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Uallace Moreira: Crime e engodo, a privatização da Eletrobras

Por Uallace Moreira Crime e Engodo: Privatização da Eletrobras Crime: contra a soberania nacional ao privatizar a Eletrobras, estratégia no setor energético Engodo: argumento de permitir aos empregados usar recursos depositados no FGTS para a compra de ações Os resultados financeiros mais recente da Eletrobras: lucro líquido de R$ 4,9 bilhões, a indicação de recebíveis […]

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Por Uallace Moreira

Crime e Engodo: Privatização da Eletrobras

Crime: contra a soberania nacional ao privatizar a Eletrobras, estratégia no setor energético

Engodo: argumento de permitir aos empregados usar recursos depositados no FGTS para a compra de ações

Os resultados financeiros mais recente da Eletrobras: lucro líquido de R$ 4,9 bilhões, a indicação de recebíveis de R$ 44,56 bilhões até 2028 com a recuperação de receitas de transmissoras, o acúmulo de R$ 14,72 bilhões em caixa.

Além do mais, a baixa relação dívida líquida e Ebitda de 1,5 vez e a queda de 26% do gasto com pessoal, material, serviços e outros (PMSO), sendo 19% de redução com pessoal em relação ao mesmo período do ano passado.

Os resultados contábeis da Eletrobras mostram que a empresa é a “jóia rara da coroa”, por isso o mercado e Guedes querem privatizar a empresa a todo custo, criando mentiras.

A Eletrobras tem lucro e está preparada para ampliar seu investimento.

Roberto Daraujo, engenheiro eletricista e diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético, mostra os riscos de privatizar a Eletrobras em seja artigo no RIB:

“A privatização da Eletrobras é mais perigosa do que a da Petrobras.”

“A Eletrobras é o contrário! Ela lida com a energia do futuro, a eletricidade. Qualquer pessoa que examinar as mudanças das matrizes energéticas dos países mais avançados do planeta pode perceber que essa metamorfose veio para ficar.”

Além da empresa ter apresentar lucros, paga dividendos ao tesouro. Quanto aos dividendos, ela sempre pagou, pois, dada a fragilidade das contas públicas, caso não o fizesse, geraria um déficit de mais de R$ 11 bilhões nas contas públicas.

Por fim, é um completo equívoco privatizar uma empresa estratégica, enquanto o mundo vem passando por um processo de reestatização.

Os motivos da reestatização são sempre os mesmos em todos os países: péssimos serviços e muito caro.

De acordo com o Transnational Institute, centro de estudos em democracia e sustentabilidade, foram 835 remunicipalizações e 49 nacionalizações, em um total de 884 processos de reestatização entre 2000 e 2017.

Uallace Moreira é professor de Economia da Universidade Federal da Bahia.


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Nelson

29/04/2021 - 22h36

Meu caro. Eu estou sim, preocupado com a “riqueza dos outros”, porque a maior parte dela é resultado de pilhagem feita em cima do restante do povo. A pobreza e miséria eterna de bilhões não é uma resultante da ação das forças da natureza, mas, historicamente, de medidas políticas e econômicas impostas pelas elites dominantes em todo o planeta.

Numa coisa tu estás certo. “Não haverá INSS” mesmo. O governo e o sistema que tu tanto defendes estão, deliberadamente, a destroçar o INSS para abrir espaços maiores para o lucro privado na saúde e na previdência. Mais uma medida nada natural, mas tomada por “homens de bem” com o objetivo de garantir mais ganhos a quem já está rico.

Como resultado disso, é claro que teremos, do outro lado, uma expansão desmesurada da pobreza.

    Jurandir

    30/04/2021 - 21h48

    Você está equivocado e não passa de um baita invejoso.

Joseribb

26/04/2021 - 20h09

Maior crime foi o que a esquerfa cometeu contra essas grandes empresas quase colocando a beira da falência com um estado inchado e corrupto. CAPITALIZAÇÃO e não privatização, parem de manipulação. Governo será dono de 49% de uma empresa mais eficiente e poder de veto, ninguém com exceção do governo terá mais de 10% da empresa!!!

    Nelson

    27/04/2021 - 14h46

    Meu chapa. É ingenuidade mesmo, ou, governista ao extremo, tu estás “te fazendo”?

