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O PDT é de direita?

A virulência com que alguns militantes e eleitores de esquerda estão tentando empurrar – mais uma vez – o PDT para a direita no espectro político me fez refletir. E se o PDT for mesmo um partido de direita? E se o Ciro Gomes for um expoente do conservadorismo nacional? Se assim for, minha capacidade […]

57 comentários
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Iotti

A virulência com que alguns militantes e eleitores de esquerda estão tentando empurrar – mais uma vez – o PDT para a direita no espectro político me fez refletir.

E se o PDT for mesmo um partido de direita? E se o Ciro Gomes for um expoente do conservadorismo nacional? Se assim for, minha capacidade de análise está realmente prejudicada e peço que as leitoras desconsiderem minhas colunas aqui no Cafezinho dos últimos 4 anos e pouco – ou seja, todas.

Talvez o critério para definir se alguém é de esquerda é o purismo. Quem se alia com a direita não é de esquerda. Parece um bom critério – ao menos é simples e prático.

Sob esse critério, é forçoso reconhecer que o PDT não é um partido de esquerda, pois faz alianças com a direita. Contudo, o PT também faz alianças com a direita. E o PT é considerado um partido de esquerda por muitos dos que vociferam contra Ciro e o PDT.

O PSOL, este sim seria um partido de esquerda. Puro e imaculado. Mas o PSOL está bastante próximo do PT. Muitos militantes do PSOL consideram que o PT está à esquerda do PDT. E o PT faz aliança com a direita. Governou o país com a direita. Por esse critério, portanto, é um partido de direita. E, nesse caso, o PSOL também é de direita, porque faz aliança com partido de direita.

Ficou confuso. Melhor tentar outro critério.

Política econômica, quem sabe? É o que define, afinal, para onde vão os recursos do país, para os grandes ou para os pequenos, para os especuladores ou para os trabalhadores.

O PSOL é de esquerda, sem dúvidas. Vamos comparar o PT com o PDT, então.

Lula, o líder máximo do PT, adotou políticas econômicas neoliberais em boa parte do seu governo. Ciro Gomes, líder máximo do PDT, se engalfinha com liberais em debates religiosamente, há mais de 20 anos.

Lula se orgulha, em seus discursos, de que os bancos nunca ganharam tanto dinheiro nesse país quanto nos seus governos. Henrique Meirelles, um banqueiro conservador, foi presidente do Banco Central nos oito anos do seu governo. Dilma Rousseff nomeou um cara do Bradesco para o Ministério da Fazenda após se reeleger em 2014. Ciro Gomes bate na especulação financeira religiosamente, há mais de 20 anos.

Dilma vetou a auditoria da dívida pública no auge das movimentações pelo impeachment, em seu segundo mandato. A auditoria havia sido milagrosamente aprovada pelo Congresso Nacional. Ciro bate no gasto de metade do orçamento nacional com a dívida pública religiosamente, há mais de 20 anos.

Curioso. Esse critério é importante, mas ainda assim o PT parece figurar à esquerda no imaginário de uma parcela dos militantes e eleitores.

Talvez seja a estética, então. O PT usa mais a cor vermelha que o PDT…

Ou, quem sabe, o comportamento do partido imediatamente após o 1º turno das eleições seja o critério supremo para a averiguação ideológica.

Não subiu no palanque do PT no 2º turno? Direita. “Mas transferiu os votos e…” Não interessa. Direita. Demorou mais de doze horas para definir o apoio a apoio a uma candidatura do campo progressista? Direita. “Mas e a reciprocidade no apoio em outras cidades e…” Não interessa. Direita.

Sei lá, viu. Acho que o cara do Bradesco na Fazenda pesa mais…

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Pedro Breier

Pedro Breier nasceu no Rio Grande do Sul e hoje vive em São Paulo. É formado em direito e escreve sobre política n'O Cafezinho desde 2016.

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Comentários

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ROGER SAUANDAJ ELIAS

29/11/2020 - 23h20

O momento político de PT e PDT são muito distintos: o PT acaba de saborear mais uma derrota eleitoral, muito às custas de sua teimosia em não fazer as pazes com a sua própria história, não adimitir os erros e não se reconectar com a população. O PDT está travando uma luta em todas as frentes, interna e externamente, para resgatar o legado trabalhista e constituir-se como força de esquerda cada vez mais viável para 2022. Hoje, o PDT está empenhado em construir uma via à esquerda, enquanto o PT ainda não desatou os nós do seu passado recente.

Tiago Silva

18/11/2020 - 11h30

Narrativa frágil desse texto, pois iria falar do PDT… Mas prefere o argumento tipo “e o Lula?” Ou “e o PT”.

Porém mesmo nessa perspectiva, ainda se mostra não científico. Prefere se agarrar a “posicionamentos” ou “palavras ao vento” (principalmente do Ciro Gomes que já falou de tudo em todas as direções inclusive que Brizola representaria o que tinha de mais atrasado no Brasil, mas parece que já mudou de entendimento, mas não duvido vir a falar algo do tipo novamente)… Ao invés de mensurações como por exemplo de votos realizados.

Assim, teria mais fundamento se o articulista pesquisasse todas as votações da bancada do PDT na Câmara, Senado e Assembléias/Câmaras em relação a outro partido (poderia até manter essa fixação no PT)… E teria uma surpresa ruim (acho).

