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Comentários sobre a entrevista de Flavio Dino

Em sua entrevista ao Roda Viva, o governador do Maranhão, Flavio Dino, consolidou a imagem do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) como um ponto de equilíbrio dentro do campo progressista, hoje dilacerado por divergências ainda conectadas às estratégias políticas e eleitorais de 2018. Dino tomou muito cuidado para defender as duas grandes correntes ideológicas da […]

31 comentários
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Em sua entrevista ao Roda Viva, o governador do Maranhão, Flavio Dino, consolidou a imagem do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) como um ponto de equilíbrio dentro do campo progressista, hoje dilacerado por divergências ainda conectadas às estratégias políticas e eleitorais de 2018.

Dino tomou muito cuidado para defender as duas grandes correntes ideológicas da história recente brasileira, e que seriam herança da “esquerda” ou do “campo popular”: de um lado, o “trabalhismo”, sob cuja égide foram estruturadas os fundamentos do Brasil moderno, com a montagem da indústria de base permitida pela criação de estatais como a CSN, a Vale do Rio Doce, a Petrobrás, a Eletrobras, o nascimento da legislação trabalhista e dos sindicatos, além da reforma do Estado, com a instauração do concurso público, o voto feminino e os modernos códigos penal e de processo penal; de outro, o “lulismo”, corrente de ideias que marcou o último período, caracterizada por políticas públicas voltadas ao combate à fome e à miséria, recuperação e ampliação do ensino superior, além do enfrentamento de alguns desafios energéticos e de infra-estrutura. Dino não usou exatamente essas palavras, mas é o que eu imagino o que ele queria dizer.

A fala de Dino reflete a leitura que o governador vem fazendo das polêmicas recentes dentro do campo popular, mais especificamente entre duas importantes lideranças nacionais: Lula e Ciro Gomes. A primeira pergunta do Roda Viva abordou exatamente esse ponto. 

Para Dino, penso eu, não se trata apenas de diferenças de ordem partidária; há alguma coisa mais profunda, uma diferença de ideias, projetos e valores, para a qual seria necessário encontrar pontos de convergência, e esta seria uma responsabilidade que ele, Flavio Dino, estaria disposto a assumir.

Além disso, esse discurso em prol do respeito a essas duas correntes também é uma maneira inteligente e elegante que Flavio Dino encontrou para defender tanto Lula como Ciro como lideranças importantes.

Nas redes sociais, os debates sobre uma eventual candidatura de Flavio Dino para a presidência da república, possibilidade que Dino hoje autoriza com um sorriso nos olhos, soam um tanto românticos, e até mesmo ingênuos, porque não vem acompanhados de reflexões pragmáticas sobre as articulações necessárias para levar adiante uma candidatura como essa, tampouco dissertam acerca das ideias e projetos em torno dos quais ela poderia ser construída. Hoje o mais importante, para o campo progressista, é oferecer à opinião pública não apenas um nome capaz de chegar ao segundo turno e de, efetivamente, vencer o segundo turno, mas capaz também de trazer estabilidade política e segurança jurídica ao poder Executivo.

O desafio maior, no Brasil de hoje, não é apenas encontrar pontos de equilíbrio dentro do campo progressista, mas sobretudo procurar o equilíbrio na política de maneira geral. Mais do que nomes, é hora de pensar que projetos, valores, estratégias, e formatados em qual linguagem, seriam necessários para formar uma nova hegemonia moral e política no país?

O governador do Maranhão fez uma crítica direta, por exemplo, à estratégia de vender “nostalgia” de um passado “glorioso”, referindo-se cifradamente à estratégia petista de transformar as eleições em juízo eterno sobre o que seus governos fizeram. Por mais glorioso que seja o passado, analisou Dino, com ar irônico, “precisamos falar dos sonhos de futuro”. Se seguirmos por esse caminho, conclui, obteremos expressivas vitórias em 2020 e 2022. Com a linguagem suave que lhe é peculiar, Dino deixou claro que, para ele, a melhor estratégia política para o campo progressista vencer eleições é oferecer um projeto de desenvolvimento e geração de empregos, ao invés de ficar eternamente promovendo plebiscitos sobre o passado.

