Menu

Gilberto Maringoni: Uma ideia tosca que flerta com o genocídio

Por Gilberto Maringoni Uma ideia tosca ronda parte da esquerda brasileira. É a ideia de que não se deve fazer campanha pelo auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, pois isso beneficiaria Bolsonaro e elevaria seus índices de popularidade. É inacreditável, mas há gente boa e progressista que pensa assim. Pensa, fala […]

5 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Por Gilberto Maringoni

Uma ideia tosca ronda parte da esquerda brasileira. É a ideia de que não se deve fazer campanha pelo auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, pois isso beneficiaria Bolsonaro e elevaria seus índices de popularidade. É inacreditável, mas há gente boa e progressista que pensa assim.

Pensa, fala e escreve.

Sem auxílio emergencial não há nenhuma possibilidade de haver lockdown. Sem auxílio emergencial, as pessoas morrem de fome!

Sem auxílio emergencial as pessoas morrem por tentarem trabalhar com a doença se propagando pelo ar!

Sem auxílio emergencial e lockdown, a doença se propaga e atinge toda a sociedade. Toda.

HÁ UM PREOCUPANTE DIVÓRCIO entre parcelas da esquerda – majoritariamente composta por setores de classe média – e o povo. Os motivos ainda precisam ser estudados, mas a demonstração não é complicada.

Para alguém de classe média em qualquer capital brasileira – o que inclui setores progressistas -, R$ 600 equivalem às compras da semana num supermercado ou a um almoço de domingo para quatro pessoas num restaurante de boa qualidade.

No entanto, R$ 600 fazem a diferença entre a vida e a morte para milhões jogados no limbo do desemprego, a partir de 2015. Essa percepção parece ter desaparecido nos dias que correm.

Voltemos ao início. Dane-se que Bolsonaro recupere sua popularidade. Dane-se! Não é isso que lhe tira o caráter genocida e negacionista.

A esquerda será derrotada diante da doença, do lockdown e da identidade com os de baixo se não agarrar a defesa do auxílio emergencial como bandeira central e essencial e concreta, juntamente com a defesa do isolamento social, da vacina e do emprego.

Negar a campanha pelo auxílio emergencial é algo muito pior que uma ideia tosca. É uma ideia que acaba involuntariamente por flertar com o negacionismo genocida de Bolsonaro.

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Carlos Alberto Oliveira

04/03/2021 - 02h51

Vcs dois, o Galo Garnizé e o “Há de Vir” devem ser o Dudu Bananinha e o Carlucho, com pseudônimos, pra falar mal da esquerda por aqui! Isto já está manjado! Como é: “Acusem-nos do que vcs mesmos fazem!”, não é esta a tática?

Paulo Figueira

02/03/2021 - 13h28

Aonde foi que o missivista viu a esquerda se pronunciar contra o auxílio emergencial?
Na primeira fase da pandemia foram os deputados da esquerda que lutaram pelo valor de R$ 600,00, Bozo e Guedes queriam R$ 200,00

Galinzé

02/03/2021 - 10h46

A esquerda sempre foi isso, querer o poder e nada mais.

    Adevir

    02/03/2021 - 18h35

    Exato! E tbm só querem as pessoas sempre pobres, dependentes e submissas, para sobre elas se fazerem na vida.

    Carlos Alberto Oliveira

    04/03/2021 - 02h39

    Ô Galo Garnizé, tu deve de sê um robô! Tá infiltrado pra falar melda contra a esquerda!


Leia mais

Recentes

Recentes