corrupção no Brasil, tendo como evidência os ladrões, presos, Eduardo Cunha e Sergio Cabral. Ora, esses são ladrões pés de chinelo, não obstante o absurdo do que roubaram pessoalmente. O epicentro da corrupção está nas relações de longa data entre os grandes conglomerados privados e autoridades públicas em sistemática extorsão de benefícios contra os interesses da economia e até da soberania nacional. Documentadas pelas rocambolescas investigações da Lava Jato, a quase totalidade desses conglomerados estão operacionalmente sediados em São Paulo e é deles que têm saído os grandes criminosos. Políticos paulistas não estão na cadeia pela miopia da Lava Jato, como é publico e notório.

Ciro Gomes errou seriamente na localização do epicentro da corrupção no Brasil.

Na segunda referência denunciou que os eleitores do Rio de Janeiro só estão interessados na descriminalização do uso das drogas. Talvez por isso sua campanha esteja negligenciando o terceiro colégio eleitoral do País. O candidato tem todo o direito de desprezar o voto fluminense. Mas me permito indagar: na companhia de quem anda Ciro Gomes quando vem ao Rio de Janeiro? E posso assegurar que ele não sabe, não é com quem, mas de quem está falando.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Daisy

01/09/2018 - 14h19

Professor cai na real, esse é o Ciro, magoou? Bobinho o PDT de Brizola, não é o PDT do Ciro, enganou o senhor? A mim nunca!

Rafael888

01/09/2018 - 08h05

Mas os tais “ladrões pés de chinelo” (a política), permitem, professor, que “os grandes conglomerados privados” construam-se, no espaço e no tempo, como o epicentro forte da corrupção local e nacional. Ou seja, somente a política desataria ou afrouxaria os nós que articulam o ajuste ou o desajuste do sistema. Sem o regente não há orquestra. Mas a partitura é toda ela o próprio sistema financeiro, e aqui concordamos que Ciro sabe lê-los muito bem.

Alan Cepile

31/08/2018 - 18h35

Matéria bem clichê, só faltou falar do tal temperamento do Ciro…

A resposta dele foi dada num determinado contexto, e chega disso né? Já deu.

Stalingrado Lula da Silva

31/08/2018 - 18h34

#HaddadNoGovernoLulaNoPoder

Robson Bonelli

31/08/2018 - 17h25

É tô achando que tá no hora de começar a campanha para a márina.
Boa sorte!

Marcos Videira

31/08/2018 - 17h25

Ciro se referiu à descriminalização das drogas solicitadas provavelmente por artistas e intelectuais. Não foi de forma alguma uma referência aos cariocas em geral. Aliás, suas prioridades políticas estão afinadas com os reais interesses dos cariocas pra sua sobrevivência.
O Ciro é vítima das versões distorcidas de seus posicionamentos. Por que será ?

Alberto LIMA

31/08/2018 - 17h13

Que besteira professor!
Isso pouco importa!
O relevante é mostrar que a violência é grande.
Se o Rio foi exemplo, paciência!
É o Rio que ocorre a intervenção federal.
Foi no Rio que soldados morreram.
E , sabemos, o Rio de Janeiro é a Cidade cartão postal do Brasil.

Antonio Passos

31/08/2018 - 15h52

Com licença “professor”: kkkkkkkkkkk
As opiniões do Ciro sobre o Rio são as de um imbecil político, nada menos do que isso. Talvez mais, talvez de um canalha.
É esse sujeito que o “professor” proclama como salvador do Brasil ?
Quero lembrar que Lula não fala apenas sobre a miséria, ele tirou 40 MILHÕES dela, mas isso para o “professor” virou clichê.
A síndrome de Cristovam Buarque causa uma devastação intelectual assustadora.

    Rogério Bezerra

    31/08/2018 - 18h13

    Disse tudo!

Flávio

31/08/2018 - 15h24

“Políticos paulistas não estão na cadeia pela miopia da Lava Jato”. Ora, mas Lula é um político “paulista” e está na cadeia !

Vinicius

31/08/2018 - 14h40

Mas o Ciro se referiu aos ARTISTAS que ele encontra no Rio, quando falou sobre as drogas, e não eleitores do Rio em geral. Ou eu perdi alguma coisa?


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