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Análise: o significado da volta de Lula

“Eu estou de volta”, diz Lula, no palco montado em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo, rodeado dos mais importantes quadros de seu partido, além daqueles do PSOL e do PCdoB mais alinhados aos planos do ex-presidente. Entre estes últimos, um se destaca, Marcelo Freixo, que se posiciona a linha de frente do […]

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(Kaio Lakaio/VEJA)

“Eu estou de volta”, diz Lula, no palco montado em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo, rodeado dos mais importantes quadros de seu partido, além daqueles do PSOL e do PCdoB mais alinhados aos planos do ex-presidente.

Entre estes últimos, um se destaca, Marcelo Freixo, que se posiciona a linha de frente do palco, e é citado pelo ex-presidente, que chega a dizer que vai correr o país a seu lado.

O outro quadro do PSOL, o líder do MTST, Guilherme Boulos, está um pouco mais atrás, aguardando o momento de também ser citado pelo ex-presidente (o que não aconteceu).

A preferência – ao menos nesse momento – de Lula por Freixo se explica: Boulos já é “de casa”. Freixo é uma novidade. É candidato à prefeitura pelo Rio de Janeiro, e o apoio do PT à sua candidatura teria repercussões nacionais para uma aliança maior entre PSOL e PT.

Para o PSOL, a aliança com seu antigo adversário só foi possível com o impeachment, que tirou o PT do poder, eliminando a fonte principal de atrito entre PSOL oposição versus PT governo. As lutas contra o impeachment, seguidas das lutas contra as reformas reacionárias do governo Michel Temer, e, por fim, a união contra a eleição de Bolsonaro, selaram a reunião dos dois partidos, que de qualquer forma, tem a mesma origem, e sempre guardaram algumas características em comum. São dois partidos, por exemplo, fortemente identitários: uma das principais razões para Lula escolher Dilma foi por ser “mulher”; sendo que esta não era a única identidade marcante da ex-presidente; ela era também uma ex-guerrilheira; não importa que seu programa de governo fosse tão conservador; seu esquerdismo estava em sua identidade, e isso foi explorado ao máximo em duas campanhas eleitorais vitoriosas. A mesma coisa vale para Lula, ele não representa apenas um projeto político; ele encarna, e sempre explorou isso ao máximo, uma identidade; ele é o próprio projeto político. Ele nasceu pobre, ele foi operário; o projeto emana do simples fato de alguém assim se tornar presidente. 

Os críticos ao identitarismo às vezes olham apenas o seu lado “minoritário”; esquecem que também é possível transformar a própria classe social numa “identidade”. Esse sempre foi o grande segredo de Lula.

Quanto aos problemas relacionados, como o risco disso se tornar culto à personalidade, etc, falaremos em outra oportunidade.

Presente no palco de Lula, vemos também, ao menos no início, já que houve uma certa rotatividade (com exceção de alguns, que lá permaneceram quase todo o tempo, como o já citado Marcelo Freixo), a deputada Jandira Feghali e a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos.

Luciana é citada nominalmente pelo presidente, sempre atento à importância da proximidade do PCdoB, visto como peça fundamental para o PT manter a hegemonia dentro da esquerda. O PCdoB é pequeno no parlamento, mas grande no movimento estudantil, o qual lidera há muitos anos, e se tornou, há muito tempo, um partido de quadros; alguns deles, como Flavio Dino, despontam como figuras de projeção nacional.

Ao lado de Lula, vemos Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados, fazendo trejeitos teatrais, bruscos, com a boca e com os braços, a cada frase mais forte do ex-presidente.

Ausente do palco, políticos do PDT e do PSB.

O PDT não tem interesse em se aproximar de Lula. Seu líder principal, Ciro Gomes, guarda um silêncio quase agressivo sobre o ex-presidente. Apenas o presidente do partido, Carlos Lupi, velho amigo de Lula, faz um vídeo cumprimentando sua liberdade. Os quadros trabalhistas observam a espetacular volta de Lula ao cenário político com um constrangimento respeitoso, mas levemente mau humorado. Por questão de princípios (o PDT é um partido de princípios, ninguém pode negar), seus quadros comemoraram a decisão do STF de respeitar a Constituição e invalidar a prisão após a condenação em 2º grau.

Apesar do vídeo de Lupi, no entanto, a decisão trabalhista já foi tomada: afastar-se de Lula, por razões táticas e estratégicas.

A força de Lula, no entanto, é inquestionável. Nenhuma liderança política brasileira, à esquerda ou direita, tem tanta projeção internacional. Afinal, ele foi presidente da república por oito anos, tempo durante o qual cultivou laços de amizade e relações políticas com lideranças e partidos de todo o mundo.

O seu controle sobre parte importante da esquerda brasileira também é admirável, em alguns casos até mesmo um pouco opressivo.

Paradoxalmente, a prisão de Lula o fortaleceu. Mas isso é uma das consequências do lawfare que seus algozes, ignorantes, embriagados pelas vitórias aparentemente fáceis, não conheciam.