De outra forma, existem outros mecanismos para mensurar como o “GPS Ideológico da Folha de SP”. Nesse estudo se poderia verificar sobre o perfil de eleitores do PDT atualmente em relação ao PT e poderá verificar que os eleitores do PT parecem estar mais à esquerda, apesar de aceitarem mais pragmatismos (até pq teve mais experiências atuais no executivo federal do que o PDT).

Ahhhh e além de o título da matéria estar anacrônico com o conteúdo do texto da matéria, falta também uma contextualização histórica mesmo se se quiser pautar por “palavras ao vento” (que não adianta o Ciro falar algo, mas o irmão ou o futuro ministro da economia dele votarem contrariamente).

Quanta falta faz Brizola no PDT, assim como faz falta na formação do articulista que demonstra superficialidade sobre o Trabalhismo e sobre os maiores expoentes do Trabalhismo do Brasil.

Não a toa o texto recebeu tantas críticas.

    Ricardo JC

    19/11/2020 - 08h23

    Excelente a sua análise. É isso mesmo. Contabilizar a posição real das bancadas do partido (e também do PSB), expressa na hora do seu voto é a melhor maneira de verificar onde se encontra o mesmo no espectro poítico-ideológico. Faz menção também a esta fixação do Migiel no PT, que parece, desde já, ter sido escolhido como o adversário preferencial do “partido-que-não-é-de-direita”.

Marco Vitis

18/11/2020 - 10h28

Com o meu voto, o PT governou o Brasil por 14 anos. Teve ações políticas excelentes. Mas também teve graves omissões e inaceitáveis tolerâncias com a corrupção (alguns dirão que é a realpolitik).
Desde 2018 Ciro Gomes é o único candidato que tem um programa político com estratégias e objetivo de 30 anos. Todas as suas idéias e propostas estão registradas no seu recente livro.
O PT ainda é vítima de uma enorme rejeição: a prova factual é que hoje o PT tem 30% das prefeituras que tinha em 2012. O mesmo acontece na Câmara Federal e no Senado.
Então, pergunto: por que a esquerda não quer ver Ciro eleito ? Qual proposta dele, escrita no livro, é inaceitável para a esquerda ?
Aliás, sugiro ao Pedro um artigo em que ele liste as propostas de Ciro, descritas no livro, e peça à chamada “esquerda” para apoiar ou repudiar, objetivamente, cada proposta.

    Francisco*

    18/11/2020 - 17h01

    Sugiro que, assista algumas entrevistas, longas e amplas, do tempo em que Ciro militava no PDS e PMDB, trace linha do tempo com eventos mais significativos na movimentação política e partidária do mesmo, até hoje, e processe tudo no quarto escuro da cabeça, até Ciro ser revelado.

    O problema não são as propostas no discurso de Ciro, pois sempre repaginadas fazem do discurso, na linha do tempo, continuadamente o mesmo, o que também não vem a ser o problema, pelo contrário.

    O problema é Ciro, pela simples razão que até o maior inimigo de Ciro, tem que ser Ciro e, para sua antagônica infelicidade, acaba sendo, conforme nos revela a linha do tempo.

    É isso, enquanto Lula é ‘ideia despojada’, Ciro é ‘DR presunçosa’, conforme revelam-se ao correr do tempo.

    Ricardo JC

    19/11/2020 - 08h25

    Eu repudio, veementemente, a proposta prevodenciária defendida por Ciro Gomes que prevê um sistema de capitalização.

      Redação

      20/11/2020 - 13h51

      Se for uma capitalizaçào protegida por fundo publico, e mantendo o outro tipo, eu acho que é a maneira mais moderna.

    Ricardo JC

    19/11/2020 - 13h51

    Vou tentar mais uma vez, pois parece que não se pode criticar Ciro Gomes aqui neste espaço. Eu repito, repudio, veementemente a proposta de previdência do Ciro Gomes, em que ele propõe um sistema de capitalização.

Lincoln Collins Bortolin

18/11/2020 - 10h08

Ir a Paris
Dá pra qualificar ?

Luciano Baía Meneghite

18/11/2020 - 09h35

Cada um faz suas interpretações realçando ou omitindo dados conforme as conveniências. lembrar fatos históricos é sempre bom. O PDT com Brizola, Darcy Ribeiro, Abdias Nascimento foi pioneiro na defesa do negro, do índio, dos sem terra. Em 1989, Brizola era favorito à presidência, mas ultrapassado eleitoralmente por Lula por menos de 1°% , mesmo assim apoiou o “Sapo Barbudo” contra collor, transferindo praticamente 100% dos votos brizolistas ao PT. Em 1990 Brizola candidata-se novamente ao governo do Rio de Janeiro e o que fez o PT? O apoiou? não, lançou candidato contra Brizola que ganhou no primeiro turno. Mais recentemente, em nome da aliança com o PMDB de Sarney, Lula não apoiou o respeitável esquerdista Jackson Lago do PDT que derrotou a família Sarney no Maranhão e depois foi derrubado no tapetão. Claro que Ciro gomes não é Brizola, Claro que nos últimos tempos o PDT sofreu uma invasão de oportunistas e uma debandada de autênticos esquerdistas como Vivaldo Barbosa, Fernando Brito(do Tijolaço) , Leonel Brizola Neto e seu irmão Brizola Neto, entre outros. As incoerências e erros dos partidos devem ser na medida do possível corrigidas e é preciso passar por cima de divergências menores em nome do Brasil.

