Gasolina do Bolsonaro: Sete vezes que o presidente foi culpado pelo abuso dos combustíveis

Imagem: Reprodução

Tá caro e a culpa é do Bolsonaro, não precisa ser um especialista para entender essa verdade.

Além da relação óbvia de responsabilidade de um presidente em exercício com a inflação de momento há também um fator extra nessa crise que é a má política do governo em diversas áreas estratégicas, inclusive o setor de energira.

No caso dos combustíveis – responsável direto pelo aumento de preços – as razões são muitas e, aqui, destaco sete vezes em que o governo Bolsonaro turbinou a crise dos combustíveis.

Primeiro, falta projeto e perspectiva de médio prazo ao governo Bolsonaro. Mesmo ministérios mais estratégicos foram alvos de crise profundas, como o próprio Ministério de Minas e Energia. Como num time de futebol que troca de técnicos o tempo todo, Bolsonaro não tem como apresentar resultado de alta performance com esse instabilidade.

Segundo, quem define mais da metade das pessoas do Conselho de Administração da Petrobrás é o governo Bolsonaro. Nesse espaço de tomada de decisão coletiva, o governo tem maioria por ser sócio majoritário e, portanto, é responsável pelas ações realizadas.

Terceiro, quem indica o presidente da Petrobrás é o governo Bolsonaro. O presidente da Petrobrás então escolhe a diretoria que toca a política do cotidiana da empresa e é responsável, por exemplo, por definir o preço com paridade de importação (PPI). Mais uma vez, a responsabilidade do executivo federal é direta.

Quarto, a Constituição e a Lei do Petróleo estabelecem diretamente a responsabilidade da União, consequentemente do governo Bolsonaro, sobre a política nacional de petróleo. O artigo 177 prevê monopólio da União para “a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro” e “ a importação e exportação dos produtos e derivados básicos”, entre outros.

Quinto, Bolsonaro se elegeu com apoio da Lava Jato. Não podemos esquecer que a operação de Curitiba destruiu uma importante fatia pública do mercado de petróleo, tirando o controle do povo e passando pra mão de fundos financeiros, inclusive internacionais. A venda de Refinarias e o fechamento de fábricas de fertilizantes são exemplos do desastre causado por Moro e cia que tornaram o país mais refém das importações e das crises internacionais.

Sexto, o mercado de petróleo brasileiro está com uma política neoliberal, implementada pelo Governo Bolsonaro. A bagunça causada no mercado de petróleo é fruto de uma política de lucro imediato a qualquer custo, eleita por intermédio da campanha de Bolsonaro e Paulo Guedes.

Sétimo, Bolsonaro reencarna a síntese de um Brasil colonial que é assaltado em suas riquezas naturais sem receber uma contrapartida justa. O “Entreguismo”, termo histórico pra essa força oculta cunhada desde a disputa do O Petróleo é Nosso, apresenta um padrão sólido de de boicote a soberania nacional não deixando o país agregar valor às suas riquezas minerais.

Por isso e muito mais, Bolsonaro e sua equipe são os principais culpados pela crise dos combustíveis que assola o país.

Tadeu Porto: Petroleiro e Secretário adjunto de Comunicação da CUT Brasil
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