Flavio Dino, no entanto, ainda abusa dessa mesma sintaxe política, como se viu na entrevista, quando rebateu jornalistas perguntando se o povo tinha sido tão feliz como nos anos petistas. Os repórteres se viram obrigados a lembrá-lo que a crise econômica se abateu sobre o país ainda sob o mandato de Dilma Rousseff. A resposta de Dino, de que o ano de 2015 teria sido marcado por sabotagens políticas de toda ordem, o que é verdade, envereda contudo por uma vitimização, como se viu nas eleições de 2016 e 2018, com baixo poder de convencimento. As sabotagens existiram, mas foram a consequência de uma sucessão de erros políticos que vinham se acumulando desde o início da era Lula, em especial a ausência de estratégias corretas na relação entre poderes, com indicações mais responsáveis para a PGR e STF; além da omissão incompreensível no campo da comunicação popular.

Dino defendeu a famigerada “lista tríplice”, dizendo ainda que ela deveria ser constitucionalizada, ignorando que o ativismo por vezes criminoso do Ministério Público brasileiro nasceu justamente de um corporativismo desequilibrado e descontrolado, cevado, entre outras causas, também pela lista tríplice.

Quando a esquerda se viu diante do dilema da prisão de Lula, o governador do Maranhão foi o primeiro grande quadro político do campo progressista a defender, numa entrevista à Folha de São Paulo, em maio de 2018, a união de todos os partidos em torno de Ciro Gomes. E na entrevista para o Roda Viva, Flavio Dino voltou a sustentar que o trabalhista permanece como uma alternativa a ser considerada por todo o campo progressista. 

 

Na época, Dino não entendeu muito bem porque as reações, dentro do campo petista, foram tão negativas à sua proposta, talvez porque a sua própria relação com o PDT não seja tão tensionada como tem sido a do PT do Sudeste, um adversário histórico do PDT desde os tempos de Brizola. 

As relações de Flavio Dino com o PDT são muito orgânicas, até porque as lutas antioligárquicas do estado, contra os Sarney, tiveram como liderança, durante algum tempo, o trabalhista Jackson Lago, eleito governador do Maranhão em 2006, e derrubado por um golpe judicial em abril de 2009.

O líder do governo Dino na Assembleia Legislativa é um deputado do PDT, Rafael Leitoa. O prefeito da capital, São Luis, é Edivaldo Holanda Júnir, do PDT. E Flavio Dino, em 2018, fez campanha para eleger, para o Senado, Weverton Rocha, um quadro trabalhista histórico. O que se fala, nos corredores políticos de São Luis e Brasília, aliás, é que haveria um acordo tácito com Dino de que Weverton seria seu sucessor em 2022. 

Por outro lado, apesar de suas palavras sempre elogiosas em favor do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Lula, Flavio Dino tem um histórico conturbado com o PT em seu estado, porque o PT foi um poderoso aliado do clã Sarney até as eleições de 2014.  A sua luta para se afirmar como principal liderança política do Maranhão foi construída contra Sarney, contra o PT e… contra Lula. Hoje é muito difícil pensar isso, mas Flavio Dino, por conta da oposição do PT à sua primeira campanha para governador, apoiou Aécio no primeiro turno de 2014; no segundo turno, porém, Dino apoiou Dilma…

Entretanto, hoje, essas diferenças com o PT estão resolvidas. O partido o apoiou em 2018 e qualquer observação superficial das redes constata que Flavio Dino é um dos nomes mais queridos do campo progressista, em especial do eleitor mais fiel ao PT e ao ex-presidente Lula. Flavio Dino tem sido abertamente cortejado pelo PT de todas as maneiras. Tem assinado manifestos junto com Fernando Haddad, participou dos últimos dois programas do Painel do Haddad, e suas posições hoje são muito mais próximas às narrativas mais caras ao PT, como a bandeira Lula Livre, do que das posições, muito críticas à herança petista, de Ciro Gomes.

Por conta dessa proximidade maior com o PT, me parece que uma candidatura Flavio Dino avançaria mais facilmente sobre o eleitorado petista do que sobre o eleitorado de Ciro Gomes, habituado a uma avaliação mais crítica do legado dos governos Lula e Dilma.

 

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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André

26/09/2019 - 15h44

Interessante

Bandeira do Brasil

ari couto

26/09/2019 - 11h48

1) Há meu ver, existe apenas uma grande liderança no Brasil, o Lula
2) 2022: Lula Presidente, Dino Vice
3) Desde quando o Ciro é “importantes lideranças nacionais”?

    CezarR

    26/09/2019 - 16h43

    Seu comentário deveria ser fotografado e emoldurado, depois mostrado ao Dino. Lá vem a picada do escorpião!