Eduardo Ferreira Gaspari

18/11/2020 - 08h36

Parece-me um pouco complicado fazer esta classificação esquerda-direita com um ponto de vista purista, claro, tomando como métrica as ações de uma legenda quando se encontra no poder executivo. No poder executivo, a legenda tem de governar para todos e lidar com interesses de vários atores da sociedade, interesses que não necessariamente se encaixam em uma orientação politica perfeitamente a esquerda. Creio que uma maneira mais interessante para se entender qual a orientação de uma legenda, se direita ou esquerda, é observar como os parlamentares da legenda votam. Isto é bem curioso, os parlamentares de uma legenda, mesmo no centrão, têm uma certa disciplina na sua maneira de votar e de propor projetos de lei. No poder legislativo, ao contrário do executivo, a legenda pode se portar de maneira mais clara quanto a sua orientação política. Observando isto e verificando como os parlamentares votam, eu acredito que sim, o PT e o PSOL estão mais a esquerda do que o PDT e o PSB, sendo que, surpreendentemente, o PDT, nas suas posições no parlamento, em muitas situações se parece mais um partido de centro do que um partido com orientação política mais a esquerda.

Napole

18/11/2020 - 08h34

A luz das últimas eleições municipais ser de esquerda não parece ser um bom negócio.

As eleições demostraram claramente que se o prefeito não colocou dinheiro público no bolso, fez uma gestão na normalidade sem inventar coisas estranhas filhas de ideologias caprinas a reeleição é quase automática. Os brasileiros reprovaram claramente as gestões locáis de esquerda, principalmente as do PT.

Se a esquerda apostava nessas eleições locáis para se reorganizar não foi dessa vez pois nada fez para que isso acontecesse. A meu ver sem o dinheiro público sotraido pela facção petista para financiar todo o aparato a partir das bases locais, sindicatos, movimentos e até o congresso via mensalão e petrolão as chances da esquerda voltar ao poder no futuro breve são bem poucas, considerando também a falta de regeneração e renjuvenimento nos anos… são sempre as mesmas cara de bodes que ninguém suporta mais ver nem de longe.

A gente apostava na esquerda para tentar desenvolver a democracia brasileira com um mínimo de nível…mas como previsível o resultado está sendo uma choradeira patética no STF e nada mais. Ter ficado no poder exclusivamente na base de bilhões sitraidos aos cofres públicos não fez a esquerda desenvolver um minimo de aprendizado e maturidade democrática…medidas tomadas na base de ideologias idiotas e a certeza de que dinheiro fácil para ficar no poder não faltava e nada mais. Isso levou o Brasil a desgraça e os brasileiros entenderam isso muito bem.

A única saida é apagar tudo e começar de zero como fizeram vários partidos de esquerda ao redor do mundo (america latina a parte como sempre obviamente) no começo dos anos 2000 para se livrar das vestas trogloditas comunistoides que levam a desgraça e nada mais…caso contrário o futuro será de 20-25% de votos.

Considerando o nível baixíssimo e a ignorância transbordante das cabeças eventualmente envolvidas nesse processo isso tudo é claramente impossível.

Aureliano

18/11/2020 - 07h43

Fora de Pauta, mas nem tanto

PSDB quer usar câncer de Bruno Covas como facada em Bolsonaro e revolta mãe do tucano
Publicado por Jose Cassio – 17 de novembro de 2020


O candidato Bruno Covas ao lado do governador João Doria no bairro Jardim Paulistano: inimigos íntimos

Uma ala do PSDB aposta na doença do prefeito como uma situação que pode favorecê-lo na batalha contra Guilherme Boulos.

O partido aposta no sentimento de compaixão dos eleitores pela luta de Bruno há mais de um ano contra um câncer na cárdia, localizado na transição entre o estômago e o esôfago.

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/psdb-quer-usar-cancer-de-bruno-covas-como-facada-em-bolsonaro-e-revolta-mae-do-tucano/
____________
A “FACADA” QUE “OS “AMIGOS” DO PSDB PRETENDEM DAR EM COVAS

OBS: Ao chamar a atenção para o câncer de seu candidato, o que os partidários de Bruno Covas estão ressaltando é que SAMPA corre o risco concreto de ser novamente governada por um vice-prefeito que pouca gente sabe o nome, radicalmente contrário às ideias defendidas pelos iluministas do nosso século, fundamentalista religioso homofóbico, misógino, anticiência, uma espécie de Damares de calças, e que pensa como Justo Veríssimo (personagem criado por Chico Anysio) cuja a ideia era repetida nesta frase à exaustão: “eu quero é que o povo se exploda”.

Até a mãe do Covas detestou a ideia de usar o câncer do filho para conseguir votos, porque o que o PSDB está fazendo é agourando o filho dela.

Não adianta tentarem me comover:
eu não acredito em candidato que fala sem emoção. Covas é um aluno exemplar do Geraldo Alckmin e por isso merece o apelido de picolé de chuchu 2.0

Francisco

18/11/2020 - 02h12

Para saber se o atual ‘PDT’ costeia o alambrado à direita, não precisa muito, basta ir aos fatos que mais importam nos últimos 5 anos e conferir comportamentos e responsabilidades, levando junto outro partido dito ‘progressista-trabalhista’, o PSB, para melhor estabelecer a evolução e as consequências ‘do parecer e do não ser’.