Otto Kirchheimer, autor do clássico Justiça Política, sobre o qual os leitores mais antigos do Cafezinho já ouviram falar por aqui, conta que, antes da II Guerra, os comunistas e social-democratas de uma Europa sacudida por intermináveis agitações, crises e revoluções, haviam aprendido a usar muito bem o lawfare.

Enquanto a direita, dominando (como sempre) as instituições judiciais, a polícia, e todo o aparato repressivo estatal, fazia de tudo para prender, proibir, censurar os quadros de esquerda, os partidos comunistas e social-democratas formavam advogados, juristas e jornalistas especializados, e os colocavam na linha de frente da luta política.

Advogados comunistas faziam discursos emocionantes, fortemente politizados, nos tribunais da Alemanha, França, Áustria, Holanda, em toda parte, e a imprensa socialista repercutia tudo no dia seguinte. Os resultados logo começaram a aparecer, com as vitórias eleitorais cada vez mais expressivas das esquerdas em todo o continente; tão expressivas que o capitalismo se sentiu forçado a namorar cada vez mais soluções autoritárias para evitar que as vitórias da classe trabalhadora ganhassem uma dimensão revolucionária. A ascensão do fascismo, na Alemanha, na Itália, na Espanha, nos EUA, e a tolerância (cúmplice) ao fascismo, na Inglaterra de Chamberlain, nasce de uma crise de medo das elites financeiras em relação ao avanço político, sindical e eleitoral das classes operárias.

De certa forma, é um movimento que também se repete no Brasil. Aliás, tem uma coisa que muita gente não percebeu, que é o seguinte: as famigeradas “jornadas de junho”, até hoje muito mal compreendidas por todos os espectros ideológicos, não constrangeu apenas a centro-esquerda moderada, liberal, que estava no poder. Ela também apavorou a direita, até então mais ou menos satisfeita com as concessões que arrancava do governo de “esquerda”, levando-a se politizar e a se radicalizar. O que assistimos, a partir de 2013, é um crescimento dos extremos: à esquerda e à direita, ambos se retroalimentando, o que também é a repetição de um fenômeno histórico. Hitler e Mussolini ganham força em seus respectivos países justamente no momento em que a esquerda moderada perdia força para a emergência de movimentos revolucionários.

A Lava Jato foi um “movimento político revolucionário”, que tentou (e conseguiu) promover uma reação conservadora, e usou para esse fim a velha ética “revolucionária” de atropelar as leis. A Lava Jato, neste sentido,  é filha de 2013.

Depois de apanhar por anos a fio, Lula, por sua vez, parece ter finalmente aprendido como jogar o jogo do lawfare. E transformou sua prisão numa alavanca política.

É um jogo muito antigo, que remonta talvez aos primórdios da civilização humana. As peças mais conhecidas desse jogo se tornaram arquétipos profundos da nossa cultura: o injustiçado, o mártir, o “preso político”. Não é a tôa que o símbolo máximo da revolução francesa, o marco que, simbolicamente, põe fim ao Antigo Regime e inaugura, para toda a humanidade, uma nova era de liberdades individuais e democracia, é a tomada da Bastilha, uma prisão política da monarquia francesa, que ali jogava seus inimigos através de processos judiciais quase sempre viciados.

Por isso, a saída de Lula da prisão produziu tamanha repercussão. Foi como que uma pequena tomada da Bastilha, a nossa Bastilha curitibana, onde a Reação conservadora representada pela Lava Jato, havia aprisionado o nosso querido Voltaire, essa figura controversa, que desperta tanto ódio e paixão.

Agora, é preciso também contemplar Lula sem as lentes emotivas dessa catarse política.

Catarses passam. A imagem da tomada da Bastilha é apenas uma figura retórica, e Lula não é Voltaire: não conta, como o velho ironista francês, com amigos poderosos na corte; tampouco Voltaire chegou a governar alguma coisa, e a lidar, portanto, com os dilemas éticos inerentes a isso.

O analista precisa olhar, de qualquer forma, para todos os lados. Depois de tudo que aconteceu desde 2013, é imperdoável que as franjas mais esclarecidas do campo progressista baixem a guarda. Os inimigos não foram embora. Ao contrário, os inimigos estão no poder, e portanto, estão mais fortes do que nunca.

Ontem mesmo, saiu uma pesquisa encomendada pela TV Record, do instituto Bigtime Realdata, com 1.200 pessoas, sobre a prisão de Lula. Perguntadas sobre a saída de Lula da prisão, 50% disseram que são “contra”, 32% concordaram e 18% não opinaram. Alguns poderão questionar a isenção da Record, hoje uma das maiores aliadas de Bolsonaro, mas os números estão em linha com pesquisa Datafolha sobre o mesmo tema, divulgada em julho deste ano. Eu fiz uma tabelinha na época para entendermos o que as pessoas pensavam de Lula.

