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A voadora de Tábata em Bolsonaro: “se continuar assim, é renúncia ou impeachment”

Em artigo na Folha publicado hoje, a deputada federal Tábata Amaral vai na jugular do presidente Jair Bolsonaro: Se Bolsonaro persistir nesse caminho, a história só aponta dois resultados possíveis: renúncia ou impeachment. *** Renúncia ou impeachment? Após o segundo turno da última eleição, muitas vezes externalizei o temor que tinha da guerra ideológica sem […]

25 comentários
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A jovem deputada já derrubou um ministro (foto).

Em artigo na Folha publicado hoje, a deputada federal Tábata Amaral vai na jugular do presidente Jair Bolsonaro:

Se Bolsonaro persistir nesse caminho, a história só aponta dois resultados possíveis: renúncia ou impeachment.

***

Renúncia ou impeachment?

Após o segundo turno da última eleição, muitas vezes externalizei o temor que tinha da guerra ideológica sem fim que desde o início Jair Bolsonaro dava mostras de querer empreender. Porque se ele não conseguisse responder aos anseios daqueles que o elegeram —que não queriam propostas mas sim dar vazão à repulsa que sentiam da política e dos políticos—, essas mesmas pessoas, inflamadas pelas teorias conspiratórias de Olavo de Carvalho e seus seguidores, passariam a questionar a própria democracia e suas instituições.

Foi o que aconteceu. Mesmo depois de eleito, o governo continuou em campanha e, mostrando não ter a nobreza dos vencedores, nunca estendeu a mão aos seus opositores. Nos primeiros meses de governo, redes bolsonaristas começaram uma série de ataques ao Supremo Tribunal Federal, conclamando pessoas a ocuparem as ruas contra o STF.

Os filhos do presidente, acompanhados e liderados por Olavo, iniciaram uma batalha de intrigas, inclusive, e, para preocupação de todos, contra os militares, a coluna mestra de apoio. Os notórios confrontos com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a insatisfação da base do governo no Congresso e o recuo do recuo que desmentiu o anúncio feito por deputados do PSL de que Bolsonaro retrocederia nos cortes da educação não melhoraram a situação.

Essa última semana foi a prova cabal da dimensão da inabilidade política. Contrariando a maior aposta dos eleitores, a economia do Brasil está próxima de uma depressão, que se concretizará caso 2019 repita a estagnação da renda per capita dos últimos dois anos, conforme avaliou o ex-presidente do Banco Central Celso Pastore no relatório “A depressão depois da recessão”, manchete de domingo desta Folha.

Foi a gota final do período mais duro já enfrentado por Bolsonaro em seus poucos meses de governo. As investigações contra seu filho Flávio estão avançando, milhares de pessoas foram às ruas em defesa da educação, e o governo parece cada vez mais longe não apenas de dialogar com o Congresso mas também com sua base. O presidente chegou a compartilhar nas redes uma carta, de autor desconhecido, afirmando que estaria de mãos atadas porque o Brasil só poderia ser governado por quem pedisse “benção” às corporações.

Estaria preparando a população para uma renúncia à la Jânio Quadros? Pedindo apoio às ruas contra o avanço das investigações, como fez Collor de Mello? Ou inflando a população contra a democracia, pela notória incapacidade de governar? Não podemos ignorar essa última hipótese, não por sua probabilidade mas por sua gravidade.

Como disse a jornalista Eliane Brum, esse é o resultado de se transformar um homem ordinário em “mito” e dar a ele o poder. Em quase 30 anos no Congresso, Bolsonaro teve apenas um projeto de sua autoria aprovado e nunca pareceu se incomodar com o que chama hoje de “velha política”: ele e seus filhos empregaram familiares em seus gabinetes e as investigações hoje procuram verificar se ficavam com parte dos salários, para dizer o mínimo.

A verdade é que nós, brasileiros, precisamos de mais e não de menos democracia, de mais e não de menos pensamento crítico, de instituições mais e não menos fortes. Estamos vivendo os impactos reais de uma guerra ideológica que destrói o que há de mais sólido no nosso país, como é o caso na educação.

Em um Brasil tão machucado social e economicamente, já não há espaço para fantasiosas teorias da conspiração. Se Bolsonaro persistir nesse caminho, a história só aponta dois resultados possíveis: renúncia ou impeachment.

Tabata Amaral

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Comentários

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23/05/2019 - 15h46

Aí… aí…

Felippe Feres Bichara Júnior

21/05/2019 - 13h20

O que noto: é cada expressão utilizada deixando claro a intenção de agredir outras pessoas: “voadora”; “tapa na cara”; “detonar não sei quem”; “explodir”; “aniquiliar”… (violência cultural): https://www.ocafezinho.com/2019/05/20/a-voadora-de-tabata-em-bolsonaro-se-continuar-assim-e-renuncia-ou-impeachment/?fbclid=IwAR2gQbPuErspB_UMUVNRqvFgjbvAaRPLkl3escwjqFlMgaAFCiRbpFUMz98

    Miguel do Rosário

    24/05/2019 - 14h02

    Não exagera. Voadora não se compara com “explodir” ou sei lá o que. Aí é patrulha demais.