2016 – Golpeachment em Dilma Rousseff, o PSB e o ‘PDT’ foram vitais para que o golpe fosse viabilizado no escabroso ‘Domingão com Deus, a Família e Brilhante Ustra’, ao ofertarem, o PSB 29 votos entre 32 deputados e o ‘PDT’ 6 votos entre 18 deputados , sem os quais não haveria o golpe e consequentemente o país atolado no brejo e desgovernado por Bolsonaro e companhia, até hoje.

2017 – Reforma Trabalhista, para conferir o comportamento e como votaram os partidos ‘trabalhistas’, PSB e ‘PDT’, e para o que, mesmo?

2019 – Reforma da Previdência, para conferir o comportamento e como votaram os partidos ‘trabalhistas’, PSB e ‘PDT’, e para o que, mesmo?

Eleição municipal de 2020:

O PSB passa de 8,3 milhões de votos recebidos na eleição de 2016, para 5,2 milhões.

O ‘PDT’ passa de 6,4 milhões de votos para 5,3 milhões.

O PSB perde 625 vereadores.

O ‘PDT’ perde 354 vereadores.

O PSB elege 1 prefeito em primeiro turno e disputa o segundo em 8 das grandes cidades.

O ‘PDT’ elege 1 prefeito em primeiro turno e disputa o segundo em 4 das grandes cidades.

Então?

JOHN JAHNES

18/11/2020 - 00h59

Esquerda é esquerda, ou é ou não é, não existe meio termo.
Fugir para Europa para deixar o carniceiro bolsonaro vencer o PT, é ser direita, extrema direita.
Dizer que sai do páreo para apoiar o bandido mineirinho contra a esquerdista Dilma, é direita.
Criticar o melhor presidente que o país já teve e de quem ele foi ministro, só com intuito de satisfazer seu ego doentio por poder, é direita, direita falida, doente, carniceira.
Se ele não sofresse a Síndrome de Húbris, seria um pouco mais humiltde e ainda teria uma grande chance em 2022, mas, sem os votos de eleitores petistas ele jamais será eleito presidente do Brasil.

    Ci

    18/11/2020 - 11h57

    Parem de falar que a culpa do bsonaro é ganhar é do Ciro! Que coisa mais infantil, mais besta e sem bom senso! Os votos do Ciro foram quase totalmente transferidos pro Haddad e Ciro manifestou SIM seu voto! Ele só não quis dividir palanque, até porque não faria diferença nenhuma.

      Lincoln Collins Bortolin

      18/11/2020 - 18h07

      Declaração de voto eu não vi até agora

Luiz

18/11/2020 - 00h45

Fundamental é não se deixar levar pela capacidade da Democracia Liberal de invocar supostas antíteses naturais. Por exemplo, o bolsonarismo é uma tese contra forças naturais. O “lulismo” só foi uma tese contra as forças naturais enquanto mal entendido, no mais constituiu a afirmação política do sindicalismo como antítese. Tratou-se do carisma enquanto uma expressão da classe social.

Eduardo dos anjos

17/11/2020 - 23h58

Saudações Breier, deixa eu meter a colher neste assunto. Acredito que a questão aqui não é se estes partidos são ou não (direita ou esquerda), mas sim se estão atuando neste ou naquele lado. Eu acredito que o PT sempre atuou na esquerda e isto fica claro (acho que não só para mim) nas lutas travadas no parlamento, ele não briga para aprovar pautas da direita naquele ambiente. Acredito que neste quesito o PDT também faça o mesmo, mas com uma intensidade menor. E aqui outro ponto importante é a composição dos partidos. O PT é muito mais vinculado aos trabalhadores, pobres e minorias (sindicatos, movimento estudantil, movimento negro, lgbti, feminista,etc,) do que o PDT, que é mais elitista em sua composição, isto faz diferença e tende a puxar o PDT para a direita. Em São Paulo este partido nunca teve um viés claramente de esquerda e a meu ver, por esta digamos, fraqueza, sempre procurou crescer pela direita. Imagino que em outras partes do país aconteça o mesmo. Na questão do executivo, você precisa de apoio no parlamento, senão você não governa. O PT sabe o que passou com a Erundina quando não tinha uma maioria na Câmara municipal, sofreu bastante, inclusive com a esquerda do partido que não lhe deu sossego (parece que foi por isso que ela cansou do PT). Em Fortaleza então foi um massacre com a Luiza Fontenelle que se elegeu sem nenhum vereador do partido. O PT aprendeu de um jeito doloroso que é preciso fazer alianças no parlamento e se lá dentro, os membros eleitos pelo povo são de direita, negocia-se com a direita. Aliás na sua análise você não tocou neste ponto. Com quem o Ciro governou? Com quem ele quer governar? Com quem o PDT têm governado? Eu acredito que o PDT não convence na esquerda, por isto caminha para a direita. Talvez um dia mude o nome e o símbolo, porque tem muita gente neste partido que não é de esquerda. E quem entra hoje na política e é de esquerda não vai nem considerar a entrada neste partido, convenhamos (PT,PSOL E PC do B ) seriam as escolhas mais prováveis, os mais puristas iriam para o PCO e PSTU, mas nestes sabemos que não chegarão ao poder, concorda? Então, quem é esquerda e quem é direita?