Luis Campinas

26/09/2019 - 10h40

Em quantos partidos Brizola militou? No mesmo sentido: em quantos militaram Lula e Dino? Vc acha que alguém progressista diria coisas do tipo: ” eu sei que ele não é inocente”. Alguém que se desse a o respeito politico/ético, faria cálculo eleitoral num segundo turno onde estivesse um fascista na disputa? Ciro é o que eleitoralmente se nunca consegue estar num segundo turno?

José Ricardo Romero

26/09/2019 - 07h53

A esquerda não está completamente órfã de nomes e lideranças. É cedo para tomar qualquer decisão para uma eleição que vai se realizar daqui há três anos, mas a discussão, o embate de ideias é muito saldável principalmente porque abre espaço, quiçá aproveitado, para dissolver estruturas rígidas de pensamento estacionados no passado e há muito, pelo distanciamento, esquecido dos fatos ruins e depurados apenas os fatos bons. Flávio Dino, Rui Costa e Ciro Gomez são três deles. Devemos ouvi-los e questioná-los o mais possível neste período, abrindo espaço para novos nomes e pretensões partidárias.

Sepúlveda

26/09/2019 - 06h53

Importante acrescentar alguns detalhes aos brilhantes comentários, fatos que nós maranhenses conhecemos. O PT Nacional por diversas vezes interveio no diretório regional do Maranhão para impedir alianças da legenda com Partidos de oposição a oligarquia, assim sabotou a candidatura de Jackson e do próprio Flávio Dino, dando a oligarquia uma sobrevida, favorecendo Roseana, dentro da gestão Lula, para agradar Sarney. Lula esteve por diversas vezes no estado pedindo diretamente votos a Roseana Sarney, constrangendo seus aliados. Quando não foi possível evitar a derrota, inventou-se um processo para cassar Jackson Lago e entregar o governo a Roseana Sarney. Tudo isso aconteceu com a conivência e apoio do governo Lula, permitindo que um processo sem fundamento cassasse um governador legitimamente eleito pelo povo. Jackson morreu após isso, ainda disputou uma eleição sob judice, barrado pela lei da ficha limpa. Três dias antes da eleição foi liberado pelo TSE quando já não tinha mais aliados na campanha. Lula, o santo canonizado pelo petismo, esteve junto com Sarney nessa articulação. Por ironia, Sarney foi um dos articuladores do golpe contra Dilma e Lula foi condenado por um processo tão injusto quanto aquele que ele próprio ajudou a tramar contra Jackson Lago.

    Alan C

    26/09/2019 - 10h17

    Nada como ler uma opinião de gente que conhece do riscado.

    NeoTupi

    26/09/2019 - 12h03

    Seu comentário não explica Haddad ter 73% no 2o. turno, 61% no 1o. (Dino teve 59%). Detalhe: Ciro ficou em 3o. com 8% x 24% Bozo. Podia pelo menos ter vencido Bozo como alternativa ao PT.
    Não explica as vitórias de Lula e Dilma por folga igual ou maior do que Haddad nas eleições anteriores.

    O motivo disso é que o cidadão maranhense melhorou de vida com as políticas nacionais de emprego, valorização do Salário Mínimo, minha casa, minha vida, pronaf, PAA, projetos desenvolvimentistas do PAC, Fundeb (que permite Dino pagar salário alto a professores), Pro-Uni, Reuni, expansão de escolas técnicas, etc. Isso independentemente de quem era o governo estadual, porque a política econônima que afeta tudo isso é da alçada do governo federal.

    O PT cedeu apoio regional à oligarquias em troca de apoio nacional. Lula fez com o PMDB o mesmo que Getúlio Vargas fez com o antigo PSD (partido de oligarquias) no período democrático. Graças a isso tanto Vargas como Lula conseguiram executar a agenda desenvolvimentista e se manter no governo (Vargas chegou a sofrer processo de impeachment e venceu, e Lula dissuadiu o impeachment no tempo do mensalão).
    Ninguém lembra de Vargas por “alianças espúrias”, inclusive é claro, algumas corruptas. Lembra do estadista que modernizou o Brasil. Porque é o que mais interessa no conjunto da obra que fica mais marcante para a história. Lula também teve que fazer e fez semelhante a Getúlio porque é um estadista com visão do bem estar da nação acima das querelas partidárias.
    Lembre-se também que Ciro coligou-se com Sarney (então no PFL) da penúltima vez que foi candidato em 2002.
    E que o PCdoB foi aliado nacional do PT em todas as eleições desde 1989 e que Flavio Dino participou do governo Dilma entre 2010 e 2014 como presidente da Embratur.

