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Maia associa bloco de sucessão na Câmara à frente ampla contra Bolsonaro em 2022

Após anunciar recentemente a candidatura do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) a sucessão na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o bloco em torno da candidatura do emedebista, que reúne partidos da centro-direita a centro-esquerda, pode ser um ponta pé inicial para uma frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro em […]

14 comentários
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Após anunciar recentemente a candidatura do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) a sucessão na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o bloco em torno da candidatura do emedebista, que reúne partidos da centro-direita a centro-esquerda, pode ser um ponta pé inicial para uma frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro em 2022.

“Acho que isso é o que esse bloco mostra, que a gente é capaz, mesmo tendo muitas diferenças em muitos temas, de sentar numa mesa e discutir a nossa democracia e o interesse do Brasil. Eu acho que é um sinal forte de que parte desse bloco pode estar junto em 2022. Nós demos o grande passo para reduzir de vez a radicalização da política brasileira”, disse em entrevista a Folha.

Além de apresentar essa tese, Maia também citou alguns nomes que poderiam representar essa frente ampla contra Bolsonaro, responsável direto pelas mais de 191.000 mortes causadas pela pandemia do novo coronavírus.

“Acho que são dois ótimos nomes (Luciano Huck e João Dória). Tem o próprio ACM Neto (presidente do DEM( que é um ótimo nome, tem o Ciro Gomes (PDT) que é um ótimo nome, o Paulo Câmara (PSB) está terminando o governo (de Pernambuco), quem sabe ele também queira participar. Então acho que a gente tem que dialogar”

O demista se colocou a disposição do seu partido para articular um projeto nacional e criticou o Governo Bolsonaro.

“Estou à disposição do DEM para ajudar na construção de uma chapa, que possa ser a mais ampla possível e que possa ter um projeto de nação. Hoje nós infelizmente não sabemos qual o projeto desse governo”

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EdsonLuiz.

29/12/2020 - 19h30

O Brasil vive um momento de risco institucional devido ao grupo político excrescente que assumiu o poder e que anima e alimenta setores autoritários e truculentos existentes na sociedade e nas forças armadas. É necessária uma aliança mais ampla, que envolva, da esquerda à direita, o que for possível articular dentro do compromisso institucional de preservar e aprofundar a democracia.

Esta aliança necessária não pode se limitar a ser uma aliança puramente eleitoral. Não é a democracia eleitoral, pelo momento, que está ameaçada, mas a democracia institucional, pelo avanço e fortalecimento desse grupo excrescente exatamente com o uso dos instrumentos e instituições democráticas para destruir os avanços institucionais alcançados com a abertura política e após o fim da última ditadura no país.

É fundamental que o projeto comum contra o arbítrio inclua uma proposta de política econômica que não se limite a discutir responsabilidade fiscal e austeridadade; é necessária uma proposta econômica adequada para superar a crise fiscal e o alto desemprego. A responsabilidade fiscal é sempre importante, mas a conjuntura atual exige uma ação mais efetiva do Estado no campo econômico para a superação da crise. E não só. É fundamental buscar mais inclusão e justiça social, com projetos de qualidade em investimentos e também em educação, segurança e saúde. Sem maior justiça social e diminuição das desigualdades não fortaleceremos a democracia suficientemente e com a qualidade necessária para afastar o risco autoritário, pelo motivo simples de que sem justiça econômica e social não há qualidade na democracia.

Uma aliança que junte a centro-esquerda com a centro direita, por si, já é uma aliança de caráter liberal, posto que é uma aliança entre liberais. Os fragmentos de direita e os de esquerda que se juntarem – quisera eu, todos – terão que momentaneamente renunciar a suas propostas mais específicas, como o uso da completa austeridade, no caso da direita, ou de rupturas institucionais, no caso da esquerda. Exigir propostas que não podem alcançar consenso só servirão como obstáculo para combater o mal dos extremistas de direita.

Aos aspectos econômicos e institucionais do projeto é importante acrescentar os aspectos culturais, ambientais e de costumes, no sentido do avanço civilizatório, recuperando as perdas que já ocorreram nesse campo e avançando na defesa dos direitos das minorias, das maiorias discriminadas e de todos os que sofrem exclusão e perseguição.