Cainã Simões

17/11/2020 - 22h45

Acho que Meirelles no BC, e os ministros da Dilma, pesam mais…

Acho que a opinião do Mino Carta, no ‘Mino responde”, no canal do youtube, da Carta capital, também pesa. Como ele disse: “o PT nunca foi um partido de esquerda”.

Mas agora é a chance de unir correntes, diminuir rivalidades, construir as vitórias de segundo turno.

Continuemos

Alexandre Neres

17/11/2020 - 22h11

Tem certas questões que são muito primárias. Por exemplo, independentemente do que eu pense ou ache, vivemos em um mundo sob a normatividade neoliberal. Isso não aconteceu por acaso, o mundo inteiro está organizado assim. “Sou um empreendedor de mim mesmo, se não dei certo, eu sou o culpado pelo meu fracasso”. A contragosto, temos de admitir que de certa forma falhamos e que, em um determinado momento histórico, Hayek e Friedman deram respostas a diversas questões e conseguiram estruturar o mundo dessa forma, quando o Estado Social estava em crise. Isso tem lá o seu mérito, embora eu lute contra o neoliberalismo.

Sob o segundo governo Vargas, vivíamos sob o paradigma do estado de bem-estar social (ainda que o daqui fosse bem incipiente), o que possibilitou que diversos direitos trabalhistas fossem universalizados e fossem criadas empresas brasileiras de suma importância para o país. No governo Lula, a despeito da normatividade neoliberal em nível mundial, houve redução da miséria e da desigualdade, isto é, remando contra a maré global foi um período de inclusão social.

Outro dia, vi uma live com o Professor Castanon e fiquei decepcionado. Ele disse que Ciro Gomes tinha um projeto e que iria romper com o neoliberalismo. Simples assim. Como se fosse fácil, a partir de um país periférico romper com algo que dá as cartas globalmente. Disse mais, que contava com o apoio de forças de “centro” que fossem avalizar o projeto de Ciro Gomes. Ora ora, ocorre que um dos citados para se unir em torno do ‘pojeto’ é Rodrigo Maia, que é nada mais nada menos o ungido do deus-mercado, o representante-mor dos Faria Limers, é quem toca adiante as reformas neoliberais em pleno desgoverno Bolsonero. Sinceramente, se é apenas uma forma de cooptar as pessoas eleitoralmente, fanfarroneando, inda vá lá.

    Tiago Silva

    17/11/2020 - 22h38

    Excelente comentário, Alexandre Neres!!! Muito mais profundo e principalmente muito mais contextualizado do que o feito pelo novato/descuidado articulista Pedro Breier!!!

    Aliás, o Brizola e o Darcy estariam lá de cima falando: “Pedro Breier (e a maioria dos artigos deste blog que insuflaram o anti-petismo e hoje colhe o encolhimento da esquerda junto), deixe de ser a ‘esquerda’ que a direita gosta”!!!

    É fácil ver onde uma determinada linha de comunicação leva apenas observando sobre os comentadores da notícia. Aqui nesse blog que se diz trabalhista pode reparar que cada vez mais se tem comentadores anti-Esquerda (e não é a toa).

    Inclusive há muito mais engajamento aqui quando se fala (principalmente quando falam mal) do PT em relação quando se fala da PDT, problemas brasileiros ou mesmo de Ciro (já que aqui virou Cirista ao invés de trabalhista… E até me fez ter surpresa colocar Brizola mesmo que em uma charge e não citado no texto). E pra falar mal do NeoFascista do Moro ou do PSDB, ou do DEM ou Bozo de qualquer outro partido da Direita que manda nesse Parlamentarismo de Fato principalmente desde 2015 é um sacrifício.

    Parabéns por esse blog colecionar tantos comentadores que cada vez odeiam mais tudo o que for de esquerda (e isso não é por acaso).

Jaguaré

17/11/2020 - 21h10

“Política econômica, quem sabe? É o que define, afinal, para onde vão os recursos do país, para os grandes ou para os pequenos, para os especuladores ou para os trabalhadores.”

Por isso q eu sou é LIBERAL. O dinheiro fica na mão de seu respectivo dono, o indivíduo, e não é expropriado via impostos, taxas, contribuições (não voluntárias….) e etc, para ir de um lado ao outro via Estado (entenda-se via políticos, em geral corruptos) e evaporar na corrupção.

    John Jahnes

    18/11/2020 - 00h39

    Sua barriga deve ser enorme, né? Pois tudo que você enxerga muito bem, é ela.

      Jaguaré

      19/11/2020 - 19h59

      75kg em 1,80m. Tá bom pra vc??

    Francisco*

    18/11/2020 - 01h28

    Tem dia que é de noite… e como cansa.

Alessandro

17/11/2020 - 20h33

Eu não sei honestamente se PDT e PT são de esquerda ou direita. O que eu sei é o que eles estão, lamentavelmente, se tornando: irrelevantes.

Sergio Oliveira

17/11/2020 - 19h59

O PSOL fez algumas, poucas é claro, coligações em que PSDB, MDB, DEM, PSC, PL PP, PRTB, PSD foram partícipes.