      Alexandre Neres

      26/09/2019 - 15h40

      Prezado NeoTupi, quem dera um líder escolhesse as condições e circunstâncias com que fosse governar. O que cabe a ele escolher é com o limão que é ofertado a ele tentar fazer disso uma limonada, não dá pra chorar o leite derramado. Você pode ficar com dedo de seta apontando pros outros: corrupto, corrupto, corrupto. Ao agir assim, dá pra cogitar a hipótese de fazer um bom governo e terminar sendo aprovado por quase 90% da população? Quando um partido é neófito, como o PT era, antes de assumir o governo, vá lá, ainda dá pra vir com esse discursinho moralista udenista. Ciro Gomes, por exemplo, já está na política desde que o samba é samba, não dá mais pra ficar posando de cidadão de bem tal qual um lavajateiro, já transitou pelos mais diversos partidos e foi governo várias vezes. Qualquer um no metiê sabe como se dá o financiamento eleitoral. Veja aonde foram parar todas aquelas vestais e fariseus hipócritas à época do impeachment da Dilma?

      Quando se está no governo, tem-se que às vezes tapar o nariz e fazer certos acordos em nome da governabilidade, ainda que a contragosto e tomar posições contrárias a aliados históricos, mera tática para alcançar objetivos mais estratégicos sem se perder no meio do caminho, o que é pra poucos. Assim funciona a Realpolitik. Tem que deixar de lado a ética da convicção e abraçar a ética da responsabilidade. Tem que fazer escolhas de Sofia, ter jogo de cintura. Deem uma olhada no número de deputados da bancada progressista, nela incluída traíras como Tabata Amaral e Felipe Rigoni, o que dá pra aprovar com isso? Vamos deixar de querer encontrar soluções simplistas e salvadores da pátria, o buraco é mais embaixo. Nunca são úteis para resolver problemas complexos.

    Marcos Videira

    26/09/2019 - 13h03

    E não se deve esquecer que em 2018, pra inviabilizar a candidatura Ciro, Lula novamente chantageou o PCdoB: se não apoiassem Haddad, Lula investiria contra a reeleição de Flávio Dino e usaria sua força política para eleger Roseana Sarney.
    Os interesses do PT foram colocados ACIMA dos interesses do povo brasileiro. Isto porque os dirigentes do PT acreditam que só eles são capazes de defender o povo brasileiro. Como disse Lula em entrevista recente, só o PT é um partido, Todos os outros são apenas legendas.

Karla

26/09/2019 - 01h39

A questão é elementar diria Holmes.
Lula e o PT não venceriam outra eleição majoritária nacional.
Fosse favas contadas não haveria polêmica alguma em torno do partido da estrela que caiu ser capaz de remover o bloco de poder da extrema direita encimado pelo “mau militar”.

Alan C

25/09/2019 - 23h11

Votaria nele facilmente, tanto pq tem uma conduta diferente da petista, aliás, o PT, partido de “esquerda”, apoiou os Sarney contra ele no Maranhão, o PT deixou de apoiar o PCdoB pra apoiar uma família de gangsteres corruptos da pior espécie, esse é o PT, super esquerda, #SQN….

    NeoTupi

    26/09/2019 - 12h16

    O Ciro também apoiou os Sarney em 2002, quando Roseana foi abatida no caso Lunus e o PFL coligou-se a Ciro.
    Getúlio Vargas aliou-se ao antigo PSD (partido das oligarquias regionais) para vencer e governar em 1950, pois o PTB ainda era um partido pequeno e nunca teve bancada maior do que o PSD.
    O Ciro falou na BBC que o Brasil não cabe na esquerda, no início da resposta dele sobre frente de esquerda. Logo ele está defendendo ampliar alianças com setores da direita liberal, ou seja, fazer o mesmo que o PT fez.
    Mas concordamos que Flávio Dino é um excelente nome, inclusive por ser aglutinador e construir pontes com todos os setores.

Iremar Alves

25/09/2019 - 22h42

Como bem disse o Ciro Gomes no passado sobre ter o Haddad como vice “Uma chapa dos sonhos”, eu vejo o Flávio Dino para presidente e Fernando Haddad como vice, isso sim na conjuntura atual seria uma chapa dos sonhos, infelizmente vejo o Ciro Gomes fora desse jogo, porque sem o PT e sem a centro direita, ele não tem chance de ser presidente.