Nissim Figueira

21/05/2019 - 00h41

Sensacional Deputada, nosso Brizola estaria orgulhoso de assisti-la ascender e brilhar com tuas suavidade e firmeza política!
Abraço pdtista deste caboco amazonense!!!!

Miramar

20/05/2019 - 17h33

Sou fã da Tabata, mas penso, como diz o Ciro que impeachment não é remédio pra governo ruim.

Em tempo, esse tal de Aliança Nacional Libertadora é desonesto, burro ou as duas coisas?

Aliança Nacional Libertadora

20/05/2019 - 14h13

A Tatibitábata não é nem de esquerda nem de direita…….

Alan C

20/05/2019 - 13h34

Tabata é bancada pelo Lemman…
Tabata tem ligação com Huck…
Ciro é de direita…
Ciro é da Arena…
O Cafezinho apoia bozo…
Lula é o único salvador do universo…
O poste perdeu pq Ciro foi pra Europa…

Lulistas vivem de fake news!

Paulo Carvalho

20/05/2019 - 12h20

Gostei do “ordinário”, mas não no sentido em que ela o colocou

    Sérgio de Souza

    20/05/2019 - 12h31

    Ordinário, marche!

    Rodolfo

    21/05/2019 - 13h36

    a origem dessa palavra vem de ordem, ordinário, pertencente a um coletivo que segue uma ordem, um padrão…

    mas vc pode dar crédito a academia de letras, ou pode dar crédito ao cumpade Washington…

Wilton Santos

20/05/2019 - 12h20

Impeachment do Bolsobaro significa entregar o Poder ao Mourão e os militares para viabilizarem a reforma da previdência, a destruição dos direitos sociais e as privatizações!

Ivan

20/05/2019 - 11h01

Se fosse um governo de esquerda, ou mesmo de centro-esquerda, já teria caído ou estaria em processo de queda. Como é essa extrema-direita moribunda sem projeto, os parlamentares não vão deixar cair, mas vão ficar barganhando e chantageando até o final, é como o parasita que não deixa o hospedeiro morrer pq afinal ele ganha com a situação.

    Carlos Pitangueira

    20/05/2019 - 11h34

    Por que esse pessimismo, cara?
    Já está claro que a grande midia nacional não quer mais esse imbecil na presidência; sendo assim, ele será descartado logo logo. Aposto que antes de 25 de agosto (data em que Jânio renunciou); no século 21, as coisas andam mais rápido.

      Ivan

      20/05/2019 - 12h52

      É possível, mas não conto muito com isso, penso que a possibilidade maior é do bozo ficar até o final, afinal, a mídia que vc se referiu não está toda contra ele, há uma divisão aí, além do mais, a mídia tem muito cuidado em bater nesse governo pq não quer a volta da esquerda, haja visto que Globo e Folha criticam o bozo mas elogiam a reforma da previdência dele.

Paulo

20/05/2019 - 10h57

Talvez a única coisa extraordinária em Bolsonaro (além do combate à agenda cultural esquerdista), a proposta de uma “nova política”, está sendo colocada em xeque pelo Congresso, que não aceita perder as “boquinhas” das indicações políticas para perpetuar o achaque ao Erário, tornado ainda mais obsceno sob Lula e Dilma…

Olavo

20/05/2019 - 10h53

Esta guria tá se achando… impeachment? Kkkkkkk menininha, coloque milhões de pessoas nas principais cidades brasileiras e nas cidades do interior, mas de graça, nada de oferecer pão mofado com mortadela vencida e suco de groselha quente. Feito isto, ache um motivo para esta sua sandice e organize um número de congressistas interessados nesta pajelança. Renúncia? Bolsonaro não é o covarde do Collor. Presta atenção no seu serviço e pare de falar besteiras, é isto que esperam os seus eleitores.

    Tenório Ximenes

    20/05/2019 - 11h29

    Falou o astrólogo!
    Cuidado para a Lua não cair na sua cabeça…

      Olavo

      20/05/2019 - 14h39

      Tenório de cu é rola…

        Tenório Ximenes

        20/05/2019 - 16h27

        Vá se limpar, seu beócio! Você tá fedendo…

    JOÃO BATISTA

    20/05/2019 - 13h37

    É a economia, estúpido!

      Olavo

      20/05/2019 - 14h43

      Economia??? Kkk, enquanto este congresso corrupto (esquerda bandida e centrão sabotador) continuarem a exigir recompensas e agrados financeiros, nada neste País vai para a frente.

Valeria

20/05/2019 - 10h39

Eu não sei quem é mais fake esquerda! O cafezinho ou Tabata? Renova BR… Luciano Huck, Lemann , Tabata , Cafezinho …. enojada disso tudo!

    Miguel do Rosário

    20/05/2019 - 11h26

    Você não sabe, mas eu te dou uma resposta de quem é fake esquerda. Você.

    Alan C

    20/05/2019 - 13h46

    Tabata é bancada pelo Lemman…
    Tabata tem ligação com Huck…
    Ciro é de direita…
    Ciro é da Arena…
    O Cafezinho apoia bozo…
    Lula é o único salvador do universo…
    O poste perdeu pq Ciro foi pra Europa…

    Lulistas vivem de fake news!

    Olavo

    20/05/2019 - 16h20

    Vaza para o puleiro 247 militonta pelega. Vc não é fake news, é fofoca news.


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