Militares obrigavam médicos a receitar cloroquina

Os comandantes da 7ª Região do Exército ordenaram que capitães fizessem uma espécie de coação aos colegas de farda que são médicos para que fosse receitado o “kit Covid” para o inútil “tratamento precoce” de pacientes com apenas sintomas do coronavírus. Esses pacientes procuraram os hospitais militares de Natal, João Pessoa e Recife.

De acordo com O Globo, a denúncia foi feita ao Ministério Público Federal (MPF) emPernambuco. Na peça, um dos profissionais falou em “coerção dos médicos militares pelo comando da 7ª RM para prescrição de tratamento precoce para Covid e reavaliação de atendimento para indicação forçada de medicação”.

O médico também relatou que era um oficial superior responsável pela supervisão administrativa, sem formação em medicina ou qualquer outra área da saúde, quem acompanhava as prescrições. “Os médicos seriam praticamente obrigados a prescrever com um capitão vigiando”, afirma.

Caso o “kit Covid” não fosse prescrito, os pacientes eram convocados para um “segundo atendimento” para “reconsideração do ato”. Por sua vez, o comando da 7ª Região do Exército disse ao MPF que respeita a autonomia médica, mas um documento comprova que as medidas tomadas nesta área militar tinham “como ponto principal o incentivo para o tratamento precoce”.

Cláudia Beatriz:
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