Bernardo

25/09/2019 - 22h37

Sonho do Bolsonaro ou Doria é ter um candidato do partido comunista como adversário. Todo o discurso de que anticomunismo é delírio nos dias de hoje (e é) vai por água abaixo.
Não acho que o candidato tenha que ser o Ciro. Qualquer um nacionalista e popular serve. Mas se colocar um percebido como ultraesquerdista vai tomar pau com certeza.

Beatriz

25/09/2019 - 17h52

Ótimos comentários!
O governador Dino defendeu a lista tríplice e disse também que acataria e concordaria com a maioria das decisões judiciais vindas dos processos da lava-jato.

CezarR

25/09/2019 - 17h38

É uma encalacrada! Se o Dino se aproxima demais do PT, traz junto a rejeição, se distancia, traz a rejeição da militância fanática petista e da burocracia do partido. O caminhpo certo seria o PT não atrapalhando do Dino e qualquer outro candidato, talvez compondo uma aliança partidária sem candidato formal.

    Marcos Videira

    26/09/2019 - 13h09

    Essa seria a decisão política que impediria a eleição do fascista Bolsonaro. Mas o PT colocou o partido acima dos interesses do povo. Fez exatamente o contrário de Cristina Kirchner. Tudo indica que a oposição vencerá o neoliberal Macri com larga vantagem.

      CezarR

      26/09/2019 - 16h41

      Pois é, nessa eleição de 2018 isso ficou bastante evidente!

Antonio Morais

25/09/2019 - 16h59

Flavio Dino é o meu candidato 2022.

fabio maia

25/09/2019 - 16h53

Foi lúcido, pragmático, aglutinador. Fez a leitura correta da conjuntura nacional. Discordo como semre, nos últimos 02 anos do que falaste. A única concordância. A esquerda do sudeste tem que tomar curso de formação no nordeste. só faz merda e se acha o centro do mundo!!!

Alexandre Neres

25/09/2019 - 16h49

Bem, vamos lá. Há uma série de meias verdades neste artigo que no fim compõem uma mentira inteira. Só pode ser com o intuito de jogar os petistas contra Flávio Dino.

Primeiro, não há duas grandes lideranças no campo da centra-esquerda, essa disputa é assimétrica. O PT disputou todos os segundo turnos quando houve, ou se elegeu ou ficou em segundo. Na minha avaliação, que pena Brizola não foi eleito em 1989, restituindo o poder a quem dele foi usurpado pelos braços do povo. Brizola estava na linha direta de Jango.

Não se pode confundir o PDT, ou o trabalhismo de Vargas, Jango e Brizola, com o neotrabalhismo de Ciro Gomes. Ciro não é o herdeiro natural do trabalhismo e da herança de Vargas. É muito claro quem é. Vou dar uma dica: devido às condições que Vargas criou, industrializando o país, propiciou que um operário chegasse à presidência da república.

Brizola mostrou o caminho. Se Ciro fosse flanar na Europa no segundo turno disputado contra o mais infame dos candidatos até hoje, Brizola o mandaria catar coquinho. Brizola, apesar da rivalidade com Lula, abriu mão de questões pessoais. Não possui um ego enorme e ambições desmedidas.

Neste momento, Brizola estaria empreendendo a cadeia da legalidade, incendiando o país para que o sapo barbudo fosse libertado por estar preso injustamente e em afronta ao estado democrático de direito. Não ficaria com um discurso dúbio e atento aos holofotes: Lula está preso injustamente, mas… ah, o mas, mas é bandido. Qual trecho irá repercutir na grande mídia?

Num período pra lá de infeliz da nossa História, quando estamos sem liderança, sendo subjugados por uns doidivanas obscurantistas, Ciro não mostrou capacidade de liderar esse processo, não demonstrou grandeza. Não passa de um fanfarrão.

Diferentemente, é o caso de Flávio Dino. Flávio Dino é uma estrela em ascensão, dá mostras de possuir capacidade para liderar e ocupar este espaço que está vago. Não quer aparecer, está a postos, e está mostrando que tem envergadura para preencher o vácuo existente desde que o maior líder do país foi trancafiado na prisão em um processo fajuto concertado pelo judissiário.