O problema desses números, como tenho dito, é o seu recorte regional, por renda e por instrução.

Ainda considero difícil, para alguém cuja metade da população acha que mereceria estar preso, ser um articulador político tão eficaz como desejaríamos.

Suponho que os leitores petistas, a esta altura, já devem estar gritando silenciosamente contra o blog, achando que eu estaria, com isso, tentando provar que, na falta de Lula, o melhor articulador seja Ciro Gomes.

Não estou dizendo isso. Ciro também enfrenta e ainda vai enfrentar uma série de dificuldades, tão ou maiores que Lula, até porque suas invectivas contra o sistema financeiro o fazem persona non grata do “mercado”, que hoje parece já ter se decidido ao redor do nome de Luciano Huck.

Estou dizendo que é inquestionável que Lula, mesmo surfando nessa entusiástica onda catártica gerada por sua liberdade, não voltou a ser o que era em 2002, quando tinha um nome “limpo” na praça, e não me refiro apenas às condenações por corrupção, mas também a carga de críticas que o ex-presidente arrasta pelos eventuais erros que cometeu durante seu governo.

Por isso me preocupa que parte da esquerda, cega pela emoção, e admito que não há emoção maior do que o espetáculo da liberdade e da justiça, baixe a guarda para seus inimigos.

Passada a ressaca, os brasileiros verão que as coisas permanecem as mesmas.

Se Lula não pode fazer nada contra o impeachment, quando o seu partido estava no governo, quando uma correligionária atenta às suas orientações ocupava a presidência da república, também não poderá fazer nada hoje.

E aí entra o cálculo político mais complicado, e que é um alerta que eu venho fazendo desde 2018. A força de Lula se concentra entre a população mais humilde, justamente aquela que é politicamente menos ativa, que não tem recursos para ir às ruas e travar a luta nas redes sociais. Prefiro chamar essa faixa social de “classe baixa baixa”.

Nas camadas sociais imediatamente acima dessa faixa, e não estou sequer falando da classe média, que traz uma conotação de “elite”, mas das classe baixa média e classe baixa alta; nessas faixas, o nome de Lula ainda encontra bastante dificuldade. Volte à tabela acima, e verifique que, entre famílias com renda entre 2 e 5 salários, 63% consideram “justa” a prisão de Lula. Uma família que ganha 2 salários de renda não é sequer classe média, muitos menos elite. Mas seus valores, por razões antropológicas e culturais sobre as quais discutiremos em outro momento, se afastam muito daquelas situados na faixa anterior. Seus votos são diferentes, e sua opinião sobre Lula também é diferente. No entanto, quando falamos que os pobres começaram a viajar, a “andar de avião”, a comer mais carne, não podemos esquecer que é destas faixas, um pouco acima daquelas situadas no rés do chão da pirâmide social, a que nos referimos.

Tudo isso tem de ser trabalhado, meditado, para que possamos oferecer soluções inteligentes.

Aí entramos no tema da “polarização”, esse termo tão mal compreendido. A polarização é normal, e até mesmo saudável, numa democracia. Nos EUA, na França, na Alemanha, e também no Brasil, temos gente de esquerda versus gente de direita, e essa polarização geralmente tem a ver com a classe social a qual você pertence. 

Entretanto, o problema é o tipo de polarização que se forma, e a cultura democrática por trás dela.

Um tipo de polarização que me parece realmente destrutiva é quando ela trava o debate político. Ninguém pode questionar ou fazer críticas a seu próprio campo que logo vira “inimigo”. O bolsonarismo está vivendo isso, e temos testemunhado como isso o debilita.

Mas o sebastianismo em torno de Lula cria problemas similares, como também temos visto. Qualquer crítica a Lula, vinda do próprio campo, é rechaçada com muita virulência. Os atingidos se afastam, feridos, e alguns devolvem, em seguida, na mesma moeda. Essa intolerância à crítica aumenta o antipetismo e a rejeição a Lula.

Dentre as características da cultura democrática mais nobres, mais fundamentais e mais difíceis de serem efetivamente praticadas, está o respeito pelo adversário, tanto o adversário do outro lado, quando o adversário interno, o crítico a seu lado. A esquerda sempre deriva para o autoritarismo, e se enfraquece, quando deixa de prestar atenção  para a importância de regar a frágil plantinha da tolerância.

Nesse quesito, suspeito que somos bem deficientes. Sem querer apelar para falsas simetrias, e tentando pôr de lado as expressões caricaturais de ambos os lados: a direita não respeita a esquerda, e a esquerda também não respeita a direita; a direita enfrenta dificuldades para lidar com sua diversidade interna, e a esquerda frequentemente experimenta o mesmo problema.