Também muito importante seria a criação de um comitê de investimentos para planejar os gastos do Estado para a superação da crise. Independentemente da participação ou não dos grupos políticos aos quais são ligados, penso que desse comitê deveria fazer parte os economistas Mônica de Bolle, Laura Carvalho, Eduardo Paes de Barros, Armínio Fraga e André Lara, por estarem sintonizados e pensando soluções para a economia que envolvem a intervenção do Estado.

P/S: muito bem feita a análise feita abaixo por Alexandre Neres. Concordo com muitos pontos e acho que deve ser lida com a atenção devida.

    Paulo

    29/12/2020 - 21h56

    Edson Luiz, noto pelos seus comentários (especialmente este, mas não só) que você é um homem íntegro e de boa índole. Porém, não vejo a pauta cultural e de costumes da esquerda como algo merecedor de encômios. Pelo contrário. Isso vai destruir progressivamente o nosso ideário de Nação, que sempre foi pautado pela assimilação cultural e racial progressivas…Não precisamos dar saltos no escuro, mas, isto sim, de luz, ainda que tênue, que permaneça iluminando nosso horizonte, como sempre tivemos, ao longo de nossa turbulenta história…

Mateus Nogueira

29/12/2020 - 16h42

Pois é… criaram o Bolsonaro e agora dizem estar construindo uma frente ampla sem “radicalização” mas na verdade sempre foram radicais em seus propósitos a ponto de bancar a interrupção de um mandato presidencial sem os devidos pressupostos processuais, como são cara de pau….

É bem triste ver por onde anda parte da “centro esquerda” (seja lá o que isso for)

Não duvido que mais cedo ou mais tarde o Brizola ressucite de tanto se revirar no túmulo

José de Souza

29/12/2020 - 15h44

Essa é a “frente ampla” que a turma da Casagrande quer. Com uma agenda ultraliberal e uma esquerda submissa.
Ah, “mas o importante é tirar o Bolsonaro…. ”
Quem pariu Mateus que o embale. Pra tirar a esquerda do poder,a turma da Casagrande jogou no “quanto pior, melhor”. Agora que se virem.
É hora deles provarem do próprio veneno. Mas somos republicanos, não é mesmo? Para que as regras democráticas sejam reestabelecidas, vamos nos unir de forma subalterna com aqueles que quebram essas mesmas regras democráticas quanto lhes convém…
Com uma oposição dessas, estamos ferrados.

Alexandre Neres

29/12/2020 - 15h11

Ciro Gomes é um político inteligente. O que não dá é para acender uma vela para Deus e outra para o diabo. Até por ter transitado por quase todo o espectro político, incluindo PDS, PMDB, PSDB e PSB.

Ciro faz uma crítica ao PT ter colocado Michel Temer como vice. Eu entendo a crítica, mas acho que ela deve ser inserida dentro do contexto político à época. O establishment partiu para cima do PT desde 2005 com unhas e dentes, acusando-o de práticas que ele próprio inventou, de modo que por questões de governabilidade o PT precisou do PMDB para dar sustentabilidade ao governo. Tenho todas as divergências com Renan Calheiros ou Sarney, mas os dois cumpriam o que acordavam. Lógico que também exigiam algo em troca, mas para quem governa lidar com alguém que honra compromissos é de muita valia. Agora Ciro Gomes apoia fortemente a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) para a presidência. Ocorre que Baleia Rossi é afilhado político de Michel Temer. Ciro devido às voltas que o mundo dá está fazendo exatamente o que criticou antes. Eu o entendo, pois o que estava fazendo faz parte do jogo político, estava jogando para a plateia.

Outro exemplo igual. Cid Gomes foi ao plenário da Câmara e acusou Eduardo Cunha. Concordo integralmente com as acusações dele. Porém, Cunha foi eleito presidente da Câmara com folga, elegeu inclusive uma bancada própria. Eu entendo que Cid Gomes não precisava lidar com Cunha, mas Dilma precisava, pois era chefa de outro poder. Cid sabia que ao agir desta forma teria que sair do governo e assim o fez. Por óbvio, Dilma preferia Cid do que Cunha, mas quem tinha poder era Cunha. Deu no que deu. Se naquela época já era difícil de governar, hoje a situação piorou consideravelmente. Não só porque como dizia Dr. Ulysses a composição da Câmara seguinte é sempre pior do que a anterior como também porque, se naquela época tínhamos uns 20 partidos, hoje temos 40. Não é fácil ter que negociar com Avante, Patriota, Podemos e o escambau. O Brasil está mais ingovernável do que nunca e ainda elege um completo despreparado.