Por fim, mas não menos importante, precisa ser refutada uma intriga contida no texto. É maldade dizer que Dino votou em Aecin. Precisa ficar claro que em 2014 Flávio Dino votou em Dilma. Faz-se mister entender o contexto da Realpolitik, em que por questões nacionais o PT hipotecou apoio a família Sarney em face de o presidente do Senado ter garantido a governabilidade em momento turbulento, porém o governador do Maranhão e o PT sempre agiram de forma leal um com o outro, apesar de contingências políticas desfavoráveis.Vide abaixo:

https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/eleito-no-maranhao-flavio-dino-declara-voto-em-dilma/

    Redação

    25/09/2019 - 18h58

    Prezado Alexandre, obrigado por comentar. Quem falou em trabalhismo foi o Flavio Dino. E quem defendeu Ciro Gomes como candidato do campo progressista, em 2018, foi também Flavio Dino. E não tenho nenhuma intenção de “jogar petistas” contra Dino. Ele é um quadro brilhante, que merece o respeito do campo progressista, assim como Haddad, Lula e Ciro. Abs.

Luiz Oliveira

25/09/2019 - 16h37

Como não vc tem a audácia de querer que a história dos governos Lula e Dilma sejam esquecidos e omitidos numa eleição? Ora se toda a direita vai explorar isso na eleição e termos o direito de mostrar os avanços sociais disso tudo. Vc age e pensa como a direita, apagar da memória popular os avanços sociais do governo petista à nível federal.

JOÃO LUIZ GARRUCINO

25/09/2019 - 16h09

Extrema direita cresce em reação à esquerda e áreas acadêmicas presas no modelo materialista newtoniano ignorando física quântica e democracia.
Texto recente analisando os cenários e a conjuntura do Brasil e do mundo sob óptica diferente ou fora das velhas caixas de crenças ou ideologias reacionárias e conservadoras, aprofundo uma visão crítica radical da atual crise ética, moral e espiritual do Brasil e da humanidade a caminho do nada ou do buraco, ruina, queda, destruição e morte se nada for feito ou se não mudarem a atual educação heterônoma para uma autônoma libertadora dos cidadãos com ciências, história, filosofia, física quântica, democracia e liberdade efetivas, e o Deus real da física quântica, e o Jesus real do cristianismo primitivo, desmoronando todos estes castelos medievais como enormes muros de Berlim em novas Perestroikas ou Glasnot agora globais detonando o reino ou ditadura das ideologias materialistas e fundamentalistas religiosas, políticas e econômicas da atual ditadura global gerando os males que vemos no mundo em plena nova era ou terceiro milênio ou século XXI.
https://www.linkedin.com/pulse/extrema-direita-cresce-em-reação-à-esquerda-e-áreas-presas-garrucino/?fbclid=IwAR3Lzi-r8niJ63Y3EgiHWH-n23inpuEnymP-0gzP-wORVRsgxTWXvBDcnlE

JOÃO LUIZ GARRUCINO

25/09/2019 - 16h08

PARTE I: O fim do PT sem autocritica e democracia interna com postes do Lula e sem visão de estadista e do Estado de Direito e laico e democracia
https://www.linkedin.com/pulse/parte-i-o-fim-do-pt-sem-autocritica-e-democracia-com-postes/?fbclid=IwAR2Gr1ToNoUeZvMpTwwkfRJttriFnzDkkcSubouXrWstV_JqAhFd94I9siY
PARTE II: O fim do PT sem autocritica e democracia interna com postes do Lula e sem visão de estadista e do Estado de Direito e laico e democracia
https://www.linkedin.com/pulse/parte-ii-o-fim-do-pt-sem-autocritica-e-democracia-com-garrucino/?fbclid=IwAR2MlCgJ3w0Y0YXC-1mHtJcURBCzVAQkVs2HtbOycAx6L9Yv2Ls9cjlWj2Y

JOÃO LUIZ GARRUCINO

25/09/2019 - 16h07

PT e Lula fabricados pela CIA/ militares para impedir Brizola presidente e estuprar CLT de 60 anos, nação e democracia? Lula e Dilma são da CIA?
https://www.linkedin.com/pulse/pt-e-lula-fabricados-pela-cia-militares-para-impedir-clt-garrucino

JOÃO LUIZ GARRUCINO

25/09/2019 - 16h07

Somente ontem vi casualmente neste site entrevista do Flávio Dino no Roda Viva revelando o quanto estes beatos e fanáticos, e lunáticos, do PT e da esquerda no face se divulgam direto entrevistas do Lula, ou de outras da sua igreja, quando no Roda Viva, gelaram ou boicotaram neste caso claramente sequer postando desde sexta ou sábado e domingo, e segunda, como fizeram com as do coronel papa Lula da igreja fundamentalista dos stalinistas igrejistas do PT sem visão de estadista e clara sobre democracia do ponto de vista da visão jurídica, e do Estado de Direito, e laico, revelando inclusive que o Lula e o PT foram responsáveis sim pela merda atual do golpe e eleição do fascista da extrema direita afora estupro da CLT de 60 anos sobrevivendo inclusive à ditadura militar mas não as cagadas populistas e demagógicas do PT sem autocritica e democracia interna com o coronel Lula impondo seus postes, mantendo rumo neoliberal de FHC, iludindo a nação e os trabalhadores, inclusive permitindo que igrejas virassem partido na zona ou baderna nazista atual.