Se você olhar para a comunicação institucional da esquerda, sua característica mais irritante é o discurso único. A TV Cultura, dominada pelo PSDB, é muito mais democrática do que a TV do estado da Bahia, ou que as tvs controladas pelo petismo, como a TVT e a Rede Brasil Atual, que não admitem a mais leve dissonância acerca do discurso único. Não apenas não se aceita nenhum conservador, nem que seja para se criar contrapontos divertidos, para se conquistar audiência, como tampouco ninguém progressista que ouse discordar das teses centrais. Convidar um Ciro Gomes para a TVT, por exemplo, é inimaginável; já a TV Cultura convida Flavio Dino, Ciro e Haddad, e conservadores, democraticamente.

Já podemos antever uma tremenda dor de cabeça institucional – e espero que não seja mais uma “crise” –  quando Jair Bolsonaro perder as eleições para um candidato progressista em 2022. Todos os seus sinais são de que vai haver confusão.

O PT também não ajuda, contudo. Sua decisão de não comparecer à posse de Jair Bolsonaro foi um erro estratégico.

Mas voltemos a Lula e o significado de sua “volta” ao cenário político. Quais são as “teses” de Lula? Qual o argumento que ele usará contra Jair Bolsonaro?

Seu discurso em São Bernardo nos dá uma ideia.

Aí é preciso tirar o chapéu para Lula. O ex-presidente não caiu no discurso identitário fácil.  Tampouco apelou para o “perigo fascista”, que não produz efeito nenhum fora das bolhas neurastênicas da esquerda.

Lula apelou para os juros do cartão de crédito, do cheque especial e dos parcelamentos das “Casas Bahia”, os quais, ressaltou, são muito diferentes do “juro Selic”.

É uma dessas aberrações tão brasileiras e tão odiosas que, mesmo com os juros básicos tendo caído à menor taxa da história, os juros reais, pagos pelo consumidores, não tenham caído quase nada e, pior, em alguns casos estejam subindo!

Confiram a evolução dos juros do cartão de crédito, conforme gráfico do próprio Banco Central, atualizados até setembro de 2019. Os juros estão subindo este ano.

Entretanto, por mais acertado que seja o discurso de Lula, ele enfrentará uma contradição muito grande. Passada a euforia do “Lula lá”, e após a própria direita se recompor do susto, será fácil rebatê-lo: bastará perguntar a Lula porque, ao longo de 13 anos no poder, o seu governo jamais chegou a questionar seriamente esses abusos? Por que os juros finais ao consumidor, assim como os spreads, jamais baixaram?

Alguém poderia responder que a Dilma tentou fazê-lo, em 2012. Sim, tentou, mas fez mal feito e depois desistiu, e como o gráfico acima mostra, houve uma explosão dos juros a partir de meados de 2014

É possível, além disso, que os próprios bancos, com seus estômagos já quase explodindo com as taxas recordes de lucro que vem registrando, e diante de uma Selic tão baixa, se vejam forçados pelas circunstâncias, e até mesmo por medo da “volta do PT”,  a reduzirem enfim os juros finais cobrados a seus clientes.  E isso neutralizará de vez os ataques de Lula por esse flanco. 

O outro petardo de Lula contra o governo Bolsonaro é o aumento da pobreza e do desemprego.

Esse é um terreno onde Lula e o PT podem caminhar mais à vontade, em função do sucesso das políticas públicas de seus governos para reduzir a miséria, e o baixo desemprego que caracterizou o período “áureo” da era petista. Mas tudo isso ruiu a partir de 2014, quando a instabilidade política começa a contaminar a economia, gerando uma das piores recessões da nossa história.

O PT tem tentado jogar a responsabilidade da crise econômica de 2014 a 2016 na conta do golpismo. E tem alguma razão ao fazê-lo. Mas o eleitor não engoliu tão facilmente a explicação, como vimos em 2018. E igualmente tem suas razões, afinal  também é função do governo debelar as sedições golpistas –  e quando um governo não consegue fazê-lo, a culpa recai em boa parte sobre sua incompetência política.

Enfim, a luta política não está fácil para ninguém. É preciso tocar o barco com muita prudência, sem entusiasmos excessivos que logo se convertem em depressão e frustração.

Lula é uma liderança importante mas também precisa calçar as sandálias da humildade. Não é salvador da pátria. Já errou demais no passado para cobrar qualquer apoio incondicional a suas estratégias. Além disso, ele ainda precisa superar uma série de obstáculos judiciais. Ainda não foi inocentado. Seria uma irresponsabilidade criminosa apostar todas as fichas novamente numa liderança que pode voltar a ser presa ou permanecer com seus direitos políticos cassados por tempo indeterminado.

Como o próprio Lula admite, o Brasil apenas se libertará de seus algozes através da mobilização popular, que não deve ser confundida apenas com agitação de rua. Mobilização popular é gente na rua, mas é sobretudo uma campanha de conscientização política. Mais do que levar 2 ou 3 milhões de pessoas às ruas, o que seria suficiente para alegrar as redes sociais, aparecer no New York Times, e… eleger alguns parlamentares a mais, o Brasil precisa mobilizar um eleitorado de 150 milhões de pessoas para, em 2022, derrotar a tentativa de reeleição do atual presidente da república. Esse é o grande desafio, que exigirá humildade, sangue frio, espírito republicano, incentivo à pluralidade, além de muita paciência e tolerância para ouvir críticas que estão presas na garganta de muita gente.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Andressa

11/11/2019 - 15h54

O Brasil em 2014 e a Bolívia agora relembraram a esses vermes do Foro de São Paulo quem manda.