Sergio Oliveira

17/11/2020 - 19h57

Em 2020 o PT participou de coligações em que:
PDT fazia parte em 555 municípios;
PSL fazia parte em 145 municípios;
DEM fazia parte em 302 municípios;
PSDB fazia parte em 313 municípios;
MDB fazia parte em 605 municípios;
PL fazia parte em 400 municípios;
PSB fazia parte em 518 municípios;
PP fazia parte em 556 municípios;
PSD fazia parte em 582 municípios;
Republicanos fazia parte em 312 municípios;
PTB fazia parte em 320 municípios.

    JOHN JAHNES

    18/11/2020 - 00h45

    Quem não fizer coligação com partido carniceiro, não consegue governar, mas com LULA foi diferente, mesmo coligando com alguns destes, fez do BRASIL o melhor paÍs do mundo por 13 aNOS.

Gabriel Leite

17/11/2020 - 19h55

O texto, como resposta as criticas ao PDT, tem o mesmo nível de consistência de um Bozolóide que quando questionado dos desmandos do governo fascista responde: E o Lula hein? e o PT?

Político sem mandato só fala, não vota.

Nenhum argumento a favor do PDT, gol contra, encheu os Bozo e os Anti de argumento

Abraço

Valeriana

17/11/2020 - 19h44

Os brasileiros vivem sem esgotos e os PDT votou contra o marco do saneamento basico…é de esquerda ?

Efrem Ventura

17/11/2020 - 19h41

Bolsonaro deu auxilio emergencial e quer extender o Bolsa Familia…é de direita ?

    Paulo Cesar Cabelo

    18/11/2020 - 02h06

    Não , é só um criminoso comun tentando salvar a família da cadeia.

    Jerson

    18/11/2020 - 07h18

    Essas perguntam fazem esse pessoal entrar em cortocircuito mental.

Gabriel Leite

17/11/2020 - 19h40

Caro Pedro,

Gostaria de propor uma análise saudável. Faço o mesmo do outro lado, pois sou um amante da esquerda e torço para que as diferenças não se transformem em discursos pobres que enfraqueçam todo o campo. Se o artigo foi pra falar que o PT tem grandes flertes com a direita e não representa uma legítima esquerda em seu todo, está perfeito! Mas nesse caso o artigo deveria se chamar ” O PT é de direita?” os questionamentos seriam bem relevantes e verdadeiros, apesar de batidos e amplamente debatidos. Mas nesse caso, esperava um artigo que mostrasse com dados e posicionamentos, o quanto o PDT é mesmo um representante da esquerda. Não tem uma linha falando do que o PDT representa atualmente na política nacional e vejo que muita gente aquí nos comentários, utilizando não discursos e sim votações, já deu argumentos que realmente levantam a questão do título. Estou falando do PDT, o partido, com enormes bancadas, governos e prefeituras, aquele que, além da citação no título, parece ter sido esquecido aqui. O Ciro não é o PDT e o que ele fala, especialmente no que diz respeito a visões políticas, sem mandato, pode ser importante numa eleição, mas não influencia em nada na política do dia a dia, na boiada que está passando (se é que não a ajuda a passar) vide o “grande democrata” linguarudo do FHC. Discurso de político sem mandato, ou em campanha, não significa nada na prática. Que tal um artigo sobre o PDT, partido, e o que ele representa na política nacional, como sugeriu o título? Seu esforço, me parece, somente serviu para dizer que o PDT é a mesma porcaria que o PT e que um defensor do partido (ou seria somente do discurso do Ciro, pois ainda não existiu na prática o que ele diz) não tem sequer um argumento a dar em favor da legenda… Só faltou pedir a autocrítica ao PT lembrando os isentões globais que votaram no Bozo quando cobrado dos desmandos do governo facista. Na visão de um crítico, ou se perdeu uma oportunidade de defender o PDT, ou faltou argumento. Que fique claro, sou um esquerdista inconformado com a estupidez de ambos os partidos que insistem numa disputa destrutiva ao invés de construtiva. Com todo respeito, seu artigo pode ser resumido na resposta de um bozolóide ” E o PT, hein? e o Lula? ” assim como vários do outro lado parecem com um ” E o Ciro hein? e Paris? “. Na minha humilde opinião, que pode muito bem mudar, hoje vocês jogaram contra vocês mesmos, encheram os anti de argumento.

Obs: Hoje ao entrar no cafezinho pela primeira vez no dia, já sabendo do apoio do PT (Legenda, maquina, estrutura, etc) ao PDT em Fortaleza e da ainda neutralidade do PDT no RS (que nem é PT), eis que me deparo com uma enorme manchete falando do “silêncio de Luzziane” (o que já bate de frente com alguns dos argumentos usados no texto acima, por exemplo quando critica a exigência por apoio imediato como prova de ser de esquerda) e outra falando do apoio da juventude do PDT a candidatura de Manuela. Dois pesos, duas medidas, um jogo de manchetes muito pobre… Vocês estão escrevendo pra Minions ou querendo informar, formar opiniões, atrair engajamento e criar credibilidade? Pois venho aquí para isto. Cuidado para não se transformarem naquilo que tanto criticam. Nem o Antagonista foi tão fraco e incoerente hoje.
Na esperança de continuar tendo no Cafezinho um importante fonte de informação de esquerda vacinada contra o Lulopetismo (ou seria PTucanismo?) e com respeito, um grande abraço esquerdista, progressista e de construção.

