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Ipea também reduz estimativa de crescimento do PIB para 2019

Ipea prevê crescimento de 2% no PIB e inflação de 3,85% em 2019 Estudo estima que espaço fiscal pode cair de R$ 151 bilhões neste ano para R$ 51 bilhões em 2023 sem reforma da Previdência O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reviu de 2,7% para 2% a previsão de crescimento do Produto Interno […]

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Ipea prevê crescimento de 2% no PIB e inflação de 3,85% em 2019

Estudo estima que espaço fiscal pode cair de R$ 151 bilhões neste ano para R$ 51 bilhões em 2023 sem reforma da Previdência

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reviu de 2,7% para 2% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto em 2019. Segundo estudo divulgado nesta quinta-feira, 28, pelo Grupo de Conjuntura do instituto, os primeiros indicadores do ano mostram que a recuperação da atividade econômica permanece lenta. As projeções para inflação foram reduzidas de 4,10% para 3,85%.

A análise aponta que, dada a limitação para a atuação das políticas fiscal e monetária, o estímulo de curto prazo à economia fica condicionado à melhora nas expectativas e à implementação de políticas de aumento de produtividade, como novas concessões na área de infraestrutura e a medidas na área de crédito.

A necessidade de redução de deficit fiscal primário faz com que o estímulo da economia tenha que vir, necessariamente, do setor privado. “Tendo como base um cenário em que a reforma da Previdência é aprovada com impacto fiscal relevante em meados de 2019, projetamos a aceleração do crescimento trimestral ao longo do ano, condição necessária para atingir o crescimento anual esperado de 2%”, afirma a Carta de Conjuntura.

O crescimento do PIB será liderado pelo bom desempenho da absorção doméstica, na avaliação dos pesquisadores. Embora não seja esperada uma melhora significativa dos indicadores de mercado de trabalho este ano, o consumo das famílias deverá crescer 2,6% no período. Com um ambiente econômico caracterizado por um mercado doméstico mais aquecido e níveis de incerteza decrescentes, a recuperação dos indicadores de confiança dos empresários deverá se traduzir em mais investimentos ao longo do ano – a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos da indústria, deve fechar 2019 com expansão de 4,7%, mantida a baixa participação do setor da construção civil.

A previsão para o PIB agrícola permanece a mesma, em 0,4%, considerando as perspectivas de safra do ano. O PIB industrial, estimado em 1,8%, reflete a lenta retomada dos índices mensais de atividade industrial. Para o PIB de serviços, a previsão é de crescimento de 2,2%. Em relação às exportações, o Ipea estima um crescimento de 4% no ano.

Para 2020, a expectativa de crescimento do PIB, ainda condicionada à aprovação da reforma da Previdência, é de 3%. As projeções indicam ainda um aumento de 7,8% nos investimentos, graças ao amadurecimento do programa de concessões para infraestrutura. O avanço das medidas de liberalização e produtividade deve ter impacto positivo na economia, alavancando o consumo e a renda das famílias. A aceleração do consumo estará associada também à gradual redução nos índices de desemprego e ao amadurecimento das medidas de crédito.

A expectativa mais positiva de crescimento do PIB do ano que vem é compatível com a estimativa de manutenção da taxa básica de juros no atual nível, o mais baixo historicamente, devido ao comportamento do grau de ociosidade da economia brasileira. O Indicador Ipea de Hiato do Produto mostra que o PIB se encontra, atualmente, em 3,2% de seu nível potencial. Além disso, mesmo com a recuperação mais intensa, algum nível de ociosidade deve ser mantido até o fim de 2020.

O Grupo de Conjuntura também analisa o impacto da Previdência no espaço fiscal – diferença entre o teto dos gastos e as despesas obrigatórias e incomprimíveis – e os possíveis efeitos da reforma proposta pelo governo federal, em termos de economia para o país. Caso a reforma seja aprovada na íntegra pelo Congresso, a margem fiscal aumentará, em média, cerca de R$ 40 bilhões por ano em termos reais (já descontada a inflação) no período 2020-2023. Se a reforma não ocorrer, o espaço fiscal passará de R$ 151 bilhões neste ano para R$ 51 bilhões em 2023.

Confira a íntegra do relatório.
Reportagem publicada no portal do Ipea

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Carlos Eduardo

02/04/2019 - 10h05

Perdão de dívida milionária dos bancos, família do Itaú recebendo 9 bi sem pagar um centavo de imposto à união, Refis para megaempresários, etc, etc…. Pra rico TUDO, pra pobre NADA!

    Paulo

    02/04/2019 - 17h25

    Tem o bolsa-família e as cotas raciais e sociais nas universidades…

Zé Maconha

01/04/2019 - 16h10

Não vai crescer nem 1% , vão revisar para baixo aos poucos durante o ano.
Não vi nenhum deles reclamar do chamado “espaço fiscal” quando Temer deu um trilhão em isenções às petroleiras estrangeiras.
Nem agora ao ver Bolsonaro reduzindo impostos da indústria do cigarro.
Cobrando devedores e fazendo uma reforma tributária arrecadaríamos o equivalente a dez reformas da previdência , fácil fácil.


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