Neste campo da esquerda ou de uma frente popular e democrática de fato somente vejo o Flávio como opção viável e madura e adulta para tentar consertar as cagadas terríveis do PT e do Lula abrindo as portas do inferno para as trevas medievais atuais pela falta de visão democrática clara frente a sociedade, inclusive falta de visão social democrata clara nos moldes da Europa, delirando em duas caras, uma no poder assinando a tal carta à nação para agradar o mercado ou elites, militares, EUA, etc., e outra para beatos nas redes sociais e no partido, e sem presença nas ruas onde perderam o bonde para os bandos evangélicos do partidão dando golpe e tomando o poder….

Ou com PT e esquerdas sem maioria alguma nas cidades, Estados e no Congresso onde sempre esteve aliado da velha direita corrupta e canalha inclusive chafurdando na lama como porcos e cinicamente mesmo depois de tudo isto ainda vendem-se como santos, éticos e honestos, sem autocritica alguma desde sempre, como se fossem mocinhas virgens ou donzelas o que de fato aborrece até cidadãos sérios e preocupados com a democracia e que jamais votaram na direita, tamanha a molecagem e imaturidade ou infantilidade revelada pelo PT e o coronel papa Lula.

Razão pela qual fizemos profunda análise do PT e da esquerda perdendo confiança na sociedade e sem ouvir a vontade popular ou as bases e querendo apenas imporem verdades absolutas ou fundamentalismos ou tiranias ou ditaduras pensando que conseguiriam enganar a todos o tempo todo…

PT tolerou ou permitiu ou foi omisso e gerou golpe da direita, e eleição da extrema direita por serem tapados ou burros, alienados, e acabaram sendo apenas bobalhões ou bobos da corte e mais nada.

É hora de virar a página afora terem traído o Brizola e a história do Brasil de antes do golpe de 64 agindo como queriam as elites, mercado, CIA, EUA, militares, etc. até não servirem mais e serem descartados…deixando a deriva a nação, a democracia, os trabalhadores, o Estado de Direito e laico.

FORA PT E FORA LULA…da cadeia sim com julgamento justo e sem golpes das quadrilhas da lava jato e do judiciário, se realmente não houver provas contra ele, mas Lula também fora da vida pública e parando de torrar o saco ou tentando continuar ludibriando a sociedade madura e adulta e que não vai cair mais nos contos do vigário da igreja dos psicopatas do PT….

Vou postar em seguida os textos detonando a farsa do PT e do coronel papa Lula fodendo os trabalhadores e a democracia…Enoja ver ainda estes otários se acharem santos e lindos ou virgens donzelas inocentes e pura…

JOÃO LUIZ GARRUCINO

25/09/2019 - 16h06

Olá abraços e alerto que me censuraram novamente nos grupos (somente de esquerda…) creio devido texto detonando kardecismo e estes otários sequer entram e leem o texto inteiro e já julgam e condenam apenas pelo título ou começo dele, agindo como fundamentalistas e fascistas também, sem diferença com os igrejistas e fascistas da direita, e falam tanto no lado conservador e reacionário das religiões todas e quando se tenta detonar este vaticano kardecista, ou das religiões em geral todas contrárias a democracia e ao livre arbítrio dos cidadãos, interpretam tudo como sendo religião o que revela gente mal intencionada ou fascista e fundamentalista tanto quanto, ou burra, tapada, otária, alienada, e quinta coluna ou traidores da democracia e da nação, e querendo impor suas minhocas ou verdades absolutas…

Pois percebo maioria da suposta esquerda ainda ou no fundo continuam como católicos e evangélicos ou até kardecistas do vaticano, e usam este discurso hipócrita de censurar qualquer coisa como supostamente religiosa, e são otários se não acordaram que perderam o bonde na sociedade para igrejas reacionárias, ou igrejas viraram partidos, e o que mais falta discutir e questionar e debater e demolir ou detonar são os conservadorismos das religiões todas pois o próprio PT e esquerda deixaram que igrejas invadissem a vida pública e o Estado gerando o golpe e eleição do nazista e sem aprofundarem e detonarem as bases falsas das igrejas todas, clareando para a democracia e livre arbítrio lei maior de Deus, respeitada por Jesus, e com física quântica, e não mera ideologia religiosa maluca e contrária a democracia, sequer existe luz no final do túnel escuro da merda nacional atual…