    Pedro Breier

    18/11/2020 - 01h19

    Cara, discordo que o discurso do Ciro sejam só palavras ao vento. Além dele repeti-lo há mais de duas décadas, o que confere força e credibilidade – seria uma reviravolta inesperada ele chegar ao poder e nem ao menos tentar implementar o que propõe, é evidente que seu projeto casou com uma linha mais histórica do PDT e vem engajando uma militância e candidaturas bastante ideológicas. A ideia do texto foi mais questionar esse consenso estranho de que o PDT tá a direita do PT; eu quis demonstrar que não é bem assim. Quanto à manchete da Luiziane, não fui eu quem fiz, então nem teria como haver coerência mesmo. E me pareceu mais uma provocação saudável à reação estapafúrdia e virulenta de parte da militância contra o PDT após a divulgação dos resultados.

    Valeu pelo comentário, abraço.

Luan

17/11/2020 - 19h33

Quem sobe uma escavadeira para “tentar resolver problemas com o dialogo” é de esquerda ?

Um partido que nao toma providencia diante uma barbarie dessa é de esquerda ?

    Paulo Cesar Cabelo

    18/11/2020 - 02h11

    Realmente escavadeira não resolve , tinha que meter bala naqueles PMs terroristas

José de Souza

17/11/2020 - 18h09

O articulista apresentou vários fatos verdadeiros. Mas, na falta de um esquerdômetro, resta apenas o debate conceitual. Quando se trata de partidos políticos, nem sempre a adesão a um programa partidário basta para situar alguém na esquerda. Numa democracia liberal, a realpolitik torna a difícil a vida de quem quer chamar alguém de esquerda ou direita. E a tradição brasileira de adesão fisiológica aos partidos credenciados ao poder só aumenta as dificuldades.
Programaticamente, PT, PSOL, PDT, PSB, PCdoB e mais algumas legendas menores poderiam ser chamadas de esquerda. Mas nem sempre isso se aplica a todos os seus quadros, cuja adesão é mais eleitoreira do que programática.
O PDT está na berlinda agora porque, como tática do projeto de poder do Ciro, bancou duas candidaturas nas duas maiores cidades do país que, seja qualquer o critério que se use, não se pode chamar de esquerda (esqueçamos por um momento o argumento, “mas e o PT?”).
A derrota eleitoral é um ótimo momento para partidos que se pretendem de esquerda fazerem uma depuração interna. O PSB em parte o tinha feito. O PT, idem , se bem que nesse caso foi mais uma debandada,como quem foge de sarna. O PDT precisaria fazer mesmo depois do infeliz “chame a delegada” (o PT idem em Goiás) . Mas é pouco provável que isso aconteça quando faltam apenas dois anos para a eleição presidencial. Todos já se posicionaram. Agora é o pragmatismo das alianças que vai pesar.
Que os pedetistas de raiz aproveitem o momento e deem um chega pra lá nos adesistas. Será saudável para o partido.

NeoTupi

17/11/2020 - 17h55

Argumento tiro-no-pé para abastecer os bozominions e adversários do Ciro.

O PDT fez parte do governo Lula de 2003 até o impeachment e apoiou e defendeu as políticas econômicas com Meirelles e tudo, inclusive dandos os votos de sua bancada no Congresso. Ciro foi ministro e depois nomeou o ministro dos portos. Teve cargos em órgãos estatais do Nordeste, Cid foi governador aliado durante os 8 anos de seu mandato.

No governo Lula (e Dilma) desde a menor birosca até bancos tiveram mais lucros porque a classe média cresceu, passou a ter poder aquisitivo. Empregada e pedreiro passaram a ter cartão de crédito e conta em banco. Brasil chegou a ser a 6a. economia do mundo, graças ao mercado interno. Mas Lula e Dilma estatizaram fatias de mercado do sistema bancário, ao colocarem Caixa e BB para disputar clientes e ganhar fatia de mercado, ao oferecer mais crédito e juros mais baixos, e regulamentar portabilidade bancária.
O mercado financeiro foi um dos principais artífices do golpe em Dilma. Será que o articulista acredita que os banqueiros deram o golpe para diminuir seus lucros? Se que acredita que o golpe foi uma conversão dos banqueiros ao socialismo para fazer uma revolução distributiva de seus lucros? Santa paciência.

E o PDT infelizmente é rachado, não tem uma identidade clara de esquerda como tinha quando Brizola era vivo. Tem gente de esquerda no PDT, mas tem gente que veio outros partidos de direita, que vota com Guedes em muitas pautas no Congresso. E tem outros que ora vota com a esquerda, ora com direita. O próprio Cid votou a favor da privatização da água, coisa que toda a esquerda votou contra.

Quanto ao Ciro, nunca vi ele defender auditoria da dívida para dar o calote, como defende o PSOL. Se tiver defendido, por favor mostre o link.

