Dinheiro que a Lava Jato tirou da Petrobrás salvaria Anima Mundi

Wilson Center

Na última sexta, o jornal da Folha noticiou que o MEC recebe e não usa mais de R$ 1 bi recuperado na Lava Jato.

[A Folha se equivoca de chamar de “dinheiro recuperado pela Lava-Jato”. Esse tema é controverso demais para ser chamado assim. Esse dinheiro iria para a Lava-Jato, mas foi barrado pelo STF e, recenmente, Moraes voltou a cobrar investigação do Fundo. Fiz um Fio sobre isso no twitter há um tempo.]

Para pagar essa grana ao MP, a Petrobrás teve que abrir mão de muitos investimentos importantes para o país. Imagina o quando esse dinheiro poderia gerar de emprego com esses investimentos em gasodutos, plataformas e refinarias?

Por exemplo, somente o imbroglio judicial fez a Petrobrás perder, por desvalorização cambial, mais de 20 milhões de reais.

Pode parecer pouco mas esse dinheiro pagaria DEZ festivais do porte do Anima Mundi, ameaçado de não acontecer por falta de verbas, depois que a Petrobrás cortou as verbas do evento.

A Revista Fórum fez uma matéria sobre o assunto:

“Desde a sua criação, em 1993, esta é a primeira vez que não há um plano concreto para a realização da mostra, que já revelou nomes importantes animação nacional, como Carlos Saldanha (“Rio” e “A Era do Gelo”) e Alê Abreu (“O Menino e o Mundo”).” Revista Fórum: Governo Bolsonaro coloca em risco o Anima Mundi, maior festival latino-americano de animação.

Ou seja, com 10% da desvalorização do Fundo Lava Jato (a raspa da raspa do tacho) poderia ajudar o Brasil a manter sua competitividade em um mercado que tem tudo para crescer e encanta pessoas no mundo todo.

Tadeu Porto: Petroleiro e Secretário adjunto de Comunicação da CUT Brasil
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