Gerada sim dentro da lei de ação e reação, causa e efeito, ou do carma, pelo PT e esquerda e até áreas acadêmicas como já analisamos num texto recente, e devido gente fanática para todos os lados nos partidos e nas igrejas e sem visão clara da democracia e do Estado de Direito, e laico, e se não existe espaço para isto sequer nos grupos de esquerda supostamente alegando defenderem a democracia, embora a maioria na verdade faz campanha eleitoreira e partidária apenas do PT e do coronel Lula sim senhor e não tem como negar isto.

Continuem assim otários e certamente jamais irão conseguir derrotar mais a extrema direita das religiões todas, e o que mais falta seria abrir espaço sim nos grupos ao menos para questionar, debater, demolir, implodir todos os fundamentalismos religiosos fascistas, conservadores e reacionários e sem isto sequer chegaremos na democracia e ao Estado de Direito devido burrice ou imaturidade ou infantilidade destes alienados fascistas da esquerda nada diferentes dos da direita.

Já cai fora dos grupos de esquerda antes ou no ano passado, acho, e vou continuar postando os textos que considero relevantes para a merda atual, e se continuarem censurando vou cair fora novamente pois revela a falta de seriedade destes doentes mentais ou retardados e nem convém perder tempo com gente assim iguais ou piores do que os das igrejas todas ou partidos da direita.

E vão ver se estou na esquina otários conservadores e reacionários e stalinistas, igrejistas, fascistas…

Não enganam mais a sociedade ou os cidadãos conscientes de fato sobre democracia e Estado de Direito e laico e maior traição do PT e do Lula foi não ter coibido isto e pelo contrário liberar ainda mais ou permitindo a zona ou baderna atual das igrejas partidos e partidos igrejas…

E as bestas quadradas continuam cegos e proibindo postagens sobre o que consideram supostamente religiosas e com isto facilitam que fascismo continuem crescendo e sem espaço para critica alguma….

Pois vão tomar no cu idiotas e retardados e burros ou fascistas….
Eis comentário no site a respeito do vídeo do Flávio Dino melhor proposta para frente popular não apenas de esquerda mas do campo democrático pois se continuarem com a rota suicida do PT atual vão todos tomarem naquele lugar como já tomaram para deixarem de serem burros ou bestas quadradas e sem visão de estadista alguma…Se puder poste nos grupos da esquerda para ampliar este debate e acordarem antes que seja tarde e venha mais ferros ainda pois o caminho que tomam é do desastre completo e agravamento maior ainda das desgraças para a nação e os trabalhadores isolando ainda ou cada vez mais os trabalhadores e facilitando para mercado, elites, militares, CIA, EUA, fatiarem ou estuprarem todos parecendo quinta coluna ou traidores de fato…vigaristas, canalhas, cafagestes, calhordas, picaretas, vagabundos de fato…

NeoTupi

25/09/2019 - 15h32

Acho importante contar a história inteira de 2014. No 2o. Turno Dino apoiou Dilma.

E pelo jeito PT cristianizou o candidato sarneyzisra e PCdoB cristianizou Aécio. Pois Dilma teve 69% e Dino 63% no 1o. Turno no Maranhão. O eleitor e as bases votaram Dilma-Dino e as direções partidárias devem ter feito corpo mole, se limitando às alianças formais.

Aliás a ascensão do PCdoB no Maranhão teve ajuda conjuntural do esvaziamento do PT no estado, preso ao apoio regional aos Sarney em troca de apoio nacional ao PT.

Outro detalhe importante: Dilma também fortaleceu Dino quando ele estava sem mandato depois de 2010 nomeando-o presidente da Embratur, mesmo o ministro do turismo sendo do grupo do Sarney.

Franklin

25/09/2019 - 15h05

A base do eleitor cirista é o antipetismo a esquerda. O que não é tão significativo. Flavio Dino se coloca como uma opção viável a esquerda. Se Lula o apoiar tem chances reais de ser o próximo presidente. Em últimas entrevistas Lula deixa em aberto essa possibilidade do PT apoiar alguém. Veremos.


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