Sem um chute no saco não saem do poder de jeito nenhum…3-4-5 mandatos… essa é a democracia da América Latrina.

Chegou no segundo mandato já tá fedendo peixe podre e precisa ser posto na cesta do lixo…mas até os bananeiros chegar lá para entender isso vai demorar e muito.

Pena para a Venezuela que infelizmente já faleceu.

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11/11/2019 - 15h33

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Onde Vamos Parar

11/11/2019 - 11h40

Constituição tornou o Brasil um país um tanto quanto ingovernável, diz Zema
Veja só onde estamos, empresário vira político e não sabe o que é a constituição.

    Evandro Garcia

    11/11/2019 - 15h56

    É um fato, caiu nas mãos de gente completamente incivilizada, puros bandidos camuflados de políticos, pouco mais que animais.

Alexandre Neres

11/11/2019 - 10h29

O PDT de hoje não passa de uma pálida lembrança do que já foi um dia. Que saudades sinto do velho trabalhismo, de Brizola, da Darcy Ribeiro, de Nilo Batista, de Doutel de Andrade e de tantos outros. Por óbvio, Carlo Lupi não é um representante à altura do velho e bom PDT. Foi com alegria e satisfação que vi o brizolista histórico Vivaldo Barbosa bem à frente do palco de São Bernardo, ao lado da Benedita. Uma cena forte que simboliza a ligação do velho trabalhismo, Vivaldo representando Brizola que decerto ali estaria se estivesse vivo apesar das brigas com o sapo barbudo, com o partido dos trabalhadores, seu filho direto que só foi possível de ser criado graças aos direitos sociais estatuídos por Getúlio Vargas algumas décadas atrás.

    Miramar

    11/11/2019 - 16h05

    Não sei o que isso tem a ver com o texto, mas se tiver alguma relação com o Ciro Gomes, advirto que nós, seus eleitores não queremos que ele se aproxime dos representantes da “esquerda verdadeira”.
    Temos pensamentos e práticas totalmente diferentes e inconciliáveis.
    Com todo o respeito, embora eu não seja varguista, para mim é claro como a água que não existe nada mais oposto ao varguismo que o petismo. A única ligação possível é o fato de Lula ter sido operário metalúrgico entre os longínquos anos de 1965 e 1972. As montadoras foram trazidas pelo Juscelino e a extração do ferro que compõe os carros foram iniciadas por Getúlio. O PT é muito mais um partido de uspianos antivarguistas que um partido sindical. Até mesmo porque, e lamento que seja assim, mas o fato que os sindicatos representam cada vez menos gente. De qualquer forma o sindicalismo sempre foi a fachada do partido.
    O chato de ter não ser velho, mas já estando começando a deixar de ser jovem é que eu lembro bem da petezada esculhambando a CLT…
    Os respeitáveis Vivaldo Barbosa e Nilo Batista não são mais brizolistas do que Oswaldo Maneschi, Carlos Lupi e Manoel Dias (veterano da campanha da legalidade). Só que esses últimos não cabem na leitura da realidade da nossa esquerda, então não prestam.

    Engraçado, na sua última entrevista, concedida em plena CPI dos Correios, o Brizola dizia que o Lula deveria se afastar da presidência até serem concluídas as investigações. Também insinuou um possível problema seu com a bebida. Adivinha quem botou os panos quentes?
    Digo isso porque esse Brizola neopetista que alguns petistas insinuam que existiria hoje é um mera projeção de um desejo, sem base na realidade.
    Quem diz isso é alguém que nunca foi brizolista ( em 1989 votei no Covas) mas defendeu Brizola de petistas e direitistas muitas vezes. Quando ele era vivo.

Alexandre Neres

11/11/2019 - 09h58

Quando vejo o PDT de hoje, uma pálida lembrança do que foi um dia, lembro-me de Brizola, Darcy Ribeiro, Doutel de Andrade, Nilo Batista e tantos outros. Quem conhece a história do PDT, sabe que o senhor Carlos Lupi nem de longe o representa. Nesse sentido, foi com alegria que vi o brizolista histórico Vivaldo Brabosa no palco de São Bernardo. Estava em lugar visível, à frente do palco, bem ao lado da Benedita. Não há como abrirmos mão de liderança de tamanho quilate.