Mario Luis Nobre

17/11/2020 - 17h54

Miguel, me perdoa, mas quem se faz de última virgem é o Ciro Gomes. Foi ele quem criticou as alianças do PT e logo depois fez coisa bem pior se aliando a pessoas como Agripino Maia. O PDT historicamente sempre foi um partido de esquerda mas com o tempo foi se movimentando para a direita e hj, na minha modesta opinião, não sabe nem onde se encaixa, basta vc analisar o arco de alianças nessa eleição. O PDT não é de extrema direita mas que deu uma “cambada” brusca para a centro está nítido.

Renato Martinelli

17/11/2020 - 17h53

Está claro que o PDT e o PT, pelo critério de prática política, são partidos de centro-esquerda.
Agora ficou demonstrado que o que os une, além do segtarismo, é a gritante inconsequência e incompetência ao enfrentar a realidade política do Rio de Janeiro; quanto a isso não me restou a menor dúvida.
Deveriam ter realizado a proposta de uma aliança em torno do Freixo.

    NeoTupi

    17/11/2020 - 22h59

    O PT tentou construir essa frente com Freixo na cabeça desde o ano passado junto com o PCdoB. Quem não abriu mão de candidatura própria foi o PDT com Martha Rocha. O PSB também não entrou. Freixo desistiu. Sem nenhum nome de peso, o PT lançou Benedita com a enfermeira Rejane do PCdoB de vice.

André Marques

17/11/2020 - 17h12

Perfeito! Tocou no ponto! Espero que o Brasil um dia tenha o merecimento de ter Ciro Gomes como presidente do Brasil! Acho que entraria pra história!

H. Upmann

17/11/2020 - 16h46

Dilma ano de 2010:
“Efetivar o SUS significa necessariamente articular essa relação, seja através de parcerias público-privadas, seja através de parcerias de gestão, pra dar cada vez mais qualidade à serviço que é tão essencial pra população”.

Dilma ano de 2020:
“Bolsonaro quer privatizar o SUS”.

Para o que interesss aos brasileiros a esquerda é de direita, de esquerda mesmo ou nada ?

Gedeon

17/11/2020 - 16h37

Biden é de esquerda ?

alex

17/11/2020 - 16h36

O que diria Brizola diante do Biden querendo interferir no Brasil com arrogância típica do colonialismo ?

A esquerda atual (uma aglomeração de infantiloides amongolados) jogou as calcinhas ao novo dono americano…e o Brizola ?

Ciro Gomes

17/11/2020 - 16h33

PDT é um puxadinho meu…

sidneig

17/11/2020 - 16h30

O PDT todo não é direita, obviamente. Mas Márcio França certamente não é de esquerda.

Marcelo

17/11/2020 - 16h22

Diante dos terraplanismos que o partido e o Ciro soltaram sobre reforma da previdência e autonomia do BC – discurso que aproximou o partido do PSOL – fica claro que é de esquerda mesmo.

Paulo Cesar Cabelo

17/11/2020 - 15h48

Vocês nunca decidem se estão a direita ou ao centro do PT.
O PDT votou a favor da reforma trabalhista e da previdência , é de direita e caso encerrado.
Sonham em ser capachos do Botafogo mas são esnobados.
Patético.

    Conde

    17/11/2020 - 21h23

    O Huck e o Doria vão adotar essa turminha, basta um piscar de olhos e a mágica acontece.

Alan

17/11/2020 - 15h36

Metade da bancada votou a favor do golpe – é de direita

Nomes relevantes votaram a favor da reforma da previdência e não foram expulsos – é de direita

Foi pra Paris quando a própria democracia mais precisou – é pior que de direita, é covarde mesmo

Mas política se faz, sim negociando. PT convergiu demasiado à direita. Por isso as cisões (PSTU, PSOL, etc). Não é purismo. É pauta.

Abraço forte Pedrão. Ah… não diminua suas colunas. São fantásticas! Já até mandei elogio pelo Face.

    Pedro Breier

    17/11/2020 - 19h13

    Hehehe valeu!

    Francisco

    18/11/2020 - 12h18

    O que ‘mata’ o Brasil é a ‘extravagante e anacrônica’ nona desigualdade mundial, que sustenta a Casa ‘Grande’ que garante a hereditária, patrimonialista e xucra classe dominante, não percebida pelo simplismo atávico e a péssima intelecção de texto e do comportamento da sociedade brasileira, na ainda não nação em pleno século XXI.

    “Mas política se faz, sim negociando. PT convergiu demasiado à direita. Por isso as cisões (PSTU, PSOL, etc). Não é purismo. É pauta.”

    As expulsões (e não cisões) pelo PT das alas, ‘Causa Operária’ em 1990 e ‘Convergência Socialista’ em 1992, não por convergências do partido à direita, mas por atuarem “como partidos dentro do partido”, criticando o PT por trocar o socialismo pelo “reformismo”, conforme justificativa da direção à época, tendo por secretário geral, José Dirceu, levaram a criação do Partido da Causa Operária (PCO) em 1995 e do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) em 1993.

    Da expulsão de parlamentares dissidentes do PT, Luciana Genro, Heloísa Helena, Babá e João Fontes, que já no primeiro ano do Governo Lula, em 2003, por discordarem das politicas do partido, descumpriam as orientações da bancada do PT (90 deputados eleitos) nas votações no Congresso, ao votarem contra a reforma da previdência do governo Lula, foram expulsos pelo diretório nacional do partido, dando origem ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), fundado em junho de 2004.

    Fatos são fatos e devem permanecer como são, fatos…


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