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Bancos tem (novamente) maior lucro da história: quase R$ 100 bilhões

Em 2018, o lucro dos bancos alcançou o valor recorde de R$ 98,5 bilhões. “É o maior lucro nominal da história. Hoje o patrimônio do sistema financeiro está em R$ 800 bilhões. Esse crescimento do lucro está mais relacionado com a redução das despesas de provisão”, disse o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza. […]

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Em 2018, o lucro dos bancos alcançou o valor recorde de R$ 98,5 bilhões. “É o maior lucro nominal da história. Hoje o patrimônio do sistema financeiro está em R$ 800 bilhões. Esse crescimento do lucro está mais relacionado com a redução das despesas de provisão”, disse o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza. Segundo ele, em 2018 comparado ao ano anterior, houve redução de R$ 20 bilhões em despesas de provisão.

***

Bancos mantêm trajetória de aumento da rentabilidade, diz BC

Publicado em 11/04/2019 – 11:30
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Brasília

O sistema bancário manteve a trajetória de aumento da rentabilidade no segundo semestre de 2018, alcançando níveis pré-crise. A avaliação é do Banco Central (BC), no Relatório de Estabilidade Financeira, publicação semestral que descreve a evolução do Sistema Financeiro Nacional.

O Retorno sobre o Patrimônio Líquido, indicador que mede a rentabilidade do dinheiro investido pelos acionistas do sistema bancário alcançou 14,8% em dezembro de 2018, com aumento de 0,4 ponto percentual em relação a junho de 2018. Em dezembro de 2017, estava em 13,6%. Esse é o maior resultado para dezembro desde 2011, quando estava em 16,5%.

No caso dos bancos públicos, o indicador chegou a 12,8% no final do ano passado. Já os bancos privados tiveram um índice maior: 15,6%.

De acordo com o relatório, nos últimos dois anos, os bancos públicos apresentaram um ritmo mais rápido na evolução dos resultados, atingindo níveis de rentabilidade mais próximos aos dos bancos privados.

Segundo o BC, a melhora da rentabilidade do sistema bancário, que ocorreu apesar da redução dos resultados de tesouraria e da estagnação das carteiras de crédito para as empresas, pode ser explicada principalmente pela redução das despesas de provisão (dinheiro reservado para o caso de inadimplência) e dos custos de captação de dinheiro pelos bancos e pelos ganhos de eficiência operacional.

Segundo o BC, a retomada do crédito, sobretudo no segmento de pessoas físicas e pequenas e médias empresas, deve ser positiva para o resultado dos bancos. “Outro fator importante que pode beneficiar os resultados é o melhor nível de eficiência operacional, diante dos esforços para contenção das despesas administrativas e da tendência de digitalização de serviços bancários”, diz o relatório.

No entanto, o BC destaca que é esperada desaceleração do atual ciclo de redução das despesas de provisão, o que, somado à manutenção dos menores lucros em intermediação com títulos e valores mobiliários, tende a estabilizar o resultado.

O BC acrescenta que os bancos de menor porte dos segmentos de crédito atacado – que atuam com operações de crédito e exposições de risco em empréstimos destinados a pessoas jurídicas com saldos de operações acima de R$1 milhão – foram “atingidos de forma relevante pelo ambiente desfavorável no segmento de grandes empresas”.

Além disso, as atividades de tesouraria e de investimento (títulos, operações compromissadas e investimentos) foram pressionadas pelo menor nível da Selic.

“De forma geral, a perspectiva é de desaceleração da trajetória de aumento da rentabilidade, mas sem representar riscos para a estabilidade financeira do sistema bancário, dados os atuais níveis”, diz o relatório.
Receitas com serviços

De acordo com o relatório, as receitas com serviços mantiveram crescimento, mas apresentaram desaceleração em relação ao semestre anterior. “Continuam importantes os incrementos em rendas de tarifas bancárias e em serviços de cartões”, diz o BC.

Em dezembro de 2018, as receitas com tarifas bancárias chegaram a R$ 48,1 bilhões e com os cartões, R$ 64,8 bilhões.