    Os neoliberais idealizaram as privatizações como um meio para abrir mais espaços entre os ativos públicos que pudessem garantir a obtenção de lucros sempre maiores por grandes grupos econômicos. Então, uma coisa é certa: eles não querem governo por perto.

    Para esses grandes grupos econômicos, qualquer participação governamental significa freio em seus ganhos. Assim, se é verdade que o governo vai ficar com 49%, certamente esse percentual se manterá somente no início, para, masi adiante todo o controle ser passado para os privados.

    De outra parte, teu comentário mostra claramente que tu não leste o artigo. Fazes parte daquele grupo do “não li e não gostei”?

    O economista Ualace Moreira coloca o quão lucrativa e saudável financeiramente é a Eletrobras e você vem falar de um suposto “maior crime que a esquerfa cometeu contra essas grandes empresas quase colocando a beira da falência”.

    Não bastasse isso, Ualace ainda expõe, brevemente, dados que mostram que, em inúmeros países, os povos estão a reestatizar o que haviam privatizado antes. E, por que tomaram decisão desse tipo?

    Ora, porque chegaram à conclusão, óbvia, de que nada, absolutamente nada, ganharam com as privatizações. Pelo contrário, só perderam.

    Mas, milhões de brasileiros, que se recusam a ler, a refletir, a debater, e preferem se limitar a engolir as mentiras e falsificações que a mídia hegemônica e seus comentaristas expelem, ou, mais recentemente, as contadas pelas fake new, seguem acreditando que as privatizações vão nos levar ao melhor dos mundos, a um quase-paraíso.

Tiago Silva

26/04/2021 - 17h38

Crime e Castigo!!!

O pior é que a população que ainda se encontra bestializada por esse neoliberalismo da necropolítica, pode ter o mesmo fim do Raskólnikov…

Jurandir

26/04/2021 - 12h38

Pelo esperneio dos parasitas estatais de sempre, sinal que a privatização é boa.

    Nelson

    27/04/2021 - 14h26

    Sim, a privatização da Eletrobras é boa, meu chapa. Muito boa, excelente, maravilhosa, para o mesmíssimo contingente da população, ínfimo, que foi o único a ganhar com as privatizações anteriores.

    E o contingente ganhador não chega a 1% da população. Os outros 99 e tantos por cento vão arcar com a conta pagar.

    Depois das privatizações criminosas feitas por Fernando Henrique Cardoso no setor de energia elétrica – FHC fez o governo mais corrupto e deletério já imposto ao povo brasileiro -, as tarifas aumentaram 55% acima da inflação.

    E, veja, a avassaladora propaganda nos prometia produtos e serviços de melhor qualidade a preços e tarifas mais baixos se entregássemos tudo nas mãos da iniciativa privada.

    Mas, absurdamente, o empresariado nacional e suas entidades, sempre tão loquazes quando apontam o que chamam de custo Brasil insuportável, não incluem o aumento das tarifas da energia nos seus cálculos.

    Como também não incluem o aumento brutal que houve nas tarifas da telefonia após as privatizações. Neste setor, as tarifas simplesmente explodiram, mas não se ouve críticas. Parece que os gastos com telefone não fazem parte dos custos das empresas.

    Para o empresariado brasileiro, que gosta muito de se apresentar como moderno e bem informado, custo Brasil é apenas o conjunto de parcos direitos usufruídos pela classe trabalhadora do nosso país.

    A privatização é um dos principais, se não o principal, itens das políticas neoliberais que passaram a ser impostas à maior parte dos países a partir da década de 1970. Cinquenta anos de políticas neoliberais e suas privatizações legaram uma desigualdade monstruosa no mundo.

    Hoje, 1% da humanidade detém uma quantidade de riquezas maior que a detida pelos restantes 99%, algo que soa absurdo sob qualquer viés que se olhe.

      Jurandir

      27/04/2021 - 23h10

      Qta inveja eim Nelson. Eu estou nesses 99% aí q tu fala e nao estou nem aí para a riqueza dos outros. Estou tratando de construir a minha. Vc deveria fazer o mesmo, pois não haverá INSS para te sustentar no futuro.


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