José Ricardo Romero

11/11/2019 - 09h58

Gostaria de saber que projetos tem o Lula e o pt para o problema do pagamento da dívida interna para os bancos graças às “obrigações compromissadas” do governo fhc, no qual, todos os finais de tarde o BC recolhe a sobra de caixa dos bancos que cobram juros altos para não oferecer dinheiro à população e estimular a inflação. Com isso, o dinheiro fica parado, rendendo juros altos para os bancos, e graças ao “caixa comum” (também obra do fhc) do governo não sobra dinheiro para previdência, educação, infra estrutura e tantos outros projetos de cunho social. Durante os governos do pt os programas sociais foram implantados (um pouco…) devido às exportações de “commodities” porque o mundo, a China, era compradora. Hoje não é mais. As commodities não valem mais nada no mercado (vide o fracasso da venda do petróleo às empresas multinacionais). Só há um enfrentamento principal para a questão econômica no Brasil: uma suspenção do pagamento da dívida e auditoria internacional da mesma que, possivelmente ao final, colocará os bancos devendo ao Brasil e não o contrário. Refaço a pergunta feita na primeira linha: Lula sabe disso? O pt tem planos para abordar este problema? Ou vai ficar nesta lenga lenga de prometer um céu para os injustiçados que já não é mais possível; uma fraude tão grande como a preparação para a eleição do Haddad.

    Francisco

    11/11/2019 - 11h47

    Se percebeu, gostaria de saber o que vossa senhoria, Romero, fez, projetou e/ou sugere, como colaboração para que a constituição não possa mais vir a ser interpretada por ‘ahas uhus’ e ‘fux-trusts’ supremos da vida, reféns da classe dominante golpista e justiceira, para dar sustentação ao golpeachment e a farsa do(s) processo(s) jurídico(s), cuja única razão de ser é alijar um determinado cidadão e seu partido, do cenário político brasileiro, favoritaço na eleição para presidente em 2018, mesmo que para isso seja necessário um juiz de primeira instância, premiado pelos bons serviços prestados com o cargo de ministro da justiça no governo do cara que ajudou a eleger para desgovernar o país, ao condenar e prender o cidadão favorito, registrar na sentença com que o condenou, à falta de provas, as jabuticabas jurídicas do, ato de ofício INDETERMINADO, para corrupção passiva, e bem ATRIBUÍDO, para lavagem de dinheiro?
    Depois, afastada a ameaça da barbárie e restabelecido o estado de direito e a democracia, conversa-se sobre o resto, civilizadamente.

    Alan C

    11/11/2019 - 14h13

    Que bom ainda poder ler comentários lúcidos por aqui, coisa rara…
    Não precisa ser auditoria internacional, temos a Auditoria Cidadã da Dívida onde tudo isso que vc relatou é falado a anos, o problema é, como diz Ciro Gomes (e parece que é o único a ter coragem pra dizer isso) o Brasil não tem imprensa, e o que tem serventia para o povo é totalmente suprimido pelo PIG.
    Como, mais uma vez, diz Ciro Gomes, somem com o carteiro pro povo não ler a carta…
    Sim, FHC fez tudo isso, E ONDE ESTAVA O PT????????? O que esse partido, amiguinho dos bancos, fez entre 2003 e 2016 pra evitar isso?? Commodities caíram, a casa caiu…
    O que o PT fez é imperdoável, foram sujos, não imaginavam que minério, petróleo, milho, aço, soja, etc iriam despencar de preço e se deram muito mal, e o povo mais ainda.
    Deram guarida para os maiores bandidos da politicalha nacional: Geddel, Collor, Sarney, Maluf, Calheiros, Cunha, Eunício, Temer, PMDB… E se mancomunaram com alguns desses novamente após o impeachment, totalmente insano!!! Não tem perdão!!!
    O governo mambembe escabroso de péssimo da Dilma, ter nomeado o Levy foi demais…. Levy Bradesco!!!!!
    Que o PT coloque mesmo o Lula na linha de frente, assim decreta de vez a morte do partido.

      Wellington

      11/11/2019 - 15h42

      Boa !!

Rubens

11/11/2019 - 09h45

Apoidor do golpe na bolívia, Bolsonaro se torna fator de instabilidade política na américa do sul

Rogerio de Almeida Abreu

11/11/2019 - 09h36

Que saudade do Óleo do Diabo…..mais uma tentativa de diminuir o tamanho e importância de Lula.

    Redação

    11/11/2019 - 10h14

    Pô, rs. Foi buscar no baú o velho Óleo do Diabo, hein? Discordo, porém, da sua interpretação. Estou apenas tentando, como sempre, botar o pé no chão e ser realista. Depois que tudo que sofremos desde 2014, não acho honesto criar ilusões e falsos deuses.

    J Fernando

    11/11/2019 - 16h05

    Também sou da época do Óleo do Diabo.
    No entanto, esta análise do Miguel foi mais isenta. E concordo que, no momento, Lula não seja o nome ideal para a candidatura a presidente. Tem que lembrar que Lula está livre apenas há 3 dias e ainda há muitas dúvidas sobre o que realmente fará.