“As rendas provenientes de administração de fundos ainda apresentaram crescimento, mas em menor ritmo, sendo que o aumento no atual período foi proveniente sobretudo de administração de fundos e programas sociais, normalmente geridos pelos bancos públicos”,diz o relatório. As receitas com administração de fundos e mercado de capitais ficaram em R$ 30 bilhões, ao final do ano.
Lucro recorde

Em 2018, o lucro dos bancos alcançou o valor recorde de R$ 98,5 bilhões. “É o maior lucro nominal da história. Hoje o patrimônio do sistema financeiro está em R$ 800 bilhões. Esse crescimento do lucro está mais relacionado com a redução das despesas de provisão”, disse o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza. Segundo ele, em 2018 comparado ao ano anterior, houve redução de R$ 20 bilhões em despesas de provisão.

De acordo com o diretor, o processo de concentração bancária, com poucos bancos atuando no país, foi inevitável “mundo afora em função da crise [econômica internacional]. “O que o Banco Central vem defendendo é que independe de haver concentração ou não, tem que haver concorrência”, disse. Souza acrescentou a própria rentabilidade do sistema deve atrair novos investidores para o mercado.

Edição: Maria Claudia
Publicado na Agência Brasil

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Comentários

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Jorge

15/04/2019 - 06h47

Os bancos estao bem e isso é bom. O que é ruim é o governo que nao da ao trabalhador e ao empresario o mesmo tratamento que da aos bancarios. Temos que lutar contra o governo para ele baixar nossos impostos e flexibilizar o mercado para que todos possam ser ricos como os bancos.

LUPE

14/04/2019 - 12h28

Caros leitores

Taxas de empréstimo pessoal escorchantes
e injustificáveis,
de 7%
(contra inflação média de 5 a 6% ao ano,

que vêm desde Fernando Henrique ,
demonstram que o Banco Central
está nas mãos de nossos inimigos.

Inclusive nossos inimigos
detêm significativas carteiras de ações
em todos os bancos brasileiros,
e estão por trás,
são os reais donos
de alguns deles.

Senão, como explicar brasileiro aparecendo de repente
com bancos com capital de US$ 500 MI MIlhões ?

E mais não digo,
cala-te boca,
tem gente lá no topo metido numa dessa…….

E vá algum presidente se meter a besta,
mexendo nos negócios “deles”……..

    Sergio Araujo

    14/04/2019 - 13h38

    Voce o O CARA Lupe !!

    Deve ser o Bolsonaro comentando com outro nome !! Kkkk

    Justiceiro

    14/04/2019 - 18h44

    Lupinho, Lupinho…

    Desde Fernando Henrique? E por que o nove dedos não deu um jeito nisso durante seus 13 anos de governo? Se vendeu também para o capital estrangeiro?

    Lula era querido na Febraban. Devia receber também sua mesada dos banqueiros.

      LUPE

      14/04/2019 - 22h38

      Caro Justiceiro, inimigo a serviço de meus inimigos e do povo brasileiro, pago em dólares.

      Pois é , a Farsa Lava Jato
      tem procurado desesperadamente
      por mais de 6 anos
      e não conseguiu encontrar nada.
      Nadinha.

      Enquanto os Aécios da Vida
      e suas dezenas e dezenas de milhões de ……………………dólares.
      ESCANCARADOS
      a Farsa Lava Jato encontra
      imensas “dificukdades”
      prá encontrar os crimes.

      eSTRANHO NÉ?????????

Justiceiro

14/04/2019 - 09h24

O levantamento é de 2018, mas vai ter idiota dizendo que isso ai é culpa de Bolsonaro.

Lula tinha razão quando disse: “nunca na história desses país, banqueiro ganhou tanto dinheiro quanto no meu governo”.

Foram quebrados recordes de faturamento dos bancos durante os governos do socialista presidiário.

Aliás, a charge parece mostrar o calango carregando sacos de dinheiro enquanto pisoteia os otários que lhe batem bumbo.

    Sergio Araujo

    14/04/2019 - 10h55

    Bancos, Grandes Empresas, Bilionarios, Rentistas, Politicos, ecc…a festa foi grande.

    O coitado do brasileiro com salario de 900 R$ e 2 cartòes de credito na mào para comprar o ferro de passar roupa em 12 x levou uma “sodomizada” sem iguais.

      Alan C

      14/04/2019 - 10h57

      Tá falando do salário mínimo que diminuiu no governo de direita?

      humm….

