Centrão aumenta preço do apoio ao governo

O PP escancarou a insatisfação com Bolsonaro e membros da bancada progressista já colocam no radar o desembarque do governo

A bancada do Progressistas na Câmara não gostou da nomeação da deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) para assumir o Ministério da Secretaria de Governo.

Até o momento, Bolsonaro tem beneficiado com mais ênfase bancadas de outros partidos do Centrão como o próprio PL, PSD, DEM e Republicanos com cargos de primeiro escalão.

No caso do PP, o Planalto tem concedido a legenda cargos de segundo e terceiro escalão como a diretoria do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) que tem orçamento de R$1 bilhão.

Como forma de retaliação, a bancada pepista ameaça colocar as tais “pautas bomba” em votação para pressionar o governo a nomear indicados do partido em cargos de prestígio.

“Com a queda de popularidade e sem uma união racional e estratégica para ajudar o governo a melhorar sua popularidade, o PP adotará uma linha independente, para deixar de ser a tropa de choque. É exatamente aí que mora o perigo de uma debandada do centro.”, disse o líder do PP na Câmara, Fausto Pinato (SP), ao Estadão.

O parlamentar já tem três projetos no ponto de serem votados.

O projeto 1204/2021 propõe um imposto sobre renda e rendimentos de aplicações de fundos de investimentos fechados. Já o PL-87/2021 cria um programa excepcional de regularização tributária. Seu terceiro projeto, o 1291/2021 permite que os resultados positivos do Banco Central possam ser destinados ao Tesouro Nacional enquanto durar a pandemia.

As propostas de Pinato são contrárias a agenda liberal defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Redação:
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