Diego Araújo da Rosa

10/11/2019 - 20h32

Aproveitando o espaço e a temática, deixo aqui uma crônica escrita por mim sobre a importância de Lula para um projeto de país socialmente mais justo.

Lula: o pai da revolução social brasileira

Não vivi muito, tenho apenas 33 anos, entretanto, neste curto espaço de tempo, tive o privilégio de ter sido testemunha ocular de uma revolução social em vários sentidos. Após concluir o precário ensino médio da rede pública de ensino – faltava professor de biologia, de inglês, de sociologia… professor de matemática dava aulas de química, de física… –, isso por volta do ano de 2004, eu deveria, seguindo o “rito natural” das sociedades do século XXI, ingressar no ensino superior que me prepararia para o mercado de trabalho e, por consequência, para o futuro pleno, como provedor e patriarca de uma família. Balela! Por volta do ano de 2004 só filhinho de papai cursava faculdade! Ou se pagava um valor muito alto pelo ensino superior privado ou se pagava um cursinho pré-vestibular para ingressar no ensino superior público, cujas universidades se encontravam nas capitais. Gente do interior, de família modesta, não estudava, não fazia faculdade… De um modo geral, foi assim por 500 anos… Até um retirante da seca, semianalfabeto, operário metalúrgico, sindicalista, pobre, nordestino, baixinho, subir a rampa do Alvorada, meter o dedo na cara da elite, com estilo, sem dizer um impropério sequer, e sentenciar:
– O conhecimento agora é de todos!
E, desse dia em diante, negro, ateu, favelado, feio, deficiente físico, conservador, hippie, enfim, todo mundo que tivesse o mínimo de força de vontade passou a ter acesso ao ensino superior.
Também fui testemunha ocular de outra revolução social – a da moradia própria. Na cidade onde resido – Jaraguá do Sul/SC – há esse tipo de empreendimento em todos os bairros. Blocos e mais blocos de apartamentos populares financiados por uma taxa de juros que gira em torno de 5% ao ano. Quando, na História do Brasil, o assalariado teve amplo acesso, do Oiapoque ao Chuí, a uma prestação habitacional equivalente ao valor mensal de um aluguel? Ou, por outro ângulo, se não fosse por esse juro reduzido quantas milhares de unidades habitacionais teriam deixado de existir e, consequentemente, quantos bilhões a construção civil teria deixado de lucrar e quantas milhões de vagas de emprego não teriam sido geradas?
E o que dizer do combate à pobreza e à extrema pobreza, do qual Lula também é agente revolucionário? O tão atacado Bolsa Família, cuja massificação se deu durante a sua presidência, possui o objetivo único de dar de comer e de proporcionar condições mínimas de dignidade ao amplo e assustador número de vítimas de um dos países mais desiguais do planeta. Qual o mal disso?
Fui testemunha ocular dessa ampla revolução social promovida pelo único presidente brasileiro verdadeiramente oriundo da classe trabalhadora em mais de 500 anos de História do Brasil.
Também fui testemunha ocular de seu julgamento e de sua prisão. Vivi para ver um juiz de primeira instância e um membro do MP agirem em conluio, via mensagens de aplicativo, sepultando a ética e a moral que prezavam, por motivações políticas e pessoais, para colocarem Lula na cadeia; vivi para ver um desembargador de segunda instância passar o processo de seu interesse político e pessoal na frente de outros 257 para ser julgado o mais rapidamente possível; vivi para ver a Rede Globo e seus braços, artífices assumidos de tantas tramoias politicas-eleitorais-partidárias, instigarem com manchetes sensacionalistas a parcialidade covarde das manobras jurídicas supracitadas.
Soma-se a isso o fato de Lula ter sido o primeiro e o único presidente brasileiro eleito por voto popular a ir pra cadeia. Seria o retirante da seca, semianalfabeto, operário metalúrgico, sindicalista, pobre, nordestino, baixinho o único presidente supostamente corrupto de nossa história tortuosa ou o último país da América Latina a abolir a escravidão foi mais uma vez preconceituoso e elitista em seu julgamento?
Lula foi condenado à prisão por um tríplex onde sequer residiu, avaliado em no máximo 2 milhões, e correm outros processos, um deles de um sítio avaliado em no máximo 1 milhão de reais. Se o ex-presidente por suposição obteve indevidamente uma vantagem de 3 milhões de reais e em troca promoveu uma revolução social sem precedentes nos anais de nossa história, deveríamos estar profundamente agradecidos ou chateados? Não vou responder. O fato é que Lula ficou quase dois anos no cárcere, pagou pelo que se supõe que ele fez. Foi grande até nisso! Poderia ter pedido asilo político, se suicidado, enlouquecido ou qualquer outra coisa do tipo, mas não, foi homem, foi líder, teve hombridade, cumpriu a pena, nos termos da lei, e foi solto, nos termos da lei. Entrou e saiu pela porta da frente, feito um verdadeiro nobre, mesmo tendo sangue de plebe.
Há uma expressão circulando por aí que diz: “Lula é mais ideia do que pessoa”. Vejo seu rosto em estampas de camisetas, suas fotos dos tempos de sindicalista circulado em redes sociais, a lucidez e o tom revolucionário de seus discursos, seu corpo sendo carregado pelas massas… filmes, documentários, livros… sinto dentro de mim uma esperança, quando vejo um homem de 74 anos subir num palanque um dia após sair da cadeia para discursar em prol dos trabalhadores e de um país socialmente mais justo, sinto que podemos resistir, que é possível resistir à boca do leão, à blitzkrieg nazista, à estupidez da Guerra do Vietnã, ao chicote do senhor de engenho, à fome da África Subsaariana, à Santa Inquisição, à vergonhosa desigualdade social brasileira, aos impropérios do clã Bolsonaro… A força de Lula, sua luta, sua garra, sua obstinação, me fazem ter outra vez orgulho de ser um brasileiro da base da pirâmide, que, num poema de Ferreira Gullar “(…) cruza a Avenida sob a pressão do Imperialismo. A sombra do latifúndio mancha a paisagem, turva as águas do mar… Mas somos muitos milhões de homens comuns e podemos formar uma muralha com nossos corpos de sonhos e margaridas”.