        Sergio Araujo

        14/04/2019 - 11h29

        Nào,

        tò falando do que aconteceu poucos anos atràs.

      lucio

      14/04/2019 - 12h48

      ignorantissima exelencia dr. sergio araujo:
      “entre maio de 2004, já no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e janeiro de 2019, o aumento real acumulado do salário mínimo, ou seja, acima da inflação do período, foi de 74,33%”

      entao agora, com o governo do seu admirado bolsosauron, o coitado vai ser iper-coitado, pois nao averá mais crescimento do salario acima da inflaçao.
      p.s. ha 3 anos que os planos de saude crescem ao triplo da inflaçao, com o pt cresciam quanto a inflaçao.

      https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/04/14/governo-deve-prever-para-2020-salario-minimo-corrigido-pela-inflacao-mas-sem-aumento-real.ghtml

        Sergio Araujo

        14/04/2019 - 13h20

        Quem gosta de Bolsonaro è seu toba.

        Sergio Araujo

        14/04/2019 - 13h27

        Excelencia è o serviço que sua mae presta.

    lucio

    14/04/2019 - 12h10

    justiçero de formigas,
    será por isto que bancos, grandes empresas, bilionarios, rentistas, latifundiarios apoiaram o bolsosauron?
    detestavam lula porqué com ele enriqueceram demais e nao tinham mais onde guardar a grana?

    LUPE

    14/04/2019 - 12h35

    Caro Justiceiro, a serviço de nossos inimigos .

    Os banqueiros ganharam muito por causa disso ai em baixo

    Clique em

    https://jornalggn.com.br/noticia/fhc-vs-lula-dilma-um-quadro-comparativo/

Alan C

14/04/2019 - 08h49

Incrível como tem certos assuntos que nunca entram em discussão e a mídia golpista sequer menciona, esse é um deles, assim como para onde vão mais de 50% da arrecadação da previdência social, assuntos proibidos pelo Deus Mercado.

Paulo

13/04/2019 - 22h50

“Pode haver poucos bancos mas tem que ter concorrência”? Como assim. É intuitivo que a concorrência caminha na relação direta do nº de atores no mercado, em determinado segmento. Quantos grandes bancos existem nos EUA? Alguém tem esse dado? Devem ser em nº bem maior que no Brasil…

    lucio

    14/04/2019 - 06h23

    ainda bem que ontem admitiu nao ter experiencia em economia. entao leia.
    nas ultimas decadas no mundo inteiro teve processos de CONCENTRAÇAO, o grande come o pequeno (que é normal no capitalismo, o contrario de quanto falam os liberistas).
    nos EUA, apesar de ter milhares de bancos, mais da metade da atividade do setor está concentrada em APENAS 4 BANCOS: “The Big Four of U.S. banking—JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup and Wells Fargo—have a combined $8.8 trillion in assets, or half the U.S. total”.
    desculpe ter afetado mais uma vez o seu sonho americano, kkk.
    p.s. e tentar combater o processo de concentraçao, natural do capitalismo, seria uma medida socialista, quer dizer intromissao da politica na economia. vai fazer o que? impor de empobrecer aos bancos (o aos empresarios em geral) mais bem sucedidos? nao era tambem isto que se imputava a lula e dilma? agora quando é conveniente para vcs tudo mundo se torna “dilmo” como o bolsosauron no recente caso petrobras?

    https://www.forbes.com/sites/kurtbadenhausen/2019/01/16/americas-best-banks-2019/#4538a1614583

      Paulo

      14/04/2019 - 10h49

      Você se engana sobre mim, meu caro! Sou conservador nos costumes, mas nem tanto assim, em economia (é que, na visão binária e maniqueísta da esquerda, quem é contra Lula/Dilma é de ultra direita). De resto, bem, se 4 bancos dominam cerca de 50% do mercado americano, eles ainda estão melhores que nós, onde 5 bancos dominam praticamente tudo…

ERNANI

13/04/2019 - 22h04

https://averdadenainternet.blogspot.com/

Sergio Araujo

13/04/2019 - 18h31

Com esses lucros e com 65 milhoes de inademplentes qual interesse podem ter os bancos em dar uma cachoalhada na economia brasileira…??

Pode fazer todas as reformas que quiser mas atè os bancos nào resolver por a cara…


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