Um outro trecho do que Maia disse na Folha é elucidativo e vou reproduzi-lo a seguir:

“Mas o seu grupo construiu uma candidatura de oposição ao governo. O que faz o senhor acreditar que esse diálogo com o Executivo vai se dar de forma harmônica? Não estamos em oposição a ninguém, estamos a favor da democracia, da liberdade, do meio ambiente. O nosso campo vota majoritariamente a favor da agenda econômica do governo.

Após a sucessão, é óbvio que a agenda econômica vai continuar sendo liberal. Eu sempre disse que o perfil que eu acredito vencedor da Câmara vai ser alguém que seja independente.”…

Ciro Gomes diz que tem um projeto e que este projeto é desenvolvimentista. Ao mesmo tempo, está se aliando com os lugares-tenentes do neoliberalismo. A conta não fecha ou então ele está fazendo um discurso apenas para manter seu eleitorado coeso. Até hoje só vi dois tipos de aliança para presidir o Brasil: um modelo é o da Aliança Democrática com PMDB e PFL em 1985 e do PSDB-PFL do governo FHC, que fizeram uma aliança estratégica, de sorte que o DEM teve posição importante nos dois governos e tinha voz; o outro é o modelo PT-PL e depois PT-PMDB, uma aliança tática na qual o PT ocupava os cargos mais relevantes e cedia espaços em áreas não tão primordiais, levando-se em conta que essa turba está sempre atrás do cofre, não importa que governo for. Devido a uma série de fatores e à falta de habilidade política de Dilma, com a mudança de correlação de forças, inclusive por causa da magistocracia, o PMDB foi peça importante no golpe jurídico-parlamentar de 2016.

Pois bem, seria de bom alvitre que Ciro Gomes deixasse bem claras suas posições: qual tipo de aliança pretende fazer? Vai prevalecer o projeto ou a pauta econômica continuará, como diz Maia? Seria bom que isso fosse esclarecido para ninguém levar gato por lebre, até porque as circunstâncias indicam uma guinada de Ciro à direita, a qual está se sentindo muito fortalecida ultimamente, considerando ainda que Maia cita como bons nomes do grupo para serem candidatos Dória, Huck, ACM Neto e Ciro, como se pertencessem ao mesmo campo político. Com a palavra, os ciristas.

    Saint

    29/12/2020 - 17h59

    O PT formar chapa com o ex -presidente da Federação das Indústrias de MG , é tão natural,não é mesmo?

      Saint

      29/12/2020 - 18h03

      Henrique Meirelles e Joaquim Levy ocuparam postos tão irrelevantes…..

    jOHN jAHNES

    29/12/2020 - 21h51

    Coronel CIRO, depois de perder tantas quantas vezes tentou, ficou doente, doente mental, sindrome de Húbris, e agopra é até perigoso e para conseguir seus objetivos não se importa mais com quem se unir, ou em quem pisar ou torturar. TOMEM MUITO CUIDADO COM CIRO.

    Batista

    30/12/2020 - 13h06

    “Ciro Gomes é um político inteligente”, não é inteligente.

    Enquanto político, quer pelos fatos, quer ‘ao correr da pena’, por quarenta extensos anos e sete partidos.

BASHAR AL KASS

29/12/2020 - 13h49

Desses nomes citados por Maia, só voto se for Ciro Gomes, os outros vão repetir o governo Temer

Alan C

29/12/2020 - 13h11

Venho falando isso reiteradamente.
O campo progressista só terá chance em aliança com a centro-direita, caso contrário o 2º turno será entre eles e a bozolândia.

    Sebastião

    29/12/2020 - 15h59

    Pelo contrário. Só a direita e a esquerda tem votos certos. Esse eleitor do centro, dancam conforme a música e podem votar em ambos lados políticos. Uk detalhe que o único candidato competitivo da centro é Luciano Huck, porque puxaria votos do eleitor da esquerda, devido ao programa dele aos sábados. Alckmin, Marina e Ciro que o digam. Nenhum deles foram pro segundo turno em 2018.

      Alan C

      29/12/2020 - 17h59

      Ok, é uma análise legítima, mas penso 110% diferente de vc, com todo respeito.

      Mas por enquanto são apenas conjecturas, vamos ver mais a frente o que vai acontecer.

Tony

29/12/2020 - 12h54

O Botafogo é claramente o novo lider da esquerda.


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