(A esquerda, organizando-se em torno de Lula, conseguirá retomar seu projeto de revolução social a partir de 2023 ou seremos reféns do neoliberalismo por mais 4 anos?)

    ADAUTO

    12/11/2019 - 12h31

    Excelente mesmo,parabéns.

Marcos Videira

10/11/2019 - 20h28

Os analistas alinhados com o PT estão eufóricos. Tem até aquele que afirmou que não existe o eleitor “nem-nem” (Nem Bolsonaro, Nem Lula). Esses analistas alinhados permitem que o desejo se sobreponha à realidade e propagam ilusões. Em 2018 desprezavam o “anti-petismo” e agora desprezam a importância do eleitor “nem-nem”.
Apesar de pedir 20 dias de prazo para seu discurso à Nação, Lula já deu pistas do que pretende: (1) polarizar com Bolsonaro; (2) levar Haddad pelas mãos e apresentá-lo como seu candidato.
Eu penso que 2022 NÃO será um repeteco de 2018. Mas há quem aposte nisso…

Rodolpho

10/11/2019 - 19h45

Muito bom o texto Miguel, posso discordar das suas opiniões às vezes, mas considero você o jornalista com a visão mais sóbria do cenário político atual.

Neco

10/11/2019 - 18h13

Milicos dão golpe de estado na bolívia. Bozonaro já se manifestou?

    Andressa

    11/11/2019 - 11h23

    Os militares, ao contario da Venezuela nào se alinharam com o indio cocalero mas com o povo boliviano.

    Tanta è a sede de poder, que sem um pè na bunda essa gentalha do Foro de Sào Paulo nào sai do poder de jeito nenhum.

      Marcio miliciano

      11/11/2019 - 12h41

      tu ainda tá nessa de ”forudisumpaulu”, pilantra miliciana? vá te lascar bandida fake!

Evandro Garcia

10/11/2019 - 15h52

Lendo esses textos (alguém que não conheço o Brasil) fica até assustado com o tamanho da sede de poder da estrema esquerda.

O autor esqueceu voluntariamente uma coisa importante, a mais importante…as fontes de dinheiro roubado da Petrobrás, da Odebrecht e das próprinas bilionárias para o PT e Cia acabaram… dinheiro dos brasileiros na verdade.

Wellington

10/11/2019 - 15h43

Quarto mundo puro.

Justiceiro

10/11/2019 - 15h42

Miguel, Evo reconheceu que houve fraude nas eleições para presidente, na Bolívia e convocou novas eleições.

E o que fez o PT? Emitiu uma nota dizendo que estão querendo dar golpe no índio. O PT sempre do lado errado da história.

Eu só tenho que agradecer.

    Wellington

    10/11/2019 - 17h00

    Quando o contestado é de direita como no Chile é o povo que protesta por isso e por aquilo e quando é de esquerda como na Bolívia não é o povo mas é “gopi”, é culpa dos estados unidos, do japão e da puta que pariu… é ridículo.

      Rodrigo

      11/11/2019 - 12h52

      Engraçado que quando a direita perde, é fraude, é urna, é isso e aquilo…

    Demolidor

    11/11/2019 - 12h03

    Mentiroso com voz no cafezinho….onde que o Evo admitiu isso aí? Não foi aqui no blog…Milico cristão corrupto tomando o poder do povo Boliviano em nome da democracia….enquanto no Chile o povo privado de tudo pela privatização querendo sua parte……aposto que o “justiceiro” odeia o trânsito em dias de manifestações mas ama o Pedrinho Matador…

    Marcio miliciano

    11/11/2019 - 12h43

    oh mentiroso, manda aeh pra nós onde foi que o Evo reconheceu a fraude! pilantra miliciano mentiroso!


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